Embora
algumas multinacionais, como a Colgate-Palmolive, tenham anunciado
perda com a desvalorização, na última sexta-feira, da moeda venezuelana,
as relações de negócios
Brasil-Venezuela não deverão sofrer grande impacto, embora o novo valor
do Bolívar possa trazer redução no saldo na balança brasileira no
comércio bilateral.
A
Venezuela desvalorizou sua moeda de 4,30 para 6,30 por dólar (32%), em
um movimento amplamente esperado que irá reforçar as finanças do
governo.
Foi a quinta desvalorização do país em uma década.
Segundo
economistas, as exportações brasileiras são, na maioria, de produtos
básicos (em especial carne e açúcar) e o maior comprador é o próprio
governo.
As compras da
Venezuela podem recuar, enquanto as vendas daquele país de derivados de
petróleo ao Brasil ganharão impulso, reduzindo o saldo brasileiro do comércio bilateral, de US$ 4 bilhões em 2012.
A
Colgate-Palmolive informou que estima perda de US$ 120 milhões em uma
única vez, ou 25 centavos por ação, no primeiro trimestre de 2013,
relacionada à desvalorização da moeda venezuelana.
Além
disso, a multinacional espera que o lucro seja reduzido de 7 centavos
para 5 centavos por ação por trimestre em 2013, devido à conversão das
demonstrações financeiras à nova taxa de câmbio venezuelana.
A Venezuela responde por cerca de 5% do total das vendas da Colgate.
A
desvalorização não terá qualquer impacto nos resultados de 2012, ou na
situação financeira, disse a fabricante de creme dental sediada em Nova
York.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário