terça-feira, 11 de novembro de 2025

COP30/Frente da Educação: apenas 1 em cada 10 alunos sabe o que é COP30, diz pesquisa

 

Enquanto milhares de representantes de 194 países negociam saídas para as mudanças climáticas no evento das Nações Unidas (ONU) na capital paraense, apenas um em cada dez estudantes brasileiros até o ensino médio sabem o que é a COP30. Os resultados são de uma pesquisa da Frente Parlamentar Mista da Educação (FPME), em parceria com o Equidade.Info. Na rede privada o número de alunos que conhece a COP30 quadruplica.

O levantamento ouviu 3.127 alunos, 372 professores e 210 gestores de 198 escolas públicas e privadas em todas as regiões do País entre agosto e setembro deste ano. Segundo o estudo, embora sete em cada dez estudantes afirmem já ter ouvido falar em mudanças climáticas, apenas um terço consegue explicar o que o termo significa, enquanto outro um terço admite não saber nada sobre o tema.

Ainda assim, os alunos dizem que viveram muitos dias de calor extremo. Mais de 70% disseram ter passado por isso no último ano, mas 64% consideram que a escola os prepara pouco ou nada para lidar com essas situações. Entre os professores, a percepção é mais forte: 69% acreditam que as escolas não preparam adequadamente os estudantes para enfrentar os efeitos do aquecimento global.

O Norte, região que hospeda a COP30, é de onde vêm os estudantes mais bem informados sobre o tema, com 27% deles sabendo o que é o evento. No caso dos professores, esse número salta para 77%. O Nordeste apresenta os menores índices de conhecimento entre os alunos (4%) e docentes (52%).

Lucro do BTG salta 41,5% no 3º trimestre com receitas recordes

 

O BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina, reportou nesta terça-feira, 11, resultado acima das previsões de analistas para o terceiro trimestre do ano, marcado por lucro e receitas recordes, além de melhora em rentabilidade.

O lucro líquido ajustado saltou 41,5% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 4,5 bilhões, com as receitas totais crescendo 36,8% no período, para R$ 8,8 bilhões. Estimativas compiladas pela LSEG apontavam lucro de R$ 4,02 bilhões e receita de R$ 8,08 bilhões para o trimestre.

“O BTG Pactual continua nos surpreendendo e reportou mais um resultado excepcional”, afirmaram analistas do JPMorgan em relatório enviado a clientes.

O retorno ajustado anualizado sobre o patrimônio líquido médio alcançou 28,1%, de 27,1% no trimestre anterior e 23,5% um ano antes.

Na visão de analistas do Citi, mesmo diante de uma base de comparação elevada no início do ano, a sinalização de uma possível expansão do ROE em 2025 parece bastante factível.

“Com dois trimestres consecutivos registrando rentabilidade acima de 27%, os resultados do BTG elevam o patamar e demonstram que o perfil de lucratividade do banco continua a melhorar de maneira consistente e diversificada”, afirmou a equipe liderada por Gustavo Schroden em relatório a clientes.

Posição competitiva sólida

O balanço também mostrou forte expansão nas franquias de clientes ano a ano, com as áreas de Wealth Management & Personal Banking, Asset Management e Corporate Lending registrando receitas recordes de R$ 1,37 bilhão (+35,7%), R$ 747,5 milhões (+23,3% a/a) e R$ 2,15 bilhões (+25,8%), respectivamente.

No período, as áreas de fundos geridos e administração fiduciária registraram captações líquidas de R$ 33,5 bilhões, segundo o BTG, elevando os ativos sob gestão e administração (AuM/AuA) para R$ 1,15 trilhão, de R$ 1,09 trilhão no segundo trimestre e R$ 970 bilhões no mesmo período de 2024.

A divisão de Sales & Trading também alcançou um novo recorde, com R$ 1,94 bilhão (+16%), enquanto o risco de mercado (VaR) médio subiu para 0,30%, “refletindo a capacidade do banco de aproveitar oportunidades de mercado, dentro do apetite de risco e abaixo das médias históricas”.

A área de Investment Banking registrou receita de R$ 643 milhões, expansão de 69,2% ano a ano, o que o BTG relacionou a um volume recorde de operações em dívida corporativa (DCM) e à forte atuação em fusões e aquisições (M&A). Na base trimestral, porém, houve queda de 17,8%.

“O banco tem conseguido não apenas diversificar suas fontes de receita ao longo do tempo, mas também manter um ritmo consistente de crescimento, com alavancagem operacional e, de forma importante, alocando capital em novas oportunidades”, afirmaram analistas do Citi em relatório a clientes.

“Apesar de as condições de mercado não serem ideais, vemos o BTG ainda com boas perspectivas de crescimento e uma posição competitiva sólida. A capacidade do banco de gerar e acumular capital de forma orgânica deve continuar favorecendo suas perspectivas de expansão e sua abordagem oportunista.”

As despesas operacionais cresceram 30% ano a ano e 3% no trimestre, para R$ 3,37 bilhões, mas o índice de eficiência do banco melhorou para 34%, de 36% um ano antes e no segundo trimestre de 2025.

Crédito

A carteira de crédito total alcançou R$ 246,9 bilhões, representando crescimento de 3,8% no trimestre e de 17,4%. A carteira de pequenas e médias empresas atingiu R$29 bilhões, com expansão de 1,1% no trimestre e de 13% ano a ano.

“Apesar do crescimento mais moderado no crédito para PMEs, seguimos avançando na evolução da nossa plataforma de Business Banking, ampliando o portfólio de produtos e serviços — incluindo o lançamento do BTG Pay”, afirmou o banco no material de divulgação do balanço.

ADP: EUA perderam em média 11.250 empregos no setor privado nas 4 semanas encerradas em 25/10

 

O mercado de trabalho dos Estados Unidos mostrou sinais de fraqueza no fim de outubro, segundo dados da ADP divulgados nesta terça-feira, 11. A empresa informou que o setor privado perdeu, em média, 11.250 vagas nas quatro semanas encerradas em 25 de outubro. O levantamento aponta que o mercado “lutou para produzir empregos de forma consistente na segunda metade de outubro”.

O número faz parte de uma nova série semanal da ADP que busca capturar as variações de emprego no setor privado ao longo do mês.

Na leitura mensal divulgada na semana passada, a ADP havia estimado criação líquida de 42 mil empregos no setor privado em outubro, resultado ligeiramente acima da previsão de 38 mil de analistas consultados pela FactSet.

Os números da ADP, baseados em folhas de pagamento privadas, costumam antecipar a tendência do relatório oficial de emprego dos EUA (payroll), que reúne informações dos setores público e privado.

No entanto, a divulgação do payroll segue suspensa por tempo indeterminado devido ao shutdown do governo federal, informou anteriormente o Departamento do Trabalho.

A paralisação, em seu 42º dia, já comprometeu a publicação de vários indicadores econômicos e dificulta a leitura mais precisa do ritmo da economia norte-americana.

*Com informações da Dow Jones Newswires

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Grupo de Institutos, Fundações e Empresas divulga dados inéditos da filantropia climática

 

O Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) chega à Conferência das Partes (COP30), em Belém, com uma missão clara: mostrar como a filantropia brasileira vem se consolidando como força essencial na adaptação climática. Durante o evento, a organização lança dados inéditos sobre a atuação do Investimento Social Privado (ISP) na agenda climática e reforça o papel do setor na transição para uma economia mais justa e sustentável. Só em 2022, as organizações associadas ao GIFE mobilizaram recursos da ordem de R$ 5 bilhões direcionados a ações filantrópicas de impacto social.

“Este é um momento histórico que demanda a mobilização de toda a sociedade”, afirma o secretário-geral do GIFE, Cassio França. “A filantropia climática avança no Brasil, construindo pontes entre agendas ambientais, sociais e econômicas e reafirmando seu papel estratégico neste processo emergencial de adaptação climática, regeneração ambiental, transição para uma economia justa e redução das desigualdades”, completa.

O chamado “Roadmap Baku-Belém” – plano político e técnico que estabeleceu compromissos entre a COP29, no Azerbaijão, e a COP30, no Brasil – prevê a necessidade de US$ 1,3 trilhão em investimentos públicos e privados para apoiar as nações em desenvolvimento na implementação de suas metas climáticas até 2035.

Entretanto, o relatório Funding Trends 2024, da ClimateWorks Foundation, aponta que apenas 2% de todo o investimento filantrópico global é destinado à ação climática – um volume ainda insuficiente diante da crise crescente. No Brasil, contudo, 6% das organizações filantrópicas já investem diretamente na agenda climática, três vezes mais que a média mundial, segundo aponta o GIFE.

“O País dá um bom exemplo de incorporação do clima no universo filantrópico, cujo potencial de crescimento é expressivo”, observa França. “Estamos alinhados com o governo brasileiro: clima tem de estar relacionado a todos os demais temas sociais, culturais e econômicos”, complementa.

Durante a COP30, o GIFE coordena e participa de uma série de painéis e lançamentos. No dia 15 de novembro, promove o painel “O Papel e o Lugar da Filantropia no Financiamento Climático no Brasil”, com lançamento dos dados de clima do novo Censo GIFE 2024-2025. No dia 17 de novembro, participa da ação “Dia da Filantropia: parcerias inovadoras por um futuro sustentável”. No dia 18 de novembro, estará no debate “Filantropia em Ação: Acelerando Implementação e Impacto no Clima”, promovido pela WINGS, parceira do GIFE. E no dia 19 de novembro, lança os dados do Relatório de Monitoramento do Compromisso Brasileiro da Filantropia sobre Mudanças Climáticas, durante o painel “Filantropia Brasileira na Ação Climática”.

Capitaneado pelo GIFE, o Compromisso Brasileiro da Filantropia sobre Mudanças Climáticas é o primeiro documento desse porte em um país do Sul Global. “Além de estimular a ação climática no campo filantrópico, também estamos monitorando os avanços das fundações e dos institutos associados ao GIFE”, destaca França.

Ao assinarem o Compromisso, as organizações assumem o desafio de repensar suas práticas – da gestão interna às decisões de investimento, passando pelas estratégias de financiamento, comunicação e incidência.

Brasil prefere taxação de super-ricos a ‘CPMF global’ para chegar em meta climática, diz Haddad

 

O ministro da Fazenda Fernando Haddad afirmou nesta segunda-feira, 10, que o Brasil prefere a taxação do super-ricos do que a criação de um Imposto Global sobre Transações Financeiras, que está sendo chamado de CPMF global, para atingir a meta de US$ 1 trilhão por ano para a transição climática. 

A declaração foi dada durante entrevista a CNN Brasil, em que Haddad lembrou da ideia da taxação dos super ricos que o Brasil sugeriu no G20. 

“Vamos analisar todas as ideias na COP, não podemos recusar debater o que é trazido pelos demais países. Nós no G20 sugerimos a taxação dos super-ricos. Estamos tentando alcançar uma meta de US$ 1 trilhão e somente as 3 mil famílias mais ricas do mundo detém US$ 15 trilhões de riqueza, podendo gerar um fluxo de riqueza de US$ 300 bilhões por ano”, afirmou. 

A proposta brasileira partiu de um estudo do economista francês Gabriel Zucman e propõe um imposto mínimo de 2% da riqueza dos bilionários do mundo. 

Fundo de Florestas e Mercado de internacional são outras ideias brasileiras

 Ainda sobre a conferência, o ministro afirmou que essa está sendo a COP “mais pragmática da história” e que o debate sobre quem vai pagar a conta para a transição climática será longa e que é preciso “não vender ilusões”. Porém, ele acredita que os debates sobre o Fundo Tropical das Florestas (TFFF) e a criação de regras para um mercado internacional de carbono podem andar mais rápido. 

“Tivemos uma meta de US$ 10 bilhões sobre o Fundo Tropical de Florestas e já temos US$ 5,5 bi anunciados. China, Emirados Árabes e Países Baixos já se mostraram interessados em participar e acreditamos que depois do anúncio da Alemanha, vamos superar esse valor. A criação do mercado internacional de carbono também é uma ideia que pode crescer rápido”, acredita. 

Justiça decreta falência da Oi: ‘Impossibilidade de pagamento de dívidas’

O drama da Oi chegou ao seu último capítulo após quase uma década em recuperação judicial. Nesta segunda-feira, 10, foi decretada a falência da companhia, encerrando de vez o projeto da outrora super tele nacional.

A ordem foi expedida pela juíza Simone Gastesi Chevrand, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, decretando a convolação do processo de recuperação em falência.

“Não há mais surpresas quanto ao estado do Grupo em recuperação judicial. A Oi é tecnicamente falida”, descreveu.

No despacho, a magistrada apontou ainda para a liquidação ordenada dos ativos da Oi, visando maximizar o valor para pagamento do saldo remanescente junto aos credores. “Cessada a sanha de liquidação desenfreada, além da garantia da ininterrupção dos serviços de conectividade, é possível se proceder à sua liquidação ordenada, na busca da maximização de ativos em prol de todos aqueles atingidos pelo resultado deste processo”.

A juíza determinou a continuação provisória das atividades da Oi até que os serviços sejam assumidos por outras empresas.

Por enquanto, a operação da Oi ficará com um dos administradores judiciais do processo, o escritório Preserva-Ação, que já havia sido nomeado interventor após o afastamento da diretoria e do conselho da empresa. A Justiça também dispensou a continuidade dos serviços prestados pelos outros dois administradores (escritórios Wald e K2).

A decisão pela falência da Oi foi tomada após a empresa e o seu interventor apontarem uma situação de insolvência dos negócios, na sexta-feira, 7. As partes citaram a impossibilidade de a companhia arcar com o pagamento das dívidas, nem adotar medidas para dar um ânimo ao caixa.

Além disso, a Oi já havia descumprido partes do seu plano de recuperação em andamento. “A despeito de todas as tentativas e esforços, não há mínima possibilidade de equacionamento entre o ativo e o passivo da empresa. Não há mínima viabilidade financeira no cumprimento das obrigações devidas pela Oi”, afirmou Chevrand.

A juíza deu sinal verde para os credores convocarem uma assembleia na qual vão eleger um comitê para tratar da liquidação da empresa. Neste momento, ficam suspensas todas as ações e execuções contra a falida, segundo ordem judicial.

Antes de ir de vez à lona, a Oi chegou a pedir para flexibilizar as condições atuais de pagamento aos credores, mas isso não chegou a ser apreciado, dados os problemas observados.

“O que se verificou pelas contas apresentadas pela Administração Judicial é que a proposta de aditamento, ainda que viesse a ser aprovada pelos credores, não possuiria o condão de elidir a situação de insolvência vivenciada pelo grupo”, citou a juíza.

A Oi entrou em recuperação pela primeira vez em 2016, com R$ 65 bilhões de dívidas. Hoje, está na segunda recuperação, com mais de R$ 15 bilhões ainda a pagar em dívidas dentro e fora do processo de recuperação.

Há poucas semanas, a empresa fez o pedido de mudanças no plano de recuperação com vistas a flexibilizar os acordos com credores, o que não chegou a ser apreciado.

Além disso, a Oi se articulou para abrir um novo processo de recuperação nos Estados Unidos, também sem sucesso.

 

Assaí anuncia redução de investimentos para 2026

 


 Imagem destaque: Assaí anuncia redução de investimentos para 2026

 


 O Assaí Atacadista pretende investir cerca de R$ 700 milhões em 2026. Este valor é inferior ao estimado para este ano, que varia entre R$ 1 bilhão e R$ 1,2 bilhão. "A nova projeção considera o cenário macroeconômico atual e as expectativas de mercado para o próximo ano", afirma a rede. Além disso, segundo a companhia, a decisão faz parte da estratégia de continuidade de disciplina financeira e foco na redução da alavancagem. Mesmo com o corte no volume de investimentos, o Assaí manteve o plano de abrir 10 unidades em 2026 - mesmo número de inaugurações previsto para este ano.

 Entre julho e setembro, a rede abriu duas lojas no estado de São Paulo, localizadas em São José do Rio Preto e Osasco. Nos últimos 12 meses, foram inauguradas oito unidades. Além disso, na última semana, foram iniciadas as atividades de uma filial em Jacarepaguá (RJ), totalizando 305 lojas em operação.

 

 https://gironews.com/atacado-cash-carry/assai-anuncia-reducao-de-investimentos-para-2026/