quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Dados da Receita Federal revelam também, que nos últimos 12 meses, foi registrado um aumento de mais de 50% de microempreendimentos individuais que têm mulheres como responsáveis


 
Redação com Sebrae, Administradores.com 
 
 
Quem pensa que o comando dos negócios no país está na mão dos homens se engana. As mulheres ampliaram seu espaço e hoje estão à frente de 49,6% das novas empresas – com menos de 3,5 anos – do Brasil. No Nordeste, o comando delas é superior ao dos homens e as coloca na liderança de 51,8% das empresas iniciais, de acordo com dados da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2012 (GEM), realizada pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP).

Nas empresas com mais de 3,5 anos, os homens assumem a liderança tanto no país (56%) quando no Nordeste (52,9%). De acordo com a gestora do prêmio Sebrae Mulher de Negócios na Paraíba, Maria José Menezes,  apesar da pesquisa não oferecer dados estaduais, estes percentuais traduzem o mercado local. “Entre os empreendedores individuais que temos na Paraíba, que estão dentro do que a pesquisa define como novas empresas, 46,4%, são mulheres. Isso  mostra que o empreendedorismo feminino também é crescente no nosso estado”, destacou Maria José.

Dados da Receita Federal revelam também, que nos últimos 12 meses, foi registrado um aumento de mais de 50% de microempreendimentos individuais que têm como responsáveis mulheres, passando de 10,3 mil em fevereiro do ano passado para 16,6 em janeiro deste ano. “É evidente que as mulheres estão se inserido cada vez mais no mercado dos negócios. Elas estão buscando cada vez mais espaços com potencial de sucesso, em que já são percebidas as demandas e a necessidade do serviço. São focadas e perseverantes, o que contribui para o resultado dos empreendimentos”, disse a gestora.

Ter o próprio negócio é o sonho de 51,4% dos nordestinos

A pesquisa GEM revela ainda que quase 44% dos brasileiros sonham em ter o próprio negócio. No Nordeste, este sonho é o de 51,4% dos entrevistados, ficando atrás apenas de viajar pelo Brasil (58,1%) e comprar a casa própria (59,2%). O estudo apontou ainda que, quase 70% dos empreendedores abrem um negócio por oportunidade. Em 2002, o índice dos que empreendiam motivados pela identificação de uma chance no mercado empresarial era de 42,4%.

O levantamento comprova a evolução da atividade empreendedora no país. Em 2002, 20,9% da população estava envolvida na criação ou administração de um negócio. Dez anos depois, o índice saltou para 30,2% da população adulta, entre 18 e 64 anos. O crescimento de 44% na taxa de empreendedorismo é compatível com o dinamismo da economia brasileira no período, quando o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu em média cerca de 4%. Para 88% dos brasileiros adultos, o início de um novo negócio é uma boa opção de carreira.

A GEM também constata que entre os brasileiros mais escolarizados é maior a proporção de empresários por oportunidade. No grupo dos empreendedores com pós-graduação completa, por exemplo, 87% dos empresários em fase inicial abriram o negócio após constatar uma oportunidade de mercado.

Os negócios iniciais estão mais concentrados nas mãos de jovens entre 25 e 34 anos, que respondem pela criação de 33,8% das empresas. A faixa etária entre 35 e 44 anos reúne 27% das novas empresas. 

Já entre os empreendimentos estabelecidos – com mais de 3,5 anos de atividade -, a idade predominante está entre 35 e 44 anos, com 30% dos negócios.  A pesquisa GEM aponta ainda que a escolaridade está melhorando entre as empresas iniciais. Enquanto que nos negócios com mais de 3,5 anos de existência 30% dos empresários têm o Ensino Médio completo, nas empresas novas o índice corresponde a 37%.

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