Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), negou nesta terça-feira reportagem do Estado de S. Paulo segundo a qual o presidente Jair Bolsonaro estaria sendo aconselhado a sair do país, assim como o vice-presidente Hamilton Mourão, deixando a responsabilidade pela sanção do Orçamento de 2021 –e por eventuais problemas– nas mãos do deputado.
Bolsonaro tem até o dia 22 de abril para sancionar o Orçamento deste ano, mas a proposta orçamentária tem enfrentado um impasse em torno das despesas obrigatórias. Enquanto o presidente e Mourão estivessem fora do país, é Lira quem assumiria a Presidência da República e suas funções.
“Desminto com veemência o conteúdo desta matéria do Estadão. O cidadão merece uma apuração sem ‘disse me disse’ e calcada na verdade”, publicou o presidente da Câmara no Twitter.
“O país vive um momento grave de perdas e crise sanitária. O Orçamento é crucial e será tratado por mim e pela Câmara com responsabilidade”, tuitou Lira.
Para a equipe econômica do governo, as despesas obrigatórias foram subestimadas, ao passo que houve uma elevação de recursos direcionados a emendas parlamentares.
Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), por outro lado, afirmam que não há problema na proposta e lembram que o governo participou de todo o processo de elaboração e votação, sem apontar irregularidades.
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