sábado, 2 de fevereiro de 2013

Investimento estrangeiro na Bolsa brasileira é positivo em R$ 4,49 bi, em janeiro

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O investidor estrangeiro volta a arriscar na Bolsa brasileira, após meses enxutos de apostas. No ano passado, em sete dos 12 meses o saldo ficou negativo. No entanto, no primeiro mês deste ano, até o dia 30, o resultado de investimentos estrangeiros na Bolsa ficou positivo em R$ 4,493 bilhões, bem abaixo dos R$ 7,168 bilhões observados em janeiro de 2012. O valor não chega perto, mas mesmo assim, pode ser considerado como satisfatório, uma vez que a Bolsa brasileira foi muito penalizada no final de 2012, principalmente por causa da intervenção do governo em determinados setores, como o de energia elétrica e o de bancos. Para Mitsuko Kaduoka, economista-chefe da BI&P - Indusval & Partners Corretora, essa entrada de investidor estrangeiro em janeiro é pontual. "A volta efetiva do estrangeiro vai depender da sinalização que o governo for fazendo e se isso vai passar tranquilidade", pontua. De acordo com a economista, outras questões ainda podem penalizar a volta concreta. "O governo está se preparando para intervir no setor de mineração. Se isso acontecer, vai penalizar bastante as empresas relacionadas, pois é um segmento que o governo tem muito onde mexer. Não é apenas a questão da divisão dos royalties, mas principalmente na mudança na forma de como calcular essa divisão", complementa. Por outro lado, ela não acredita numa intervenção radical no setor de aviação, uma vez que possui poucas empresas e as companhias estão muito endividadas. Já a pessoa física, que é o investidor doméstico, ficou com participação de apenas 16,9% em janeiro, contra 39,7% do estrangeiro. De acordo com Mitsuko, as pessoas físicas ora ganhavam um pouco de dinheiro ora perdiam. "Com essa queda gradual na taxa de juros é possível que o investidor pessoa física volte, pois não existe mais esse temor de entrar na bolsa", conta a economista. Mesmo com a volta do investidor estrangeiro neste mês, todo o que dinheiro que entrou não foi especificamente para as operações à vista, pois o Ibovespa registrou queda de 1,95% no período. De acordo com Hamilton Moreira, estrategista do BB Investimentos, este movimento mostra que está havendo operação casada, ou seja, o investidor compra o papel à vista e vende no futuro. "Isso acontece porque a taxa de financiamento está muito boa e baixa. No ano passado, houve a fuga porque a bolsa apresentou muita volatilidade e passou a se recuperar somente em dezembro. Se a bolsa vai subindo um pouco, as pessoas entram aos poucos e voltam a ganhar dinheiro", destaca o estrategista. Na opinião de Mitsuko, como a Bolsa estava muito atrasada, os papéis acabaram ficando baratos, o que fez com que o investidor estrangeiro ficasse atraído. No entanto, com o receio de notícias negativas externas e internas, ele acaba optando por operações futuras.   Fonte: Brasil Economico  
 


 
 
 









 
 




 
 


  

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