sexta-feira, 29 de março de 2019

A saída à suíça da Roche


Depois de 88 anos no Brasil, a farmacêutica decide fechar as portas de sua única fábrica no país e vai importar os medicamentos que vende por aqui.

 

 

A saída à suíça da Roche
Em 2015, a única fábrica do grupo farmacêutico suíço Roche no Brasil, instalada em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, celebrava um aporte de R$ 300 milhões destinado à modernização das instalações. “O Brasil é a afiliada que mais cresce entre os mercados emergentes. Este investimento reforça o nosso compromisso com a América Latina e está totalmente alinhado à nossa estratégia no País”, disse o presidente do Conselho de Administração do Grupo, Dr. Christoph Franz, durante o evento. Quatro anos depois, a estratégia da companhia parece ter mudado. Na segunda-feira 25, a Roche anunciou que vai fechar a fábrica e encerrar totalmente a produção de medicamentos no Brasil até 2024. A multinacional fabrica remédios por aqui desde 1931.

Em resposta aos questionamentos enviados pela DINHEIRO, a empresa diz que o fechamento da unidade está relacionado ao plano global de inovações da empresa e às transformações no portfólio de medicamentos. A ideia da farmacêutica é concentrar as apostas em produtos inovadores e de baixo volume de produção para tratamentos complexos. A Roche produz no País remédios como Bactrim, Rivotril e Lexotan, que são itens de baixa complexidade e alta tiragem. “Continuaremos trabalhando em parceria com governos, clientes e demais agentes da sociedade na incorporação de nossas inovações ao mercado brasileiro e geração de acesso à saúde”, disse, em nota, o presidente da Roche Farma Brasil, Patrick Eckert. Na prática, a companhia vai continuar atuando no Brasil com sua sede administrativa em São Paulo e o centro de distribuição em Goiás, mas só com a venda de produtos importados.

É um movimento que faz sentido para as empresas do setor. Há 20 anos, os medicamentos genéricos causaram uma revolução na indústria farmacêutica, levando algumas empresas a investir mais em áreas complexas, como câncer e diabetes. O problema é que o custo com pesquisas clínicas aumentou e o valor de desenvolvimento de um novo produto passou a custar mais de U$ 1 bilhão, segundo dados do Sindusfarma (Sindicato de Produtos Farmacêuticos). Resultado? A indústria entra em colapso e não consegue se desenvolver. “O Brasil tem a maior carga tributária para medicamentos do mundo”, diz Nelson Mussolini, presidente-executivo da Sindusfarma. O professor e economista Otto Nogami, do Instituto de Pesquisas Econômicas (Insper), concorda que isso tira a competitividade nacional no setor. “Fica muito mais barato produzir os remédios no exterior e depois importá-los para a distribuição no mercado interno.”
Patrick Eckert, Presidente da Roche Farma Brasil: “Continuaremos trabalhando na incorporação de nossas inovações ao mercado brasileiro e geração de acesso à saúde ” (Crédito:Divulgação)
MAIS INCENTIVOS A preocupação dos especialistas é que o movimento seja seguido por outros laboratórios. A consequência seria desastrosa, já que o segmento gera cerca de 90 mil empregos diretos, 500 mil indiretos e movimenta mais de R$ 62,3 bilhões em vendas por ano. “Quando as indústrias deixam de produzir aqui, o governo também para de recolher impostos e o orçamento público fica comprometido”, afirma Nogami. “A operação só é viável no Brasil na medida em que o Estado oferece soluções competitivas.”

No caso da Roche, 440 pessoas que trabalham na fábrica de Jacarepaguá ficarão com os empregos comprometidos. A companhia, no entanto, diz que não haverá demissões em 2019 e que os colaboradores “receberão o melhor suporte possível” no período de transição.
Para Nelson Mussolini, há espaço para que as farmacêuticas cresçam no País, já que o aumento da expectativa de vida do brasileiro na última década tem elevado o consumo de produtos para saúde. Mas para que esse cenário se concretize, o governo precisa flexibilizar a regulação de preços para que as farmacêuticas aumentem a rentabilidade e consigam inovar. “Existem novas formas e tecnologias para trazer mais eficiência aos medicamentos, mas para isso é necessário ter mais incentivos”, diz Mussolini.

China e EUA retomam ‘produtiva’ rodada de negociações comerciais



China e EUA retomam ‘produtiva’ rodada de negociações comerciais
O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin (c), e o representante americano para o Comércio, Robert Lighthizer (d), em 28 de março de 2019 em Pequim. - AFP
Negociadores de China e Estados Unidos retomaram nesta sexta-feira as conversações em Pequim para superar a áspera disputa comercial entre as duas maiores economias do planeta.

Ao deixar o hotel para mais um dia de negociações, o secretário americano do Tesouro, Steven Mnuchin, declarou que as discussões da véspera foram “muito produtivas”.

“É um prazer vê-lo novamente”, disse Mnuchin ao seu interlocutor chinês, o vice-primeiro-ministro Liu He, antes da reunião desta sexta-feira.

A delegação dos EUA inclui ainda o Representante Americano para o Comércio, Robert Lighthtizer.

Os dois países buscam superar suas divergências. A principal queixa americana é que a China utiliza práticas desleais de comércio, como os enormes subsídios a suas empresas e a transferência de tecnologia estrangeira.
Liu liderará a delegação chinesa na próxima rodada de negociações, prevista para a próxima semana, em Washington.

Embora o presidente americano, Donald Trump, tenha expressado recentemente a esperança de conseguir assinar em breve um acordo com o colega chinês, Xi Jinping, as negociações se arrastam, sem chegar aos temas substanciais do desentendimento.

Os dois gigantes econômicos adotaram em 2018 reciprocamente tarifas de importação totalizando 360 bilhões de dólares, um duelo que afetou a indústria e a agricultura dos dois países, com efeitos colaterais para diversas outras economias.

Trump deu a entender que as tarifas adotadas por Washington poderiam ser mantidas mesmo no caso de um acordo, para verificar se a China cumpre com sua parte.

Pequim, no entanto, aprovou medidas para atender as reclamações americanas.

No início de março, o Parlamento chinês aprovou uma lei que protege as empresas estrangeiras da necessidade de transferir tecnologia, uma das principais queixas do governo dos Estados Unidos.

O primeiro-ministro chinês Li Keqiang reiterou na quinta-feira o compromisso de aumentar as sanções aos que violam a propriedade intelectual, um tema central na disputa com Washington.



https://www.istoedinheiro.com.br/china-e-eua-retomam-produtiva-rodada-de-negociacoes-comerciais/

Por Previdência, empresários se mobilizam








Por Previdência, empresários se mobilizam
Diante da série de desentendimentos que colocou em xeque a aprovação da reforma da Previdência e levou o dólar a superar a marca de R$ 4 na manhã dessa quinta-feira, 28, empresários e altos executivos se mobilizaram nos últimos dias para conversar com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), na tentativa de pôr a proposta, considerada vital para a retomada do crescimento da economia, de volta ao foco das lideranças em Brasília.

Em movimentos paralelos, tanto individuais como de pequenos grupos, empresários se aproximaram de Bolsonaro, Maia e do ministro da Economia, Paulo Guedes, na intenção de reforçar a importância de o governo agir em uma mesma direção.

Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, um grupo de 12 executivos e empresários se reuniu com Maia, em um jantar em São Paulo. O deputado disse estar empenhado na aprovação da proposta, mas que depende da articulação do Planalto para angariar votos. Afirmou que, sozinho, tem no máximo 40 votos. A reunião teve ainda a participação de Rodrigo Garcia (DEM), vice-governador de São Paulo, e de Alexandre Baldy, ex-ministro da Saúde e atual secretário do governador João Doria (PSDB).

Ao longo da semana, em eventos como o jantar oferecido em homenagem à primeira-dama, Michele Bolsonaro, e a reunião entre empresários e o vice-presidente, Hamilton Mourão, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o setor produtivo demonstrou sua tensão sobre o andamento lento da reforma da Previdência.

Um dos recados repassados por empresários a Bolsonaro e Maia é que o clima de disputa não faz sentido: “Todo mundo que é a favor da reforma da Previdência neste momento deve ser considerado um amigo pelo governo”, disse um empresário.
Entre os mais próximos de Bolsonaro, instalou-se clima de impaciência em relação ao presidente da Câmara. Apesar de admitir que o filho do presidente, Carlos Bolsonaro, passou dos limites nas provocações a Maia no Twitter, um empresário disse que a impressão é de que o parlamentar começou a usar a troca de farpas para valorizar seu passe. Em um dos eventos dessa semana, Bolsonaro externou a insatisfação com o Congresso e disse a um empresário que não quer se render à “velha política”.

Outro empresário, que se reuniu em Brasília com o presidente nesta semana, afirmou que a resistência ao velho “toma lá, dá cá” não quer dizer simplesmente fechar o diálogo com os líderes do Congresso. “O presidente tem, sim, a obrigação de conversar com o Congresso, de negociar as pautas vitais.”

Para Pedro Wongtschowski, presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), não houve movimento organizado do empresariado para discutir a crise. “Há uma preocupação geral do empresariado. De forma individual, os empresários levaram sua preocupação aos seus interlocutores em Brasília.”


Alívio


Após tanto Maia quanto Bolsonaro acalmarem os ânimos e o presidente classificar a crise como “chuva de verão”, a sensação entre empresários era de alívio – ao menos temporário. Um empresário, que falou com Maia e também com Bolsonaro nesta semana, classificou a tensão como “uma briga de crianças”.
A sensação de um clima mais apaziguado também teve reflexos no mercado financeiro. Depois de romper a marca dos R$ 4, o dólar fechou o dia em queda de 0,96%, a R$ 3,9165. Já o Ibovespa, principal índice da B3, fechou aos 94.388,94 pontos, em alta de 2,70%.

Na avaliação de analistas, a bandeira branca acenada entre Executivo e Legislativo trouxe algum alívio na percepção de crise política, mas está longe de reativar no mercado o otimismo que havia levado o Ibovespa a testar os 100 mil pontos. Por isso, a alta foi considerada essencialmente técnica, com investidores em busca de oportunidades de compra para ganhos de curto prazo.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Investimento de 40 Milhões - Shopping Carpina (PE) Abre as Portas Nesta Sexta

Investimento de 40 Milhões



 Será inaugurado nesta sexta-feira (29) o Shopping Carpina, localizado no município homônimo, na Zona da Mata Norte, no estado de Pernambuco. O centro de compras de 7,8 mil m² de Área Bruta Locável (ABL), que recebeu o investimento de R$ 40 milhões pelo Grupo Petribu, terá até 72 lojas, um cinema e faculdade. O empreendimento tem 70% das lojas vendidas e, até o fim do ano, deve estar próximo dos 100% de ocupação, segundo o shopping. Entre os destaques estão Americanas, Tropical e Karrossel Kids; os restaurantes Sal e Brasa, Capilé e Fri-Sabor; e três salas de cinema. 
 
Com mais de 80 mil habitantes, Carpina tem uma área de influência de 800 mil consumidores em potencial. 
 
 
 
 https://www.gironews.com/redes-shopping/investimento-de-40-milhoes-52977/
 

Carrefour Reformula Mais 22 Lojas em SP


Conceito Nova Geração
  Ontem (28), o Carrefour reinaugurou - simultaneamente - 22 hipermercados sob o conceito "Nova Geração" no estado de São Paulo. Situadas na capital, litoral e interior do estado, as lojas passam a operar a partir da terceira geração do modelo que promove uma nova exposição do sortimento alimentar e não alimentar. Dentre as novidades estão a criação da área Saudáveis, renovação do sortimento dos setores Eletro e Casa, além de nova área Bebê, dedicada ao universo infantil.
 
A categoria de Saudáveis, além da exposição exclusiva, foi ampliada em mais de 500 itens, atingindo um mix total de 1.700 produtos. Lançado em 2015, o modelo Nova Geração já está presente em quase todos os 100 hipermercados Carrefour pelo país. 
 
 
 https://www.gironews.com/supermercado/conceito-nova-geracao-52973/

quarta-feira, 27 de março de 2019

Ministro defende reforma da OMC em audiência na Comissão de Relações Exteriores

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O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, defendeu a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa, comandada pelo filho do presidente Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). É a primeira participação de Ernesto Araújo no colegiado. 

O chanceler defendeu também uma mudança na política comercial com a China – com maior defesa dos interessas nacional – e o acordo de salvaguardas tecnológicas com Estados Unidos para o uso da base de Alcântara. “É um mercado de mais de US$ 200 bilhões. Se tivermos uma parcela de 1% disso já seria incrível”, afirmou o ministro.

Durante a visita aos Estados Unidos na semana passada, além do acordo com os EUA, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o País aceitaria abrir mão de vantagens dadas a emergentes na Organização Mundial do Comércio (OMC) em troca do apoio dos EUA à entrada do País na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

Para o ministro, o órgão precisa ser atualizado. “Na política comercial, o Brasil não vinha usando corretamente sua capacidade negociadora. Em muitos relacionamentos havia uma tendência de aceitar determinados paradigmas de comércio sem negociar ao nosso favor”, afirmou completando: “Brasil vinha preso a certos dogmas de atuação.”

Segundo Araújo, a reforma do OMC é necessária nos próximos anos. “Inevitável”, afirmou aos parlamentares presentes na reunião.

O ministro abriu a exposição defendendo nove pontos de atuação do Itamaraty que vão desde da defesa da “grandeza” do País no mundo, mudança da política em busca da “visão correta” do mundo e defesa da democracia no País e na região – em referência a Venezuela. “O regime Maduro alberga organizações criminosas e terroristas de toda forma bem ao lado da nossa fronteira.”, afirmou.

O convite atende a requerimentos dos deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), presidente da comissão; Claudio Cajado (PP-BA); Perpétua Almeida (PCdoB-AC); Alessandro Molon (PSB-RJ); Tadeu Alencar (PSB-PE); Glauber Braga (PSOL-RJ) e Vanderlei Macris (PSDB-SP).

Alguns pontos centrais devem entrar na pauta com perguntas da oposição: cessão da base de Alcântara aos Estados Unidos, liberação de vistos sem reciprocidade e a transferência da embaixada brasileira em Israel para Jerusalém. O assessor especial da Presidência Felipe G. Martins também acompanha a audiência.

O chanceler afirmou que a defesa da democracia tem seu ponto fundamental da política externa brasileira. “É o pilar fundamental de tudo que fazemos. Um princípio a nos guiar com o exterior. Um País democrático tem o direito de promover a democracia na sua região e ao redor do mundo”. Ele afirmou ainda a defesa da liberdade, uso da política externa para contribuir no aquecimento economia, fortalecimento do bilateralismo.

Estão presentes ainda na sessão os embaixadores de Luxemburgo, Uruguai, Espanha e diplomatas americanos.



Câmara conclui votação de projeto sobre 100% de capital estrangeiro em aéreas

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A Câmara dos Deputados concluiu na noite da terça-feira, 26, a votação do projeto que permite a capital estrangeiro controlar empresas aéreas com sede no País, o PL 2724/15. A proposta segue agora para o Senado.

A maior parte dos destaques apresentados pelos partidos ao texto do relator, deputado Paulo Azi (DEM-BA), foi rejeitada.

De acordo com o substitutivo do relator, o capital social das companhias aéreas com sede no Brasil poderá ser totalmente estrangeiro.

Essa situação ocorre sem restrições apenas em poucos países, como Colômbia, Bolívia, Índia e Argentina. Já a Austrália, a Nova Zelândia e a União Europeia admitem 100% de capital estrangeiro para empresas que atuem somente dentro de seu território.

A permissão de controle total por estrangeiros já foi autorizada pela Medida Provisória 863/18, a qual está pendente de análise em comissão mista do Congresso Nacional. Antes da MP, o Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7.565/86) previa um máximo de 20% de capital do exterior.
O argumento do governo é que a ampliação do capital estrangeiro no setor aéreo permitirá o aumento da competição, a desconcentração do mercado doméstico e o aumento da quantidade de cidades e rotas atendidas.

Por outro lado, a oposição argumenta que o mercado continuará um oligopólio mesmo com a abertura total e questiona a diminuição dos preços das passagens, tomando como exemplo outras mudanças, como o pagamento por bagagens e assentos.

O único destaque acatado, conforme a Agência Câmara Notícias, foi do PPS, que permite às agências de turismo que operam diretamente uma frota de transporte turístico seguirem normas estaduais e municipais.


https://www.istoedinheiro.com.br/camara-conclui-votacao-de-projeto-sobre-100-de-capital-estrangeiro-em-aereas-2/

Dívida Ativa chega a R$ 2,2 trilhões; 44,8% são irrecuperáveis, diz PGFN

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O número de devedores da União chegou a 4,6 milhões, o que envolve uma dívida de R$ 2,2 trilhões, segundo dados divulgados pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional nesta terça-feira (26/3). Conforme o PGFN em Números 2018, 44,8% desse valor são irrecuperáveis.

Os grandes devedores somam 28 mil, e os demais, 4,6 milhões. Do total da dívida, R$ 1,4 trilhão (62%) é devido por apenas 28 mil devedores. 

Segundo o procurador-geral da Fazenda Nacional, José Levi Junior, cerca de 33% do valor é mais fácil de recuperar porque envolve dívidas mais novas e recentes, que querem a recuperação. “Entretanto, 67% são empresas com dívidas mais antigas, fraudulentas, que faliram e esperam por recuperação judicial.” 

Levi destaca que a PGFN precisa “se concentrar nos devedores contumazes”. “Temos que ter estratégias qualificadas e esses números nos mostram atrás de quem devemos ir. Todos somos destinatários das políticas públicas.”


Recuperação em 2018

 
Em 2018, a PGFN recuperou R$ 23,9 bilhões aos cofres públicos e ao Fundo de Garantia ao Tempo de Serviço (FGTS), o que equivale a um índice de êxito de 22,13%. Em 2017, também foram R$ 26,1 bilhões, e em 2016, R$ 14,5 bilhões.

Por estados, Rio de Janeiro e Espírito Santo recuperaram R$ 8 bilhões em dívidas, seguidos por São Paulo e Mato Grosso do Sul, que, juntos, recuperaram R$ 6,3 bilhões. Parte da região Nordeste se apresenta em último lugar, com apenas R$ 1,6 bilhão recuperado.


Julgamentos

 
Em julgamentos de processos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), segundo os dados da PGFN, as perdas evitadas chegaram a R$ 143,1 bilhões, em um rol de 11 mil processos recebidos.

No Carf, a PGFN atuou em temas como planejamento tributário, transferência de ganho de capital para fundo de investimento no exterior, alienação de ativos imposto sobre pagamento sem causa e remessas ao exterior.

Já no âmbito do STF, a PGFN teve um êxito nas perdas fiscais evitadas de R$ 49 bilhões. Entre os assuntos julgados estão a discussão sobre a constitucionalidade da Lei 10.684, que majorou de 3% para 4% a alíquota da Cofins a ser paga pelas instituições financeiras, o que gerou um impacto econômico de R$ 35,6 bilhões.

Já no Superior Tribunal de Justiça, os dados revelam que as perdas evitadas chegam ao patamar dos R$ 85 bilhões em assuntos como recuperação judicial, correção monetária e incidência de PIS/Cofins.
No total, depósitos vinculados a ações judiciais de defesa chegam a R$ 10 bilhões. "Podemos dizer que somos o maior escritório de advocacia do país. Temos atividades de consultoria, que são o ponto de partida de tudo, porque o nosso grande negócio é proporcionar ao governo segurança jurídica", disse Levi.  


Clique aqui para ler o PGFN em Números.



 https://www.conjur.com.br/2019-mar-26/divida-ativa-chega-22-trilhoes-448-sao-irrecuperaveis-pgfn

Uber compra concorrente do Oriente Médio por US$ 3,1 bilhões

Com sede em Dubai e fundada em 2012, a Careem se tornou o principal aplicativo de transporte da região, com 30 milhões de usuários cadastrados em mais de 90 cidades 

 

Uber compra concorrente do Oriente Médio por US$ 3,1 bilhões
A Uber anunciou a compra da Careem, a sua maior rival no Oriente Médio, em um negócio de US$ 3,1 bilhões (R$ 12 bilhões), nesta terça-feira (26). A companhia norte-americana irá pagar US$ 1,4 bilhão (R$ 5,4 bilhões) em dinheiro e outro US$ 1,7 bilhão (R$ 6,5 bilhões) em títulos que podem ser convertidos em ações da companhia após a sua abertura de capital, previsto para as próximas semanas.

Com sede em Dubai e fundada em 2012, a Careem se tornou o principal aplicativo de transporte da região, com 30 milhões de usuários cadastrados em mais de 90 cidades no Oriente Médio e Norte da África. A empresa foi avaliada em US$ 2 bilhões (R$ 7,7 bilhões) em uma rodada de financiamento em outubro. Esta foi a maior transição de uma empresa de tecnologia da história na região.

A aquisição histórica foi anunciada semanas antes da Uber oficializar a sua entrada no mercado de ações, com expectativa de somar mais de US$ 120 bilhões (R$ 464 bilhões), um dos maiores IPOs da história.

A Careem irá manter a sua marca e será incorporada como uma subsidiária da Uber. O atual CEO, Mudassir Sheikha, permanecerá à frente da empresa. A Uber entrou no Oriente Médio em 2013, mas nunca conseguiu superar a concorrência da rival.




 https://www.istoedinheiro.com.br/uber-compra-concorrente-do-oriente-medio-por-us-31-bilhoes/

Bloomberg: Depois de apenas 86 dias, o Brasil de Bolsonaro já está em apuros


Segundo a reportagem, aliados, mercado e investidores já começam a duvidar da capacidade do ex-capitão do Exército em cumprir as promessas de retomada do crescimento econômico, fomentação de emprego e redução das taxas de criminalidade no País

 

Bloomberg: Depois de apenas 86 dias, o Brasil de Bolsonaro já está em apuros

O acúmulo de descompassos do governo Bolsonaro e as crescentes dificuldades em fazer andar a reforma da Previdência são temas uma reportagem publicada pela Bloomberg nesta quarta-feira (27). 

A série de entraves em apenas três meses de administração, muitos deles causados pelo próprio governo ou seus aliados, ganha destaque especial no texto.

Segundo a reportagem, aliados, mercado e investidores já começam a duvidar da capacidade do ex-capitão do Exército em cumprir as promessas de retomada do crescimento econômico, fomentação de emprego e redução das taxas de criminalidade no País.

O texto aborda a onda de otimismo que contagiou parte do mercado e da população nas primeiras semanas de gestão – como a valorização do real e da bolsa de valores -, e como essa expectativa é cada vez mais frustrada diante de polêmicas, intrigas e a falta de entendimento entre Bolsonaro e o Congresso Nacional.

“Para grande desgosto dos investidores que acreditam no ministro da Economia de Bolsonaro e amigo do mercado, Paulo Guedes, muitos dos problemas do governo não provêm da oposição, mas de suas próprias fileiras”, afirma parte da reportagem.

“Os membros do gabinete competem abertamente pelo poder; ideólogos de extrema-direita enfrentam os moderados e o próprio presidente age como se ainda estivesse em campanha, mobilizando sua base de apoio e torcendo a oposição com tuítes e vídeos provocativos”, diz outro trecho.
A Bloomberg entrevistou líderes políticos, empresários e analistas do mercado para traçar um parâmetro da situação. Para os consultados, o desenrolar da reforma da Previdência, a maior promessa de Bolsonaro no campo econômico, é essencial para manter a governabilidade.

“Se não aprovarmos essa lei, não haverá investimento, o Brasil irá à falência e o desemprego voltará”, afirma Luciano Hang, dono da rede de lojas de departamentos Havan. “As pessoas não serão enganadas pela política.”

A Bloomberg ainda destaca a influência dos filhos do presidente, em especial o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSC), na gestão do País e como essa relação gera atritos ao governo. Um dos exemplos é a tensão criada com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), que em resposta afirmou que o presidente “precisa gastar mais tempo com a reforma previdenciária e menos com o Twitter”.

“O que Bolsonaro precisa fazer é deixar o toco da campanha, ele precisa mostrar quem está no comando, em casa e no governo”, afirmou a senadora Simone Tebet (MDB), presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado.

A Bloomberg afirma que procurou a assessoria de Bolsonaro, mas não obteve respostas.

Coop Vê Potencial em Drogarias com Serviços




Serviços Farmacêuticos


  Com 50 drogarias distribuídas pelo estado de São Paulo, a Coop - Cooperativa de Consumo afirma que pretende ampliar os serviços farmacêuticos em suas operações - que atualmente estão presentes em duas unidades. Em entrevista exclusiva ao Jornal Giro News, Marcio Valle, presidente executivo da companhia, revela que a assistência e o e-commerce têm potencial para alavancar o setor.

 "O comércio online de medicamentos, a ampliação na prestação de serviços, como vacinas e testes laboratoriais, e a introdução de produtos para tratamento de doenças raras são grandes oportunidades para o mercado farmacêutico, pois oferecem conforto e agilidade aos consumidores."   


Novas Drogarias e Setor em Ascensão
    

 
Para o presidente, no momento, o setor está em um processo de consolidação, retomando o seu nível de atividade com boas perspectivas de expansão para este ano. "O mercado farmacêutico continuará em crescimento devido ao envelhecimento da população, o aumento do poder aquisitivo e o foco na prevenção da saúde", analisa. Valle confidencia que, até o fim do ano, serão abertas sete drogarias, sendo cinco de rua e duas em supermercados. Hoje, as drogarias já respondem por 16% do fornecimento geral da Coop. A previsão da empresa é chegar em 2023 com 104 drogarias, entre internas e de rua. Em 2019, a rede pretende obter um avanço de 12%.



Governo federal elabora plano de recuperação fiscal dos estados


Projeto deve ficar pronto em 30 dias. Antecipação de recursos federais também foi discutida com governadores

 

Por Agência Brasil 

 

redacao@amanha.com.br
Paulo Guedes participa de reunião no Fórum de Governadores


Em reunião do Fórum de Governadores, o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou nesta terça-feira (26) que o governo federal elabora um plano de recuperação fiscal dos estados em 30 dias. O prazo contempla que o texto ainda precisará ser apreciado pelo Congresso Nacional. Os governadores também tomaram conhecimento da proposta para avançar nos aspectos sobre antecipação de recursos federais para incentivo de medidas locais de ajustes, como a privatização de ativos estaduais. Durante o encontro, os governadores também citaram o aspecto da cessão onerosa, que trata de recurso oriundos da exploração de petróleo, para que caminhe lado a lado com o da Reforma da Previdência, prioritária para o Executivo.

“O prazo é razoável. Não chega a ser tão ruim. [O ministro] ofertou a participação de governadores, então eu fui indicado para acompanhar o projeto de recuperação fiscal ”, disse o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, informando que o plano de recuperação fiscal é uma demanda dos governantes estaduais. Segundo Rocha, Guedes tem o apoio e confiança dos estados, mas cobrou definição mais clara e priorizada da pauta política do governo Jair Bolsonaro. Para o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, é fundamental pacificar o ambiente político. “Esse ambiente político tenso atrapalha o debate de qualquer proposta. Não é o ambiente adequado. O confronto entre os Poderes tem atrapalhado”, afirmou Casagrande.

A expectativa, segundo os governadores, é que a proposta de recuperação fiscal e a de reforma da Previdência sejam aprovados até o começo do próximo semestre. Porém, para os presentes ao fórum é necessário discutir mais determinados pontos da reforma. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, destacou, por exemplo, a necessidade de deixar claro no texto que militares também contribuam para o sistema depois de deixarem suas atividades.

“Uma preocupação é que fique claro o termo utilizado 'aposentados' poderia excluir os militares de uma possível alíquota suplementar. Quando o militar vai para reserva não é considerado aposentado. Sugerimos o termo inativo. Isso pode incrementar 30% da expectativa que temos”, destacou. Leite alertou sobre o risco de um colapso das contas públicas sem as mudanças na lei. “A Reforma é urgente e condição de sobrevivência para estados, municípios, União e para todos os brasileiros. O sistema previdenciário já ocupa 60% da receita e se nada for feito isso passará a 80% das receitas. Isso vai significar colapso dos serviços e o tempo político é curto”, defendeu.

“A previdência é um problema que coloca em risco a saúde financeira do país, isso se ainda tiver saúde financeira. Não dá para tapar o sol com a peneira, a previdência tem deficit todos os anos”, afirmou o governador Ratinho Junior, do Paraná. Ele salientou que é necessário mostrar à sociedade a importância dessa pauta, reforçando que a reforma vai diminuir privilégios. “Tem uma casta privilegiada, 1 milhão de pessoas que recebem aposentadoria e ficam com 30% a 40% do bolo que vai para a previdência. As outras 30 milhões dividem 60% a 70%”, disse. “A reforma é importante, foi muito bem estudada e está no Congresso. O governo precisa avançar na sinalização à população de que os privilégios vão acabar”, cobrou Ratinho Junior.




quarta-feira, 20 de março de 2019

Viagem de Bolsonaro frustra negociadores e traz poucos avanços comerciais


Viagem de Bolsonaro frustra negociadores e traz poucos avanços comerciais


Esperada como o grande avanço na relação Brasil-Estados Unidos, a viagem presidencial deixou um gosto de frustração para os negociadores brasileiros, que saíram de Washington com poucos avanços nas áreas comercial e agrícola, de acordo com duas fontes ouvidas pela Reuters.

“Se é para avançar desse jeito, melhor até que fique como está’, disse à Reuters uma das fontes envolvida diretamente na tentativa de abrir o mercado americano para novos produtos agrícolas brasileiros.

O Brasil leva para casa o acordo de salvaguardas para uso da base de Alcântara pelos Estados Unidos e outros na área de segurança pública e inteligência, mas não conseguiu nada além de promessas vagas nas áreas que interessavam —uma solução para a questão da exportação de carne in natura e um apoio sem condições à entrada do país na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), por exemplo.

Ao final da visita, ao lado de Bolsonaro, Trump declarou apoio ao pleito brasileiro mas, na declaração conjunta, o apoio está condicionado ao Brasil abdicar de estar na lista de países com tratamento especial e diferenciado da Organização Mundial do Comércio (OMC). Mais cedo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, havia afirmado que o apoio à entrada na OCDE não podia depender de uma troca.

“Quem está preocupado com uma parceria estratégica somos nós, não eles. Eles estão preocupados com o varejo”, reclamou um dos negociadores brasileiros.

De acordo com a fonte, a reunião entre Guedes e o representante de comércio norte-americano, Robert Lighthizer, não foi boa e incomodou o ministro brasileiro. O duro discurso feito por Guedes na Câmara de Comércio, na tarde de segunda, foi um reflexo disso.

“Eles pedem tudo, mas não estão dispostos a ceder em nada”, reclamou a fonte. “A questão dessa viagem é a aproximação, que funciona em algumas áreas, mas em outras não.”

No lado agrícola, o Brasil pretendia ver avançar com mais rapidez a solução da suspensão da venda de carne in natura do Brasil, que se arrasta há dois anos, uma abertura maior para o açúcar brasileiro e para autopeças, entre outros pontos.

“Eles não querem nada que a gente quer. Querem etanol, mas não querem dar açúcar. Nós já entregamos toda a documentação da carne in natura, fizemos tudo que eles pediram. Precisa de um pouco de boa vontade. Mas toda a conversa está muito difícil”, disse a primeira fonte.

A declaração conjunta dos presidentes mostra mais benefícios aos norte-americanos do que ao Brasil, quando se fala de comércio. O Brasil cedeu, unilateralmente, e vai implementar a cota de importação de trigo sem tarifas de 750 mil toneladas por ano. Apesar de não ser restrita aos EUA, a medida beneficia diretamente o país, que seria hoje um dos únicos a conseguir exportar o suficiente para preenchê-la.

Em troca, o governo Trump faz promessas vagas de acelerar o envio de uma missão ao Brasil para verificar as condições de produção de carne in natura, mas sem uma data nem uma solução em vista.

O governo norte-americano queria ainda uma outra exigência: a promessa do Brasil de que abriria para estrangeiros a possibilidade de terras no Brasil, contou uma fonte. O projeto, que já existe, está parado no Congresso há alguns anos e não tem a simpatia da ala militar do governo.


CHINA


Uma das maiores cobranças do governo norte-americano foi sobre o tamanho do espaço que a China tem no comércio com o Brasil. A resposta, dada por Guedes no discurso na Câmara de Comércio, foi de que o Brasil irá negociar com quem oferecer o melhor negócio, o que incomodou os norte-americanos.

“Eles têm uma visão diferente em relação à China. Acham que estão entrando demais na América do Sul. Mas cabe a eles ajudar a mudar isso”, disse uma das fontes.

 (Reuters, 19/3/19)


 https://www.brasilagro.com.br/conteudo/viagem-de-bolsonaro-frustra-negociadores-e-traz-poucos-avancos-comerciais.html

Brasil cai no ranking de satisfação com a vida, segundo a FGV



Desde 2013 a combinação de crise econômica e do mercado de trabalho com a descrença política vem deixando os brasileiros cada vez mais tristes

 

Brasil cai no ranking de satisfação com a vida, segundo a FGV
Índios pataxós observam com tristeza o rio Paraopeba coberto de lama, seis dias após o rompimento da barragem em Brumadinho - AFP



O Brasil caiu no ranking de satisfação com a vida pelo sexto ano consecutivo, segundo estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas a partir de dados do Gallup World Pool que anualmente levanta dados sobre a felicidade no mundo e no mercado de trabalho. A queda da percepção de felicidade foi puxada pela classe média, que diminuiu sua nota em 1 ponto na escala de 1 a 10.

A conta da FGV foi feita pelo economista Marcelo Neri, que de acordo com os dados, concluiu que o brasileiro atribui uma nota de 6,2 para sua felicidade, colocando-o em 37º lugar em uma lista com 143 países. A queda em relação a 2013 é de pouco menos que um ponto percentual. Naquele ano, o Brasileiro declarava que sua felicidade era de 7,1.

A explicação para a queda brusca é a combinação de crise econômica e do mercado de trabalho com a descrença política – essa última estourou a partir de 2013. Neri destacou em sua análise que a desaprovação de lideranças políticas do Brasil não é apenas a menor na lista, mas a menor da série histórica da Gallup World Pool, que realiza o relatório há 10 anos.

Entre a faixa dos 20% mais pobres do Brasil, a percepção de felicidade caiu de 6,1 em 2013 para 5,6. Já entre a quinta parte mais rica, o número também na mesma proporção – de 7,5 para 7. Na classe média foi de um ponto em seis anos.


 https://www.istoedinheiro.com.br/brasil-cai-no-ranking-de-satisfacao-com-a-vida-segundo-a-fgv/

Starbucks vai recomprar US$ 2 bilhões em ações até junho


Starbucks vai recomprar US$ 2 bilhões em ações até junho

Nova York, 20 – A Starbucks vai recomprar US$ 2 bilhões em ações até junho, anunciou a companhia nesta quarta-feira, 20. A Starbucks disse que já devolveu US$ 14 bilhões dos US$ 25 bilhões que pretende devolver aos acionistas por meio de recompras de ações e dividendos ao longo de um período de três anos, até o fim do ano fiscal 2020.






https://www.istoedinheiro.com.br/starbucks-vai-recomprar-us-2-bilhoes-em-acoes-ate-junho/

Brasil cede na OMC em troca de apoio dos EUA na OCDE


Brasil cede na OMC em troca de apoio dos EUA na OCDE
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca, em Washington (EUA).

Os Estados Unidos se comprometeram nessa terça-feira, 19, a apoiar a candidatura do Brasil a membro da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O pleito brasileiro foi encampado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que vê a adesão ao chamado clube dos países ricos como um selo internacional de confiança no Brasil. “Estou apoiando o Brasil para entrar na OCDE”, disse Trump no Salão Oval da Casa Branca, onde recebeu o presidente Jair Bolsonaro.

O apoio formal dos EUA para a entrada do Brasil na OCDE é considerado crucial, mas veio com uma contrapartida. Em troca, o governo brasileiro concordou em “começar a renunciar” ao tratamento diferenciado dado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) aos países em desenvolvimento. Para os EUA, isso ajudaria a abrir caminho para a reforma que o país propõe nas regras globais de trocas comerciais.

O governo americano era contra a entrada simultânea de vários países na OCDE, alegando que isso prejudica o trabalho da organização. Embora considerado um “clube dos ricos”, a organização tem membros como Colômbia e Letônia – economias bem menores do que o Brasil – e Turquia, que enfrenta uma grave crise econômica. A fila de países que já pediram para entrar inclui Argentina, Peru, Croácia, Romênia e Bulgária. Trump já se manifestou a favor da candidatura dos argentinos.

Após a reunião privada, o presidente americano confirmou o posicionamento à imprensa nos jardins da Casa Branca. “Nós vamos apoiar. Vamos ter uma boa relação em diferentes formas. Isso é algo que vamos fazer em honra ao presidente (Bolsonaro) e ao Brasil.”


Motivações
Entrar para a OCDE, que reúne hoje 36 nações que estão entre as mais ricas do mundo, pode favorecer a atração de investimento internacional e a captação de recursos no exterior a uma taxa de juros menores. Isso porque, para fazer parte do clube, é preciso atender a uma série de requisitos de caráter liberal. Além de ser uma arena de debates, o organismo define políticas de boa governança e fornece plataformas para comparar políticas econômicas ou coordenar políticas domésticas e internacionais.

Para Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, se adequar à cartilha defendida pela OCDE seria justamente o maior benefício de fazer parte da organização. Segundo ele, no entanto, é preciso fazer uma avaliação mais detalhada das vantagens que o País perderia ao deixar o status de “emergente” na OMC. “Um país em desenvolvimento pode, por exemplo, dar mais subsídios ao setor agrícola”, explica Barral.

Na avaliação do economista Fabio Silveira, da Macrosector, a entrada na OCDE é um “formalismo tolo” – o País já é parceiro-chave da instituição desde 2007 – e ceder na OMC será desvantajoso. “O Brasil vai continuar a ter uma situação fiscal grave. E ainda perderia algumas vantagens por carregar.” O economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria, reforça que a entrada na OCDE, por si só, seria um feito inócuo. “Não adianta ter melhora da posição internacional e não traduzir isso internamente, mostrar que o Brasil é uma economia interessante.”


 / COLABORARAM LUCIANA DYNIEWICZ e BÁRBARA NASCIMENTO

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Preparar lideranças é imprescindível para a retomada econômica


É o que defende Paulo Amorim, CEO do CENEX, parceiro do Instituto AMANHÃ no curso de desenvolvimento de líderes em MPEs

Por Karine Menoncin

karine.menoncin@amanha.com.br
Paulo Amorim, CEO do CENEX

Se a figura do líder é fundamental para o sucesso de um negócio, nas pequenas e médias empresas esse papel é determinante. Com metodologias ativas de aprendizagem, o Instituto AMANHÃ e o Centro de Excelência Empresarial (CENEX) ofertam um curso para desenvolvimento de lideranças para Pequenas e Médias Empresas (MPEs), em Porto Alegre. Ao longo das 90 horas de duração, a formação contemplará atividades, exercícios e ferramentas práticas para a liderança focados no desenvolvimento e na transformação comportamental. Para explicar os módulos e os principais temas do curso, o canal AMANHÃ TV entrevista Paulo Amorim (foto), CEO do CENEX. O curso inicia no dia 23 de abril e as inscrições já estão abertas. No total, estão sendo oferecidas 24 vagas. Clique aqui para saber mais.

Atuando desde 1986 no desenvolvimento de lideranças, os programas do CENEX já formaram cerca de 7 mil profissionais, entre CEOs, presidentes, diretores executivos, empresários empreendedores e líderes em geral. Entre as marcas corporativas que sócias-mantenedoras do Centro estão Agrale, John Deere, CPMC, Todeschini, Grupo SLC, Dana, GKN, Marcopolo, Empresas Randon, Tintas Renner, Grupo Gerdau, Soprano e ThyssenKrupp.


Edição: Allan Pochmann






sexta-feira, 15 de março de 2019

Alexandre de Moraes suspende fundação da Lava Jato e bloqueia dinheiro


Ministro atendeu pedido de Raquel Dodge, que questionou legitimidade do acordo que envolvia 2,5 bilhões de reais recuperados da petroleira

 




São Paulo — O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes suspendeu, nesta sexta-feira (15), o acordo firmado entre a força-tarefa da Operação Lava Jato e a Petrobras, para a criação de uma fundação com 2,5 bilhões de reais recuperados da estatal.

Em despacho de quinze páginas, o magistrado determina, ainda, o bloqueio imediato de todos os valores acordados entre as duas partes, que estava depositado em Curitiba.

“Determino imediato bloqueio de todos os valores depositados pela Petrobras, bem como subsequentes rendimentos, na conta corrente designada pelo juízo da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba que, a partir desta decisão, deverão permanecer em depósito judicial vinculado ao mesmo Juízo, proibida qualquer movimentação de valores sem expressa decisão do Supremo Tribunal Federal”, diz Moraes.

O ministro suspendeu, também, a tramitação de todas as outras ações que questionam o pacto e intimou todos os subscritores do trato a prestar informações à corte num prazo de dez dias.

Ele justifica a decisão afirmando que o acordo ultrapassou as determinações da Constituição Federal.
“Em que pese ser meritória a atuação dos agentes públicos na condução dos inquéritos e ações penais da Operação Lava-Jato, bem como nos propósitos externados no Acordo de Assunção de Compromissos, em princípio, exorbitaram das atribuições que a Constituição Federal delimitou para os membros do Ministério Público (art. 129 da CF), que certamente não alcançam a fixação sobre destinação de receita pública, a encargo do Congresso Nacional”, escreve.

O pacto foi homologado pela juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal em Curitiba, em janeiro deste ano. Pelos termos definidos, parte da multa seria enviada para uma fundação de interesse social, a ser criada pela força-tarefa, que também faria a gestão dos recursos.

Para Moraes, a magistrada de Curitiba não tem o poder de executar o acordo. “A atuação do MPF perante o Juízo da 13ª Vara Federal nos inquéritos e nas ações penais da Lava-Jato, a priori, jamais tornaria esse órgão prevento para a ‘execução’ do acordo celebrado nos Estados Unidos”.

A ação específica em que o ministro julgou veio da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. No pedido encaminhado ao STF, Dodge diz que o Ministério Público Federal (MPF) não tem poderes para gerir recursos e a Justiça Federal não tem competência para homologar o acordo.

Agora, ela enfrenta uma crise de gestão. Nos últimos dias, procuradores pediram demissão por conta de sua conduta em relação a esse assunto.


Repercussão negativa

 

A decisão de criar a fundação foi criticada por diversos órgãos institucionais, além da PGR. Com a repercussão, a força-tarefa da Lava Jato já havia desistido do acordo, na última terça-feira (12).
Os 2,5 bilhões de reais correspondem a 80% das penalidades definidas no acordo celebrado pela Petrobras com autoridades dos Estados Unidos, divulgado em setembro de 2018. Pelo acordo, esse montante será pago no Brasil, para ser revertido à própria estatal.


A pedido da Procuradoria, a Justiça homologou o termo, que prevê que metade da cifra seja destinada a “um fundo patrimonial (endowment), cuja gestão será feita por uma fundação independente, ainda em fase de criação”.

A Procuradoria afirmou na ocasião que “diante do debate social existente sobre o destino dos recursos, a força-tarefa está em diálogo com outros órgãos na busca de soluções ou alternativas que eventualmente se mostrem mais favoráveis para assegurar que os valores sejam usufruídos pela sociedade brasileira”.

Leia a decisão na íntegra

 

 https://exame.abril.com.br/brasil/alexandre-de-moraes-suspende-fundacao-da-lava-jato-e-bloqueia-dinheiro/?fbclid=IwAR2327zvELfsRLunf35KIOhaVZDIjT6qZX6BpXgbC_-cfT81bF9W9wXY8pc

 

 
 

Proposito/Transearch expande atuação no Sul


Empresa de recursos humanos curitibana chega a Porto Alegre

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Denise Klein, diretora-executiva da Proposito/Transearch para Porto Alegre

Com matriz em Curitiba, a empresa de recursos humanos Proposito/Transearch abriu um escritório neste mês em Porto Alegre. Presente em mais de 40 países, a empresa também possui uma unidade em São Paulo.

“A chegada da empresa ao Rio Grande do Sul faz parte do nosso plano de expansão e completa cobertura do Sul. Nos últimos cinco anos foram muitos os projetos desenvolvidos para empresas da região”, afirma André Caldeira, presidente da Proposito/Transearch. 

A empresa dedica-se a realizar projetos de recrutamento estratégico e desenvolvimento de talentos. Denise Klein (foto) será a diretora-executiva para Porto Alegre. Com ampla experiência e formação em desenvolvimento de carreiras, Denise possui mais de 30 anos de experiência tendo passado por várias empresas da área de executivesearch.


http://www.amanha.com.br/posts/view/7207

Somos aqueles que mudam o mundo


É assim que nós, “startupeiros”, pensamos. Esse é o pensamento que tem impulsionado a economia mundial

 

Por Marcus Rossi

Unidade da Amazon

Não importa para que lado costuma olhar quando sai da porta de casa, você certamente dará de cara com algo que é ou um dia já foi uma startup. O mesmo acontece, inclusive, quando você senta no sofá da sala. Não precisa observar muito e nem entender tanto assim de tecnologia para perceber. Sabe por quê? Porque o mundo, mais do que nunca, é delas. Somente no Brasil, 5.010 startups estão com registro na Associação Brasileira de Startups. Outras 4 mil se espalham pelos quatro cantos do país em associações estaduais e regionais. O objetivo de todas é o mesmo: inovar e ganhar mercado, apresentando soluções dez vezes melhores que as atuais, transformando a vida das pessoas que as encontram. De um jeito que ninguém foi capaz de fazer antes.

Isso traz um reflexo extremamente significativo para a economia: nunca o empreendedorismo esteve tão em alta no Brasil. Contentar-se com mais do mesmo ou com um emprego chato que serve apenas para colocar o dinheiro no bolso no fim do mês deixou de ser uma realidade para se tornar carta fora do baralho. Se as coisas não estão boas, que as mudemos, correto? É assim que nós, “startupeiros”, pensamos. Ou deveríamos pensar. Esse é o pensamento que tem impulsionado a economia mundial. As empresas mais valiosas do mundo hoje em dia – ou pelo menos as que mais crescem – ainda não chegaram a debutar, assim como as que estarão nessa posição daqui a 15 anos, provavelmente ainda não existam também. Mas qual o motivo para uma ascensão tão rápida e para uma conquista tão grande de mercado? A quebra de paradigmas. Ninguém quer mais do mesmo.

Um dos grandes exemplos que podemos observar é a Amazon (foto), que ainda se comporta como um projeto novo, sem medo de inovar. Com mais de duas décadas de existência, a empresa comandada por Jeff Bezos parece uma startup permanente. Não tem medo de ousar e arriscar, como se a necessidade da loucura fosse a mesma que a de respirar. O diferencial da Amazon é ter entendido que os antigos conceitos de mercado, independentemente do ramo no qual estamos inseridos, não nos levam até o futuro. Perceber isso é um dos grandes segredos de Bezos, que parece a insanidade em pessoa quando o assunto é fazer diferente. Por isso, quem não acredita na inovação está fadado à falência. O motivo que leva a esse fim é o mesmo de sempre: prepotência. Geralmente, não achamos que alguém pode fazer melhor que nós aquilo o que somos especialistas em realizar. E acabamos ficando para trás com mais do mesmo.

Na Gramado Summit, conseguimos observar uma leva enorme de empreendedores buscando fazer o novo. Não o diferente, mas simplesmente o novo. De um modo que outras pessoas não imaginaram desenvolver até esta altura da humanidade. Sete das 13 startups mais inovadoras do país estão conosco. E o que mais impressiona nesses novos projetos é o brilho nos olhos de seus desenvolvedores: eles estão sendo chamados de loucos, mas permanecem imersos em uma euforia absurda por estar prestes a mudar o mundo em que vivemos.

Além disso, para alavancar ainda mais a disrupção na terra do Carnaval, recentemente foi anunciado o primeiro Unicórnio (empresa de US$ 1 bilhão) brasileiro, a 99. Além dela, outras grandes startups do país têm se aproximado dessa marca, como o Nubank, a Contabilizei e a PSafe. Esse é mais um passo para o país se consolidar como uma potência mundial de inovação e alcançar marcas cada vez mais próximas do padrão norte-americano. Eu precisei quebrar uma empresa para descobrir que a inovação se faz com ousadia e visão de mercado. Você pode ser muito bom no que faz, mas se não for o único, dificilmente você vai crescer até onde o seu potencial permite. O que diferencia o “startupeiro” do empreendedor comum é a capacidade de pensar diferente. Não significa necessariamente fazer algo nunca visto, mas de um modo nunca imaginado.

Com o passar do tempo, nós aprendemos que existem dois tipos de pessoas: as que se encantam com o novo e as que buscam fazer mais do que qualquer um já fez. Nós buscamos ser as que ocupam o segundo esquadrão. As que tentam. Erram. Acertam. Correm contra a corrente. Estão nem aí para o que parece mais provável. E mudam o mundo.

http://www.amanha.com.br/posts/view/7195