terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Angra dos Reis tem maior valor em exportações em 2012


15/01/2013

Brasília (15 de janeiro) – Em 2012, de janeiro a dezembro, os municípios brasileiros que tiveram melhor desempenho nas exportações foram Angra dos Reis-RJ (US$ 12,207 bilhões), São Paulo-SP (US$ 9,049 bilhões), Parauapebas-PA (US$ 8,959 bilhões), Rio de Janeiro-RJ (US$ 7,241 bilhões) e São José dos Campos-SP (US$ 6,300 bilhões).
Entre os municípios que tiveram maiores superávits comercias (exportações menos importações) o primeiro lugar ficou com Parauapebas-PA (US$ 8,654 bilhões), seguido por Angra dos Reis-RJ (US$ 8,362 bilhões), Santos-SP (US$ 4,962 bilhões), Nova Lima-MG (US$ 3,528 bilhões), e Paranaguá-PR (US$ 3,105 bilhões).
Já os municípios que mais importaram em 2012 foram Manaus-AM (US$ 13,380 bilhões); São Paulo-SP ( US$ 13,352 bilhões), Rio de Janeiro-RJ (US$ 8,468 bilhões), São Luiz-MA (US$ 6,842 bilhões) e São Sebastião-SP (US$ 6,569 bilhões).

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Teixeira: Brasil agirá para defender calçados contra práticas desleais de comércio

15/01/2013

Brasília (15 de janeiro) – O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira, afirmou nesta segunda-feira (14), em São Paulo, no discurso de abertura da Couromoda 2013, que o governo continuará agindo para defender o setor de práticas desleais e predatórias de comércio. Prova disso, segundo o secretário, são as medidas adotadas nos últimos meses, tanto na área de defesa comercial quanto na área de promoção comercial.

Teixeira destacou a importância dos setores coureiro-calçadista e de moda, que estão entre os principais geradores emprego e renda país. “Esses setores e o Sistema Moda Brasil incorporam criatividade e inovação à produção nacional. Nosso trabalho será forte e constante para que fortalecê-los e elevar tanto a produção local quanto as exportações“, apontou, ao afirmar que espera ver, em breve, o Brasil como a segunda maior indústria do mundo em couro e calçados.

Defesa comercial
O Ministério, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, continua a monitorar o comércio no setor calçadista para evitar práticas desleais e predatórias. No fim do ano passado, a Secex barrou a entrada de calçados importados da Malásia por falsa declaração de origem. No caso da empresa malaia Innovation Footwear Manufacturer, exportador e produtor não forneceram informações essenciais na fase de instrução do processo, não sendo possível comprovar a origem dos produtos que seriam exportados para o Brasil no valor de US$ 400 mil (Portaria n° 30/12).

No caso da empresa Goodwill Footwear Manufacturer, também malaia, a investigação aberta para apurar a origem dos produtos concluiu que a referida empresa não cumpria as condições da legislação brasileira para que os calçados que seriam exportados para o Brasil fossem considerados originários da Malásia (Portaria n° 42/12). Também há direito antidumping aplicado a calçados importados da China, com cobrança de US$ 13,85 por par (Resolução Camex nº 14/10). Outro processo investigativo sobre circunvenção estendeu o direito antidumping às importações de cabedais e de solados de calçados da China e estabeleeu a aplicação de alíquota ad valorem de 182% (Resolução Camex nº 42/12).

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Um novo gás para a economia do sul



Gás de xisto, que deverá ser explorado no Brasil até dezembro, tem potencial na região sul


O Ministério de Minas e Energia divulgou na semana passada o começo da exploração de um novo gás no país. Trata-se do gás de xisto, que está ganhando muito mercado no mundo – em especial nos Estados Unidos (lá chamado de “shale gas”). A Agência Nacional do Petróleo deverá desenvolver o modelo de licitações e submetê-lo ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A nova energia, segundo o MME, é encontrada em grande quantidade na Bacia do Paraná, em uma área que se estende do Rio Grande do Sul até o Mato Grosso. No entanto, o potencial exato ainda é desconhecido. "Existe potencial, mas ainda é cedo para dizer se é alto, médio ou baixo", afirmou João Marcelo Ketzer, coordenador do Centro em Excelência em Pesquisa e Inovação em Petróleo, Recursos Minerais e Armazenamento de Carbono da PUCRS ao jornal Zero Hora. Para especialistas, o Brasil deve levar pelo menos uma década para iniciar a exploração.

Fonte: Revista Amanhã

Intenção de investimento das indústrias é a menor em quatro anos

Por Sergio Leo | Valor

BRASÍLIA - Pesquisa anual da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 85,4% das empresas do setor pretendem realizar investimentos em 2013, o menor percentual desde 2009, quando 86,6% delas tinham intenção de investir.
Em 2012, 80,2% realizaram investimento de fato, ante 88,7% em 2011. Além disso, metade dessas empresas não realizaram aportes como planejado no ano passado.
A pesquisa mostra algumas perspectivas positivas para 2013. Das empresas que vão investir, 58% querem aumentar as compras de bens de capital, ante 46% em 2012. E 60% dos investimentos irão para ampliar a capacidade de produção. Outros 40% serão destinados a novos projetos.
Quanto à origem dos recursos, as empresas pretendem financiar 52,9% dos investimentos com seu próprio caixa; outros 29,3% devem vir de empréstimos dos bancos oficiais.
O levantamento mostra, ainda que, as empresas do setor industrial não estão muito otimistas com o mercado externo. Apenas 4,7% delas disseram que pretendem realizar investimentos com foco no exterior, o menor nível em dez anos, segundo a CNI.
(Sergio Leo | Valor)



segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Cinco parques tecnológicos disputam título de “Vale do Silício” brasileiro

7 de janeiro de 2013
Autor: Comunicação Millenium 

Pelo menos cinco parques tecnológicos disputam o titulo de “Vale do Silício” brasileiro. Nossos principais polos de inovação tecnológica são o Porto Digital, no Recife (PE), o Parque Tecnológico do Rio, no Rio de Janeiro (RJ), o Tecnopuc, em Porto Alegre (RS), o Sapiens Parque, em Florianópolis (SC), e o Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP).

Assim como na Califórnia (EUA), onde fica localizado o Vale do Silício, essas regiões reúnem a seguintes características: presença de instituições de ensino, de incubadoras de negócios, de centros de pesquisa, de laboratórios e de grandes empresas.

A união de ensino, pesquisa e capital humano qualificado atrai grandes investimentos para essas áreas, também chamadas de celeiros de inovação. As incubadoras ou aceleradoras de negócios são a porta de entrada das grandes empresas.  No Porto Digital, 88% das empresas são de micro e pequeno porte.
 
Apesar da importância do seu trabalho, os parques tecnológicos brasileiros ainda estão longe de alcançar o tamanho e de atrair investidores como na Califórnia.
Apesar da importância do seu trabalho, os parques tecnológicos brasileiros ainda estão longe de alcançar o tamanho e de atrair investidores como na Califórnia, onde estão a sede de empresas como Google, Facebook, Intel, IBM e Apple. Segundo dados da Missão Brasileira de TI ao Vale do Silício 2012,  coordenada pela Câmara Setorial de TI (CSTIC – CE), com apoio do SEBRAE, o Vale tem cerca 4.802 km², uma população de 3 milhões, gera mais de 1 milhão de empregos e representa U S$ 176 bilhões do PIB dos EUA.

O Porto Digital, no Recife (PE), é visto como o principal candidato ao posto de “Vale do Silício  brasileiro”. O espaço possui 200 empresas instaladas, 6.500 profissionais e faturamento anual de R$ 1 bilhão. As empresas da região são da área de software, games, multimídia, cine-vídeo-animação, música, design, fotografia, propaganda e publicidade. Segunda dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),  o Recife tem uma população de 1.594.980 e ocupa uma área de 217.494 km²

Em comparação com Tech Mile (milha tecnológica), localizada na cidade de Tel Aviv, em Israel, ficamos muito atrás. Segundo matéria publicada no site do jornal “O Globo”, de 05 de janeiro, a região tem 400 mil habitantes e 50 quilômetros quadrados  com 800 empresas de tecnologia embrionárias e 1.200 empresas high tech em estágios mais avançados, com filiais da Google, Intel, eBa e HP. Israel possui  maior proporção de startups do mundo, supera inclusive os EUA. Israel possui uma empresa para cada dois mil habitantes.

Setor eólico espera mais chances de negócios em 2013

14/01/2013 - 16:16

Setor elétrico

Empresários também querem preços melhores. Para Abeeólica, preço hoje praticado nos leilões não remunera o investimento

Turbinas de vento, para geração de energia eólica, instaladas na Prainha do Canto Verde, próximo a Fortaleza, Ceará
Último leilão de energia, em dezembro de 2012, não é parâmetro de preços, diz Abeeólica (Yasuyoshi Chiba/AFP)
 
O setor de energia eólica espera mais oportunidades de negócios em 2013, diante da expectativa de maior contratação nos leilões de energia nova com preços mais altos que possam dar melhor taxa de retorno aos empreendedores. No ano passado, foi realizado somente um leilão de energia nova, no qual foram contratados apenas 574,3 megawatts (MW) de novas usinas de todas as fontes, em uma licitação marcada por demanda reduzida e preço baixo recorde da energia eólica.

Para 2013, após a retirada de autorizações de termelétricas do grupo Bertin, que tinham vendido energia em leilões passados e não entregaram, a expectativa é de que haja pelo menos uma contratação para suprir esse vácuo. "Vai haver pelo menos dois leilões e o governo vai contratar no mínimo 2 gigawatts (GW)", acredita a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo, sobre a necessidade de contratação relacionada aos projetos termelétricos que tiveram a autorização revogada.

A presidente da Abeeólica não considera que o preço médio da energia eólica no leilão de 2012 - de 87,94 reais por megawatt-hora - seja suficiente para remunerar o investimento, e avalia que o último certame não é parâmetro para licitações futuras. Neste ano, além da maior necessidade de contratação de energia, a presidente da Abeeólica conta com um crescimento maior do Produto Interno Bruto (PIB), de 3% a 4%.

"Esperamos que os preços voltem aos patamares reais, para refletir os custos de produção e a taxa de retorno", disse ela. Para Elbia, o preço-teto de 112 reais por MWh, estabelecido para o leilão de 2012, já não remunerava o setor eólico. Considerando a inflação e o impacto da variação cambial sobre o valor dos equipamentos, o preço da energia eólica de cerca de 105 reais por MWh praticado no leilão de dezembro de 2011 seria hoje de 124 a 125 reais por MWh.


Interesse - Um dos preços mais baixos da energia eólica no último leilão, de 87,77 reais por MWh, foi praticado por sete usinas da Bioenergy, que serão localizadas no Maranhão. O presidente da empresa, Sérgio Marques, garante que o preço remunera o investimento, mas também espera vender por preços maiores nos certames de 2013. "A rentabilidade é mais baixa, mas viabiliza o negócio", disse Marques, acrescentando que seus projetos têm uma taxa de retorno que varia de 9% a 11%.

Ele explicou que a Bioenergy está montando, no mesmo local, outros empreendimentos com energia a um preço maior - de 100 a 170 reais por MWh, o que ajuda a otimizar os custos. A Bioenergy tem outros 14 empreendimentos considerados aptos em leilões passados que pretende colocar em licitações em 2013. "Claro que eu gostaria de vender mais caro. Espero que os próximos projetos tenham melhor rentabilidade", disse Marques.

O presidente da Dobrevê Energia (Desa), Carlos Augusto Leite Brandão, não considera possível que o preço da energia eólica recue abaixo da faixa entre 100 e 105 reais por MWh nos próximos leilões. Segundo ele, a empresa chegou a participar do leilão no fim de 2012, mas resolveu sair quando as condições de preço não atendiam mais suas expectativas.
Em 2013, Brandão vê oportunidade para vender a energia dos parques eólicos no mercado livre, diante do cenário de energia cara no curto prazo. "Temos uma comercializadora de energia e carteira de clientes no mercado livre", disse o executivo.
A Desa tem cerca de 1.300 MW de projetos eólicos em portfólio para desenvolvimento. Brandão disse considerar a participação da Desa nos leilões em 2013, mas espera que as condições fiquem mais claras no que se refere às condições de conexão das usinas ao sistema elétrico nacional, para evitar riscos.


Atraso - Parques eólicos da Desa no Rio Grande do Norte estão entre aqueles que aguardam a conclusão atrasada da linha de transmissão que está sendo construída pela Chesf, do Grupo Eletrobras, para entrar em operação enviando energia ao sistema elétrico.
Além da Desa, a Renova Energia e a CPFL Renováveis estão com parques prontos desde meados do ano passado recebendo a receita a qual têm direito, mas sem gerar energia ao sistema pela ausência da linha de transmissão. "Esse atraso da transmissão traz sérios problemas, porque o custo parado é maior que o custo da usina operando", disse o presidente da Desa. A linha de transmissão sendo construída pela Chesf tem previsão de ficar pronta em setembro próximo.
(com agência Reuters)

Setor calçadista pede fim de importações predatórias

Em abertura de feira, líderes das fabricantes de calçados brasileiras criticaram governo por não agir contra companhias estrangeiras

17º Congresso Brasileiro do Calçado (Foto: Divulgação)

Lideranças das cadeias calçadistas e da moda elogiaram, nesta segunda-feira (14/11), na abertura da Feira Internacional de Calçados, Artefatos de Couro e Acessórios de Moda (Couromoda), em São Paulo, as medidas de desoneração tributária e da folha de pagamento adotadas pelos governos federal e estaduais.

Criticaram, no entanto, a falta de ações da União para impedir as importações predatórias, principalmente de calçados.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Milton Cardoso, por causa da queda no comércio exterior do setor, o superávit da indústria calçadista, que já chegou a US$ 5 bilhões, não deverá atingir US$ 1 bilhão em 2012, devido ao aumento das importações e da prática da triangulação por parte do mercado chinês.

De acordo com Cardoso, a triangulação ocorre desde 2010, após o governo brasileiro adotar medidas antidumping sobre o calçado chinês, cujos produtos passaram a entrar no Brasil por meio de outros países como Taiwan, por exemplo.

Outra prática predatória permitida pelo governo brasileiro, segundo Cardoso, é a importação de partes de calçados para a montagem do produto no Brasil. "Não conseguimos entender como empresas que importam 94% dos produtos e somente montam o calçado no Brasil são consideradas regulares e legais", disse.

De acordo com ele, essas indústrias são consideradas nacionais e conseguem descontos, por lei, de 75% no imposto de renda e incentivos dos governos estaduais como desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). "É uma prática contra a qual o governo agirá", cobrou o presidente da Abicalçados.

Segundo Cardoso, desde janeiro de 2012 a produção industrial do setor cai mês a mês ante igual período de 2011, exceto em fevereiro e outubro do ano passado. Já a queda no nível de emprego do setor ocorre repetidamente desde outubro de 2011. "Se o comércio cresce desde 2010 isso (essa queda) só pode ocorrer por conta dos problemas com as importações", disse.
Já o presidente da Associação Brasileira dos Lojistas de Artefatos e Calçado (Ablac), Carlos Ajita, cobrou ainda a ampliação da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que já é feita na venda de calçados, tênis e confecções, para os artefatos de couro, que hoje tem uma alíquota de 10% de IPI.

A 40ª Couromoda, que acontece esta semana em São Paulo, reúne mais de mil expositores do setor presentes em 17 Estados do Brasil, movimenta R$ 70 bilhões e gera 1 milhão de empregos.
 
Posicionamento do governo

O ministro interino do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessando Teixeira, afirmou, nesta segunda-feira, que o governo estuda novas medidas antidumping para as importações de calçados, nos moldes da sobretaxa adotada para a compra desses produtos da China, há três anos.
"Temos de trabalhar para a aplicação de medidas antidumping para outros países, começamos o trabalho com o apoio da . Abicalçados (entidade da indústria calçadista) e, ao longo deste ano, teremos medidas para o setor", disse o ministro, após abertura da Feira Internacional de Calçados, Artefatos de Couro e Acessórios de Moda (Couromoda), em São Paulo.

Desde 2010 há uma sobretaxa de US$ 13,85 por par de calçado importado da China, o que freou as importações daquele país. No entanto, a indústria calçadista brasileira denunciou, e o governo investiga, a triangulação dos calçados da China em outros países asiáticos antes de entrar no Brasil, como Vietnã e Indonésia.

No entanto, de acordo com o ministro, o governo não encontrou irregularidades nas possíveis importações de calçados chineses por meio do Vietnã. "No Vietnã, há uma produção local, com plantas industriais e algumas empresas até chegaram a deixar a China para produzir lá, o que não configura a operação (triangulação)", afirmou Teixeira, que ratificou a opção pela ampliação da tarifa antidumping para outros países, sem nominá-los.

Ele lembrou ainda que o setor no Brasil é protegido por outras medidas, como uma das mais altas tarifas de importação de calçados, de 35%.