sábado, 5 de outubro de 2013

Irmã de Eike Batista vende pão de queijo nos Estados Unidos


Monika Fuhrken Batista (foto) criou uma empresa para levar a iguaria brasileira à mesa dos americanos

Por Rafael FREIRE 

Irmã mais nova do bilionário Eike Batista e filha do ex-presidente da Vale, Eliezer Batista, Monika Fuhrken Batista está fazendo jus ao histórico empreendedor de sua família, porém, nos Estados Unidos. Ela transformou o que no Brasil é uma receita comum em uma comida exótica que tem conquistado cada vez mais o paladar dos americanos. Em 2010 ela fundou a Mãni Snacks, empresa que vende pão de queijo congelado nos supermercados de São Francisco, na Califórnia. O produto está disponível em três sabores: original, jalapeño (picante) e pizza.

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Monika vende a especialidade mineira como uma verdadeira iguaria brasileira

Arquiteta com passagens por estúdios de paisagismo no Brasil e no Japão, Monika resolveu mudar-se para São Francisco em 2003, depois da morte de sua mãe, Jutta Fuhrken. Seguindo a tradição da família do pai, que é mineiro, um dos hábitos de Monika era receber seus convidados em casa com pães de queijo como aperitivo. Foi a partir do sucesso que a receita fez com os amigos americanos, é que ela decidiu criar a Mãní Snacks.

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A Mãni Snacks vende pão de queijo congelado nos supermercados de São Francisco

Hoje, Monika vende a especialidade mineira como uma verdadeira iguaria brasileira. Uma curiosidade é que na embalagem do produto, há até uma "explicação" de como o cliente deve pronunciar Pão de Queijo: pown-deh-kay-zho. Ao contrário do irmão mais velho, a empresária foge dos holofotes. Procurada por DINHEIRO ela afirmou que "valoriza permanecer anônima" e que "a companhia foi planejada e lançada sem nenhum vínculo (com a família) e funciona hoje por mérito próprio."


De olho nos VIPS da Copa


A Toto, fabricante japonesa de louças e metais de luxo, investe no Brasil de olho em hotéis e nas arenas que sediarão o mundial de futebol de 2014

Por Luciele VELLUTO

Quando se fala em negócios ligados à Copa do Mundo de 2014, o que vem à cabeça são as grandes obras de engenharia, como os estádios e os equipamentos de mobilidade urbana, além de hotéis, naturalmente. Contratos milionários para o fornecimento de material esportivo e outros itens que serão vistos nas ruas e nos estádios também compõem essa lista. Mas tão importante quanto a parte mais visível dessa festa é seu lado, digamos, oculto. É exatamente nesta última vertente que se concentram as apostas da japonesa Toto, fabricante de louças e metais sanitários. A empresa bateu concorrentes locais e se tornou a fornecedora dos equipamentos instalados nos banheiros da Arena Corinthians, que está sendo construída na zona leste da cidade de São Paulo. 


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Trata-se de uma vitrine mesmo para a Toto cujas vendas globais atingiram US$ 4,8 bilhões no ano fiscal encerrado em março de 2013. Isso porque o estádio será palco da primeira partida da Copa do Mundo de 2014. “Nossa meta é fazer do Brasil um de nossos principais mercados fora do Japão”, afirma David Krakoff, presidente da subsidiária da Toto no País. O contrato, cujo valor não é revelado, é estratégico também, porque inclui a instalação dos produtos nas áreas vips da arena. Trata-se de um público que está no foco da Toto, pois é capaz de gastar até R$ 4 mil em um equipamento sanitário. Mas antes mesmo de rolar a bola no Itaquerão, o novo templo mundial do esporte bretão, a Toto já está marcando gols no mercado local de produtos com pegada high tech. 
 
 
Sua estrela nessa disputa é o washlet, bidê eletrônico com assento aquecido, ducha higiênica e sistema de secagem, que custa R$ 3,6 mil. “Na primeira apresentação, já vendemos dez peças”, diz Krakoff. Para se instalar no Brasil, a Toto fez um investimento de US$ 6 milhões em 2011, para estruturar a operação. No ano seguinte, inaugurou uma fábrica no município de Jundiaí, a cerca de 150 quilômetros da capital paulista. O montante desembolsado na unidade não foi revelado. Ali, estão sendo fabricadas bacias sanitárias, cubas e caixas de descarga dos modelos da Toto mais vendidos no País. Segundo o executivo, a ideia é aumentar a produção em um ritmo lento, mas consistente, o que permitiria a redução dos preços de venda ao consumidor final. 
 
 
“Os custos de importação são altos, por isso queremos nacionalizar as linhas que são mais procuradas”, afirma Krakoff. De acordo com ele, a fábrica brasileira é semelhante à instalada nos Estados Unidos, onde a Toto já detém 9% do segmento de bacias sanitárias. Nascido na Rússia, Krakoff foi escolhido para o cargo pelo seu conhecimento do mercado brasileiro. Na década de 1990, ele fazia parte do time da Electrolux quando a fabricante sueca de produtos de linha branca comprou a paranaense Refripar, dona da marca Prosdócimo. “O Brasil mudou muito desde então”, diz. “Vejo como um país promissor e que está no foco de muitas empresas.” A Toto, porém, não foi a única empresa do setor de louças sanitárias a enxergar isso. 
 
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David Krakoff presidente da Toto:
"Queremos fazer do brasil um de nossos principais mercados, fora do japão"
 
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Nos últimos dois anos, já desembarcaram aqui a suíça Laufen e a alemã Hansgrohe. “Esse movimento ajuda a puxar o mercado para cima”, diz o superintendente da Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer), Antonio Carlos Kieling. Segundo ele, o nicho de alto luxo tem crescido no País e suas perspectivas são positivas. Um dos fatores é a construção de um maior número de hotéis, de todos os portes e níveis de sofisticação, no rastro da euforia em torno da Copa do Mundo de 2014. 
 
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Dubai quer se tornar centro econômico do Islã até 2016



Por AE


Dubai anunciou neste sábado um ambicioso plano para se estabelecer como principal centro global para produtos e serviços compatíveis com o Islã dentro de três anos.
 
A Cidade-Estado, que já se firmou como um reduto mundial para transporte aéreo e transações comerciais, bem como um centro financeiro regional, espera ser o pivô da economia islâmica.

O governo revelou hoje a sua estratégia para explorar o mercado global de bens e serviços que obedecem a Lei Sharia, avaliado em US$ 8 trilhões e destinado a uma população de 1,6 bilhão de muçulmanos, cujo comércio exterior soma US$ 4 trilhões.

"A importância da economia islâmica não está limitada ao crescimento significativo alcançado nos últimos anos. Pelo contrário, sua importância reside no fato de que é um dos setores que devem testemunhar a expansão mais rápida por vários anos", disse o governo de Dubai em comunicado. "A economia do mundo islâmico está crescendo a uma taxa de 10% a 15% por ano", acrescentou. 

Fonte: Dow Jones Newswires.
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BTG terá banco no Chile, Colômbia e Peru até 2014

Por Aline Bronzati


Depois de adquirir corretoras com forte presença no Chile e Colômbia, o BTG Pactual vai expandir sua atuação e operar como um banco nesses países. A instituição, que depende do aval dos órgãos reguladores, espera que esteja apta a dar mais um passo dentro da sua estratégia de expansão na América Latina já no primeiro semestre de 2014, segundo Roberto Sallouti, diretor de operações (COO) do BTG Pactual.
 
No Chile, onde o banco comandado por André Esteves adquiriu a corretora Celfin, em fevereiro do ano passado, a licença para atuar como um banco pode sair ainda neste ano. Já na Colômbia, país no qual o banco de André Esteves atua por meio da aquisição da também corretora Bolsa Y Renta, anunciada em junho de 2012, a expectativa é que a autorização saia no começo do próximo ano. 

De acordo com Sallouti, os prazos, tanto da licença no Chile quanto da autorização na Colômbia, podem sofrer alterações, uma vez que dependem dos respectivos reguladores. 

As licenças bancárias no Chile e na Colômbia possibilitarão ao BTG expandir sua capacidade nesses mercados, de acordo com o executivo do banco. Isso porque, embora a instituição já esteja apta a distribuir produtos por meio de suas corretoras, ao atuar como um banco poderá ter depósitos locais e equiparar o custo de captação de recursos aos dos grupos nacionais. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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VISTO TEMPORÁRIO V – RN 100/2013

Como solicitar Visto Temporário V com base na Resolução Normativa nº 100/2013 do Conselho Nacional de Imigração
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1) Como posso pedir Visto Temporário V com base na Resolução Normativa nº 100/2013 do Conselho Nacional de Imigração?

R: Em primeiro lugar, o estrangeiro ou a empresa chamante devem entrar na página https://scedv.serpro.gov.br e preencher as informações solicitadas. Ao final do preenchimento, o estrangeiro deverá imprimir o Recibo de Entrega de Requerimento (RER). O RER deve ser assinado pelo estrangeiro e levado até a repartição consular escolhida.

2) Como escolho a repartição consular?

R: Basta levar o RER preenchido e assinado à repartição consular escolhida. Contudo, após a entrega do RER, não há mais como mudar de repartição.

3) A impressão do RER é suficiente para registrar meu pedido?

R: Não. O pedido de visto apenas começa a ser tramitado depois que o estrangeiro ou o seu procurador legal comparecem à repartição consular levando o RER, em mãos.

4) Que tipos de documento devo levar, além do RER?

R: Além do RER, o estrangeiro deverá apresentar os documentos exigidos pela RN 100/2013:
I – carta-convite da empresa chamante atestando o vínculo entre o estrangeiro e o serviço a ser prestado no Brasil; e
II – inscrição da empresa chamante no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica.
Também devem ser apresentados:
- Documento de viagem com mais de 6 meses de validade;
- Foto 3×4 colorida, com fundo branco, semelhante às usadas em passaportes;
- Comprovante de pagamento dos emolumentos consulares correspondentes à emissão de Visto Temporário V ou taxa de processamento (conforme a nacionalidade). Podem ser cobrados emolumentos consulares adicionais, no caso de tramitação de vistos por via postal ou terceiros.

5) O que deve constar na carta-convite?

R: A carta-convite deve conter o máximo de informações possíveis, de modo a comprovar a existência da empresa chamante e o tipo de trabalho que será desempenhado pelo estrangeiro. Nela precisam constar: nome completo do estrangeiro, nacionalidade do estrangeiro, número e nacionalidade do documento de viagem, prazo de permanência dele no país, formação profissional, atividades a serem desempenhadas e formas de remuneração, bem como outras informações que possam subsidiar o exame do pedido, como a existência de contratos de prestação de assistência técnica entre a empresa brasileira e empresa estrangeira. Também devem constar o nome da empresa, CNPJ, endereço, telefones e e-mails de contato.

6) Quem deve assinar a carta-convite?

R: A carta deverá ser assinada por profissional de gestão ou de direção, com poderes para a contratação e demissão de funcionários.

7) É preciso registrar a carta-convite em cartório?

R: Embora não seja exigido, é recomendável que a carta seja registrada em cartório brasileiro, com firma reconhecida. Caso exista alguma desconfiança da Autoridade Consular quanto à veracidade do pedido, poderá ser exigido o registro da carta-convite em cartório.

8) A carta pode ser transmitida eletronicamente às repartições consulares brasileiras no exterior?

R: Sim. É recomendável, porém, que o estrangeiro tenha consigo a versão impressa da carta-convite.

9) Como posso comprovar a inscrição no CNPJ? O número na carta-convite é suficiente?

R: É extremamente recomendável que a empresa comprove a sua inscrição apresentando página impressa do registro no sítio da Receita Federal do Brasil.

10) Outros documentos podem ser exigidos?

R: A Autoridade Consular é livre para exigir quaisquer documentos adicionais que forem considerados úteis para o exame dos pedidos de visto.

11) O pedido pode ser tramitado por terceiro ou procurador?

R: Desde que pagos os emolumentos consulares correspondentes, a tramitação do pedido pode ser feita mediante terceiro ou procurador.

12) O pedido pode ser tramitado por via postal?

R: As repartições consulares brasileiras são livres para decidir se aceitam ou não a tramitação do pedido de visto por via postal.

13) Quanto custa emitir um Visto Temporário V com base na RN 100/2013?

R: O valor dos emolumentos consulares varia de acordo com a nacionalidade e com a repartição consular escolhida. É preciso consultar as repartições para se informar sobre os preços cobrados. A Divisão de Imigração não dispõe de tabelas comparativas dos preços praticados.

14) Quanto tempo demora para o exame dos pedidos de Visto Temporário V com base na RN 100/2013?

R: As repartições consulares brasileiras são livres para definir os prazos de exame, de acordo com suas limitações e peculiaridades de funcionamento.

15) O visto só pode ser concedido uma vez a cada 180 dias. O que isso significa?

R: Significa que a restrição imposta pela RN 100/2013 diz respeito à concessão do visto, e não quanto à permanência do estrangeiro em território nacional. As repartições consulares brasileiras só poderão conceder um segundo VITEM V baseado na RN 100/2013 depois de transcorridos 180 dias da data de entrega do primeiro VITEM V ao interessado.

Reiteramos que o estrangeiro só poderá receber e utilizar um único VITEM V com base na RN 100/2013 dentro do intervalo de 180 dias.

16) E se o visto não for utilizado? Posso pedir segundo VITEM V baseado na RN 100/2013 antes de findo o prazo de 180 dias?

R: Se o primeiro VITEM V não for utilizado, o estrangeiro poderá pedir novo VITEM V, mas o visto anterior será cancelado.

17) Quanto tempo o estrangeiro tem para entrar no país?

R: Após receber o visto, não há prazo para que o estrangeiro entre no Brasil e utilize o visto. Contudo, no caso de algumas nacionalidades, se o estrangeiro não entrar no Brasil em até 90 dias, o visto não é mais válido. Para saber que nacionalidades são essas, basta consultar o Quadro Geral de Regime de Vistos no sítio http://portalconsular.mre.gov.br

18) Quando começa a contar o prazo de validade do visto?

R: O prazo de validade do visto começa a ser contado na data de entrada do estrangeiro em território nacional. A contagem não é interrompida quando o estrangeiro deixa o Brasil.

19) O estrangeiro acabou de receber um Visto Temporário V, válido por 90 dias, com base no Art.6º da Resolução Normativa nº 61/2004 do Conselho Nacional de Imigração. Ele precisa aguardar 180 dias para pedir um novo VITEM V, com base na RN 100/2013?

R: Não há qualquer restrição nesse sentido. A única restrição é a de que não pode ser concedido mais de um visto com base na RN 100/2013 a cada período de 180 dias.


(Portal Consular)


Visto e regularização : http://alciprete63.wix.com/esilda-alciprete

Merkel quer atrair mão-de-obra qualificada para Alemanha

Por AE


A chanceler alemã, Angela Merkel, informou neste sábado que seu país precisa de trabalhadores estrangeiros qualificados para superar uma escassez de mão-de-obra que ameaça a competitividade da Alemanha. Em discurso semanal, ela disse que os imigrantes devem vir principalmente de outros países europeus.
 
A Alemanha foi acusada de tirar vantagem das elevadas taxas de desemprego em outros lugares da União Europeia (UE) para atrair trabalhadores de alta qualificação. Um sistema recentemente introduzido, o chamado "blue card", que incentiva a migração de pessoas com habilidades específicas de fora da UE teve sucesso limitado.

No ano passado, menos de 2.600 pessoas de países que não integram o bloco europeu migraram para Alemanha por meio desse sistema. Especialistas estimam que a maior economia da Europa necessita todos os anos de dezenas de milhares de engenheiros, doutores e cuidadores por causa do envelhecimento e da redução da população. 

 Fonte: Associated Press.

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Cadê o bom senso?


Greves por polpudos reajustes salariais mostram que os sindicatos de trabalhadores ainda não entenderam que a situação econômica mudou

Por Luís Artur NOGUEIRA

No dia 20 de setembro, uma sexta-feira, os ânimos se exaltaram na porta da sede do Bradesco, na Cidade de Deus, em Osasco (SP). Um grupo ligado ao sindicato dos bancários estacionou caminhões de som nas entradas do complexo financeiro, impedindo o ingresso dos funcionários e o cumprimento da jornada de trabalho. Foi preciso que o banco acionasse a Justiça para que o direito de ir e vir, uma das garantias individuais da Constituição, fosse respeitado. Era apenas o segundo dia daquela que se tornaria a maior greve em 20 anos – o movimento continuava até o fechamento desta edição. Ao contrário do que vinha ocorrendo nos últimos anos, em que predominavam o bom senso e o diálogo, banqueiros e bancários mantiveram-se irredutíveis em suas posições.


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Marcha sem rumo: bancários protestam no Recife (PE) por ganhos irreais
 
 
Os empresários propuseram a reposição da inflação e os trabalhadores queriam 6% a mais, além de outros itens, como três salários e mais um bônus de R$ 5,5 mil de participação nos lucros. “O piso salarial da categoria subiu mais de 75% nos últimos sete anos e os salários foram reajustados em 58%, ante uma inflação medida pelo INPC de 42%”, diz, em nota, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). 
 
“Continuamos abertos a negociações.” A greve por generosos reajustes salariais não é uma exclusividade dos bancários. Os funcionários dos Correios, cuja federação nacional também é ligada à CUT, cruzaram os braços em 17 de setembro. Na lista de reivindicações, um utópico aumento real de 15%.
 
No entanto, parte dos sindicatos, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro, já concordou com um reajuste nominal de 8% – menos de 2% em termos reais. “A moderação no mercado de trabalho neste ano tirou poder de barganha dos sindicatos”, diz Fábio Romão, especialista em mercado de trabalho da LCA Consultores. “Além disso, a inflação alta dificulta as negociações, que partem de um patamar inicial muito elevado.” A LCA estima que o rendimento médio real dos brasileiros crescerá apenas 1,5% neste ano, ante 4,1% em 2012.A tendência de acordos em torno de ganhos mais modestos também é comprovada por um levantamento feito pelo Dieese, que analisou 328 negociações realizadas no primeiro semestre.
 
A quantidade de categorias que conseguiram ganhos reais diminuiu em relação ao ano anterior, e quase 10% tiveram reajustes abaixo da inflação (leia quadro acima). “Na média, 2013 está sendo um ano de resultados mais tímidos”, diz José Silvestre Prado de Oliveira, coordenador de relações sindicais do Dieese. O endurecimento nas negociações entre patrões e empregados reflete uma nova situação econômica, na qual o crescimento esperado para o País não se concretizou e a inflação acabou superando as estimativas. Até o ano passado, os empresários eram mais suscetíveis aos pleitos dos sindicatos, pois vislumbravam uma expansão dos negócios. Além disso, num quadro de pleno emprego, a prioridade era reter os talentos, ainda que para isso fosse necessário pagar reajustes acima dos ganhos de produtividade. 
 
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A mudança do cenário econômico, aliada aos protestos sociais no meio do ano, gerou uma série de greves País afora, a exemplo do que ocorre com os bancários. Nos últimos meses, professores, petroleiros, motoristas de ônibus, aeroportuários e caminhoneiros, entre outras categorias, cruzaram os braços. No Rio de Janeiro, os docentes estão parados desde o dia 8 de agosto. Esse fenômeno vem crescendo no governo da presidenta Dilma Rousseff, que contabiliza 554 paralisações em 2011 e 873 em 2012, contra uma média anual de 369 greves nos dois mandatos do ex-presidente Lula. 
 
Com a experiência acumulada em décadas de negociações salariais, o consultor trabalhista Drausio Rangel recomenda “bom senso” aos trabalhadores diante de uma situação mais “apertada” das empresas. “No Brasil, o que é caro não é o trabalhador, é o custo do emprego”, diz Rangel, que, no mês passado, conseguiu convencer os metalúrgicos ligados à CUT a aceitar um ganho real de 1,82%, inferior aos 2% concedidos em 2012. A próxima etapa envolverá os sindicatos filiados à Força Sindical, que faz oposição ao governo Dilma.