segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Dino manda divulgar CPF de quem ganha salário via emendas para saúde

 Flávio Dino toma posse como ministro do Supremo Tribunal Federal

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira que as emendas coletivas para pagamento de pessoal na área da saúde devem seguir as mesmas regras de transparência e rastreabilidade que emendas individuais

Uma das principais ordens foi para que quem tiver o salário pago via emendas parlamentares tenha o nome e o Cadastro de Pessoa Física (CPF) publicados no Portal da Transparência, com a indicação dos valores que recebeu, desde que “observadas as balizas definidas pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)”, escreveu o ministro. 

Dino é relator de uma ação que trata especificamente de critérios de rastreabilidade e transparência para emendas. Além da lista de beneficiados, ele frisou que as emendas coletivas para pessoal de saúde precisam seguir regras já estabelecidas pelo Supremo, como a utilização de conta única e específica para cada modalidade de emenda. 

A decisão foi tomada após o Congresso ter aprovado, em novembro, uma nova resolução para disciplinar as emendas parlamentares ao Orçamento da União, substituindo a regra anterior, de 2006. A norma passou a autorizar a destinação de emendas de comissão e bancada para o pagamento de pessoal de saúde. 

Dino destacou ainda que a Constituição veda expressamente o uso de emendas individuais para pagamento de despesas com pessoal, havendo assim “forte plausibilidade de que o mesmo regime jurídico deva ser aplicado às emendas coletivas”. 

O ministro disse, porém, que sua atuação no momento se restringe aos critérios de rastreabilidade e transparência dessas emendas coletivas, cuja própria constitucionalidade deve ser analisada em ação própria

AgRural: plantio da safra de soja 2025/26 no Brasil alcança 94%

 

São Paulo, 8 – O plantio da safra brasileira de soja 2025/26 atingia 94% da área estimada, até quinta-feira passada (4), em comparação com 89% uma semana antes e 95% no mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento da AgRural.

Em Mato Grosso, onde o plantio já terminou, as chuvas da semana passada foram mais regulares, o que ajudou a melhorar a condição das lavouras. As precipitações também deram fôlego à semeadura do Matopiba (áreas dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e oeste da Bahia), que vinha atrasada em algumas áreas. No Rio Grande do Sul, em compensação, a baixa umidade deixa o alerta ligado para os produtores.

A AgRural apresentou uma revisão mensal para a safra 2025/26 na qual manteve a estimativa de produção de soja do Brasil em 178,5 milhões de toneladas. “O número baseia-se em aumento de 3,7% na área plantada, para 49,1 milhões de hectares, e linhas de tendência ajustadas de produtividade. Na segunda quinzena de dezembro, essas linhas serão substituídas por estimativas baseadas nas condições das lavouras”, explicou a AgRural.

A área estimada para a safra de milho verão 2025/26 (primeira safra) estava praticamente toda plantada no Centro-Sul do Brasil até quinta passada, restando por semear somente alguns poucos talhões de Goiás. Com a semeadura encerrada, o foco está no tempo mais seco e quente do Rio Grande do Sul, onde os produtores já temem perdas de produtividade em lavouras em fase reprodutiva.

No fim de novembro, a AgRural também divulgou sua primeira estimativa completa de área e produção de milho na temporada 2025/26. A produção total (primeira, segunda e terceira safras somadas) é calculada em potenciais 135,3 milhões de toneladas, em comparação com recorde de 141,1 milhões em 2024/25.

‘Starbucks chinesa’ promove ‘temporada brasileira’ após acordo bilionário de fornecimento de café

 

A Luckin Coffee, uma das maiores rede de cafés da China, está promovendo em dezembro a “Brazil Season” (ou ‘Temporada Brasil em tradução livre) com a marca “Café do Brasil” estampada em todos os seus copos de café vendidos em suas 30 mil unidades espalhadas pelo país asiático. Haverá também a distribuição de chaveiros e mini capivaras de pelúcia para quem comprar o café brasileiro.

A campanha faz parte de uma série de ações da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) para promoção comercial e da marca Brasil entre os consumidores chineses. A agência estima a venda total de 400 milhões de copos com a identidade brasileira.

Café

A proposta da Luckin Coffee é promover os grãos brasileiros comprados pela marca. Em junho do ano passado, o Brasil negociou um acordo para o fornecimento de até 120 mil toneladas, até o final daquele ano, a um valor de US$ 500 milhões. A Luckin Coffee também se comprometeu a promover o café brasileiro no mercado chinês. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, o presidente da Apex, Jorge Viana, e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, estiveram na China para firmar a parceria.

Antes disso, no final de 2023, os chineses estiveram em Cacoal, em Rondônia, para conhecer os cafés produzidos na Amazônia e compraram 4 mil sacas no programa Exporta Mais Brasil.

Um novo acordo com a rede foi negociado recentemente para a compra de 240 mil toneladas do grão do Brasil entre 2025 e 2029, a um valor recorde estimado de aproximadamente US$ 2,5 bilhões.

Segundo a Apex, entre janeiro e outubro deste ano, o Brasil exportou US$ 335,1 milhões de café não torrado para a China. O valor representa mais de 50% do total vendido ao país asiático durante todo o período de 2024, quando somou US$ 213,6 milhões.

 

 

Itaú compra participações de GPA, Casas Bahia e Assaí na financeira FIC

 

O Itaú Unibanco comunicou nesta segunda-feira que fechou acordo para comprar as participações do GPA, da Casas Bahia e do Assaí na Financeira Itaú CBD S.A. – Crédito, Financiamento e Investimento (FIC).

Em divulgações à parte, o GPA afirmou que preço pela aquisição da sua participação indireta na FIC é de R$260,1 milhões, enquanto Assaí disse que o preço a ser recebido pela sua fatia na financeira é de aproximadamente R$260 milhões.

O Itaú também disse que, por meio de subsidiária, firmou acordo para comprar a participação da Casas Bahia no Investcred.

Em fato relevante separado, a Casas Bahia disse que preço pela aquisição da totalidade das participações direta ou indiretamente detidas pela companhia na FIC e no Investcred é de cerca de R$266,1 milhões.

O Itaú afirmou que a efetivação das operações depende do cumprimento das condições suspensivas previstas nos instrumentos contratuais, incluindo a aprovação prévia pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pelo Banco Central.

Também citou que os clientes da FIC e do Investcred continuarão a ser atendidos normalmente por ambas as companhias nos termos dos contratos dos seus respectivos produtos até a data de fechamento das transações.

E acrescentou que os clientes continuarão a poder utilizar seus cartões de crédito nas lojas físicas e digitais do GPA, Casas Bahia e Assaí, bem como em todos os demais estabelecimentos comerciais. Eventuais alterações serão informadas através dos canais oficiais da FIC e do Investcred.

Mercado aumenta expectativa para o PIB em 2025 e projeta crescimento de 2,25%, mostra Focus

 

Os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a expectativa para a inflação de 2025. A expectativa passou de 4,43% para 4,40%, segundo mostrou pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira, 8. Para 2026, a previsão passou de 4,17% para 4,16%.

A meta para a inflação é de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.

Para o IPCA de 2027, a projeção foi mantida em 3,80%.

PIB Selic IPCA Focus

 

 

Selic e PIB

Para a taxa básica de juros, foi mantida a projeção de que a Selic fechará o ano no atual patamar de 15%. Já para 2026, a expectativa mudou. Depois de passar semanas apostando em uma taxa básica de juros em 12% ao ano, o mercado projeta agora uma Selic em 12,25%.

A última reunião do ano do Copom ocorre nos dias 9 e 10 de dezembro.

Já as expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mudaram. Após mais de quatro semanas esperando um crescimento de 2,16% para a economia brasileira, os economistas apostam agora que o PIB terá um avanço de 2,25% em 2025. Para 2026 também houve mudanças na projeção. Antes projetado em 1,78%, o crescimento do PIB para 2026 é estimado agora em 1,8%.

Dólar

Para o câmbio, a projeção para o final de 2025 e 2026 foram mantidas, respectivamente, em R$ 5,40 e R$ 5,50.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Como a baixa presença de mulheres nos tribunais afeta a punição de agressores

 

Decisões recentes em casos de violência contra a mulher reacendem debate sobre como a baixa presença feminina nos tribunais influencia resposta do sistema a agressões e feminicídios.Os casos de violência contra mulheres que repercutiram nos últimos dias reacenderam o debate sobre como o Judiciário brasileiro responde a episódios de agressão e feminicídio . Decisões recentes assinadas por magistrados do sexo masculino voltaram a expor um sistema formado majoritariamente por homens em posições de maior poder e com pouca presença feminina nos cargos superiores.

Um caso que ganhou notoriedade é o do influenciador Thiago da Cruz Schoba, conhecido como “Calvo do Campari”. Ele foi preso em flagrante por agressão e tentativa de estupro contra a namorada, mas acabou liberado por decisão provisória do juiz Renato Hasegawa Lousan, que aplicou medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha . A repercussão ocorreu em meio às declarações do influenciador, que difunde discursos do movimento redpill .

Outro caso ocorreu no fim do mês de novembro no Maranhão, onde um juiz colocou em liberdade Hayldon Maia de Brito, preso por agredir a ex-esposa na presença do filho do casal, que filmou a agressão.

No início do ano, outro magistrado determinou a soltura de um suspeito de agredir a companheira por considerar que a prisão teria sido motivada por “feminismo punitivista”.

As três decisões se somam a episódios que expõem divergências sobre interpretações jurídicas e a avaliação de comportamentos violentos contra mulheres.

Por que as mulheres ainda são minoria no Judiciário

Segundo dados mais recentes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), das 2.714 magistradas e magistrados em atividade em 2023, 1.038 eram mulheres, cerca de 38% do total – mesmo percentual de 2019.

Para a advogada criminalista e professora da Escola de Direito da PUCPR Renata Ceschin Melfi de Macedo, esse cenário é fruto de uma cultura institucional masculina, critérios de promoção pouco sensíveis às interrupções de carreira e redes internas de indicação – e afeta a forma como o sistema acolhe casos de violência contra mulheres.

A baixa presença feminina no Judiciário não é um fenômeno recente e reflete a forma como o sistema foi estruturado, segundo a especialista em Direito das Mulheres e advogada Antília Reis. Ela explica que o Direito foi concebido “por homens, para homens”, o que limitou o acesso e a permanência das mulheres nas carreiras jurídicas por muitos anos.

Reis destaca três barreiras que produzem esse cenário. A primeira é estrutural, em que concursos e promoções valorizam trajetórias associadas à disponibilidade integral, sem interrupções e sem carga de cuidado. A segunda é cultural, marcada pela resistência à presença feminina em posições de comando, sobretudo em áreas ligadas à persecução penal. A terceira é institucional, com processos de promoção pouco transparentes e sustentados por redes masculinas de influência.

“O resultado é esse funil onde quanto mais alto o cargo, menor a presença de mulheres”, diz a especialista.

A delegada Raquel Gallinati, diretora da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), reforça que as estruturas públicas, tanto no Judiciário quanto em carreiras correlatas, foram desenhadas segundo uma lógica patriarcal, num contexto que não considerava a participação feminina.

Segundo Gallinati, o cenário só começou a mudar quando o acesso ao ensino superior e aos concursos públicos passou a ser pautado exclusivamente pelo mérito, permitindo maior entrada de mulheres em carreiras jurídicas.

Julgamento imparcial x gênero

A distribuição de processos no Judiciário é feita por sorteio eletrônico para impedir que casos sejam direcionados a magistrados específicos. A regra é um dos pilares da independência judicial.

Mas, apesar disso, pesquisas recentes indicam que o gênero de quem julga pode influenciar a forma como casos de violência contra mulheres são analisados.

“Estudos internacionais, especialmente nos EUA e na Europa, indicam que tribunais com mais magistradas têm maiores taxas de condenação em crimes sexuais e menor tolerância com agressões”, destaca Reis.

Ela cita ainda outro estudo , com foco no Brasil, que constatou que um caso de violência doméstica designado a uma juíza tem mais chances de resultar em condenação do que um caso designado a um juiz com carreira semelhante.

A advogada pontua que algumas decisões desconsideram a palavra da vítima, relativizam a gravidade da agressão ou reproduzem estereótipos de gênero, e atribui as diferenças de julgamento ao machismo estrutural que permeia o sistema de justiça: afinal, magistrados e operadores do direito são formados dentro de uma cultura patriarcal, o que influencia avaliações, mesmo sem intenção declarada de discriminar.

“Tal contexto favorece a reprodução de vieses implícitos, dificultando o reconhecimento da violência de gênero em toda a sua gravidade e contribuindo para respostas judiciais que, por vezes, minimizam a dimensão estrutural da desigualdade, naturalizam comportamentos violentos ou deslocam a responsabilização do agressor para a vítima”, concorda Macedo, da PUCPR.

Segundo a professora, estudos que relacionam decisões mais ou menos duras ao gênero dos magistrados não revelam falhas individuais, e sim diferenças de repertório, formação e sensibilidade ao tema. Ela diz que a presença feminina melhora a resposta do Judiciário, mas precisa vir acompanhada de protocolos claros, equipes multidisciplinares e capacitação contínua.

Mas Reis ressalta que a presença de mulheres também é importante nas etapas anteriores ao julgamento, como atendimento e investigação. A advogada lembra que a maioria dos registros iniciais em delegacias ainda é feita por homens, e que o acolhimento inadequado no primeiro contato repercute em todo o processo.

Essas evidências sustentam iniciativas do CNJ, como o julgamento com perspectiva de gênero, que busca reduzir distorções e estabelecer critérios uniformes para casos de violência contra mulheres.

Para as especialistas, reconhecer o impacto do gênero nas decisões não compromete a imparcialidade do Judiciário, mas ajuda a construir um sistema capaz de responder de forma adequada à violência que atinge mulheres em todo o país.

Protagonismo feminino impulsionou avanços

Diversas mudanças estruturais no enfrentamento à violência contra a mulher surgiram de articulações de mulheres, tanto em ambientes institucionais quanto nas ruas. Esses movimentos foram decisivos para alterar normas, criar mecanismos de proteção e ampliar a resposta do Estado em casos de violência de gênero.

Entre os avanços estão a Lei Maria da Penha, que consolidou medidas protetivas e padronizou o atendimento em todo o país; a tipificação do feminicídio e, mais recentemente, da violência psicológica e do stalking; a criação e expansão das delegacias especializadas e das varas de violência doméstica; a criação de pastas nas esferas de governo dedicada às mulheres e a Central de Atendimento Ligue 180, para denunciar violência contra a mulher.

Segundo Macedo, da PUCPR, observatórios, centros de pesquisa e programas de capacitação liderados por mulheres têm sido fundamentais para produzir dados e influenciar decisões.

Feminicídio x aplicação na prática

Dez anos após a tipificação do crime de feminicídio, o Brasil avançou em padronização jurídica, maior visibilidade pública sobre o tema e melhoria na produção de dados, segundo as especialistas ouvidas pela DW.

Reis ressalta que houve aumento do rigor nas penas e maior uniformização dos entendimentos nos tribunais, mas lembra que, apesar desses progressos, mulheres seguem morrendo mesmo após pedir ajuda.

“Medidas protetivas não são fiscalizadas de forma adequada, o monitoramento eletrônico falha, e a resposta policial continua lenta. Em cidades pequenas, a falta de delegacias especializadas, equipes treinadas e casas-abrigo deixa mulheres sem acesso ao atendimento básico”, diz.

As Delegacias Especializadas da Mulher, criadas justamente para enfrentar esse cenário, são consideradas uma das mudanças mais relevantes. Equipes majoritariamente femininas e capacitadas garantem acolhimento sem julgamento, identificação de sinais invisíveis de violência e registro qualificado das denúncias. A advogada destaca que o atendimento humanizado aumenta a probabilidade de a vítima, ou pessoas próximas, formalizarem a denúncia, reduzindo o risco de escalada da violência.

Para Gallinati, da Adepol, é importante frisar que o feminicídio não surge de um único episódio. Trata-se do estágio final de um ciclo prolongado, marcado por agressões normalizadas, coação psicológica e dependência emocional.

Ela pontua que o aumento dos registros na última década é reflexo tanto da tipificação recente quanto da continuidade da violência motivada pelo fato de as vítimas serem mulheres. E diz que o Estado ainda custa a criar condições reais para que a lei seja aplicada, enquanto a sociedade segue minimizando sinais prévios, como perseguição e ameaças, o que favorece a repetição do ciclo da violência.

Petrobras realiza primeiras entregas de SAF no Galeão e antecipa exigência global

 

A Petrobras realizou suas primeiras entregas de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, após ter se tornado a primeira a produzir o combustível integralmente no país.

Foram comercializados pela petroleira 3 mil metros cúbicos de SAF com distribuidoras que atuam no aeroporto, o equivalente a um dia de consumo nos aeroportos do Estado do Rio de Janeiro, informou a companhia nesta sexta-feira.

O anúncio vem após a Vibra Energia (ex-BR Distribuidora), ter anunciado em novembro que começou a abastecer com SAF importado dois voos diários partindo de Salvador (BA), transformando o aeroporto dessa cidade no primeiro do Brasil a utilizar o combustível sustentável de aviação em operações comerciais.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou em nota nesta sexta-feira que a iniciativa da petroleira busca antecipar o atendimento a regras globais e domésticas que passam a valer em 2027, quando companhias aéreas no Brasil serão obrigadas a usar esse tipo de combustível.

O SAF das primeiras entregas foi produzido por meio de coprocessamento na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, certificada para produzir e comercializar o combustível. A unidade tem autorização da reguladora ANP para incorporar até 1,2% de matéria-prima renovável na produção de SAF por essa rota.

A Petrobras afirmou que está certificada para o uso de óleo técnico de milho (TCO), uma matéria-prima residual, ou óleo de soja, com uma redução prevista nas emissões líquidas de CO2 de até 87% na parcela renovável. O produto obtido, segundo a empresa, é quimicamente idêntico ao combustível mineral, mas com uma parcela derivada de matéria-prima sustentável.

A Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP), já realizou testes para a produção de SAF pela rota de coprocessamento de óleo vegetal com correntes tradicionais de petróleo.

Além disso, a previsão é que, ainda em 2026, a Refinaria de Paulínia (Replan), no Estado de São Paulo, e a Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais, também passem a produzir e comercializar o combustível.