segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Vestida para matar: a mágica da estratégia “pretinho básico”

Nem muito curta, nem muito longa. Às vezes, um certo requinte cai bem. Em outros casos, qualquer coisa a mais é exagero. É de estratégia que estamos falando

 
 
Divulgação/ Filme Bonequinha de Luxo
Audrey Hepburn como Holly Golightly, em Bonequinha de Luxo


Em um dos livros menos cotados do Henry Mintzberg (convenhamos, a maioria só conhece esse autor pelos livros didáticos que os professores mandam ler), é feita a comparação da estratégia com um vestidinho preto. Como não uso vestido, tiro meu chapéu para a genialidade dessa comparação. Homens e mulheres, todos nós sabemos o efeito de um belo vestido preto.

Grande demais, ele cobre material demais, deixa pouco espaço para a imaginação, não seduz, não provoca a imaginação. Curto demais? Apesar de muitas pessoas caírem na armadilha do quanto menos tecido melhor, a verdade é que a coisa não é bem assim. Revele demais e a magia desaparece. É preciso deixar espaço para a imaginação completar o que o vestido não mostra. Um bom vestido precisa de detalhes nos lugares certos, e a falta deles transforma uma musa em participante de reality show. Mostra demais, perde a graça.

O vestido certo informa exatamente o que precisa ser informado. Chama a atenção para os lugares certos. Em vez de manter a atenção em decotes exagerados, fornece as informações necessárias para que possamos focar no que realmente importa. O vestido certo faz querermos nos esforçar mais para ver o que falta.

(pausa para uma ducha fria)

Saindo um pouco do mundo do vestuário, cansei de ver empreendedores, diretores e afins afogados em estratégias grandes demais, detalhadas demais, sufocados por material demais. Lembro, em uma de minhas consultorias, o caso de um diretor sufocado por um board que exigia análises e mais análises para fazer qualquer coisa. “Vamos ganhar tempo, marcamos a próxima reunião daqui a 3 meses e mostramos resultados”. Menos, e não mais material foi a solução desse caso.

Em outro caso, uma empresa de execução perfeita não conseguia se diferenciar da concorrência. O foco era no produto, na execução. Um pouco mais de pano e a estratégia chegou no tamanho certo.

Diferenciar-se não significa ser totalmente diferente dos outros, mas diferente o suficiente para chamar atenção. Você pode ver 20 garotas iguais em uma festa, mas quem sabe se diferenciar chama a atenção, mostrando exatamente o que quer que você veja.

E é essa, caro leitor, minha mensagem neste artigo. Assim como roupas, todos precisamos de uma estratégia. Temos gostos e necessidades diferentes. Há uma infinidade de estratégias diferentes, de formas de chegar a nossos objetivos. Você pode optar por fazer qualquer coisa, como se abrisse o armário e vestisse a primeira coisa que encontrasse. Vez por outra, no entanto, é preciso se esforçar. Vez por outra é preciso se vestir para matar.

Dilma desembarca em Nova York para abrir a 68ª Assembleia da ONU



 
 
   




A presidenta Dilma desembarcou nesta segunda-feira em Nova York, às 5h30, (horário local), de acordo com a assessoria da Presidência. Dilma fará o discurso de abertura da 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (24/9). 

A presidente usará o plenário da ONU para mostrar o descontentamento com a interceptação de dados realizada pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês). Denúncias de que o governo americano espionou ela própria, seus assessores e a Petrobras a levaram a presidenta a anunciar, na semana passada, o cancelamento da visita de Estado que faria aos EUA em outubro. No discurso, Dilma deve defender uma internet livre, destacando a importância da neutralidade da rede e da proibição de seu uso para espionagem.

Nesta terça-feira, Dilma terá uma reunião bilateral com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, antes do discurso na assembleia geral. À tarde, deverá participar da primeira sessão do Foro de Alto Nível para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, e se encontrará com o presidente da Telefónica, Cesar Alierta Izuel.

Na quarta-feira, Dilma participa de um seminário sobre oportunidades em infraestrutura no Brasil, promovido pelo Goldman Sachs, que terá a presença dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Participarão desta conferência os presidentes do Banco Central, Alexandre Tombini, e do BNDES, Luciano Coutinho.

Fonte: Agência Brasildilma-ny

Bancos devem avisar clientes sobre conversão para reais em compras estrangeiras


 
 
 
Bancos podem passar a bloquear a conversão imediata para reais em compras estrangeiras, que terão de ser fechadas na moeda local, mas terão que avisar os clientes com 30 dias de antecedência. A informação é da Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito (Abecs).

Bancos como Santander, Itaú e Bradesco seguirão a diretiva da associação. No Itaú, a medida passa a valer no próximo dia 30. Já o Bradesco informou que está avisando seus clientes de forma gradativa. Banco do Brasil, Caixa e HSBC afirmaram que estão avaliando a questão. Segundo o diretor executivo da Abecs, Ricardo Vieira, a recomendação surgiu com base no crescimento das reclamações de consumidores, que com frequência levavam sustos na hora de conferir a fatura do cartão - o valor era sempre maior do que o esperado.

"Você visita um site ou uma loja e a pessoa te oferece a possibilidade de pagar em reais - mas não te avisa nada. Você acha que vai pagar ao banco aquele valor, mas não é verdade", diz. " Quando essa transação vem ao Brasil, o cliente vai pagar em reais o equivalente ao valor em dólar da data do pagamento da sua fatura - acrescido de 6,38% de IOF. É um ruído, o cliente não entende nada."

O diretor diz que muitos estabelecimentos não informam sobre o IOF, imposto de 6,38% sobre a compra no exterior, e muito menos que aquele valor em reais é uma estimativa - por vezes duvidosa -, ainda sujeito à variação cambial. "Sob o ponto de vista do consumidor, é uma desinformação tremenda, porque em quase nenhum site ou loja lá fora eles te avisam que o câmbio é o do fechamento da fatura, e não o da compra", diz.

A associação nega que a diretiva é fruto da recente escalada da moeda norte-americana, mas assume que "quando a diferença não era muita, era menos perceptível" para o cliente. "Na conta sempre vinha uma diferença, mas ninguém se dava conta disso. Agora, se o sujeito viu o valor em reais com dólar a R$ 2,10 e, no fechamento do cartão, estava R$ 2,45, imediatamente pensa que alguém o está roubando", aponta o economista Mauro Calil.

Renan Ferracioli, assessor chefe do Procon-SP, lembra que parte da variação cambial vinha sendo absorvida pela indústria dos cartões, que por vezes assumia a diferença para evitar problemas com o cliente. "O consumidor não pode ser prejudicado. Há muitos sites e lojas que não são sérios, colocam uma cotação da cabeça deles e omitem informações - tudo para induzir o consumidor ao erro", diz.

Alternativas. Para evitar uma oscilação cambial entre a compra e o pagamento, o cliente pode solicitar ao banco a antecipação da fatura. No Bradesco, por exemplo, as bandeiras Visa, MasterCard e Elo permitem antecipação em até dois dias antes do vencimento; a Amex, em até dez. "O consumidor também pode usar um cartão pré-pago no exterior, que já tem o dólar travado na compra", diz Mauro Calil. Além disso, os pré-pagos 
cobram IOF de 0,38% sobre as transações, enquanto a taxa do cartão de crédito é de 6,38%.
Fonte: Abecs

Alto interesse de aéreas estrangeiras pelo Brasil reflete economia doméstica forte

 
 
 
A economia brasileira, a julgar pelo interesse de empresas aéreas estrangeiras, vai muito bem. Nos últimos dois anos, 13 empresas aéreas estrangeiras procuraram a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pediram autorização para operar no Brasil. As empresas não abrem mão de atuarem no transporte de carga.

Para os especilistas em aviação, a chegada de novas empresas beneficia a economia brasileira porque ajuda a aumentar os negócios internacionais, eleva a arrecadação de impostos e pode ter impacto positivo na oferta de empregos.

A companhia Etihad Airways, dos Emirados Árabes, deu início às suas operações no país em junho. Os voos ligam Abu Dhabi a São Paulo três vezes por semana.  A importância da economia brasileira no mundo foi, para a empresa, a principal razão da entrada no país. A espanhola Air Europa, que já voa partindo de Salvador, na Bahia, com destino à Europa, pretende começar, até o fim do ano, a voar saindo de São Paulo.

No começo de julho, a Ethiopian Airlines começou a oferecer voos para o Brasil partindo de Lomé, a capital do Togo, na África. Os voos têm como destino a cidade de São Paulo e passam pelo Rio de Janeiro. A partir do Togo, os passageiros podem fazer conexões em voos da Ethiopian para outros países da África, da Ásia e do Oriente Médio.

"O Brasil tem uma das economias que mais crescem no mundo", disse a empresa, em nota, ao anunciar o lançamento das novas rotas. "O comércio entre China, Índia, África e Brasil cresce muito rapidamente", acrescentou. Outras empresas aguardam a autorização da Anac. Entre elas, está a Asiana, eleita a quinta melhor companhia aéreas do mundo neste ano pelo Oscar da aviação, o Skytrax World Airline Awards. A empresa é da Coreia do Sul.

As africanas Air Algérie (Argélia), Royal Air Maroc (Marrocos) e Arik Air (Nigéria) também aguardam autorização. Na lista estão, ainda, as europeias AirBerlin (Alemanha) e Lot Polish Airlines (Polônia). A Aruba Airlines, que já operou voos não-regulares para o país, também tem planos de voltar.
 
Fonte: redação com Anac

Matrículas em engenharia não passam de 12,6% no Brasil


Na comparação com países desenvolvidos, o Brasil fica atrás em matrículas em engenharia, mas não tanto. O que complica tudo é que a taxa de evasão é muito maior aqui

Portugal Telecom inaugura data center e investe na nuvem


Data center marca, nas palavras de Zeinal Bava, CEO da PT e da Oi, o fim de um ciclo de inovação da companhia iniciado em 2007

Samuel Possebon, do
Computação em nuvem
Nuvem: entre os novos serviços anunciados está uma plataforma de computação para executar aplicações dos usuários nos servidores do data center da Oi, com foco na análise de dados

Covilhã - A Portugal Telecom, acionista controladora da Oi, inaugurou nesta segunda, dia 23, seu data center de Covilhã, em Portugal, considerado um dos seis maiores do mundo.

O data center marca, nas palavras de Zeinal Bava, CEO da PT e da Oi, o fim de um ciclo de inovação da companhia iniciado em 2007 para a construção de uma infraestrutura que hoje permite à empresa ter cerca de 90% da população de Portugal coberta com redes 4G, 60% dos lares com disponibilidade de fibra ótica, serviços quádruplo play oferecidos de forma completamente integrada desde o começo do ano e, agora, serviços em nuvem tanto a clientes corporativos quanto a clientes residenciais.

O data center também marca o início de uma integração maior com a Oi na oferta de serviços corporativos.
O data center inaugurado é superlativo em todas as dimensões. O investimento nessa fase inicial do projeto é de 90 milhões de euros (mas deve superar os 300 milhões quando todos os prédios estiverem completos).

A capacidade é de 3 mil metros quadrados já construídos para armazenamento, o que acomoda cerca de 12,5 mil servidores, uma estrutura de energia capaz de abastecer uma cidade de 100 mil habitantes (20 MW de capacidade), tecnologia de refrigeração desenvolvida para operar em 99% do tempo com uso apenas do ar ambiente, 100% de fontes renováveis de energia, certificação Tier 3 e Gold Leed, eficiência energética de 1,25 PUE (Power Use Effectiveness, contra uma média de 1,8), 100 Gbps de conectividade por quatro rotas independentes, custo de operação cerca de 34% abaixo da média da Europa, 36 horas de combustível para os 12 geradores, 15 minutos de funcionamento em no-break, 1.400 postos de trabalho gerados, dos quais 400 diretos entre outros atributos.

A maior parte dos números pode ser multiplicada por quatro quando o data center atingir sua capacidade máxima. Hoje, apenas um dos quatro prédios de 33 metros de altura foi construído.

O anúncio do data center veio acompanhado do anúncio da expansão do data center da Oi em Brasília, quer terá sua capacidade expandida de 2,5 mil servidores para 12 mil servidores até o começo de 2016, compensando o desligamento do data center de Belo Horizonte (com 1,5 mil servidores, que será desativado).

Segundo Zeinal Bava, a Oi é parte importante da estratégia de oferta de serviços em cloud da PT. A operadora brasileira ficará focada na oferta e comercialização de conectividade enquanto a Portugal Telecom atuará no desenvolvimento dos produtos e planejamento da migração para cloud dos clientes da operadora brasileira. 

"Nesse momento a Portugal Telecom fica focada em cloud e a Oi na venda de conectividade", disse Bava. Ao todo, Oi e Portugal Telecom chegam hoje, com o novo data center, a 26 mil metros quadrados em área de data center e 41 Pbytes de capacidade de armazenamento.

EXPORTAÇÃO POR 'TRADING COMPANIES' ESTÁ NA PAUTA DO 'STF'


O Supremo Tribunal Federal (STF) tem até quinta-feira, dia 19, para decidir se a discussão sobre a imunidade tributária das exportações indiretas, intermediadas por Trading Companies, tem repercussão geral.

O placar, até o momento, é favorável ao julgamento do tema pela Corte – quatro dos 11 ministros já votaram.

Essa foi a primeira proposta de repercussão geral do novo ministro Roberto Barroso. Além dele, já se manifestaram a favor da análise da questão os ministros Teori Zavascki, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.

Advogados também defendem o julgamento porque diversos exportadores contratam tradings para vender seus produtos no exterior. Para a Receita Federal, porém, apenas as vendas diretas estão dispensadas do pagamento do PIS, da Cofins e contribuição previdenciária.

“Há muita divergência entre os tribunais. Mas o fato é que as empresas que utilizam tradings estão recolhendo as contribuições, enquanto aqueles que fazem operações diretas têm imunidade tributária”, afirma o tributarista José Arnaldo da Fonseca Filho, do escritório Levy & Salomão Advogados.

No processo analisado, a Bioenergia do Brasil, produtora de açúcar e álcool, questiona uma decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul), favorável à cobrança. A empresa alega que a tributação viola o artigo 149, parágrafo 2º, da Constituição Federal. O dispositivo estabelece que as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico “não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação”.

A fiscalização passou a exigir a contribuição por meio da Instrução Normativa nº 3, de 2005, editada pela da antiga Secretaria da Receita Previdenciária. De acordo com a empresa, a cobrança retroagiu a 2001. Revogada, a norma foi substituída pela Instrução Normativa nº 971, de 2009, da Receita Federal.

“A limitação instituída pela norma infralegal também pode ser discutida diretamente à luz dos princípios da legalidade e da isonomia, tendo em vista a distinção entre exportadores diretos e indiretos”, afirma o ministro Roberto Barroso. Ele acrescenta ainda que a discussão tem impacto sobre a maior parte dos exportadores brasileiros “que não têm acesso direto ao mercado internacional”.

Fonte: Portos e Navios