sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Brasil tem uma das moedas mais sobrevalorizadas do mundo, segundo índice Bic Mac


  • Levando em conta o preço do sanduíche e o PIB per capita das nações, país está no topo do ranking

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Sanduíche serve para comparar moedas
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Sanduíche serve para comparar moedas Arquivo
RIO - Apesar das tentativas do governo de conter a valorização da moeda brasileira, o real continua a ser uma das moedas mais sobrevalorizadas do mundo, destacou a revista “The Economist”. Segundo o índice Big Mac, em sua versão ajustada, divulgado pela publicação na quinta-feira, que leva em conta o preço médio do sanduíche nos países e o PIB per capita de 48 nações, incluindo a zona do euro, o Brasil estaria no topo do ranking, praticando o preço de US$ 5,64, o que corresponde a uma sobrevalorização de 92,3% ante o que é cobrado nos Estados Unidos (US$ 4,37). Na sequência, vêm Colômbia, com um Big Mac de US$ 4,85 e sobrevalorização de 79,2%, e Turquia, com um preço de US$ 4,78 e com sua moeda 68,4% sobrevalorizada.

Os países de valor mais próximo dos EUA são Coreia do Sul (US$ 3,41, ou sobrevalorização de 2,6%) e Polônia (US$ 2,94, ou subvalorização de 0,7%).

Já levando-se em consideração apenas o preço do sanduíche, pelo Índice Big Mac tradicional, o país ocupa a quinta posição no ranking: o que corresponde a uma sobrevalorização de 29,2% da moeda. Nessa lista, à frente do país, estariam Venezuela, com a moeda sobrevalorizada 107,9% e um Big Mac de US$ 7,84; Noruega, com sobrevalorização de 79,6% e preço de US$ 7,84; Suécia (75,5% e US$ 7,62) e Suíça (63,1% e US$ 7,12).

O Índice Big Mac foi criado em 1986 pela “Economist” com base na teoria econômica da Paridade do Poder de Compra, que considera que os preços nacionais para um mesmo produto seriam iguais quando mensurados em uma mesma moeda, sem contar os custos de transação e de barreiras ao comércio internacional. O índice seria um guia para se analisar o câmbio de forma mais “palatável” para as pessoas e é considerado por pouco preciso por analistas. A versão ajustada, segundo a própria revista, reflete melhor a realidade dos países.

Na ponta oposta do ranking do índice ajustado, vêm Hong Kong, com o Big Mac a R$ 2,19, ou a moeda 42,3% subvalorizada; e China, com subvalorização de 2,5%, cobrando US$ 2,57 pelo Bic Mac. Sem considerar o PIB per capita, estariam nas últimas posições África do Sul, com o sanduíche valendo US$ 2,03 e subvalorização de 53,6%, e Índia, com a moeda 61,8% subvalorizada e o preço a US$ 1,67.

O Globo

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