Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal
Deu
no GLOBO: “O governo vai usar os bancos públicos para estimular
investimentos e aumentar o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e
serviços produzidos). A ordem é acelerar o financiamento de grandes
projetos de infraestrutura. Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega,
se reuniu com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho; da Caixa
Econômica Federal, Jorge Hereda; e do Banco do Brasil (BB), Aldemir
Bendine, para pedir agilidade na aprovação de financiamentos,
acelerando, por exemplo, a análise de risco”.
No
afã de ver o PIB crescer no curto prazo, eis que o governo “pede” aos
bancos públicos, responsáveis pela metade do crédito no país, para
“acelerar” a análise de risco. Traduzindo: isso quer dizer afrouxar os
critérios de risco. O importante é dar o financiamento, mesmo que
aumentando os riscos. Se a coisa ficar feia, se a inadimplência aumentar
muito, isso será mais à frente. Pode ser que a presidente Dilma já
tenha até sido reeleita. Quem liga para os pepinos lá no futuro
“distante”, após as eleições?
Na
mesma matéria, consta que “Fontes da área econômica avaliam que o ciclo
econômico baseado na expansão do consumo está esgotado e que apenas o
retorno dos investimentos é capaz de reativar a economia”. Se for
verdade, é boa notícia, ainda que bem tardia. Resta avisar aos membros
da equipe que suas medidas contribuem para afastar investimentos.
E também resta explicar o motivo pelo qual a Caixa resolveu aceitar até
prata agora na penhora de bens para novos financiamentos, como relatou a
rádio CBN. Em breve, o banco estatal aceitará latão para expandir o
crédito popular!
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