terça-feira, 7 de outubro de 2025

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 7, que o governo não vai mudar a estratégia sobre como lidar com os Estados Unidos porque, para ele, o atual método está funcionando. Ele participa do programa Bom Dia, Ministro, da EBC, ligada ao governo.

“Nós não vamos mudar a estratégia porque a estratégia, na minha opinião, tem dado certo”, disse. E completou: “Estamos tão confiantes nos nossos argumentos, que eles vão se fazer valer, através da nossa diplomacia”.

Segundo Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca uma reaproximação com os EUA que não é ideológica. O ministro minimizou a escolha de Donald Trump pelo Secretário de Estado, Marco Rubio, para ser o interlocutor com o Brasil. Para ele, independentemente do negociador, a diplomacia brasileira – que classificou como “melhor do mundo” – vai superar esse momento.

“Eu realmente não acredito que essa tensão vai prosperar. Não tem razão para prosperar”, acrescentou.

Segundo ele, há muitas oportunidades de investimento norte-americano na América do Sul, que tradicionalmente é deficitária com os EUA. Ele citou como exemplos de investimentos possíveis a exploração de terras raras e projetos de transformação ecológica.

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Santos Brasil: CVM aprovou conversão de registro e ações deixam de ser negociadas na B3

 Santos Brasil – Wikipédia, a enciclopédia livre

A Santos Brasil Participações informou nesta sexta-feira, 3, que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deferiu a conversão de registro de companhia aberta da companhia da categoria “A” para a categoria “B”.

Assim, informa em fato relevante, as ações de emissão da companhia deixam de ser negociadas na B3.

Segundo a empresa, os acionistas remanescentes seguem podendo alienar suas ações para a CMA Terminals Atlantic, em virtude da conclusão da oferta pública para aquisição de ações da companhia.

A nova aposta da ‘fábrica de bilionários’ do Brasil

 

A Weg, indústria catarinense de equipamentos elétricos conhecida como a “fábrica de bilionários” do Brasil, está com uma nova aposta para continuar crescendo. A empresa vai começar a vender na Europa recarregadores de bateria de veículos elétricos fabricados na região.

“Começamos a operação de ‘ev charge’ na Europa e, a partir do ano que vem, já teremos produtos no mercado fabricados na Europa seguindo o padrão da linha Wemob e adaptados às legislações locais”, afirmou o diretor superintendente de digital e sistemas da Weg, Carlos Grillo.

Nos Estados Unidos, a Weg tem focado em veículos “vocacionais”, como os utilizados por operadores de aeroportos, disse o executivo, citando um início de expansão global da companhia brasileira no segmento de recarregamento de veículos elétricos.

No Brasil, a companhia tem atuado no segmento focando nos recarregadores para veículos elétricos usados por operadores de redes de recarga e também junto a montadoras de ônibus elétricos.

Citando uma frota brasileira de ônibus elétricos em expansão, atualmente com 1.168 veículos, Grillo afirmou que essa frota começa a se espalhar para outros Estados, além da concentração em São Paulo e que a empresa detém 60% de participação nessa frota.

Crescimento global

O presidente da Weg, Alberto Kuba, afirmou que o maior desafio para a empresa atualmente é se o mundo parar de crescer, porém a empresa não tem visto isso, apesar dos impactos da guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos neste ano.

“Não vimos o mundo parar de crescer e vemos crescimento na maioria das geografias”, disse o executivo. Kuba citou sem dar detalhes, porém, que alguns projetos estão sendo adiados…dada toda a incerteza que está acontecendo no mundo”.

Fábrica de bilionários

Além de produzir equipamentos elétricos e ter uma atuação global, a empresa ficou conhecida por produzir um grande número de bilionários brasileiros. Na lista mais recente da revista Forbes, a companhia conta com 32 nomes, em uma lista que apresenta 300 bilionários. É como dizer que de cada 10 bilionários do Brasil, um tem sua fortuna vinda do grupo catarinense.

E não é só isso. Dos 300 nomes listados, menos de 10% – um total de 27 – possuem idade inferior a 30 anos. Desses 27, sete estão ligados à Weg.

Embraer entrega 62 aviões e registra melhor 3º trimestre desde 2016

 


Embraer entrega 62 aviões e registra melhor 3º trimestre desde 2016
Foto: Chris, Norfolk – 62 aviões

 

 

A Embraer divulgou nessa quinta-feira (2), que realizou a entregou 62 aeronaves no terceiro trimestre de 2025, alcançando o melhor resultado para o período desde 2016, segundo a própria empresa. O número supera as 61 entregas do segundo trimestre e as 59 do mesmo período de 2024.

No setor de Aviação Comercial, foram entregues 20 jatos, sendo 11 do modelo E195-E2, considerado pela empresa o maior avião em produção no segmento.

Na Aviação Executiva, a Embraer registrou 41 entregas, destacando o Phenom 300, apontado pela companhia como o jato leve mais rápido em produção e líder de mercado há 13 anos, com 20 unidades entregues.

No segmento de Defesa & Segurança, a companhia completou a entrega de uma unidade do KC-390 Millennium, aeronave de transporte militar de última geração.

Para o restante de 2025, a Embraer projeta entregar entre 77 e 85 aeronaves na Aviação Comercial e entre 145 e 155 jatos na Aviação Executiva, com crescimento projetado em relação ao ano anterior, conforme informado pela empresa.


Casa Branca volta a afirmar que democratas são culpados pela paralisação do governo dos EUA

 Imagem colorida de Karoline Leavitt - Metrópoles

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, voltou a afirmar nesta sexta-feira, 3, que a culpa da paralisação do governo dos EUA é dos democratas. “É preciso apenas cinco democratas para fazer a coisa certa”, disse à respeito da nova votação para aprovar o orçamento federal na tarde desta sexta. Em coletiva de imprensa, Leavitt acrescentou que o diretor de Orçamento de Donald Trump, Russell Vought, está discutindo as consequências de uma paralisação contínua e possíveis demissões em massa.

Regulamentação da tributária deve ser aprovada na Câmara com apoio do governo, diz secretário

 

O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, disse nesta sexta-feira, 3, que houve mudanças inesperadas no projeto de regulamentação da reforma tributária aprovado pelo Senado, mas que o governo deve apoiar a aprovação desse texto na Câmara. “Entraram algumas coisas que não estavam previstas, mas, no geral, eu acho que os objetivos da reforma, que eram neutralidade, simplicidade e eficiência, estão totalmente preservados. E o texto que foi aprovado no Senado deve ser aprovado na Câmara com o apoio do governo”, disse em entrevista à GloboNews.

Ele também elogiou a reforma administrativa que está em discussão na Câmara dos Deputados, dizendo que ela vai na direção certa. Criticou os excessos de “penduricalhos” em algumas carreiras que levam salários até a passar o teto constitucional. “Os supersalários que a gente vê nos diversos poderes, ultrapassando o teto, são um absurdo”, afirmou.

Perguntado se a agenda legislativa da Fazenda poderia ser comprometida com a proximidade das eleições do ano que vem, Pinto afirmou que seria a hora de focar em reformas microeconômicas. Para ele, são essas reformas que podem ajudar a reduzir o custo do crédito no País, derrubando o spread bancário.

“A Selic está hoje em 15%. Mas o custo médio bancário do Banco Central é de 25%. Então, a gente tem que lutar para reduzir a Selic, mas temos 10 pontos porcentuais de spread bancário que precisamos atacar. Isso dói muito na vida do empresário e da população”, declarou Marcos Pinto.

O secretário afirmou que vê espaço para que o governo avance com as pautas microeconômicas no Congresso ainda em 2025 e em 2026 mesmo com as eleições do próximo ano.

IOF

Marcos Pinto disse ainda que o governo deve ceder em vários pontos na Medida Provisória (MP) alternativa à alta do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). “Realmente a gente vai ceder em vários pontos, inclusive reduzindo a tributação dos títulos que a gente propôs para os títulos isentos”, comentou.

Segundo ele, há uma resistência muito grande no Congresso a aumentar o imposto principalmente das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), apesar de essas isenções resultarem em uma renúncia fiscal de R$ 40 bilhões.

“Os setores que são beneficiados por essa medida, por essa isenção, como o setor agrícola, o setor imobiliário, estão resistindo bastante. É muito provável que a gente tenha que ceder nesse ponto, senão, em tudo, pelo menos uma boa parte da aplicação que a gente está propondo”, declarou.

Ainda assim, ele afirmou que o Congresso deve se sensibilizar e encerrar as negociações até a próxima quarta-feira, 8. “Eu acredito que o Congresso vai ser sensível aos nossos apelos. A gente vai concluir uma boa negociação até quarta-feira”, disse.

A vitória agridoce do agronegócio em aprovação de isenção do Imposto de Renda

Guilherme Amado - do PlatôBRi

 
 

A aprovação do projeto de isenção do Imposto de Renda, na quarta-feira, 1º, rendeu vitórias e derrotas à bancada do agronegócio. A frente parlamentar do setor negociava com Arthur Lira emendas ao projeto em temas importantes ao agro, como a taxação de títulos de investimento do agronegócio.

O relatório aprovado na Câmara garantiu duas vitórias centrais ao agro: a tributação do produtor rural passa a ser baseada no lucro, e não no faturamento, e os rendimentos de títulos do setor — como LCA, CRA, CDCA, CDA/WA, CPR e Fiagro — ficaram fora da base de cálculo do imposto mínimo.

No plenário, das mais de cem emendas apresentadas pelos parlamentares, apenas três foram acolhidas por Lira. Pontos pleiteados pelo agro ficaram de fora, como a emenda mais cara ao setor: a faixa de isenção do Imposto de Renda para produtores pessoas físicas com receita anual de até R$ 508 mil, corrigida pelo IPCA.

Também caíram as propostas de atualizar automaticamente os gatilhos de tributação e de flexibilizar a distribuição de lucros acumulados, ambas demandas do agronegócio.

Aprovado na Câmara, o texto segue para o Senado, onde o agronegócio já se articula para tentar reinserir parte das demandas.