quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Subsidiária do BB nos EUA vai oferecer serviços bancários a clientes da Galapagos Advisory

 Ficheiro:BB-logo1 (cropped).jpg – Wikipédia, a enciclopédia ...

O BB Americas Bank, subsidiária do Banco do Brasil nos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira, 8, uma parceria para oferecer uma carteira de serviços bancários aos clientes da Galapagos Advisory, afiliada da Galapagos Capital, no mercado americano.

O acordo concede a brasileiros e latino-americanos, residentes ou não nos EUA, o acesso a múltiplas soluções financeiras, como abertura de conta corrente, além de cartão de crédito com a marca conjunta Galapagos Capital e BB Americas Bank. Crédito pessoal e financiamento imobiliário também estão entre os produtos oferecidos. Os serviços estarão disponíveis em uma plataforma digital com atendimento em português, inglês e espanhol

“Com essa parceria, poderemos atender uma base de clientes altamente qualificada por meio da Galapagos Capital, oferecendo a melhor solução de banking nos EUA para brasileiros e latino-americanos”, afirmou o CEO do BB Americas Bank, Mario Fujii.

A parceria é mais uma etapa do fortalecimento da atuação internacional do BB. Com sede em Miami, na Flórida, o BB Americas Bank abriu um segundo escritório em Orlando, no mesmo Estado americano, em fevereiro. A subsidiária tem cerca de 70 mil clientes e administra US$ 3,2 bilhões em ativos. No ano passado, o BB Americas teve lucro de US$ 47 milhões.

O acordo também aprofunda os planos de internacionalização da Galapagos Capital, companhia global de investimentos que tem a gestão patrimonial como um dos pilares. A Galapagos atende mais de 50 mil clientes, com cerca de R$ 32 bilhões sob gestão.

“Estamos comprometidos em ampliar a proposta de valor da Galapagos Capital, integrando as soluções bancárias do BB Americas à nossa plataforma de Wealth Management, com suporte local nos Estados Unidos e padrão internacional de atendimento”, disse o sócio da Galapagos Capital responsável pela área internacional, Bruno Carvalho.

Crise do metanol: governo determina que plataformas de e-commerce suspendam vendas de destilados

 

A ideia é que as empresas suspendam temporariamente os anúncios e a comercialização desses produtos e que revisem os mecanismos internos de verificação para impedir a oferta de bebidas sem comprovação de procedência. Foi determinada ainda a retirada de anúncios de lacres, tampas, selos e garrafas não colecionáveis, frequentemente utilizados em esquemas de falsificação.

As plataformas terão 24 horas, a partir da notificação, para informar à Senacon as providências adotadas e detalhar as ações de controle e segurança implementadas.

Responsabilidade das empresas

O governo considera que as plataformas de vendas on-line têm papel fundamental na garantia de segurança e origem dos produtos que chegam aos consumidores. Isso significa que as empresas precisam assegurar que todas as bebidas vendidas sejam originais, fabricadas e distribuídas por fornecedores regulares, com rótulos e registros adequados.

“A comercialização de bebidas falsificadas ou adulteradas é considerada uma infração grave e pode resultar em multas, punições administrativas e processos criminais. Além de violar as normas de defesa do consumidor, essas práticas colocam em risco a vida das pessoas, pois o consumo de bebidas adulteradas pode causar intoxicações graves e até mortes”, diz a nota do Ministério da Justiça.

O plano do governo é que as empresas de comércio eletrônico adotem sistemas de verificação mais rigorosos, além de mecanismos de rastreabilidade capazes de identificar a origem dos produtos. A responsabilidade das plataformas inclui atuar de forma preventiva, retirando do ar qualquer anúncio que apresente sinais de irregularidade ou que não comprove a procedência do produto.

A notificação das empresas integra um conjunto de medidas coordenadas pela Senacon para enfrentar os casos recentes de falsificação e adulteração de bebidas destiladas com metanol. Entre as medidas, a pasta emitiu recomendação preventiva a estabelecimentos do setor e iniciou a notificação de comércios que venderam produtos suspeitos, solicitando informações sobre origem, fornecedores e procedimentos de controle, com o objetivo de rastrear a cadeia de comercialização e garantir a segurança dos consumidores.

Como parte das ações integradas, a Secretaria também reuniu representantes do setor de bebidas e do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC) para fortalecer a cooperação, intensificar a fiscalização, promover campanhas de orientação e estimular denúncias, ampliando a rede de proteção contra o consumo de bebidas adulteradas.

Petrobras anuncia investimento de R$ 2,6 bi na Bahia em embarcações e fertilizante

 

A Petrobras anuncia nesta quarta-feira, 8, investimentos de R$ 2,6 bilhões na Bahia, destinados à encomenda de embarcações e à reabertura da Fábrica de Fertilizantes (Fafen) no Estado. Uma coletiva de imprensa com a presidente da estatal, Magda Chambriard, às 15 horas, antecede a visita da quinta-feira, 9, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Estaleiro Enseada, em Maragogipe, no Recôncavo Baiano.

No evento de quinta-feira também será assinado um protocolo de intenções para a realização de estudos de viabilidade que avaliarão o uso do canteiro de obras de São Roque do Paraguaçu, no mesmo município, como área de acostamento para plataformas em processo de descomissionamento da Petrobras.

Em dezembro de 2024, o Estaleiro Enseada, às margens do rio Paraguaçu, foi selecionado como parceiro de construção naval da Compagnie Maritime Monegasque (CMM) em licitação para entregar seis navios híbridos multipropósito de grande porte (5.000 DWT), tipo PSVs-OSRVs, à Petrobras.

Em setembro, a Petrobras concluiu a licitação para contratação de serviços de operação e manutenção (O&M) das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia e Sergipe. O retorno das operações está previsto para ocorrer até o final de 2025.

No evento da quinta, com o presidente Lula, o Ministério de Portos e Aeroportos anunciará investimento de R$ 611,7 milhões na construção de 80 embarcações destinadas à expansão das atividades do setor naval e aquaviário.

Desse total, R$ 550,5 milhões virão do Fundo da Marinha Mercante (FMM). O financiamento tem potencial para gerar mais de 2 mil empregos diretos.

Até o momento, quatro embarcações foram concluídas e outras três estão em construção, informou o Planalto.

De refugiado a Nobel: químico celebra o poder da ciência para reduzir desigualdades

 

Nascido no seio de uma família de refugiados palestinos com pouca formação acadêmica, o vencedor do Prêmio Nobel de Química de 2025, Omar M. Yaghi, celebrou nesta quarta-feira (8) o poder da ciência para reduzir desigualdades.

O químico jordaniano-americano, nascido na capital da Jordânia, Amã, em 1965, foi laureado nesta quarta-feira ao lado do japonês Susumu Kitagawa e do britânico Richard Robson, pelo desenvolvimento das estruturas metal-orgânicas, que têm muitas aplicações práticas, como por exemplo para recuperar água do ar, capturar dióxido de carbono ou armazenar gases tóxicos.

Ao falar sobre sua vida em uma entrevista à Fundação Nobel, Yaghi relatou: “Cresci em uma casa muito modesta, éramos dez em um pequeno cômodo que compartilhávamos com o gado que criávamos”.

Seu lar não tinha eletricidade nem água encanada e sua mãe não sabia ler nem escrever. Aos 15 anos, partiu para os Estados Unidos, seguindo o conselho de seu exigente pai.

Ele conta que tinha apenas 10 anos quando descobriu a química, ao escolher por acaso um livro na biblioteca de sua escola. Ao abri-lo, interessou-se por algumas imagens incompreensíveis e ao mesmo tempo fascinantes: as estruturas moleculares.

“É uma jornada extraordinária e a ciência te permite alcançá-la (…). A ciência é a maior força niveladora do mundo” a serviço da igualdade de oportunidades, disse.

“Pessoas inteligentes, talentosas e competentes existem em todos os lugares. Devemos realmente focar em extrair seu potencial oferecendo-lhes oportunidades”, insistiu o laureado.

“Comecei minha carreira independente na Universidade Estadual do Arizona e meu sonho era publicar pelo menos um artigo que fosse citado 100 vezes. Hoje, meus estudantes dizem que nosso grupo acumulou mais de 250.000 citações”, celebrou.

Foi nessa universidade que ele começou seus estudos e seu grupo de pesquisas conseguiu extrair água do ar desértico do Arizona. Atualmente trabalha na Universidade da Califórnia, em Berkeley.

“A beleza da química reside no fato de que, se você aprende a controlar a matéria em nível atômico e molecular, o potencial é enorme, encontramos uma mina de ouro dessa forma, e o campo se desenvolveu”, acrescentou Yaghi.

Crise do metanol: Consumo de destilados cai 70% em SP; vinho e espumante crescem

 

Os casos de bebidas destiladas contaminadas com metanol mudaram hábitos de consumo na capital paulista, segundo estudo enviado em primeira mão para a IstoÉ Dinheiro pela Zig, plataforma de soluções tecnológicas e financeiras e para o mercado de entretenimento ao vivo, parceira de vários estabelecimentos no país.

Entre 29 de setembro e 4 de outubro, logo após as primeiras notícias sobre os casos de intoxicação, houve uma queda de 70% nas compras de destilados em bares e restaurantes em relação aos sete dias anteriores. Gim (-77%), vodka (-75%) e rum (-72%) lideraram a queda, como demonstra o gráfico a seguir:

 

 

Variação do consumo de bebidas na semana após eclodir a crise do metanol (29/09 a 04/10). Os dados trazem comparação com a semana anterior (22 a 27/09)

A Zig identificou ainda um aumento no consumo de outras categorias, que conseguiu repor parte das perdas com as vendas de destilados. Os crescimentos mais expressivos ocorreram nos espumantes (58,28%), vinho (36,15%) e nos “ready to drink” ou RTDs (29,48%), categoria que abrange drinques enlatados prontos com álcool destilado.

Embora o consumo de cerveja tenha avançado apenas 7,05%, sua participação no total de bebidas vendidas saltou de 46,84% para 68,34%. Esse grande aumento na bebida alcoólica que já é preferida dos brasileiros se deve à drástica redução nas vendas de destilados, que encolheram o volume total de bebidas comercializadas no período.

Metanol afeta faturamento

Ainda segundo a Zig, houve uma queda geral de 27% no faturamento dos estabelecimentos. A Associação de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel-SP) já havia apontado um dado similar, ao registrar que 26% dos seus associados tiveram queda nas vendas e destacar os mais dependentes da venda de drinks como principais afetados.

Os dados da Zig apontam que casas grandes e premium sofreram as quedas mais duras de faturamento. Os bairros com maior encolhimento nas vendas foram:

  • Itaim – 53,29%
  • Vila Madalena – 49,08%
  • Morumbi – 45,74%
  • Centro – 27,06%
  • Pinheiros – 21,73%

O consumo de destilados afundou em todos os horários e dias da semana, entre todas as faixas etárias. O público total dos estabelecimentos passou de 61.747 na semana anterior para 52.399 na semana da crise do metanol, uma variação negativa de 15,1%. O ticket médio foi de R$ 136 para R$ 118, uma queda de 13,2%.

O estudo da Zig analisou 393 mil pedidos feitos em 371 bares, restaurantes e casas noturnas no período. Ao todo, foram reunidas informações de 110 mil consumidores únicos.

 

 

79% são favoráveis à isenção do IR e 29% discordam de compensação por mais ricos

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 8, aponta que 79% dos entrevistados são favoráveis à isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil, enquanto 64% concordam em aumentar o imposto cobrado dos mais ricos para compensar a perda de arrecadação com a medida.

Por outro lado, 17% declararam ser contra a isenção e 29% discordam da tentativa de aumentar o imposto pago pelos mais ricos a título de compensação.

A isenção do IR foi proposta pelo governo Lula e aprovada pela Câmara dos Deputados na semana passada. Agora está em análise no Senado Federal. Além da isenção total, o texto prevê a desoneração parcial de quem recebe até R$ 7.350 e a cobrança de uma alíquota mínima para quem ganha mais de R$ 50 mil mensais.

O apoio ao projeto cresceu em comparação a julho, último mês em que a Quaest mediu a opinião popular sobre o tema. Na ocasião, 75% concordavam com a isenção do IR até R$ 5 mil e 21% eram contra. Já em relação ao aumento da alíquota de quem ganha mais, 60% concordavam e 34% discordavam.

A Quaest entrevistou presencialmente 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais entre os dias 2 e 5 de outubro. O nível de confiança é de 95%.

Cerca de dois terços (67%) disseram estar sabendo da proposta, contra 33% que não ouviram falar na medida. A maior parte dos entrevistados (49%) considera que o projeto representará uma “melhora pequena” nas respectivas finanças pessoais, enquanto 41% afirmam que a melhora será importante. Não souberam ou não responderam 10%.


terça-feira, 7 de outubro de 2025

Deve ocorrer conversa de ministros antes de reunião entre Lula e Trump, avalia Haddad

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (7) que deve haver conversas em nível ministerial antes de um encontro presencial entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump. Ele participa do programa Bom Dia, Ministro, da EBC, ligada ao governo.

“Até uma reunião presencial entre os presidentes, eu acredito que vai haver alguma conversa no nível ministerial para preparar esse encontro. Não existe reunião entre presidentes sem preparo prévio, não tem”, afirmou. Haddad reforçou que tudo no Brasil segue regras do Estado Democrático de Direito.

Para o ministro, a questão entre o Brasil e os Estados Unidos não é comercial por parte dos norte-americanos. Segundo ele, o Brasil não vai fazer uma negociação “item a item” do tarifaço, reforçando que é preciso superar a questão política para uma resolução ampla.

Ele também defendeu que desde o inicio o governo não previu um impacto macroeconômico com o tarifaço, mas que há empresas sofrendo com a medida dos EUA. Por isso, quanto mais rápido isso for superado, melhor. “O dia em que o tarifaço foi anunciado eu disse ‘olha não acredito que vai ter um impacto macroeconômico importante’. Eu acredito que vai ter um impacto microeconômico. Algumas empresas vão sofrer”, disse.