quarta-feira, 21 de maio de 2025

Trump faz "emboscada" contra presidente da África do Sul

 

Presidente dos EUA constrangiu sua contraparte sul-africana, Cyril Ramaphosa, durante visita à Casa Branca, apresentando provas falsas de que fazendeiros brancos estão sendo assassinados e perseguidos no país.O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, humilhou publicamente o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, nesta quarta-feira (21/05), na Casa Branca, ao fazer alegações enganosas sobre um “genocídio branco” no país. A cena, acompanhada pela imprensa e transmitida ao vivo, lembra a “emboscada” feita em fevereiro contra o presidente ucraniano Volodimir Zelenski, acusado por Trump, na ocasião, de incitar uma “terceira guerra mundial”.

Trump exigiu “explicações” de Ramaphosa sobre o destino de fazendeiros brancos na África do Sul, baseado no falso argumento de que houve apreensões de terras e assassinatos em massa de africâneres – minoria étnica branca, em grande parte descendente de colonos holandeses, alemães e franceses, que governou o país durante a era do apartheid, o brutal regime de segregação racial que vigorou de 1948 a 1994.

A reunião começou de forma cordial, com Ramaphosa e Trump trocando comentários sobre golfe. Os campeões sul-africanos Ernie Els e Retief Goosen estavam presentes como parte da delegação.

Mas a reunião logo tomou um rumo diferente. Trump diminuiu as luzes do Salão Oval para mostrar um vídeo e artigos impressos com supostas evidências de que fazendeiros brancos sul-africanos estão sendo perseguidos.

Uma das imagens mostrava cruzes brancas na beira de uma estrada. “É uma visão terrível. Nunca vi nada parecido.” Trump também mostrou uma série de artigos impressos. É sobre “morte, morte, morte”, disse.

Em outra imagem usada como prova por Trump, trabalhadores da Cruz Vermelha com equipamentos de proteção seguram sacos de corpos. Segundo a agência Reuters, trata-se, na verdade, de uma captura de tela de um vídeo do YouTube, de fevereiro, do trabalho de equipes da organização de ajuda humanitária após mulheres terem sido estupradas e queimadas vivas durante uma fuga em massa da prisão na cidade congolesa de Goma.

“As pessoas estão fugindo da África do Sul para sua própria segurança. Suas terras estão sendo confiscadas e, em muitos casos, elas estão estão sendo mortas”, disse Trump em uma das várias acusações.

Ramaphosa manteve-se calmo e rebateu: “Disseram-lhe onde fica isso, senhor presidente? Gostaria de saber onde fica, porque nunca vi”, e prometeu investigar o caso.

O presidente sul-africano insistiu que há crime na África do Sul, mas que a maioria das vítimas são negras. Trump o interrompeu e disse: “Os fazendeiros não são negros”.

Narrativa de círculos extremistas de direita

A ideia de “genocídio branco” é impulsionada nos EUA principalmente por grupos e indivíduos associados a movimentos de extrema-direita, incluindo o bilionário Elon Musk, aliado de Trump nascido na África do Sul, que também estava no Salão Oval nesta quarta.

A África do Sul rejeita a alegação de que os brancos são alvo desproporcional de crimes. As taxas de homicídio são altas no país, mas a maioria esmagadora das vítimas é negra. De acordo com dados da polícia, cerca de 75 pessoas são assassinadas diariamente na África do Sul, a maioria delas jovens negros em áreas urbanas.

Trump já havia acusado o governo de Pretória de discriminar minorias brancas. Nos últimos meses, o presidente americano focou suas críticas à nova lei de reforma agrária, destinada a reparar as injustiças do apartheid.

O texto permite expropriações sem indenização quando for de interesse público – por exemplo, se a terra estiver improdutiva. A maioria das terras agrícolas na África do Sul continua sendo propriedade de membros da pequena minoria branca. Nenhuma expropriação foi realizada até o momento, e qualquer ordem pode ser contestada na Justiça.

No início de fevereiro, Trump congelou toda ajuda dos Estados Unidos à África do Sul e abriu a possibilidade de asilo em território americano a africâneres — embora tenha parado de aceitar refugiados de zonas de guerra e crise.

Em março, os EUA também expulsaram o embaixador da África do Sul no país, como resposta a uma suposta violação dos direitos humanos da população branca sul-africana.

Há duas semanas, chegaram aos EUA os primeiros sul-africanos brancos refugiados, um grupo de 49 pessoas vindas em avião fretado pelo governo americano.

Desde o início da crise bilateral, Ramaphosa tentou bajular Trump com ofertas políticas, como acesso a matérias-primas. A visita aos EUA era mais uma tentativa de suavizar a relação. Os EUA são o segundo maior parceiro comercial da África do Sul, depois da China. O governo de Trump aplicou uma tarifa de 30% sobre as importações sul-africanas, atualmente suspensa. Ramaphosa estava interessado em discutir um acordo comercial e oportunidades de negócios na reunião desta quarta.

sf (Reuters, AFP, ots)

Ministério convoca 200 concursados para cargos de auditores fiscais agropecuários

Brasília, 21 – O Ministério da Agricultura publicou nesta quarta-feira, 21, o edital de distribuição de 440 vagas oferecidas para os novos servidores publicados aprovados no Concurso Público Nacional Único (CPNU), realizado no ano passado. Do total, 200 concursados serão chamados para as cargas de auditores fiscais federais agropecuários (AFFAs) e outras 24 vagas serão para profissionais agentes agropecuários e de inspeção sanitária e industrial de produtos de origem animal e técnicos de laboratório. O edital foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

Segundo o ministério, os candidatos aprovados poderão escolher, conforme a ordem da sua colocação, a sua preferência quanto às vagas, regiões e especialidades.

O prazo para manifestação de preferências será de cinco dias corridos a partir da publicação do edital nesta quarta-feira.

O resultado preliminar com a lista dos candidatos e o local para os quais foram distribuídos de acordo com a ordem de classificação será publicado pelo Ministério da Agricultura no Diário Oficial da União para futuras nomeações dos servidores.

Para a carga de auditor fiscal agropecuário federal, há vagas abertas para o Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima e Tocantins. As demais vagas para as cargas de nível técnico são para os 26 Estados e Distrito Federal.

 

Copel mantém nota máxima em classificação de crédito da Fitch

 


O nível foi mantido tanto para a holding quanto para as subsidiárias 
 
 
Esta é a quinta vez consecutiva que a Copel recebe a nota máxima, desde a primeira atribuição em 2021

 

 

A Copel teve reafirmada pela Fitch Ratings, agência de classificação de risco, a nota máxima de classificação de crédito na escala nacional: 'AAA(bra)'. A classificação, a mais elevada possível dentro da metodologia da agência, foi mantida tanto para a holding quanto para as subsidiárias integrais da companhia: Copel Geração e Transmissão, Copel Distribuição e Copel Serviços. Na análise divulgada pela agência nesta semana, a perspectiva das classificações para a empresa paranaense de energia segue estável, o que indica uma expectativa de continuidade do bom desempenho no médio e longo prazo.

Esta é a quinta vez consecutiva que a Copel recebe a nota máxima, desde a primeira atribuição da classificação 'AAA(bra)' em 2021. A manutenção do rating reforça a credibilidade da companhia no mercado financeiro, com impactos positivos para novas operações de crédito e investimentos de longo prazo. Segundo a Fitch, a reafirmação da nota reflete o perfil robusto e diversificado de negócios da Copel, com ativos relevantes e rentáveis nos segmentos de geração, transmissão e distribuição de energia, o que contribui para diluir riscos operacionais e regulatórios.

A Copel é a quinta maior empresa da região e também a maior do Paraná, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC Brasil (veja o ranking completo aqui e o anuário digital completo clicando neste link).

Adimax inaugura planta de R$ 140 milhões no Paraná

 


Indústria de alimentos pet terá capacidade produtiva de 7 mil toneladas por mês 
 
 

"Daqui a gente pode escoar para Santa Catarina, para o Rio Grande do Sul, que é a nossa intenção. O Paraná tem todas as condições necessárias para a gente fazer um bom trabalho aqui", destaca Adir Comunello, presidente da Adimax

 

 

O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou, nesta terça-feira (20), da inauguração da mais nova indústria de alimentos pet no Paraná, a Adimax, instalada em Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Com investimento de R$ 140 milhões e capacidade produtiva de 7 mil toneladas por mês, a planta é a sétima unidade da empresa no Brasil e a primeira dela no Paraná. Cerca de 70 empregos diretos foram gerados com o início das operações da planta industrial, número que pode crescer para até 200 colaboradores quando a mesma estiver em plena operação. Atualmente, cerca de 65% dos trabalhadores já contratados são moradores de Mandirituba, o que contribui para a geração de emprego e renda e incentiva a movimentação econômica local.

A nova unidade fabril em Mandirituba integra a estratégia da empresa de fortalecer suas marcas na região, atendendo aos mercados do Sul e Sudeste do Brasil, além da possibilidade de exportação para outros países. Entre as marcas da Adimax que devem ser produzidas na nova planta estão a Fórmula Natural, Origens, Magnus e Qualidy. O presidente Adimax, Adir Comunello, destacou o apoio do governo estadual para a instalação da planta em Mandirituba. "Eu sou catarinense, então inicialmente eu queria levar essa planta para Santa Catarina, mas o governador Ratinho Junior foi mais rápido e me convenceu de fazer aqui no Paraná, ainda em 2019", lembrou. "A logística também é um diferencial muito importante, porque daqui a gente pode escoar para Santa Catarina, para o Rio Grande do Sul, que é a nossa intenção, então o Paraná tem todas as condições necessárias para a gente fazer um bom trabalho aqui", complementa.

RS receberá cabo submarino de conexão internacional

 


Equipamento também beneficiará Santa Catarina e Paraná 
 
 
Desenvolvido pela Meta, em parceria com a empresa de infraestrutura neutra V.tal, o Malbec entrou em operação em 2021, interligando Rio de Janeiro, São Paulo e Buenos Aires

 

 

O Rio Grande do Sul será o primeiro estado da região Sul a receber um cabo submarino de conexão internacional. O anúncio foi feito nesta terça-feira (20), em Brasília, com a presença do governador Eduardo Leite e de executivos da Meta e da V.tal, responsáveis pelo projeto. A expansão do cabo Malbec marca um salto inédito na infraestrutura digital gaúcha e posiciona Porto Alegre como um novo hub de conectividade na América do Sul. O cabo Malbec amplia a capacidade de resposta a emergências e catástrofes climáticas, melhora a distribuição de dados e oferece alternativas de tráfego, as quais são fundamentais para a estabilidade de serviços públicos e privados. A nova rota também diversifica as rotas de dados, reduz a latência e aumenta a resiliência da infraestrutura digital da região.

Desenvolvido pela Meta, em parceria com a empresa de infraestrutura neutra V.tal, o Malbec entrou em operação em 2021, interligando Rio de Janeiro, São Paulo e Buenos Aires. Com a nova extensão, que chegará ao litoral gaúcho pelo município de Balneário Pinhal e seguirá por via subterrânea até Porto Alegre, o Rio Grande do Sul se integra à principal malha internacional de dados do Cone Sul. O início da operação está previsto para 2027. Este será o primeiro cabo internacional a atingir diretamente o território gaúcho e beneficiará também os estados vizinhos de Santa Catarina e Paraná, além de ampliar a conectividade de países como Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai.

O CEO da V.tal, Felipe Campos, destacou o impacto direto sobre a competitividade e a experiência dos usuários. "Será uma infraestrutura única que vai atrair o interesse das operadoras, big techs, OTTs e provedores de internet, além de outras empresas de cabos submarinos. Todos os países do Cone Sul serão beneficiados com esse novo ecossistema, sem falar nos usuários finais e empresas, que terão uma melhor experiência no uso da internet e de aplicações digitais", afirmou. "A expansão do Malbec para Porto Alegre é um marco da conectividade na América do Sul, beneficiando milhões de pessoas no Brasil e posicionando a capital gaúcha como o primeiro grande hub digital internacional do sul do país. Contribuirá para a atração de empresas de infraestrutura digital, baixando custos e melhorando serviços ao consumidor", afirmou a diretora de políticas públicas, conectividade e infraestrutura da Meta para América Latina, Ana Luiza Valadares.

Mercado Livre anuncia Ariel Szarfsztejn como novo CEO global a partir de 2026

 Covid-19: marcas mudam logos para conscientizar sobre ...

O Mercado Livre anunciou que, a partir de 2026, Ariel Szarfsztejn, atual presidente de comércio do grupo, assumirá o cargo de CEO global. O executivo vai suceder o fundador Marcos Galperin, que passará a atuar como presidente-executivo.

A transição será conduzida ao longo dos próximos meses, segundo a empresa, para garantir continuidade à estratégia de crescimento. Galperin permanecerá envolvido com o negócio, com foco em áreas como desenvolvimento de produto, cultura organizacional, estratégia e inteligência artificial.

“Ariel Szarfsztejn, que está na companhia desde 2017, tem a capacidade, a liderança e a cultura necessárias para guiar o Mercado Livre nos próximos anos”, afirmou Galperin em comunicado. “Junto com a equipe que me acompanhou nessa jornada, ele tem tudo para manter o forte ritmo de crescimento da empresa.”

Szarfsztejn, de 43 anos, considerou a ida ao novo cargo como “uma honra e um enorme desafio”. “Estou entusiasmado e comprometido em dar continuidade à visão que transformou o Mercado Livre em referência global em inovação, excelência operacional e cultura empreendedora”, disse.

A sucessão marca uma transição geracional na liderança da companhia e reforça os planos de longo prazo do Mercado Livre, com foco na ampliação do acesso ao comércio e a serviços financeiros na América Latina.

G7 analisa economia global, sacudida por tarifas de Trump

 

A reunião dos responsáveis pelas Finanças dos países do G7 começou nesta quarta-feira (21) em Banff, no Canadá, com discussões sobre a economia mundial, em meio à turbulência pela guerra comercial desencadeada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O encontro de ministros das Finanças e governadores de bancos centrais do Grupo dos Sete – Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido – é considerado um teste de unidade entre as economias avançadas, em um momento em que as políticas comerciais de Trump ameaçam desacelerar o crescimento econômico global.

Como tensão adicional, há a insistente proposta de Trump de anexar o vizinho Canadá, que este ano exerce a presidência do G7.

Mas o ambiente era cordial nesta quarta-feira, quando os líderes posaram para a tradicional foto em grupo, desta vez com as Montanhas Rochosas como pano de fundo.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, cumprimentou o ministro das Finanças japonês, Katsunobu Kato. Espera-se que as duas partes se reúnam para tratar de questões monetárias e outros temas.

Os colegas de Bessent buscam pontos em comum e uma distensão com os Estados Unidos em matéria de comércio.

Uma fonte próxima à delegação americana indicou que Washington espera uma condenação conjunta pelo excesso de produção na China.

Também se espera que o G7 discuta possíveis tarifas sobre as importações de baixo valor oriundas da China.

– “Mãos à obra” –

O encontro no Canadá, que se estenderá até quinta-feira, é um ensaio a menos de um mês da grande cúpula que reunirá os líderes dos países do G7, também nas Montanhas Rochosas, de 15 a 17 de junho. O Canadá receberá Trump pela primeira vez desde seu retorno ao poder em janeiro.

“Mãos à obra”, declarou nesta quarta o anfitrião, o ministro das Finanças canadense François-Philippe Champagne, antes das sessões, nas quais, além de segurança econômica, também será discutida a guerra na Ucrânia.

Dois anos e meio após o início da invasão russa no país, Champagne afirmou que o G7 envia ao mundo “uma mensagem muito forte de unidade” em apoio à Ucrânia ao convidar seu ministro das Finanças, Sergii Marchenko.

Durante uma coletiva de imprensa com Marchenko, Champagne prometeu na terça-feira defender a adoção de “sanções mais duras” contra a Rússia.

Marchenko disse que, durante o encontro, tentará reiterar a posição da Ucrânia, que pede da comunidade internacional maior pressão sobre Moscou para que haja um cessar-fogo.

O Canadá e os europeus diferem sobre a Ucrânia com o governo de Trump, que teve uma espetacular aproximação com Moscou em detrimento de Kiev.

“É um G7 importante do ponto de vista existencial”, declarou Ananya Kumar, subdiretora do centro de estudos Atlantic Council, com sede em Washington.

“Não acredito que, nos últimos anos, tenha se questionado tanto a relação dos Estados Unidos com os demais Estados-membros do G7 como nos últimos 100 dias”, disse à AFP antes da reunião, referindo-se ao período desde o início do segundo mandato de Trump em 20 de janeiro.