A cada ano, o Brasil atrai jovens estrangeiros que vêm estudar aqui. O
interesse dos estudantes espanhóis pelas escolas brasileiras foi o que
mais cresceu.
Sofia Raposo veio de Portugal, Marc Vallverdú, da Espanha, Hannes
Aigner é austríaco e Anna Katharina Lemke, alemã. Em comum, a vontade de
conhecer uma cultura nova e entender como funciona o nosso mercado.
Eles estão no Brasil para o mestrado em gestão internacional.
O Brasil se tornou destino de muitos estrangeiros, que buscam aqui
uma oportunidade de aprender.
Nos últimos sete anos, de acordo com dados
do Ministério das Relações Exteriores, dobrou o número de vistos
emitidos para estudar no Brasil.
O maior crescimento entre 2005 e 2012 foi de vistos pra espanhóis:
mais de 1.000%. Também aumentou significativamente o número de
estudantes da Colômbia, França, Itália e Portugal.
“A maior parte deles, estudantes das áreas mais técnicas, como todas
as engenharias, arquitetura, todas as áreas ligadas à tecnologia e
computação, química, biologia e business”, diz Paula Prado, gerente
executiva da Associação Brasileira de Intercâmbio Profissional.
Sofia Raposo, que mora em Lisboa, sabe bem porque o Brasil anda tão
atraente. “É uma economia muito maior do que a de Portugal e está a
crescer, que é uma situação que eu, em termos de mercado de trabalho,
não tenho em casa”, afirma.
Com a crise na Europa e nos Estados Unidos, países como Brasil,
Rússia, China e Índia se tornaram alvo de legítimos interesses
internacionais.
“O Brasil, dos mercados emergentes, é o mais ocidentalizado dos que
estão crescendo mais. Então, para uma pessoa que quer sair para o
mercado emergente mas não quer ir para uma cultura totalmente diferente,
o Brasil aparece como uma alternativa bastante relevante para esses
alunos”, diz Edgard Barki, coordenador do Mestrado Profissional da FGV.
A ponta final desses estudos pode ser um emprego por aqui mesmo ou em
alguma empresa na Europa que tenha negócios na América Latina, como
conta Marc Vallverdú, o espanhol de 22 anos. “Para poder voltar em algum
momento”, afirma.
Hannes Aigner tinha como opção 18 universidades no mundo. Decidiu vir para o Brasil e acredita que fez a escolha certa.
(Boa Informação – 06/02/2013)
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