Marina Villén.
Cairo, 24 fev (EFE).- O
candidato brasileiro a dirigir a Organização Mundial do Comércio (OMC),
Roberto Azevêdo, afirmou neste domingo, no Cairo, que não se pode
permitir que a atual crise econômica afete as negociações da entidade,
estagnadas há muito tempo.
Em viagem pelo norte da África para obter apoios, Azevedo disse em entrevista à Agência Efe que não se deve esperar que a economia ande bem para buscar avanços nas conversas sobre a Rodada de Doha, porque estas "não podem estar submissas a uma economia em expansão".
"O sistema tem que responder e ser efetivo e útil para seus membros, seja qual for a situação econômica internacional", ressaltou o brasileiro, embaixador na OMC desde 2008.
Azevêdo criticou que, antes de a crise começar, as negociações estavam estagnadas porque, como a economia não apresentava problemas, predominava o sentimento de que não eram necessárias mudanças nem a eliminação de tarifas, enquanto agora se alega que a difícil situação torna impossível descongelar as conversas.
Em sua opinião, "o pilar de negociações da OMC está totalmente paralisado", o que afeta toda a organização, por isso é necessário atualizar a agenda comercial internacional.
O principal desafio do próximo diretor-geral da OMC, que tomará posse do cargo no dia 1º de setembro, será desbloquear a Rodada de Doha, a proposta de liberalização do sistema multilateral de comércio que começou em 2001 e está estagnada há cinco anos.
O diplomata brasileiro destacou que é necessário "um modelo aberto", porque o protecionismo não é sustentável a longo prazo: "O movimento é em direção à competitividade global".
Para Azevêdo, é imprescindível "virar a página" e achar uma solução à Rodada de Doha, para o que ele propõe uma receita baseada "na rapidez, na criatividade e em enfrentar os temas difíceis".
As mudanças devem ser postas em prática "imediatamente", sem esperar que a situação seja mais propícia ou que os membros da OMC alterem sua visão, e é precisoabordar diretamente os temas sensíveis da Rodada de Doha que travam o sistema, algo que, na sua opinião, até agora não foi feito.
"É preciso ter vontade política para olhar para os temas mais sensíveis. Desta forma, o resto da rodada avançará", disse.
O brasileiro, considerado um candidato de consenso com capacidade de interlocução, concorre na corrida para dirigir a OMC com outros oito candidatos, entre eles o economista mexicano Herminio Blanco e os ministros neozelandês Tim Groser e costarriquenho Anabel González.
Azevêdo, que no Cairo se reúne com o ministro de Indústria e Comércio do Egito, Hatem Abdelhamid Saleh, acredita que é "fundamental" que o novo diretor-geral venha de um país emergente para que os membros sintam que "há igualdade de oportunidades".
Neste sentido, ele opinou que o fato de que os países em desenvolvimento participem agora no mesmo nível que os desenvolvidos transforma as negociações em "mais equilibradas".
Em viagem pelo norte da África para obter apoios, Azevedo disse em entrevista à Agência Efe que não se deve esperar que a economia ande bem para buscar avanços nas conversas sobre a Rodada de Doha, porque estas "não podem estar submissas a uma economia em expansão".
"O sistema tem que responder e ser efetivo e útil para seus membros, seja qual for a situação econômica internacional", ressaltou o brasileiro, embaixador na OMC desde 2008.
Azevêdo criticou que, antes de a crise começar, as negociações estavam estagnadas porque, como a economia não apresentava problemas, predominava o sentimento de que não eram necessárias mudanças nem a eliminação de tarifas, enquanto agora se alega que a difícil situação torna impossível descongelar as conversas.
Em sua opinião, "o pilar de negociações da OMC está totalmente paralisado", o que afeta toda a organização, por isso é necessário atualizar a agenda comercial internacional.
O principal desafio do próximo diretor-geral da OMC, que tomará posse do cargo no dia 1º de setembro, será desbloquear a Rodada de Doha, a proposta de liberalização do sistema multilateral de comércio que começou em 2001 e está estagnada há cinco anos.
O diplomata brasileiro destacou que é necessário "um modelo aberto", porque o protecionismo não é sustentável a longo prazo: "O movimento é em direção à competitividade global".
Para Azevêdo, é imprescindível "virar a página" e achar uma solução à Rodada de Doha, para o que ele propõe uma receita baseada "na rapidez, na criatividade e em enfrentar os temas difíceis".
As mudanças devem ser postas em prática "imediatamente", sem esperar que a situação seja mais propícia ou que os membros da OMC alterem sua visão, e é precisoabordar diretamente os temas sensíveis da Rodada de Doha que travam o sistema, algo que, na sua opinião, até agora não foi feito.
"É preciso ter vontade política para olhar para os temas mais sensíveis. Desta forma, o resto da rodada avançará", disse.
O brasileiro, considerado um candidato de consenso com capacidade de interlocução, concorre na corrida para dirigir a OMC com outros oito candidatos, entre eles o economista mexicano Herminio Blanco e os ministros neozelandês Tim Groser e costarriquenho Anabel González.
Azevêdo, que no Cairo se reúne com o ministro de Indústria e Comércio do Egito, Hatem Abdelhamid Saleh, acredita que é "fundamental" que o novo diretor-geral venha de um país emergente para que os membros sintam que "há igualdade de oportunidades".
Neste sentido, ele opinou que o fato de que os países em desenvolvimento participem agora no mesmo nível que os desenvolvidos transforma as negociações em "mais equilibradas".