Do UOL, em São Paulo
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Arte/UOL
Poupar uma parte do dinheiro que se ganha é uma das chaves do sucesso
financeiro, proclamam todos os especialistas em finanças pessoais. Uma
pesquisa divulgada recentemente nos Estados Unidos mostra que, além do
campo das finanças, essa atitude pode ajudar também em outra área: a dos
relacionamentos.
Segundo o estudo, feito pelo professor de marketing Scott Rick e pela
estudante de doutorado em marketing Jenny G. Olson, da Universidade de
Michigan, pessoas poupadoras são vistas como mais atraentes, até
fisicamente, pelos outros.
O estudo "Penny Saved is a Partner Earned: The Romantic Appeal of
Savers" (em tradução livre: "Um centavo que se poupa é um parceiro que
se ganha: o apelo romântico dos poupadores") foi feito com a ajuda de
voluntários, homens e mulheres. Eles foram convidados a avaliar perfis
de potenciais parceiros.
As fotos mostradas aos voluntários eram de um homem e de uma mulher de
beleza considerada mediana (para que a aparência física não fosse
determinante na avaliação). A cada teste, uma característica era
atribuída a eles pelos pesquisadores. Eles eram mostrados como
"gastadores", "equilibrados" ou "poupadores".
A conclusão foi que as pessoas mostradas como econômicas pareciam mais
interessantes quando o assunto era uma relação romântica. Em segundo
lugar apareceram os equilibrados e, em último, os gastadores.
Para os pesquisadores, o resultado desmente a ideia de que ostentar
bens, como um carro novo ou um imóvel de alto padrão, ajuda a atrair
parceiros.
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Quem
usa o dinheiro para fazer viagens ou presentear pessoas queridas pode
ser mais feliz. É o que diz o livro "Happy money: the science of smarter
spending" (algo como "Dinheiro feliz: a ciência de como gastar
melhor"). Veja, a seguir, as dicas dos autores, a canadense Elizabeth
Dunn e o americano Michael Norton Leia mais Thinkstock
Mais autocontrole e mais compromisso
Para os voluntários, os poupadores eram mais atraentes porque
aparentavam ter mais autocontrole e, assim, pareciam ser mais capazes de
levar a sério um compromisso.
A característica influenciou, até, na atração física exercida sobre os
voluntários. Quem participou do teste considerou que os poupadores
tinham mais disciplina para levar dietas adiante e fazer exercícios
físicos regularmente. Assim, eles eram, também, fisicamente mais
interessantes.
Os poupadores também foram vistos como menos aventureiros, divertidos e
emocionantes do que os gastadores. Mas, para os voluntários, ainda
assim eles eram mais interessantes.
Os pesquisadores fizeram apenas uma ressalva ao fim do estudo. A
pesquisa foi feita num período em que os Estados Unidos enfrentam uma
crise financeira. Não é possível saber, segundo os autores, se os
poupadores continuariam parecendo tão interessantes em momentos
econômicos mais tranquilos.
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ACHAR
QUE TODAS AS DECISÕES SÃO RACIONAIS - A psicanalista Márcia Tolotti diz
que, quando tomamos decisões relacionadas ao dinheiro, sofremos duas
interferências negativas: da má educação financeira e das emoções. É um
erro, assim, achar que basta conhecimento técnico para se dar bem nos
investimentos. É preciso também ter autoconhecimento emocional Leia mais Thinkstock