
Tanque de armazenamento de SAF na Refinaria Duque de Caxias (Reduc) (Crédito: Francisco de Souza/ Agência Petrobras)
A Petrobras realizou suas primeiras entregas de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, após ter se tornado a primeira a produzir o combustível integralmente no país.
Foram comercializados pela petroleira 3 mil metros cúbicos de SAF com distribuidoras que atuam no aeroporto, o equivalente a um dia de consumo nos aeroportos do Estado do Rio de Janeiro, informou a companhia nesta sexta-feira.
O anúncio vem após a Vibra Energia (ex-BR Distribuidora), ter anunciado em novembro que começou a abastecer com SAF importado dois voos diários partindo de Salvador (BA), transformando o aeroporto dessa cidade no primeiro do Brasil a utilizar o combustível sustentável de aviação em operações comerciais.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou em nota nesta sexta-feira que a iniciativa da petroleira busca antecipar o atendimento a regras globais e domésticas que passam a valer em 2027, quando companhias aéreas no Brasil serão obrigadas a usar esse tipo de combustível.
O SAF das primeiras entregas foi produzido por meio de coprocessamento na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, certificada para produzir e comercializar o combustível. A unidade tem autorização da reguladora ANP para incorporar até 1,2% de matéria-prima renovável na produção de SAF por essa rota.
A Petrobras afirmou que está certificada para o uso de óleo técnico de milho (TCO), uma matéria-prima residual, ou óleo de soja, com uma redução prevista nas emissões líquidas de CO2 de até 87% na parcela renovável. O produto obtido, segundo a empresa, é quimicamente idêntico ao combustível mineral, mas com uma parcela derivada de matéria-prima sustentável.
A Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP), já realizou testes para a produção de SAF pela rota de coprocessamento de óleo vegetal com correntes tradicionais de petróleo.
Além disso, a previsão é que, ainda em 2026, a Refinaria de Paulínia (Replan), no Estado de São Paulo, e a Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais, também passem a produzir e comercializar o combustível.
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