terça-feira, 8 de outubro de 2013

Brasil com obras da Copa e de infraestrututura é oportunidade para a Ciber



 
 
A Ciber Equipamentos Rodoviários, produtora de máquinas e tecnologias para construção de rodovias e mineração, sabe que está no lugar exato e no momento certo. Preparando-se para receber grandes eventos esportivos e vivendo o período pré-eleitoral, quando governantes querem mostrar serviço e obras pipocam por todos os lados das cidades, o Brasil concentra seus esforços no investimento em infraestrutura. 

O desenvolvimento de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos se tornou a única saída para o país voltar a crescer - como indicou Tatiana Pinheiro, economista sênior do Santander. O cenário, portanto, não poderia ser mais promissor para a empresa gaúcha que, entre outros equipamentos, fabrica usinas de asfalto. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), pouco mais de 13% das rodovias brasileiras são pavimentadas “O percentual é muito baixo comparado ao resto do mundo. Existe uma lacuna grande para ser preenchida”, avalia Jandrei Goldschmidt, gerente de marketing da Ciber. 

A previsão da Ciber, subsidiária do grupo alemão Wirtgen, é fechar o ano com o faturamento de R$ 400 milhões. Para isso, a empresa reforçou sua presença na região nordeste com a abertura, recentemente, de uma revendedora em Pernambuco. A intenção é atender um mercado promissor: “O nordeste vem muito forte em termos de infraestrutura. No primeiro semestre, despontou bastante a demanda por equipamentos na Bahia e Pernambuco”, conta Goldschmidt. Entre 70 e 80% dos clientes da Ciber são empreiteiras e grandes construtoras, mas setores do governo e o exército também utilizam as máquinas produzidas na fábrica de Porto Alegre. É o caso da prefeitura do Rio de Janeiro, outro mercado para o qual a Ciber tem dedicado especial atenção diante dos investimentos que estão sendo realizados no município à espera da Copa do Mundo e Olimpíada.  

Além de o momento ser propício para o aumento da demanda pelos equipamentos para obras rodoviárias, a Ciber conta com outro ponto a favor: a valorização do dólar. A empresa comercializa usinas de asfalto, de produção 100% brasileira, para toda América Latina, África, Oceania e sul da Ásia. A única preocupação reside na cotação do euro, pois parte das máquinas é importada da Alemanha. Mas como 70% dos produtos são nacionais, produzidos em Porto Alegre, a balança comercial da Ciber tende a ficar positiva.

O setor de máquinas e equipamentos no Brasil não teve um bom desempenho no primeiro semestre de 2013. No acumulado do ano (janeiro a julho), teve queda de 7,7% no faturamento em comparação ao mesmo período de 2012. Porém, Goldschmidt destaca que a proximidade das eleições 2014 pode dar um ânimo ao segmento: “A tendência é que até o ano que vem, o mercado se aqueça”. No entanto, as obras brasileiras estão sempre às voltas com incertezas e burocracias que podem representar uma ducha de água fria no crescimento do setor. Segundo Goldschmidt, empresas deste setor trabalham com a probabilidade de greves, falta de mão de obra qualificada e embargos das construções. “A instabilidade é uma constante, o que dificulta andamento da cadeia produtiva e as projeções para o futuro”.  Fonte: amanha.com.br

O design mora ao lado

O design mora ao lado

Com projetos arrojados e parcerias internacionais, edifícios da incorporadora Idea!Zarvos mudam a paisagem de São Paulo

Por Fabiano MAZZEI


 Em meados de agosto, durante a assembleia de moradores do Edifício 360° – prédio de luxo na zona oeste de São Paulo –, uma acirrada votação decidiu proibir o uso de janelas de vidro para fechar as varandas dos apartamentos. Vencedores por 21 a 17 votos, os condôminos contrários à reforma detinham um argumento sólido. O que eles defendiam? O design. O projeto assinado pelo festejado arquiteto Isay Weinfeld ganhou importantes prêmios internacionais exatamente pelo desenho diferenciado de sua estrutura, com 22 andares de “caixas” sobrepostas e varandas que conferem profundidade e circulação de ar ao prédio. Fechá-las, portanto, seria uma atitude não só antiestética, como antifuncional.


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Escritório cool: empreendimento na João Moura 1.144, na zona oeste de São Paulo,
tem salas comerciais com terraços para reuniões de negócios ao ar livre
 
 
O caso do 360° reflete a importância que o design tem adquirido no perfil de consumo de imóveis de alta renda em São Paulo. Mais do que o número de suítes ou da metragem, clientes de alto poder aquisitivo buscam projetos assinados por arquitetos de renome, como Weinfeld, na hora da compra. Esses novos empreendimentos têm mudado o skyline da cidade, sobretudo na Vila Madalena, bairro de artistas e da boemia paulistana. Detalhe: por trás desses projetos tão transformadores, surge invariavelmente um mesmo responsável: o da incorporadora Idea!Zarvos. Criada em 2004, a empresa tem sido uma das principais responsáveis por sofisticar o bairro, onde seis prédios já foram entregues e outros nove estão em fase final de construção. 
 
 
 
Em comum, eles foram concebidos por estrelas do design e causam uma sensível alteração no visual urbanístico, atraindo um novo perfil de morador. “São pessoas que estão no topo da pirâmide cultural”, diz Otávio Zarvos, 46 anos, fundador da Idea!Zarvos. “Não se trata apenas de ter dinheiro.” Segundo ele, seu cliente é alguém com referências de arquitetura que naufragou no mar de edifícios neoclássicos que inundou a cidade de São Paulo. “Fazia mais de 60 anos que não surgia nada de qualidade”, lamenta o empresário, que cita Artacho Jurado, icônico arquiteto dos anos 1950, como o último suspiro do design residencial na metrópole. Neste cenário, a Idea!Zarvos nada de braçada. Em 2012, o valor geral de vendas (VGV) foi de R$ 635 milhões. 
 
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Otávio Zarvos, fundador da incorporadora Idea!Zarvos, responsável
por dar um toque de design ao skyline da cidade
 
Neste ano, devido a atrasos nas tramitações burocráticas junto à prefeitura paulistana, o faturamento ficará na casa dos R$ 330 milhões, com oito prédios inaugurados até dezembro. A queda, garante Zarvos, não o preocupa. “Nosso negócio é fazer empreendimentos bons para quem compra e para a cidade”, afirma. “E se precisarmos diminuir de tamanho para isso, o faremos.” Caça às trufas O segredo do sucesso da companhia é uma combinação de análise técnica, olhar urbanístico e um certo feeling. Mas a tarefa não é fácil. Detectar bairros com potencial de negócio não depende apenas da oferta de terrenos. Zarvos afirma que São Paulo é grande em extensão, mas reduzida a “ilhas” com fronteiras sociológicas. “Quem mora no Tatuapé, por exemplo, não se mudaria para viver em Pinheiros, e vice-versa”, diz. 
 
 
 
Para ele, as tribos paulistanas demarcaram seus territórios e não estão dispostas a repensar os limites criados. Com isso, pesquisas de mercado servem como bússola para sair a campo. O próprio CEO e seu staff participam da avaliação do lugar pretendido. “Ando a pé mesmo, em diferentes horários e dias da semana”, diz. O empresário compara o exercício à caça às trufas italianas. “É preciso bom faro para encontrá-las, e uma técnica apurada para tirá-las debaixo da terra.” Só depois de efetuado o cruzamento das informações com essas sensações obtidas in loco é que se dá início a uma espécie de blitz, a partir da qual a incorporadora adquire vários terrenos de uma vez. É o que está acontecendo neste momento com a Vila Ipojuca, nas cercanias da Vila Madalena. 
 
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Defesa da identidade: Isay Weinfeld, o arquiteto que assina o Edifício 360º, protestou
contra a polêmica proposta de fechamento das varandas do prédio
 
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O CEP possui características ideais para que seja considerado um bom negócio: fica perto dos serviços do vizinho famoso e conta com boa oferta de terrenos ainda não hiperinflacionados pela especulação imobiliária. Por lá, a empresa está construindo, neste ano, a primeira de quatro torres do empreendimento Sage. Quem assina a estreia no bairro, já em outubro, é o escritório de arquitetura b720, do espanhol Fermín Vásquez (leia quadro na página 78). Celebrado no mundo todo, ele assina obras como a Torre Agbar, em Barcelona. Bem menos pretensioso, o Sage terá como novidade sua relação com a vizinhança, dominada por casas antigas. “Serão prédios mais baixos e com vãos, para o ar circular melhor pelo quarteirão”, diz Zarvos. 
 
 
Além disso, uma espécie de centro comunitário da Idea! será erguido no bairro para que os moradores, sejam dos prédios ou não, se relacionem durante as aulas de culinária na cozinha experimental ou em palestras. As unidades do Sage, com 150 m² de área, custarão R$ 1,5 milhão. Outro empreendimento da companhia que pensou no impacto ao seu entorno é o Edifício Azul, de Weinfeld. Ele será erguido bem no meio de um terreno entre duas ruas da Vila Madalena. Nos fundos, uma área para três lojas. Na entrada, ao invés de uma portaria comum, uma passarela na cor azul, pavimentada por entre as residências existentes, dará uma identidade especial ao endereço. “Os visitantes encontrarão uma passarela e saberão que ali mora uma pessoa diferente.”
 
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Satisfação e urbanismo: Arruda Botelho gosta de receber elogios pelo aparta­mento no 4x4.
Abaixo, a passarela do Edifício Azul vai interagir com o bairro e seus pedestres
 
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O escrevente José Carlos de Arruda Botelho Filho, 47 anos, conhece bem essa sensação. Ele mora no Edifício 4x4, um dos primeiros feitos pela Idea!Zarvos, e diz que gosta de ser reconhecido pelo lugar que escolheu para viver. “Além de ter sido um bom negócio, há uma satisfação pessoal grande”, diz Arruda Botelho, que comprou o imóvel de 124 m², há quatro anos, por R$ 480 mil. Hoje vale R$ 1,5 milhão. “Essa é outra vantagem”, diz Zarvos. Como são prédios únicos, a valorização é maior. O 360° é um exemplo. Lançado em 2009 com o metro quadrado a R$ 5 mil, agora, já com o prédio entregue, a mesma medida vale R$ 11 mil. Ou seja, cerca de 120% a mais do que o que foi pago por unidades que variavam entre 130 m² e 250 m².
 
 
Foi por preservar esta identidade que a disputa entre os moradores do 360° foi simbólica. Mais do que uma rusga entre ricos em uma Torre de Babel estilosa, ela confirmou a visão de que o design entrega valor agregado a uma obra arquitetônica. E vilipendiar isso é perder dinheiro. “Eu mesmo mandei uma carta pessoal ao condomínio pedindo pela proibição do fechamento das varandas”, diz Zarvos. Não que ele seja contra o uso mais social do espaço. Um dos projetos da incorporadora para 2014, em Perdizes, contemplará aqueles que gostam de fazer churrasco no terraço de seu apartamento. “Se tiver a ver com a arquitetura do prédio, por que não, já que esse é um hábito bem paulistano?”, indaga ele. “Ficaria muito feliz em ver um prédio meu onde os moradores estivessem curtindo o dia na piscina no meio da varanda”, afirma.
 
 
“O centro de são Paulo é uma lástima”
 
Autor da Torre de Agbar, em Barcelona, e com dez projetos no País – entre eles a revitalização do porto do rio Guaíba, em Porto Alegre –, o arquiteto espanhol Fermín Vásquez, 52 anos, lamenta a má conservação do centro de São Paulo
 
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Conhece a arquitetura nacional?
Quando eu era estudante, passava horas admirando as obras dos arquitetos modernos brasileiros, em especial as de Oscar Niemeyer. A arquitetura brasileira moderna me encanta e influencia não só a mim, mas a muitos arquitetos pelo mundo.
 
Por que a preocupação com o bairro no entorno do projeto Sage?
Quisemos falar a mesma língua do bairro, a Vila Ipojuca. Ele foi loteado em terrenos estreitos, mas compridos, e usamos essa mesma trama. Nos inspiramos nas pessoas que vivem ali, não se trata de um projeto feito por computador onde só a praticidade é o que conta.
 
O sr. gosta da arquitetura dos prédios paulistanos?
São Paulo, na minha opinião, é a capital da América Latina. A arquitetura paulistana tem semelhanças com a das metrópoles americanas, na verticalização e extensão. O centro da cidade de São Paulo tem uma beleza muito particular e é uma lástima que se encontre da maneira que está. Deveria ocorrer uma recuperação do centro histórico da cidade. 
 

Canadá tenta acalmar Brasil após escândalo de espionagem

Por AFP
MONTREAL, 8 outubro 2013 (AFP) - O primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, tentou nesta terça-feira acalmar a revolta brasileira com as suspeitas de espionagem contra Ottawa, rompendo o silêncio do governo canadense a respeito do assunto.
 
A informação sobre as atividades do Centro da Segurança das Telecomunicações do Canadá (CSTC) "me preocupa muito", declarou Harper durante a cúpula Ásia-Pacífico, realizada na ilha indonésia de Bali.
 
Na segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff condenou as práticas de espionagem de Estados Unidos e Canadá, depois de revelações da Rede Globo sobre casos de espionagem das comunicações do Ministério das Minas e Energia.
 
"A denúncia de que o Ministério da Energia foi alvo de espionagem confirma as razões econômicas e estratégicas por trás desses fatos", afirmou a presidente na segunda-feira, considerando que é "urgente que os Estados Unidos e seus aliados encerrem suas ações de espionagem de uma vez por todas".
 
De Bali, o chefe do governo canadense se manifestou um dia depois de o Ministério da Defesa - do qual o CSTC depende - ter respondido à imprensa com um lacônico "não comentamos as atividades de coleta de dados no exterior".
 
Harper afirmou que não estava em condições de "fazer comentários sobre as operações das agências de segurança nacional" e que se referia à existência de "um comissário responsável por vigiar essas atividades e por garantir que respeitassem as leis do Parlamento canadense".
 
O maior investidor estrangeiro na mineração brasileira
 
O Canadá tem grandes interesses no Brasil, em especial no setor de mineração, declarou nesta semana o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para quem o conflito bilateral é grave.
 
O Canadá é o primeiro investidor estrangeiro no setor minerador brasileiro, no qual atuam 40 empresas do país norte-americano, como as produtoras de ouro Kinross e Yamana Gold.
 
Em 2012, os investimentos das empresas canadenses nesta área superaram 2 bilhões de dólares, 19% do total de investimentos em mineração no país. No sentido inverso, a mineradora Vale tem atuação no Canadá, onde adquiriu em 2006 a empresa Inco, segunda maior produtora de níquel do mundo, graças as suas minas no norte de Ontário.
 
Os dois países também compartilham interesses no setor petroleiro e aeronáutico, onde operam a canadense Bombardier e a brasileira Embraer.
 
O Brasil investiu cerca de 15,4 bilhões de dólares no Canadá no ano passado, enquanto Ottawa investiu 9,5 bilhões de dólares no Brasil no mesmo período.
 
Segundo a Rede Globo, o programa de espionagem canadense, chamado de Olympia, permitia vigiar as comunicações do ministério brasileiro para verificar os contatos do país com "outros órgãos, dentro e fora do Brasil, além da Petrobras".
 
As suspeitas de espionagem estão baseadas em documentos dos serviços de inteligência canadenses revelados pelo ex-analista da inteligência americana Edward Snowden, que trabalhava para a Agência de Segurança Nacional de seu país e que se encontra atualmente refugiado na Rússia.

Harley Davidson espera crescer 10% no Brasil em 2013


A marca de motocicletas pretende chegar a 22 concessionárias no Brasil até 2014

Gustavo Porto, do
Scott Olson/Getty Images
Harley Davidson

Harley Davidson: a companhia, que monta os modelos em Manaus (AM), já comercializou 5.895 motos até
setembro e deve encerrar o ano com 7.500 motos vendidas

São Paulo - A Harley Davidson anunciou nesta terça-feira, 08, que pretende chegar a 22 concessionárias no Brasil até 2014, acima das 15 atuais e o dobro do que a marca de motocicletas norte-americanas tinha em 2012. Segundo Longino Morawski, diretor-superintendente comercial da Harley Davidson, até o final do ano serão duas novas lojas e outras cinco serão abertas em 2014.

A companhia, que monta os modelos em Manaus (AM), já comercializou 5.895 motos até setembro e deve encerrar o ano com 7.500 motos vendidas, alta de 10,3% ante as 6.800 de 2012. "Para 2014, esperamos pelo menos manter o mercado, diante do cenário de cautela da economia", disse Morawski, que destaca a abertura de três concessionárias no Nordeste este ano como um dos fatores de crescimento da marca.

Segundo ele, o segmento de motos premium, com mais de 600 cilindradas, "se profissionalizou" no Brasil com as montadoras assumindo as marcas no País, o que ocorreu com a própria Harley Davidson em março de 2012. "Outro fator é o próprio aumento da renda do brasileiro", salientou.

Para o executivo o cenário de aprovação de crédito para as motocicletas da Harley Davidson é o inverso das motos de baixa cilindrada. "Nós financiamos 50% das motocicletas e o índice de aprovação de crédito chega a 80%", disse Morawski.

No Salão das Duas Rodas, em São Paulo, a Harley Davidson anunciou a nova linha 2014, com os modelos chegando entre este mês até janeiro do próximo ano. "É provavelmente a maior estratégia de lançamentos na companhia", afirmou o diretor-superintendente da empresa. Dos 22 modelos, 20 serão fabricados no País.

Nestlé afirma que irá colaborar com investigação do Cade


Após ser notificada do processo instaurado pelo Cade, Nestlé divulga nota de esclarecimento em sua defesa

REUTERS/Denis Balibouse
Nestlé
Em nota, Nestlé afirma que respeita às leis reguladoras do mercado e que irá colaborar com as investigações 

São Paulo – Na última segunda-feira (07), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), instaurou um processo administrativo contra as empresas Unilever Brasil/Kibon e Nestlé Brasil.

Conforme a Agência Estado, o objetivo do conselho é investigar se as empresas cometeram infrações à ordem econômica, por limitar ou impedir o acesso de novas empresas ao mercado, e de impor ou conceder exclusividade para divulgação de publicidade nos veículos de comunicação.

De acordo com o documento do Cade citado pela Agência Estado, tanto a Nestlé, quanto a Unilever, podem ter violado artigos da lei de concorrência, principalmente no que se refere a ações ligadas a merchandising.

No entanto, em comunicado oficial, a Nestlé afirmou que “tem como política o total respeito às leis reguladoras do mercado e reafirma seu compromisso de colaborar com a apuração dos fatos.”
Leia na íntegra o posicionamento da empresa:
NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Nestlé informa que tem como política o total respeito às leis reguladoras do mercado e reafirma seu compromisso de colaborar com a apuração dos fatos pelas autoridades competentes. Reforça ainda que tem como norma não comentar assuntos que estão em andamento na esfera administrativa.

Grandes redes de hotéis se armam para consolidação no Brasil


Esperando um boom no número de quartos de hotéis nos próximos anos, empresas nacionais e estrangeiras adotam modelos distintos para financiar o crescimento

Marcela Ayres, da
hotel BHG

Hotel da BHG: empresas se apoiam em duas premissas para justificar o apetite pelo país: expansão contínua da renda das famílias; e a crença no domínio das grandes redes no futuro

São Paulo - Controlar todo o processo, buscar parceiros ou se concentrar no que se sabe fazer melhor? Essas são algumas das alternativas que grandes investidores do ramo hoteleiro estão encontrando para fazer frente à expansão e consolidação do setor no Brasil.

Às vésperas da Copa do Mundo e das Olimpíadas e esperando um boom no número de quartos de hotéis nos próximos anos, empresas nacionais e estrangeiras adotam modelos distintos para financiar o crescimento, mas partilham a mesma percepção: embora ainda fragmentado, o espaço para amadores parece ficar cada vez menor.

A BHG, que opera a marca Golden Tulip no país, prevê uma arrancada em aquisições com os recursos de sua oferta de ações. O grupo português Pestana negocia a venda de hotel no Rio de Janeiro para levantar recursos, copiando estratégia adotada no exterior.

As sócias Hemisfério Sul Investimentos e WTorre usarão recursos próprios para levantar hotéis em cidades médias. A HotelPar quer o mesmo nicho, mas se associou a incorporadoras regionais para erguer hotéis de marcas norte-americanas.

Segundo o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), a iniciativa privada investirá 7 bilhões de reais até 2015 em projetos de expansão, com apenas 5 por cento disso liberado via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Com pouco subsídio do governo, as empresas se apoiam em duas premissas para justificar o apetite pelo país: expansão contínua da renda das famílias, e consequente aumento dos gastos com turismo; e a crença no domínio das grandes redes no futuro, ante os muitos --e em geral pequenos-- competidores de hoje.

"Nossa tese de investimento é exatamente essa, de consolidação e profissionalização do setor", disse o presidente-executivo da BHG, Eduardo Bartolomeo, na primeira entrevista desde que assumiu o cargo, em agosto. "O hóspede vai querer hotel de marca em que confie e saiba o que vai encontrar." A empresa acaba de criar uma diretoria de "gente e gestão" para alinhar a equipe ao seu agressivo plano de crescimento, que ganhou fôlego após a BHG levantar 355 milhões de reais em abril com uma oferta subsequente de ações --a empresa é a única do setor listada na Bovespa.

Com o dinheiro, a BHG deve fazer aquisições, construir hotéis e fechar novos acordos de administração até 2014. Sem considerar as "novidades", a empresa estima que seu número de quartos, atualmente de 8.539, suba cerca de 50 por cento até 2015.

FMI reduz previsão de crescimento do Brasil para 2014

Em seu relatório "Projeções para a economia mundial", o FMI diminuiu projeção do crescimento da economia brasileira para 2,5% em 2014. É a menor taxa entre emergentes


Leo Caldas/EXAME.com
Supermercado em Recife

"A inflação mais alta reduziu a renda real e pode pesar sobre o consumo", alerta o FMI

São Paulo - O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil  em 0,7 ponto percentual, para 2,5% em 2014. O corte, divulgado nesta terça-feira no relatório "Projeções para a Economia Mundial", põe o Brasil como o país com a menor taxa de crescimento entre os principais mercados emergentes. Para 2013, a previsão foi mantida em 2,5%.

Entre os BRICS (grupo de economias emergentes formado por Brasil, Russia, India, China e África do Sul), o maior crescimento em 2014 será da China (7,3%), seguido por Índia (5,1%), Rússia (3%) e África do Sul (2,9%) - todos à frente do Brasil. 

O FMI acredita que a recuperação econômica do Brasil continuará moderada, puxada pela recente depreciação do real frente ao dólar, o que elevará a competitividade dos produtos brasileiros no mercado externo.

Por conta disso, a instituição faz um alerta ao Brasil e às outras economias emergentes para que os governos não tentem impedir a desvalorização de suas moedas. 

"A inflação mais alta reduziu a renda real e pode pesar sobre o consumo, enquanto restrições de oferta e incerteza política podem continuar a conter a atividade", disse o FMI.

Na perspectiva global, o Fundo reduziu para 2,9% sua previsão de crescimento da economia mundial para 2013 e pediu "clareza" ao Federal Reserve (Fed) sobre a política monetária dos Estados Unidos.
Para 2014, o organismo revisou o crescimento global para 3,6%, dois décimos a menos do que o antecipado em julho.