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Atuação: Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Mercados emergentes melhoram em 2012 e Brics lideram, aponta HSBC
Improviso e tema
Se restava ainda alguma dúvida acerca do grau de
improviso que tem marcado a condução da política econômica nos últimos
anos, a confusão da semana passada deve tê-la dissipado em definitivo. O
que talvez não seja tão claro é o motivo da gambiarra.
Não é segredo que a evolução da inflação tem sido pior do que o BC
parecia imaginar há pouco. Apenas no primeiro trimestre, apesar do
adiamento dos reajustes de transportes coletivos e da redução mais forte
dos preços de energia, a inflação deve superar em cerca de meio ponto
percentual as previsões do BC feitas em dezembro, um padrão que
provavelmente se repetirá ao longo do ano.
Ainda que não tenha explicitado esta preocupação na sua ata mais
recente, parece claro que o BC (finalmente) compreendeu as dificuldades,
o que talvez explique a ausência de qualquer menção à convergência
(linear ou “não linear”) da inflação à meta. Ao mesmo tempo, porém, se
aferra à estratégia de manter as condições monetárias inalteradas “por
um período de tempo suficientemente prolongado”, afastando a
possibilidade de voltar a subir taxas de juros possivelmente até o final
de 2013, senão mais adiante.
A percepção de que o BC abdicou do instrumento monetário, enquanto
exprime certo desconforto com a inflação, levou o mercado a se perguntar
que ferramenta ainda poderia ser usada.
Inflação alta e crescimento são resultado de um política deliberada, fruto da mistura de voluntarismo e ignorância
A resposta veio pouco depois, quando o BC antecipou a rolagem de suas
vendas de dólares no mercado futuro, sinalizando a intenção de trazer a
taxa de câmbio para baixo do piso informal de R$ 2,00 por dólar que
vigorou na maior parte do ano passado. O real mais forte poderia
baratear tanto as importações quanto os preços domésticos dos produtos
exportados. Curiosamente, houve até menção a fontes da Fazenda sugerindo
que isto auxiliaria o investimento, depois de anos alardeando o
contrário.
Se tal estratégia existiu (ou existe), foi vítima imediata de “fogo
amigo”, manifesto na entrevista do ministro da Fazenda, que afirmou com
todas as letras: “não permitiremos uma valorização especulativa do real e
isso veio para ficar”. Ato contínuo, reafirmou seu compromisso com o
câmbio flutuante, obviamente desde que nos limites que considera
apropriados, um oxímoro em construção.
Raras vezes se viu tamanha descoordenação entre partes do governo,
mesmo num que não prima pela unidade de propósito. Mais do que acidente
de percurso, porém, acredito que o episódio ilustra muito bem as
inconsistências no arranjo atual de política econômica.
Não faltam objetivos: o governo quer crescimento alto, inflação
baixa, câmbio desvalorizado e uma Selic reduzida. Não há maiores
dificuldades quanto ao último objetivo, dado que se trata de variável
controlada pelo BC, assim como, em certa medida, pode sê-lo o câmbio.
Faltam, porém, instrumentos.
Assim, ao fixar a taxa de juros o governo abre mão do instrumento que
deveria ser usado para controlar a inflação. Daí a tentação de usar o
câmbio para este fim, colidindo com a meta do dólar caro. Na
impossibilidade de usar, de forma torta, o fortalecimento do real para
este fim, sobra a possibilidade de atuar diretamente sobre preços, no
caso através de desoneração tributária e/ou subsídios, os quais
contribuem para erodir o desempenho (já nada brilhante) das contas
públicas, obrigando a tentativas cada vez mais complexas de tapar o sol
com peneiras contábeis, quando não sacrificando a geração de caixa e a
capacidade de inversão das empresas estatais.
O improviso é, pois, decorrência direta do abandono de uma estrutura
que combinava objetivos e instrumentos em favor de uma condução
discricionária que, em nome de metas conflitantes, nos tem levado a
situações como a vivida na semana passada.
Já inflação alta e crescimento baixo não se improvisam; são
resultados de uma política deliberada, fruto da mistura ingrata de
voluntarismo e ignorância.
Fonte: A Mão Invisível
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Ministério seleciona exportadores para a Alimentaria & Horexpo 2013, em Portugal
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Petrobras terá um 2013 mais difícil que 2012, diz Graça Foster
- Presidente da estatal prevê queda na produção e diz que reajuste dos combustíveis ainda não foi suficiente
Ramona Ordoñez
Bruno Rosa
Publicado:
Atualizado:
RIO - A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, reconheceu
que a Petrobras vai ter um 2013 difícil. Segundo ela, além dos reajustes
dos preços de combustíveis ainda não terem sido suficientes para
recuperar as perdas com a defasagem internacional, a produção de
petróleo terá queda neste ano. A estatal também não incluiu projetos
novos entre os investimentos previstos. No mercado acionário, as ações despencavam.
—
Será um ano mais difícil que 2012, que já foi extremamente difícil. É
um desafio muito grande. Não vamos abrir mão das necessárias manutenções
das plataformas — disse.
A
presidente da estatal afirmou ainda que a empresa vai manter o mesmo
patamar de produção em 2013, com a variação de 2% para cima e para
baixo.
— Se vocês me perguntarem, eu diria que é 2% negativo. Não
tem condição de fazer produção adicional porque não tem condição física
para isso. A produção só cresce no segundo semestre.
A presidente
da Petrobras disse ainda que os reajustes nos preços de gasolina e
diesel ainda não foram suficientes para eliminar a diferença entre o
mercado interno e externo em apresentação. Segundo Graça, o diesel
registrou reajuste de 16% e a gasolina, de 14,9%. De acordo com a
Petrobras, a diferença dos preços dos derivados no Brasil e no exterior é
de 17%.
— Os reajustes não foram suficientes para eliminar a
diferença entre os preços. Esses repasses trarão melhoria no caixa, mas
não o suficiente para recompor essa diferença.
A área de
abastecimento, com a alta de 102% das importações de gasolina e de 16%
do diesel em 2012, registrou perdas de R$ 22,9 bilhões em 2012.
Segundo
a presidente da estatal, Graça lembrou ainda que a estatal perdeu R$ 7
bilhões em poços secos em 2012. Para 2013, a previsão é de R$ 6 bilhões.
A
executiva disse ainda que o pré-sal respondeu por 10,5% da produção da
estatal em dezembro, com 231 mil barris por dia. Ao todo, a companhia
produziu 2,032 milhões e barris por dia. No ano passado, o pré-sal
respondeu por 7% do total.
Com o programa de eficiência em Campos,
Graça lembrou que conseguiu recuperar 25 mil barris por dia entre abril
e dezembro do ano passado.
Em conferência com analistas, Graça afirmou ainda que a demanda de gás no Brasil foi acima do esperado no quarto trimestre.
A
estatal teve um lucro de R$ 20,1 bilhões no ano passado, o que
representou uma queda de 36% em relação ao ano anterior. O resultado
que, apesar de significativo, é o menor dos últimos oito anos, se deveu
principalmente à defasagem dos preços dos combustíveis, à forte alta das
importações principalmente de gasolina, à queda de 2% na produção de
petróleo, a grande número de poços secos ou não econômicos e à forte
valorização do dólar frente o real.
Graça pontuou ainda que a
empresa vai buscar convergência de preços, essencial para a companhia
atingir seus objetivos, defendeu Graça.
Termelétricas consumiram mais gás que indústria
A
companhia informou ainda que, no quarto trimestre do ano passado, as
termelétricas consumiram mais gás que o o setor industrial. As térmicas
demandaram 38,6 milhões de metros cúbicos por dia, contra 38,3 milhões
de metros cúbicos por dia.
— Do terceiro trimestre para o quarto trimestre, a demanda das térmicas mais que dobrou — disse a presidente da Petrobras.
Já entre o terceiro e quatro trimestre de 2012, a demanda da indústria por gás caiu 5%.
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Indústria de defesa explora apenas 10% do seu potencial para exportação
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Petrobras lucra R$ 21,182 bilhões em 2012, com queda de 36%
Balanço | 04/02/2013 19:42
Plataforma da Petrobras: desempenho inferior ao do ano retrasado
Geração de caixa e produção física também recuaram em relação a 2011
Divulgação/Petrobras
São Paulo – A Petrobras
encerrou 2012 com queda de 36% em seu lucro líquido consolidado, para
21,182 bilhões de reais. A companhia também apresentou geração de caixa
ajustada, medida pelo ebitda, de 53,439 bilhões de reais – uma queda de
14% sobre 2011.
A queda nos resultados ocorreu apesar do aumento de 15% na receita com vendas, que totalizou 281,379 bilhões de reais. O balanço mostrou que a produção física recuou 1%, de 2,622 milhões de barris diários de petróleo, para 2,598 milhões de barris.
Somente no quarto trimestre, o lucro líquido ficou em 7,747 bilhões de
reais, 53% maior que os 5,049 bilhões registrados no mesmo período do
ano passado. A cifra veio acima do consenso estimado pela agência de
notícias Bloomberg, que projetava 5,846 bilhões, após consultar vários
analistas.
Já para o lucro líquido do ano, o resultado apresentado pode dividir os
analistas, já que as estimativas oscilavam de projeções moderadas, como
os 17,7 bilhões de reais do Deutsche Bank, até estimativas mais
otimistas, como os 30 bilhões calculados pelo Bank of America.
Falta de imigrantes pode prejudicar economia alemã
O país precisa atrair enfermeiras, eletricistas e técnicos da área de tecnologia da informação para continuar crescendo
Getty Images
Entrevista de emprego: empregadores alemãs são resistentes em contratar estrangeiros
Nova York - A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento
Econômico (OCDE) afirmou nesta segunda-feira que o crescimento econômico
da Alemanha pode ser prejudicado se o país não conseguir atrair mais imigrantes para preencher postos de trabalho.
Segundo a instituição, embora países como Espanha e Grécia registrem
taxas de desemprego de quase 25%, a Alemanha não tem conseguido atrair
um número suficiente de trabalhadores qualificados e semiqualificados. A
língua alemã é considerada muito difícil e existe a falsa sensação de
que os obstáculos administrativos são elevados.
Segundo o relatório divulgado pela OCDE, se a Alemanha não introduzir
uma política de imigração bem-sucedida para trabalhadores como
enfermeiras, eletricistas e técnicos da área de tecnologia da
informação, isso terá "um impacto muito negativo, não somente no
crescimento potencial, mas também no crescimento econômico real".
Segundo o vice-secretário-geral da OCDE, Yves Leterme, o problema da
Alemanha não é uma política de imigração muito severa. Para ele, o país é
um dos membros da OCDE com menos burocracia e sem limite numérico para
os imigrantes.
O problema é a resistência dos empregadores em contratar estrangeiros e
a dificuldade da língua alemã. Segundo a OCDE, cada vez menos pessoas
estão aprendendo alemão na União Europeia e menos instituições estão
oferecendo cursos sobre a língua. Mas as autoridades alemãs estão
trabalhando para contornar essas dificuldades, recrutando estudantes
estrangeiros nas universidades locais e tentando preencher milhares de
vagas de aprendizes em empresas, escolas técnicas e câmaras de comércio.
Segundo Leterme, o número de imigrantes do sul da Europa na Alemanha
está crescendo, "mas esse volume ainda é pequeno quando comparado com os
imigrantes da Europa Central". Enquanto o número de imigrantes de
países como Portugal, Grécia, Itália e Espanha cresceu 7,6% no ano
passado, o volume de imigrantes de países como República Checa, Estônia,
Letônia, Lituânia, Hungria, Polônia, Eslovênia e Eslováquia saltou 29%.
"A economia europeia realmente precisa de mais mobilidade profissional.
A economia dos EUA, por exemplo, é resistente a crises devido à
imigração em uma base muito permanente, o que alimenta o mercado de
trabalho e a economia", diz o vice-secretário da OCDE. As informações
são da Dow Jones.
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