terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Falta um Modelo Padrão de Validação de Diplomas

Quando o assunto é política de imigração, o Brasil ainda tem muitas dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas, que atrasam e desmotivam a vinda da mão de obra qualificada estrangeira para o país.

O engenheiro agrônomo Merlin Otte, formado pela Universidade de Bonn, na Alemanha, conta que tentou validar seu diploma na Universidade Federal do Mato Grosso, mas acabou desistindo.
Segundo ele, a demora na avaliação do processo (com previsão inicial de pelo menos seis meses), os altos custos, a falta de normas específicas e a incerteza de sucesso o levaram a abandonar a ideia. “Só vou continuar a partir do momento em que eu tiver a certeza de que terei um trabalho. Você tem que ter uma ‘energia’ disponível para isso.”
A questão está na falta de um modelo padrão de validações de diplomas. Como lembra o diretor do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico no Brasil, Christian Müller, os procedimentos não se dão em nível nacional.
“Na maioria dos casos, não cabe ao governo federal proceder essas validações. Isso é sempre feito a nível local e estadual, nas universidades onde a pessoa vai procurar, que depois se comunica com a Secretaria da Educação do próprio estado. É uma questão que foge um pouco da atuação federal”, disse.

Acordo com Portugal

Para tentar criar condições mais favoráveis e atrativas para validações de diplomas de profissionais estrangeiros, foi assinado em meados de agosto um memorando entre a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (Crup). O objetivo é agilizar os processos de reconhecimento de graus e títulos acadêmicos.

O presidente do Crup, António Rendas, informou que um grupo de trabalho foi criado e deverá definir os critérios comuns entre as universidades até o final deste ano. “Já estamos a fazer o levantamento dos procedimentos nos dois países”, afirmou.
Numa fase inicial, o memorando assinado abrangerá os cursos de arquitetura e engenharia, mas deverá ser estendido à outras áreas de formação.

O acordo com Portugal poderá ganhar uma abrangência europeia. O presidente da Comissão de Relações Internacionais da Andifes, Targino de Araújo, afirmou que “a comissão ainda não se debruçou sobre o assunto”. Mas como existe um modelo educacional padrão na União Europeia, outros países poderão usufruir desses procedimentos de validação.
Antônio Netto

Politica Migratória, Produção e Desenvolvimento



Política migratória, produção e desenvolvimento é o tema da palestra a ser proferida pelo Ministro Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE), no dia 29 de janeiro de 2013 (terça-feira) das 09 às 11h na se de FIRJAN: Av. Graça Aranha, no. 01 / 2º. Andar. Centro – Rio de Janeiro
O Ministro Moreira Franco abordará, na sua palestra, a ampliação da mão de obra estrangeira qualificada no Brasil, bem como as medidas adotadas pelo governo brasileiro para aumentar a competitividade do país.
Data e local
Dia 29 de janeiro de 2013 (terça-feira) das 09 às 11h. Edifício Sede da FIRJAN. Av. Graça Aranha, no. 01 / 2º. Andar. Centro – Rio de Janeiro
Valores
Associados: R$ 200,00.
Não associados: R$: 250,00.
Inscrições
Maira Swami
Gerente de Eventos da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha
Telefone: (21) 2224-2123.
e-mail: Maira@ahk.com.br

Plano Nacional da Cultura Exportadora realiza 254 atividades em 2012

11/01/2013


Brasília (11 de janeiro) – O primeiro ano de atividades do Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE), que faz parte das medidas do Plano Brasil Maior para aumento das exportações brasileiras, atingiu a expectativa da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Foram realizadas, em 24 estados, 254 atividades como cursos de capacitação, oficinas, seminários, consultorias, assessorias técnicas, entre outras. Para cada estado, foram escolhidos setores estratégicos para o comércio exterior e selecionadas ações direcionadas.
“A participação dos estados foi muito boa e deve continuar este ano. Mesmo os que não têm perfil exportador mostraram interesse em aumentar a base exportadora, treinar as equipes técnicas e levar informações aos empresários locais”, avalia a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Lacerda Prazeres.
Para este ano, as 16 instituições parceiras já prepararam as ofertas de ações que podem realizar nos estados. Após esta etapa, os estados informam quais atividades estão dentro do seu perfil exportador. A Secretaria de Comércio Exterior coordena e acompanha o trabalho. Assim, as informações técnicas voltadas para melhorar as vendas externas de pequenas, médias e grandes empresas chegam aos empresários e aos profissionais de instituições ligadas ao comércio exterior em todo país.

Atividades realizadas

Em 2012, participaram do PNCE: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. Entre as atividades realizadas, estão os treinamentos em exportação básica, feitos pela Suframa e pelo MDIC, em Boa Vista, Roraima; a capacitação para 40 empresários de pequenas e médias empresas da Bahia, feita pelo Sebrae, na oficina “Planejando para Internacionalizar” e os cursos realizados pelo Banco do Brasil (sobre carta de crédito, financiamento, serviço online BB e proteção financeira) para 82 empresas do Espírito Santo.
Ainda foram colocados em prática projetos de capacitação para cooperativas vinculadas às atividades com potencial exportador em 2013, da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), em seis estados, com o objetivo de aumentar a participação do setor nas exportações brasileiras; o seminário “O BNDES mais perto de você” realizado em Teresina, no Piauí, para 200 pessoas; e a consultoria para certificação de processos e produtos para 60 empresas dos setores têxtil e de confecções e de tecnologia da informação, organizada pelo Senai.
Também fizeram parte das atividades do PNCE, no ano passado, o incentivo à  participação em eventos e feiras nacionais e internacionais para exposição de produtos e rodadas de negócios. O MDIC realizou o Encomex Empresarial Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, com mais de 1.300 participantes, e o Encomex Empresarial Vitória, no Espírito Santo, que reuniu mais de 800 pessoas.
Empresários de Alagoas participaram, pela primeira vez, por meio de ações da Apex-Brasil e da CNI, de feiras como a Fispal Food, em São Paulo, Fashion Rio, no Rio de Janeiro, e Canton Fair, na China. Representantes da Bahia integraram a Missão Empresarial a Angola, organizada pela Apex-Brasil; o Mapa realizou, em Rio Verde, Goiás, o 50º Agroex (Seminário de Agronegócio para Exportação) e a CNI  levou empresas de Rondônia para a feira Exportcomer, no  Panamá,  Expoalimentaria, no Peru,  e Expocruz, na Bolívia.
Outro passo importante para a implementação do PNCE, em 2012, foi a criação do Sistema de Informações Gerencias (SIG) que permitirá o acompanhamento e a avaliação online das ações realizadas nos estados. Após a implementação do sistema, desenvolvido pela área técnica do MDIC em 2012,  terá início, em 2013, a capacitação dos técnicos dos estados que alimentarão o sistema com as informações regionais, trabalho que era feito pela Secex, em Brasília.

Brasil Maior

O PNCE integra o Plano Brasil Maior, dentro da meta de diversificar as exportações brasileiras, ampliando a participação do país no comércio internacional. O trabalho é feito em parceria com a  Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil); a Agência Brasileira do Desenvolvimento Industrial (ABDI); o Banco da Amazônia; o Banco do Brasil; o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE); a Caixa Econômica Federal; a Confederação Nacional da Indústria (CNI);os Correios; o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); o Ministério das Relações Exteriores (MRE); a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB); o Sebrae; o Senac; e o Senai; e com a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
Lançado em 2012 e com ações previstas até 2015, o Plano Nacional da Cultura Exportadora coordena e promove ações de desenvolvimento e difusão de ações ligadas à cultura exportadora nas Unidades da Federação, por meio das quais mobiliza e capacita gestores públicos, empresários de pequeno e médio portes e profissionais de comércio exterior para aumentar e qualificar a pauta de produtos destinados ao mercado externo. Os eixos de atuação do plano são a cultura exportadora; a inteligência comercial e competitiva;  o ambiente de negócios; a diversificação e a qualificação da pauta exportadora; e a  promoção comercial.

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Angra dos Reis tem maior valor em exportações em 2012


15/01/2013

Brasília (15 de janeiro) – Em 2012, de janeiro a dezembro, os municípios brasileiros que tiveram melhor desempenho nas exportações foram Angra dos Reis-RJ (US$ 12,207 bilhões), São Paulo-SP (US$ 9,049 bilhões), Parauapebas-PA (US$ 8,959 bilhões), Rio de Janeiro-RJ (US$ 7,241 bilhões) e São José dos Campos-SP (US$ 6,300 bilhões).
Entre os municípios que tiveram maiores superávits comercias (exportações menos importações) o primeiro lugar ficou com Parauapebas-PA (US$ 8,654 bilhões), seguido por Angra dos Reis-RJ (US$ 8,362 bilhões), Santos-SP (US$ 4,962 bilhões), Nova Lima-MG (US$ 3,528 bilhões), e Paranaguá-PR (US$ 3,105 bilhões).
Já os municípios que mais importaram em 2012 foram Manaus-AM (US$ 13,380 bilhões); São Paulo-SP ( US$ 13,352 bilhões), Rio de Janeiro-RJ (US$ 8,468 bilhões), São Luiz-MA (US$ 6,842 bilhões) e São Sebastião-SP (US$ 6,569 bilhões).

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Teixeira: Brasil agirá para defender calçados contra práticas desleais de comércio

15/01/2013

Brasília (15 de janeiro) – O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira, afirmou nesta segunda-feira (14), em São Paulo, no discurso de abertura da Couromoda 2013, que o governo continuará agindo para defender o setor de práticas desleais e predatórias de comércio. Prova disso, segundo o secretário, são as medidas adotadas nos últimos meses, tanto na área de defesa comercial quanto na área de promoção comercial.

Teixeira destacou a importância dos setores coureiro-calçadista e de moda, que estão entre os principais geradores emprego e renda país. “Esses setores e o Sistema Moda Brasil incorporam criatividade e inovação à produção nacional. Nosso trabalho será forte e constante para que fortalecê-los e elevar tanto a produção local quanto as exportações“, apontou, ao afirmar que espera ver, em breve, o Brasil como a segunda maior indústria do mundo em couro e calçados.

Defesa comercial
O Ministério, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, continua a monitorar o comércio no setor calçadista para evitar práticas desleais e predatórias. No fim do ano passado, a Secex barrou a entrada de calçados importados da Malásia por falsa declaração de origem. No caso da empresa malaia Innovation Footwear Manufacturer, exportador e produtor não forneceram informações essenciais na fase de instrução do processo, não sendo possível comprovar a origem dos produtos que seriam exportados para o Brasil no valor de US$ 400 mil (Portaria n° 30/12).

No caso da empresa Goodwill Footwear Manufacturer, também malaia, a investigação aberta para apurar a origem dos produtos concluiu que a referida empresa não cumpria as condições da legislação brasileira para que os calçados que seriam exportados para o Brasil fossem considerados originários da Malásia (Portaria n° 42/12). Também há direito antidumping aplicado a calçados importados da China, com cobrança de US$ 13,85 por par (Resolução Camex nº 14/10). Outro processo investigativo sobre circunvenção estendeu o direito antidumping às importações de cabedais e de solados de calçados da China e estabeleeu a aplicação de alíquota ad valorem de 182% (Resolução Camex nº 42/12).

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Um novo gás para a economia do sul



Gás de xisto, que deverá ser explorado no Brasil até dezembro, tem potencial na região sul


O Ministério de Minas e Energia divulgou na semana passada o começo da exploração de um novo gás no país. Trata-se do gás de xisto, que está ganhando muito mercado no mundo – em especial nos Estados Unidos (lá chamado de “shale gas”). A Agência Nacional do Petróleo deverá desenvolver o modelo de licitações e submetê-lo ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A nova energia, segundo o MME, é encontrada em grande quantidade na Bacia do Paraná, em uma área que se estende do Rio Grande do Sul até o Mato Grosso. No entanto, o potencial exato ainda é desconhecido. "Existe potencial, mas ainda é cedo para dizer se é alto, médio ou baixo", afirmou João Marcelo Ketzer, coordenador do Centro em Excelência em Pesquisa e Inovação em Petróleo, Recursos Minerais e Armazenamento de Carbono da PUCRS ao jornal Zero Hora. Para especialistas, o Brasil deve levar pelo menos uma década para iniciar a exploração.

Fonte: Revista Amanhã

Intenção de investimento das indústrias é a menor em quatro anos

Por Sergio Leo | Valor

BRASÍLIA - Pesquisa anual da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 85,4% das empresas do setor pretendem realizar investimentos em 2013, o menor percentual desde 2009, quando 86,6% delas tinham intenção de investir.
Em 2012, 80,2% realizaram investimento de fato, ante 88,7% em 2011. Além disso, metade dessas empresas não realizaram aportes como planejado no ano passado.
A pesquisa mostra algumas perspectivas positivas para 2013. Das empresas que vão investir, 58% querem aumentar as compras de bens de capital, ante 46% em 2012. E 60% dos investimentos irão para ampliar a capacidade de produção. Outros 40% serão destinados a novos projetos.
Quanto à origem dos recursos, as empresas pretendem financiar 52,9% dos investimentos com seu próprio caixa; outros 29,3% devem vir de empréstimos dos bancos oficiais.
O levantamento mostra, ainda que, as empresas do setor industrial não estão muito otimistas com o mercado externo. Apenas 4,7% delas disseram que pretendem realizar investimentos com foco no exterior, o menor nível em dez anos, segundo a CNI.
(Sergio Leo | Valor)