Internacionalização de Franquias
Especialização e segmentação são tendências fortíssimas no mercado de
Franchising, ou melhor, qualquer mercado. O Brasil ocupa, atualmente, o
4º (quarto) lugar no ranking mundial de países com maior número de
franquias e o 1º (primeiro) na América Latina. Este mercado é
predominantemente composto por empresas nacionais, e, com a
solidificação desse setor, aumentam-se os casos de franquias nacionais
que procuram a internacionalização.
Por certo, o processo de internacionalização de franquias ainda está
em fase de crescimento no país, porém, este mercado cresce cada vez
mais. A internacionalização permite à Rede de Franquia uma rápida
expansão e pode ser um excelente negócio à Franqueadora. Contudo, a
forma de expansão deve ocorrer de forma planejada, consciente e com o
domínio das regras e usos do comércio exterior. Caso contrário, a
atuação internacional e as vendas podem representar um prejuízo e uma
péssima experiência às empresas.
Este planejamento reduz ao mínimo as decisões irracionais perante os
imprevistos, bem como os conflitos ao redor do objetivo do qual a
empresa quer se dirigir e baseia-se na análise de mercado, ou seja:
1. Estudo da concorrência ou dos mercados não explorados;
2. Estudo dos potenciais clientes e dos pontos fracos e fortes do mercado ainda inexplorado;
3. Elaboração da estratégia e dos objetivos;
4. Estudo do idioma e normatização do lugar que se pretende migrar;
5. Verificar os costumes do local onde se pretende expandir; pois
muitas vezes, o produto ou o serviço comercializado pela Rede de
Franquia não é “adaptável” àquele mercado.
No franchising internacional, há barreiras específicas – como a
barreira econômica e a barreira política/fiscal, por exemplo. Os lucros
também têm sido o grande empecilho ao investimento estrangeiro, mesmo
havendo grande circulação neste sentido, existem as restrições futuras,
pois o Máster Franqueado (aquele que terá o controle da marca em
determinado país), terá que encaminhar royalties à Franqueadora (dona da
marca), onde é preciso ter o empenho de ajustar os valores
relativamente baixos para a manutenção do negócio no exterior.
Como se percebe, a internacionalização de uma Franquia não é simples,
necessitando de planejamento, estrutura e visão. Assim, conclui-se que
não há expansão, menos ainda em âmbito internacional, sem definir as
expectativas de acordo com as respostas às seguintes perguntas que devem
ser feitas pela Franqueadora:
Onde estou?
Onde quero ir?
Como chegar?
Por Larissa Magalhães, advogada da Novoa Prado Consultoria em Franquia e Varejo