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Atuação: Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Indústria brasileira de artigos médicos exportará até 15% mais em 2013
Desvalorização do bolívar deve reduzir saldo do Brasil no comércio bilateral
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Burocracia trava investimentos, diz Gleisi Hoffmann
Ritmo lento
“O
principal desafio do setor público é resolver o ritmo da burocracia e
fazer com que as pessoas tenham compromisso com o resultado”. A
afirmação é da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Em
entrevista concedida ao repórter Valdo Cruz, publicada no jornal Folha de S.Paulo desta quarta-feira (13/2), Gleisi disse estar otimista com o governo em 2013 e espera uma retomada do crescimento.
A ministra explicou ainda as alterações feitas nos programas de concessões de rodovidas e ferrovias. Segundo ela, após a divulgação dos estudos são feitas audiências públicas para recolher opiniões. “Tivemos pessoas que sugeriram alterações, disseram que seria melhor fazer adequações. E nós aceitamos, porque queremos acertar para que a parceria com o setor privado dê certo e o país cresça”.
Leia a entrevista:
Folha — O ano começou com um clima negativo para o governo, inflação em alta, crescimento não tão forte, queixas de empresários sobre regras nas concessões, câmbio provocando tensão. O que está acontecendo de errado com o governo?
Gleisi Hoffmann — Sou muito otimista com 2013. Temos bons resultados. Menor taxa de desemprego da história, redução sistemática da miséria, redução nas taxas de juros, investimentos estrangeiros expressivos no país.
Durante 2012, todas as medidas foram tomadas para que tivéssemos uma retomada do nosso crescimento.
Desoneração tributária, estruturação de programas de infraestrutura, financiamentos com redução de taxas de juros. Enfim, acredito que 2013 vai ter bons resultados. É uma questão de tempo, de curto espaço de tempo.
Folha — Apesar disso, temos um cenário de inflação alta, como a de janeiro, e crescimento ainda fraco. Não deveríamos estar num cenário melhor? Por que não decolamos?
Gleisi Hoffmann — A presidente Dilma tem um grande compromisso de manter a inflação na meta. Não temos motivo para ficarmos alarmados com isso.
Folha — E, se a inflação superar o teto da meta, de 6,5%, o Banco Central terá autonomia para atuar? O mercado levanta dúvidas sobre isso.
Gleisi Hoffmann — Sempre foi um compromisso do governo, e o Banco Central sempre teve sua autonomia para atuar nessa área.
Folha — As críticas à política econômica e ao ministro Guido Mantega, antes restritas ao Brasil, estão vindo de fora também. A política adotada pelo governo está perdendo credibilidade internacional?
Gleisi Hoffmann — Para mim, o que mede a confiança externa no Brasil é o nível de investimento estrangeiro direto. E ele tem crescido sistematicamente. Em 2012, fechou tão forte quanto em 2011. Não vejo a confiança externa abalada.
Folha — O empresariado continua reclamando das condições colocadas pelo governo para os programas de concessões, queixas endossadas por conselheiros da presidente Dilma.
Gleisi Hoffmann — Nós temos visto um crescimento do investimento estrangeiro direto no Brasil. Além disso, um pesquisa no Fórum Econômico Mundial, em Davos, com mais de 1,3 mil executivos, mostra que o Brasil é um país atraente para seus investimentos. Então, não quero crer que nossos empresários estejam com medo de concorrência.
Folha — Mas o próprio governo teve de mudar regras como as de concessão de rodovias. Há dificuldades em admitir erros?
Gleisi Hoffmann — Em primeiro lugar, ninguém vai perder dinheiro com o Brasil. A taxa de retorno dos investimentos vai ser proporcional a cada empreendimento e ao risco dele e às condições econômicas do país. Fizemos um estudo sobre rodovias e divulgamos. Tivemos pessoas que sugeriram alterações, disseram que seria melhor fazer adequações. E nós aceitamos, porque queremos acertar para que a parceria com o setor privado dê certo e o país cresça.
Folha — As mudanças feitas em rodovias podem ser feitas em outros programas?
Gleisi Hoffmann — Estamos terminando estudos em ferrovias, como também em portos e aeroportos. Os estudos são colocados em audiências públicas. Quando fazemos isso, estamos dizendo aos investidores para fazerem questionamentos, críticas e sugestões. Então, a partir dessa fase, recolhemos todas essas colaborações dadas. Se adequações forem necessárias, elas serão feitas.
Folha — Mantega está sendo alvo de várias críticas aqui e lá fora. Pode haver mudança na equipe econômica?
Gleisi Hoffmann — Nomeação e demissão de ministro cabem à presidente Dilma responder, não a mim. Quero só dizer que o ministro Guido Mantega é um grande ministro. Coordenou a economia em momentos muito relevantes, quando o país teve uma das melhores fases de crescimento.
Folha — Nos trabalhos da Câmara de Gestão [formada por empresários e ministros para discutir a gestão pública], qual o diagnóstico do que mais prejudica o bom andamento da máquina pública, dos programas de investimento do governo?
Gleisi Hoffmann — O ritmo da burocracia. As pessoas são acostumadas, no poder público, a deixar as coisas quase que se resolverem por conta própria. A burocracia vai resolvendo as coisas no seu ritmo.
O principal desafio do setor público é resolver o ritmo da burocracia e fazer com que as pessoas tenham compromisso com o resultado.
Se eu preciso fazer com que uma licitação saia, tenho de pegar o meu processo e ir em cada setor para que ele ande e saia no prazo. Funciona assim na iniciativa privada, por que não pode funcionar da mesma maneira no setor público?
Folha — O que vai ser feito para mudar isso?
Gleisi Hoffmann — É um processo, não vamos fazer isso do dia para a noite, mas temos de começar. Então, um sistema de monitoramento adequado, discussões e debates com a máquina pública, cobranças sistemáticas por resultados.
Folha — Para melhorar o ritmo da burocracia, a senhora é a favor do pagamento de um bônus salarial por desempenho no serviço público?
Gleisi Hoffmann — Sou muito simpática à ideia da meritocracia. É um tema que temos debatido muito na Câmara de Gestão.
Sou simpática à ideia, não é simples de implantar em toda gestão pública, mas é um desafio que podemos vencer. Está nas nossas metas.
Folha — A senhora avalia que há servidores demais ou de menos no governo?
Gleisi Hoffmann — O Brasil é um país de dimensões continentais, com muitos serviços públicos colocados à disposição da população. Isso requer também muitos servidores. Temos é de qualificar cada vez mais a máquina pública e melhorar cada vez mais a gestão. É uma das metas da presidente.
Folha — A senhora é a favor da diminuição das indicações políticas? Elas deveriam ser reduzidas? Não prejudicam o andamento do serviço público?
Gleisi Hoffmann — Sempre tem essa ideia de contrapor a política à técnica, o que acho muito ruim. Porque a técnica qualifica a política, e a política dá sentido à técnica. Elas não podem caminhar desassociadas, não podemos ter um governo só tecnocrático ou só político.
O que temos de diminuir na máquina pública é a utilização dos cargos apenas para fazer política partidária.
A ministra explicou ainda as alterações feitas nos programas de concessões de rodovidas e ferrovias. Segundo ela, após a divulgação dos estudos são feitas audiências públicas para recolher opiniões. “Tivemos pessoas que sugeriram alterações, disseram que seria melhor fazer adequações. E nós aceitamos, porque queremos acertar para que a parceria com o setor privado dê certo e o país cresça”.
Leia a entrevista:
Folha — O ano começou com um clima negativo para o governo, inflação em alta, crescimento não tão forte, queixas de empresários sobre regras nas concessões, câmbio provocando tensão. O que está acontecendo de errado com o governo?
Gleisi Hoffmann — Sou muito otimista com 2013. Temos bons resultados. Menor taxa de desemprego da história, redução sistemática da miséria, redução nas taxas de juros, investimentos estrangeiros expressivos no país.
Durante 2012, todas as medidas foram tomadas para que tivéssemos uma retomada do nosso crescimento.
Desoneração tributária, estruturação de programas de infraestrutura, financiamentos com redução de taxas de juros. Enfim, acredito que 2013 vai ter bons resultados. É uma questão de tempo, de curto espaço de tempo.
Folha — Apesar disso, temos um cenário de inflação alta, como a de janeiro, e crescimento ainda fraco. Não deveríamos estar num cenário melhor? Por que não decolamos?
Gleisi Hoffmann — A presidente Dilma tem um grande compromisso de manter a inflação na meta. Não temos motivo para ficarmos alarmados com isso.
Folha — E, se a inflação superar o teto da meta, de 6,5%, o Banco Central terá autonomia para atuar? O mercado levanta dúvidas sobre isso.
Gleisi Hoffmann — Sempre foi um compromisso do governo, e o Banco Central sempre teve sua autonomia para atuar nessa área.
Folha — As críticas à política econômica e ao ministro Guido Mantega, antes restritas ao Brasil, estão vindo de fora também. A política adotada pelo governo está perdendo credibilidade internacional?
Gleisi Hoffmann — Para mim, o que mede a confiança externa no Brasil é o nível de investimento estrangeiro direto. E ele tem crescido sistematicamente. Em 2012, fechou tão forte quanto em 2011. Não vejo a confiança externa abalada.
Folha — O empresariado continua reclamando das condições colocadas pelo governo para os programas de concessões, queixas endossadas por conselheiros da presidente Dilma.
Gleisi Hoffmann — Nós temos visto um crescimento do investimento estrangeiro direto no Brasil. Além disso, um pesquisa no Fórum Econômico Mundial, em Davos, com mais de 1,3 mil executivos, mostra que o Brasil é um país atraente para seus investimentos. Então, não quero crer que nossos empresários estejam com medo de concorrência.
Folha — Mas o próprio governo teve de mudar regras como as de concessão de rodovias. Há dificuldades em admitir erros?
Gleisi Hoffmann — Em primeiro lugar, ninguém vai perder dinheiro com o Brasil. A taxa de retorno dos investimentos vai ser proporcional a cada empreendimento e ao risco dele e às condições econômicas do país. Fizemos um estudo sobre rodovias e divulgamos. Tivemos pessoas que sugeriram alterações, disseram que seria melhor fazer adequações. E nós aceitamos, porque queremos acertar para que a parceria com o setor privado dê certo e o país cresça.
Folha — As mudanças feitas em rodovias podem ser feitas em outros programas?
Gleisi Hoffmann — Estamos terminando estudos em ferrovias, como também em portos e aeroportos. Os estudos são colocados em audiências públicas. Quando fazemos isso, estamos dizendo aos investidores para fazerem questionamentos, críticas e sugestões. Então, a partir dessa fase, recolhemos todas essas colaborações dadas. Se adequações forem necessárias, elas serão feitas.
Folha — Mantega está sendo alvo de várias críticas aqui e lá fora. Pode haver mudança na equipe econômica?
Gleisi Hoffmann — Nomeação e demissão de ministro cabem à presidente Dilma responder, não a mim. Quero só dizer que o ministro Guido Mantega é um grande ministro. Coordenou a economia em momentos muito relevantes, quando o país teve uma das melhores fases de crescimento.
Folha — Nos trabalhos da Câmara de Gestão [formada por empresários e ministros para discutir a gestão pública], qual o diagnóstico do que mais prejudica o bom andamento da máquina pública, dos programas de investimento do governo?
Gleisi Hoffmann — O ritmo da burocracia. As pessoas são acostumadas, no poder público, a deixar as coisas quase que se resolverem por conta própria. A burocracia vai resolvendo as coisas no seu ritmo.
O principal desafio do setor público é resolver o ritmo da burocracia e fazer com que as pessoas tenham compromisso com o resultado.
Se eu preciso fazer com que uma licitação saia, tenho de pegar o meu processo e ir em cada setor para que ele ande e saia no prazo. Funciona assim na iniciativa privada, por que não pode funcionar da mesma maneira no setor público?
Folha — O que vai ser feito para mudar isso?
Gleisi Hoffmann — É um processo, não vamos fazer isso do dia para a noite, mas temos de começar. Então, um sistema de monitoramento adequado, discussões e debates com a máquina pública, cobranças sistemáticas por resultados.
Folha — Para melhorar o ritmo da burocracia, a senhora é a favor do pagamento de um bônus salarial por desempenho no serviço público?
Gleisi Hoffmann — Sou muito simpática à ideia da meritocracia. É um tema que temos debatido muito na Câmara de Gestão.
Sou simpática à ideia, não é simples de implantar em toda gestão pública, mas é um desafio que podemos vencer. Está nas nossas metas.
Folha — A senhora avalia que há servidores demais ou de menos no governo?
Gleisi Hoffmann — O Brasil é um país de dimensões continentais, com muitos serviços públicos colocados à disposição da população. Isso requer também muitos servidores. Temos é de qualificar cada vez mais a máquina pública e melhorar cada vez mais a gestão. É uma das metas da presidente.
Folha — A senhora é a favor da diminuição das indicações políticas? Elas deveriam ser reduzidas? Não prejudicam o andamento do serviço público?
Gleisi Hoffmann — Sempre tem essa ideia de contrapor a política à técnica, o que acho muito ruim. Porque a técnica qualifica a política, e a política dá sentido à técnica. Elas não podem caminhar desassociadas, não podemos ter um governo só tecnocrático ou só político.
O que temos de diminuir na máquina pública é a utilização dos cargos apenas para fazer política partidária.
Revista Consultor Jurídico, 13 de fevereiro de 2013
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
MAIS JOVENS PELO MUNDO QUEREM ESTUDAR NO BRASIL
A cada ano, o Brasil atrai jovens estrangeiros que vêm estudar aqui. O
interesse dos estudantes espanhóis pelas escolas brasileiras foi o que
mais cresceu.
Sofia Raposo veio de Portugal, Marc Vallverdú, da Espanha, Hannes
Aigner é austríaco e Anna Katharina Lemke, alemã. Em comum, a vontade de
conhecer uma cultura nova e entender como funciona o nosso mercado.
Eles estão no Brasil para o mestrado em gestão internacional.
O Brasil se tornou destino de muitos estrangeiros, que buscam aqui
uma oportunidade de aprender.
Nos últimos sete anos, de acordo com dados
do Ministério das Relações Exteriores, dobrou o número de vistos
emitidos para estudar no Brasil.
O maior crescimento entre 2005 e 2012 foi de vistos pra espanhóis:
mais de 1.000%. Também aumentou significativamente o número de
estudantes da Colômbia, França, Itália e Portugal.
“A maior parte deles, estudantes das áreas mais técnicas, como todas
as engenharias, arquitetura, todas as áreas ligadas à tecnologia e
computação, química, biologia e business”, diz Paula Prado, gerente
executiva da Associação Brasileira de Intercâmbio Profissional.
Sofia Raposo, que mora em Lisboa, sabe bem porque o Brasil anda tão
atraente. “É uma economia muito maior do que a de Portugal e está a
crescer, que é uma situação que eu, em termos de mercado de trabalho,
não tenho em casa”, afirma.
Com a crise na Europa e nos Estados Unidos, países como Brasil,
Rússia, China e Índia se tornaram alvo de legítimos interesses
internacionais.
“O Brasil, dos mercados emergentes, é o mais ocidentalizado dos que
estão crescendo mais. Então, para uma pessoa que quer sair para o
mercado emergente mas não quer ir para uma cultura totalmente diferente,
o Brasil aparece como uma alternativa bastante relevante para esses
alunos”, diz Edgard Barki, coordenador do Mestrado Profissional da FGV.
A ponta final desses estudos pode ser um emprego por aqui mesmo ou em
alguma empresa na Europa que tenha negócios na América Latina, como
conta Marc Vallverdú, o espanhol de 22 anos. “Para poder voltar em algum
momento”, afirma.
Hannes Aigner tinha como opção 18 universidades no mundo. Decidiu vir para o Brasil e acredita que fez a escolha certa.
(Boa Informação – 06/02/2013)
O BRASIL TERÁ QUE DOBRAR INVESTIMENTOS DE LONGO PRAZO, DIZ RELATÓRIO
Por Assis Moreira | Valor
GENEBRA - O
Brasil precisará praticamente dobrar os investimentos de longo prazo
até 2020 para conseguir manter um crescimento mesmo modesto, sinaliza um
estudo publicado nesta segunda-feira em Londres pelo chamado Grupo dos
30, que reúne presidentes e ex-presidentes de bancos centrais.
Segundo o levantamento, três grandes emergentes - Brasil, Índia e
México - podem precisar levantar financiamentos de US$ 2,6 trilhões por
ano para investimentos de longo prazo por volta de 2020, comparado a US$
1,3 trilhão em 2010 (US$ 400 bilhões por ano no Brasil, US$ 600 bilhões
no caso da Índia e US$ 300 bilhões no México).
A apresentação do relatório, realizada hoje em Londres, antecipa
iniciativa do governo brasileiro de fazer seminários no exterior nas
próximas semanas, na tentativa de atrair investidores de longo prazo
para os projetos de infraestrutura.
Para o G-30, os financiamentos de longo prazo foram amplamente
reduzidos pelas turbulências na economia global, que impuseram
consolidação fiscal, desalavancagem (redução da divida) de bancos e nova
regulação, que limita o crédito por parte do sistema financeiro.
O grupo defende com urgência uma reforma no sistema financeiro
internacional porque, do contrário, haverá forte queda no fluxo de
financiamento para investimentos de longo prazo nos próximos anos.
O grupo 'encoraja' os governos a criarem novos instrumentos para
reforçar as poupanças que podem ser direcionadas para investimentos em
infraestrutura, educação, pesquisa e desenvolvimento, habitação e
expansão de negócios,a fim de permitir pelo menos um crescimento
econômico moderado no futuro.
No sentido de atrair capital para financiamento de longo prazo, o
grupo dos 30 sugere maior uso de parceria publico-privada e a criação de
instituições financeiras especificamente dedicadas a esse tipo de
projeto.
“Esse fluxo de capital é essencial para economias emergentes captarem
recursos suficientes de longo prazo para suas necessidades”, diz
Guillermo Ortiz, ex-presidente do BC do México.
Os gastos com investimentos de longo prazo em nove grandes economias -
Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Japão, México, Reino Unido e
Estados Unidos - totalizaram US$ 11,7 trilhões em 2010.
Agora, o G-20 estima que as necessidades desses países vão aumentar para US$ 18,8 trilhões por ano.
No caso da China, os investimentos de longo prazo passam de US$ 3 trilhões hoje para US$ 6,5 trilhões em 2020.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
SCHAHIN É AFETADA POR QUEDA DE TÍTULOS DA PETROBRÁS
A maior desvalorização em nove meses para os títulos da dívida da Petróleo Brasileiro SA veio em má hora para um dos principais fornecedores da estatal
Rodrigo Orihuela e Boris Korby, da diivulgação
A Schahin Oil & Gas Ltd., que atualmente opera seis plataformas
para a Petrobras, tenta fazer uma captação de pelo menos US$ 500 milhões
esta semana
São Paulo - A maior desvalorização em nove meses para os títulos da dívida da Petróleo Brasileiro SA veio em má hora para um dos principais fornecedores da estatal.
A Schahin Oil & Gas Ltd., que atualmente opera seis plataformas
para a Petrobras, tenta fazer uma captação de pelo menos US$ 500 milhões
esta semana, com taxa de até 7 por cento, segundo uma pessoa a par da
operação.
O rendimento de papéis com prazo similar da concorrente QGOG
Constellation SA teve alta de 63 pontos-base nas últimas três semanas,
em comparação com um aumento de 29 pontos-base para títulos de empresas
de mercados emergentes com classificação abaixo do grau de investimento,
de acordo com o JPMorgan Chase & Co. A dívida da QGOG tem
classificação BB- pela Fitch, mesma nota esperada para os papéis da
Schahin.
O custo de captação para fornecedoras de plataformas está disparando. A
queda nos lucros e na produção da Petrobras, que já é a mais endividada
entre as grandes produtoras mundiais de petróleo, coloca sob risco a
capacidade da estatal de cumprir seu plano de investimentos de US$ 236,5
bilhões.
A Schahin, sediada no Rio de Janeiro, vende plataformas apenas
para a Petrobras.
O aumento de 36 pontos-base na taxa dos títulos da Petrobras com
vencimento em 2019 desde 18 de janeiro significa que a Schahin deverá
pagar a investidores mais do que teria pago numa emissão um mês atrás,
disse Marco Aurélio de Sá, chefe de trading do Crédit Agricole.
“De repente, eles passaram a ser um crédito mais arriscado”, disse Sá
em entrevista por telefone de Miami. “Eles vão ter que pagar um prêmio
mais alto agora.”
A assessoria de imprensa da Schahin se negou a comentar sobre sua
possível captação em resposta por e-mail. A Petrobras, em e-mail em
resposta a questionamentos, se negou a comentar sobre o desempenho de
seus títulos ou sobre a possibilidade de rebaixamento.
Exame
POR CHANCE DE EMPREGO, ESTUDANTES ESTRANGEIROS VÊM AO BRASIL
A
curiosidade sobre o Brasil, as possibilidades de oportunidades de
emprego e estudo, assim como a qualidade do ensino no país estimularam a
chegada de um maior número de estudantes estrangeiros no país em 2012.
Os colombianos, portugueses, franceses e angolanos lideram a lista dos
que mais procuram as cidades brasileiras para estudar, segundo o
Ministério das Relações Exteriores - responsável pela emissão dos
vistos. Só no ano passado, 1.333 estudantes colombianos vieram para o
Brasil, 944 portugueses, 934 franceses e 745 angolanos.
Na comparação com 2011, por exemplo, o número de
colombianos interessados em estudar no Brasil aumentou em quase 50%.
Naquele ano, 972 estudantes colombianos pediram o visto, 441
portugueses, 798 franceses e 608 angolanos.
Os números fazem parte de um balanço, feito pelo
Ministério das Relações Exteriores, sobre os vistos de estudantes
requisitados nas representações brasileiras em 156 países. No documento,
há situações como a do Zimbábue (África), país que sofre com a
hiperinflação e dificuldades econômicas que, desde 2005, não envia
estudantes para o Brasil.
Países que enfrentam crises internas enviaram poucos ou
nenhum estudante para o Brasil. No ano passado, o país não recebeu
pedidos de vistos para estudantes da Líbia e do Mali, enquanto os
palestinos pediram apenas uma autorização, os sírios três, os tunisianos
oito e os egípcios nove.
Os estudantes que desembarcam no Brasil chegam ao país
com vários sonhos. A peruana Melissa Aragon, 25 anos, estudante de
arquitetura na Universidade de Brasília (UnB), está há quatro anos e
meio na capital. Segundo ela, a escolha pelo Brasil foi estimulada pela
crença de que o país pode oferecer mais opções de emprego.
'Como eu queria conhecer outras línguas, fiz quatro
meses de português, quando surgiu a oportunidade para estudar no Brasil,
fiz a prova e passei', contou a estudante. O Brasil tem muitas coisas a
oferecer, desde a parte cultural, que é bastante diversificada,
influências culturais de diferentes países, tem teatro, música, a
culinária brasileira é muito boa, até as opções de trabalho, porque é um
país que está em desenvolvimento em relações aos outros países da
América Latina.'
Também aluno de arquitetura na UnB, o estudante de
Guiné-Bissau Demarbique Carlos Sanca, 22 anos, disse que teve a
oportunidade de vir para o Brasil ao conquistar uma bolsa de estudos.
'Nunca imaginei estudar aqui no Brasil. Eu pensava que qualquer
oportunidade que aparecesse para eu estudar fora [de Guiné] eu iria',
ressaltou.
'Acho que aqui as oportunidades de trabalhos são bem
maiores [do que na Guiné-Bissau]. Se quando eu concluir o curso, se
surgir uma boa oportunidade aqui, posso trabalhar um pouco no Brasil e
voltar para o meu país de origem para dar a minha contribuição como
arquiteto.'
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