quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Desvalorização do bolívar deve reduzir saldo do Brasil no comércio bilateral

 
 
 
Embora   algumas multinacionais, como a Colgate-Palmolive, tenham anunciado perda com a desvalorização, na última sexta-feira, da moeda venezuelana, as relações de negócios Brasil-Venezuela não deverão sofrer grande impacto, embora o novo valor do Bolívar possa trazer redução no saldo na balança brasileira no comércio bilateral.

A Venezuela desvalorizou sua moeda de 4,30 para 6,30 por dólar (32%), em um movimento amplamente esperado que irá reforçar as finanças do governo.

Foi a quinta desvalorização do país em uma década.

Segundo economistas, as exportações brasileiras são, na maioria, de produtos básicos (em especial carne e açúcar) e o maior comprador é o próprio governo. 

As compras da Venezuela podem recuar, enquanto as vendas daquele país de derivados de petróleo ao Brasil ganharão impulso, reduzindo o saldo brasileiro do comércio bilateral, de US$ 4 bilhões em 2012. 


A Colgate-Palmolive informou que estima perda de US$ 120 milhões em uma única vez, ou 25 centavos por ação, no primeiro trimestre de 2013, relacionada à desvalorização da moeda venezuelana.

Além disso, a multinacional espera que o lucro seja reduzido de 7 centavos para 5 centavos por ação por trimestre em 2013, devido à conversão das demonstrações 
financeiras à nova taxa de câmbio venezuelana.

A Venezuela responde por cerca de 5% do total das vendas da Colgate.

A desvalorização não terá qualquer impacto nos resultados de 2012, ou na situação financeira, disse a fabricante de creme dental sediada em Nova York.
 
 
   Fontes: Valor e UOL

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