segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Crescer profissionalmente, o desafio da mulher brasileira


GISELE METER: As mulheres estão notoriamente mais competitivas e se preparando cada vez mais para crescer em suas carreiras.
 
 
Foto: Thinkstock

Foto: Thinkstock

Por GISELE METER

Nunca se falou tanto de mulheres e ascensão profissional como atualmente, podemos comprovar isto através de diversos meios de comunicação que abordam o tema amplamente. As mulheres estão notoriamente mais competitivas e se preparando cada vez mais para crescer em suas carreiras. O último censo realizado no Brasil pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que as mulheres possuem hoje um tempo maior de estudo do que os homens e somam a maioria em cursos de ensino superior.

As mulheres também são maioria no Brasil, somando 51,3% da população, tendo um impacto significativo em diversos aspectos de nosso país, inclusive na economia. O número de provedoras dos lares brasileiros aumentou significativamente e, nos dia de hoje, há mulheres que não somente ganham mais do que homens como também sustentam famílias inteiras.

A grande questão, no entanto, ainda está relacionada aos fatores que dificultam o crescimento profissional feminino tendo como entrave aspectos pessoais e sociais que impedem a ascensão. Uma pesquisa realizada pela McKinsey & Company, aponta que, atualmente, os maiores impedimentos para o desenvolvimento profissional das mulheres giram em torno de questões fundamentais como: dificuldade de equilibrar a dupla jornada de trabalho e família, falta de apoio e políticas públicas adequadas, ausência de exemplos femininos a serem seguidos, falta de cultura de promoção de mulheres nas empresas, dificuldade em fazer contatos profissionais (networking) e por mulheres serem consideradas menos ambiciosas que homens.

É importante que pensemos realmente nestes entraves, pois chegamos ao que se tem denominado “A era da mulher”, onde a cada dia elas conquistam mais o mercado de trabalho e estão dispostas a ocupar o seu lugar, assumindo suas vidas profissionais de forma nunca antes imaginada. Vencer estas barreiras significa um avanço feminino, desenvolvimento e cidadania, garantindo assim progresso não somente para elas, mas também para a sociedade como um todo.

* Gisele Meter é psicóloga, diretora executiva de Recursos Humanos e palestrante, atua com gestão estratégica de pessoas, adora escrever sobre o universo feminino nas organizações e acredita que uma mulher pode ser tudo o que quiser desde que acredite em sua força interior.

domingo, 27 de outubro de 2013

Perversidade Estatal, Passividade Nacional

Meses atrás escrevi um artigo com o titulo, “Perdemos o Rumo?”, isso mesmo, uma pergunta. Hoje literalmente me vejo em um rumo perdido. Não sou pessimista, mas com tudo o que tenho visto, de mobilizações, aos Black Blocs, aos políticos “estupradores” da boa fé e da Lei democrática, o Brasil perdeu o rumo.

A matemática no Brasil é simples, trabalha propaganda política durante 4 anos, nesses mesmos 4 anos o político escancara a população com tributos e desconta a necessidade de entregar serviços públicos com qualidade para a sociedade. Esta aí, nem Pitágoras consegue explicar a realidade do povo brasileiro. E para piorar, o Projeto de País nunca é debatido. Educação, saúde, saneamento e competitividade internacional, ou pioraram ou estacionaram no tempo. O Brasil é um país democrático ao extremo, livre o pensamento da direita e da esquerda, mas nunca para frente. Sem contar a perversidade de enganar o povo mais marginalizado por uma conta simples, uma bolsa em troca de um voto. O que o povo brasileiro mais carente que recebe o “Bolsa Família” realmente ganha? Será que eles têm melhores condições de saúde, educação, transporte e alimentação? Inclusive nas regiões com as maiores distribuições de bolsas, são as regiões com os piores indicadores de saneamento básico, assim a expectativa de vida destas pessoas no futuro não atrapalharam os indicadores, mas considerando que uma família média que recebe uma bolsa é de 6 pessoas, existe um equilíbrio de voto para os governantes que literalmente esculacham com o bom senso brasileiro.

Venho acompanhando a percepção do Brasil no mundo, e pude perceber que a imagem do país entrou em rota de desgaste e declínio, e para muitos investidores internacionais, a presidência da república não fez as mudanças que prometeu, e muito menos as mudanças efetivamente necessárias ao desenvolvimento do país, e agora há pouco tempo das eleições entrou em rota de propaganda política como diria a máxima de Pitágoras. E para piorar a situação, o desespero é maior, pois seu chefe conclama as redes para uma “batalha virtual”, e na esteira do mesmo, o governo entrega casas populares, mesmo sem teto, sem lenço e sem documento, como diria o cantor que censura biografias. “Era uma casa, muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada”.

E para piorar a situação, em 2014 temos além da trágica eleição, a Copa do Mundo, e a violência brasileira já anuncia de antemão o “Salve Geral”, na verdade o “pau vai comer” em 2014, e a tragédia já está anunciada há anos para os 200 milhões de brasileiros e para os turistas estrangeiros, se cuidem, pois o país corre o grande risco de pegar fogo. O grupo criminoso mais organizado da América Latina, patrocinado por bandidos, políticos e até advogados e juízes (que abusam da liberdade e perversidade da legislação brasileira), já deu o seu “salve”, e além de ameaçarem de morte alguns governantes, o mesmo irá “tocar o terror” em 2014, assim aproveita a mídia internacional no país.

Somos um país da propaganda, e a passividade do cidadão de bem é irritante. O cidadão do mal já “gritou o seu salve”, ou destruiu o patrimônio público para chamar a atenção sem resultado algum. A passividade questiona R$ 0,20 centavos do transporte público, e depois o prefeito da cidade de São Paulo escancara a população paulistana com até 30% de aumento do IPTU para 2014, mas o mais engraçado, a conta só aumenta para atender o gasto público ineficiência.

E já que o povo só se mobiliza para futebol, carnaval e bundas, as companhias aéreas em suas perversidades de lucros, ou na verdade em salvaguarda do mal planejamento que fizeram, esculacham a sociedade e os turistas. Há meses para Copa do Mundo de 2014, um trecho Rio-São Paulo pela principal companhia aérea do Brasil, hoje custa mais de R$ 2.500 reais, ou melhor, o brasileiro que paga impostos e não tem nada de volta, no período da Copa é melhor ir para Nova York do que ver os jogos no seu próprio país.

Mas mesmo assim, a propaganda positiva, ou melhor a desinformação continua, claro, 2014 está aí.
E com o Leilão do Campo de Libra, o governo coloca em risco mais de US$ 300 bilhões em uma estratégia mal planejada para entregar o principal pólo de produção do Pré Sal para os chineses. E como justificativa, “fechar as contas do governo”.  Ah, tá. Fico me perguntando, o que a Petrobras fez nos seus mais de 50 anos de desenvolvimento, nada? Vomita arrogância para a sociedade, é um grande cabide sindical, e no fim não tem tecnologia suficiente para o desenvolvimento do Pré Sal? E ainda vai encarar os chineses neste processo? Veja o que aconteceu com Angola e outros países africanos.

Engraçado que a revista Caros Amigos traz em sua última capa a “Privataria”, uma alusão aos tucanos, ou coxinhas, uma semana antes. E o mais engraçado, que em setembro de 2013, a mesma revista traz artigos interessantes sobre a tragédia educacional no Brasil, e principalmente um texto importante escrito por Otaviano Helene e Ildo Luís Sauer, que demonstram o quanto os royalties do petróleo para educação é uma falácia governamental e política. Conforme Helene & Sauer, “por exemplo, se as articulações entre os grandes consumidores, como os EUA e a China, surtirem efeito, o preço do petróleo pode ser reduzido para a metade, embora as previsões atuais ainda indiquem uma provável permanência acima de US$ 100/barril, a menos cataclisma geopolítico. Com isso, aquele 0,2% do PIB estimado acima, já desprezível, também seria reduzido pela metade”, assim caros leitores, sob uma lógica geopolítica a educação brasileira nunca verá o dinheiro do Pré Sal, e considerando estado atual da mesma, é muito difícil ver um cenário efetivamente positivo na educação e transformação do Brasil. E só para complementar, uma outra revista de características de esquerda, a tradicional Le Monde Diplomatique, em sua edição Brasil, estampa na capa em sua edição 74 deste ano, “O peso da sonegação”, uma verdadeira tragédia brasileira, que na verdade é culpa de toda sociedade que alimenta tanto este mal.

O sistema é perverso, pois a passividade da Nação brasileira é demais por escancarada. Assim, considerando uma visão realista da política internacional, onde a “natureza humana é sempre maldosa”, o Brasil vive de um mal onde a política não interessa para o dia-a-dia, e através da própria passividade do cidadão, as políticas públicas fluem para atender uma pequena classe que se esconde atrás do “gasto público”.

Infelizmente a “esperança era a última que morria”. Já morreu.
Somos estuprados diariamente com a nossa carga tributária, com o sistema fiscal e com a escalada vertiginosa da violência. E na contra partida, o brasileiro comum, do dia-a-dia paga caro na alimentação, não tem saneamento, não tem escola descente, não tem transporte, e vive seus 60 anos em média, na média, na vidinha mundana sem viver e curtir uma cultura descente, sem viajar, sem aproveitar o melhor da vida, mas com uma lógica mais do que perversa, vive pensando todos os dias em como fechar as contas do mês.
Caro leitor, que realidade você vive?

Ou você resolve de uma vez em 2014, ou você entrega tudo para o político corrupto mais perto de você, ou para os Black Blocs que arrebentam com tudo de uma vez por todas. Ah, só não reclama da violência e dos “salves” depois. E só para terminar, ontem ouvi uma interessante, um PS4 é mais barato que um AK47 na boca….. coisas de impostos…… afff.

O poder do storytelling para a sua marca

O poder do storytelling para a sua marca

Qual é a sua história

Manter relações duradouras com seus consumidores é uma arte que requer criatividade, dedicação e autenticidade. Pego carona nas ideias de Angela Ahrendts, CEO da Burberry, uma das marcas mais luxuosas, tradicionais e glamourosas do mundo, para reforçar o conceito de que contar uma boa história sobre a sua marca é o que efetivamente te coloca pertinho dos seus stakeholders, sejam eles consumidores, acionistas ou investidores. E é o que faz diferença para construir um relacionamento.

(Antes de continuar, cabe uma informação fresca: Angela, presidente da Burberry há oito anos, período no qual as ações subiram cerca de 250%, acaba de anunciar há dois dias que, a partir de meados de 2014, deixará a marca inglesa de 157 anos para assumir o recém-criado cargo de vice-presidente sênior de supervisão de lojas de varejo e online da Apple. Por que a marca da maçã quer Angela? Entre outros motivos, pelo conceito por trás da loja ícone da Burberry em Regent Street, em Londres, inaugurada o ano passado, que oferece ao usuário uma experiência integrada digital-física como nunca se viu).

A força do chamado storytelling, mesclando emoção, valores e a história de sua existência, tem muitas aplicações em toda a comunicação de uma marca. No post “Does Your Brand Tell a Powerful Story?”, Angela Ahrendts compartilha cinco importantes pontos:
  1. Conhece-te a ti mesmo. Qual é o seu foco, a sua paixão, a sua razão de existir? Novata ou tradicional, toda grande marca tem uma essência, uma “missão de vida” – esse é o ponto de partida de qualquer história.
  2. Sonhe. Histórias são o lugar onde sonhos se tornam realidade. Seja corajoso, audacioso, corra riscos.
  3. Seja autêntico. Compartilhe uma visão consistente, coerente, em linha com os seus valores. Escreva sempre seu próximo capítulo, mas nunca um novo livro a cada vez.
  4. Confie. Confiar nos seus instintos e confiar nos outros leva a acreditar. E acreditar (ou não) é o que leva histórias a perpetuar-se (ou morrer).
  5. Engaje, entretenha, encante. A emoção está no coração de cada história, em qualquer idade, em qualquer contexto – seja em volta de uma fogueira, em um teatro, em uma página de revista, ou online. O digital nos traz hoje uma nova era de oportunidades, dando-nos o poder de criar conteúdos cheios de emoção e compartilhá-los com o mundo.
Ao lado de outros nomes fortes no mundo do branding, artes visuais e marketing, Angela Ahrendts participou, no início de outubro, da edição 2013 do evento The Future of Storytelling. Veja aqui o video em que ela resume como as marcas podem se posicionar no mundo digital e engajar audiências globais por meio de ações que integram o online e o offline, usando storytelling de forma autêntica e emotiva (e vale a pena gastar um tempinho para assistir os depoimentos dos outros participantes do evento, todos curtinhos, com 5-8 minutos).

 http://www.youtube.com/watch?v=krQG2Hceov4



Em um mundo cada vez mais conectado e complexo, as histórias alcançam uma nova dimensão, um novo poder de unir e inspirar as pessoas. Pense nisso na hora de contar a história da sua marca.

Grandes cérebros - os 25 países com mais pessoas brilhantes


Os Estados Unidos teriam um exército de 5,3 milhões de pessoas brilhantes, enquanto o Brasil, apenas 198 mil, de acordo com levantamento do site Business Insider

Sxc.hu
Mão segura cérebro

Estados Unidos teriam 5,3 milhões de pessoas no grupo de brilhantes. Em números relativos, Singapura aparece em primeiro, de acordo com cruzamento de dados do Business Insider

São Paulo – Não é fácil apontar quantas pessoas em um país podem ser consideradas brilhantes. O site norte-americano Business Insider resolveu fazê-lo a partir dos dados do PISA, um teste educacional internacional aplicado pela OCDE, grupo que reúne nações ricas.

Com essa métrica, os Estados Unidos aparecem com o maior exército de cérebros privilegiados em números absolutos - mais de 5,3 milhões - seguido por Japão e Coreia do Sul.

Partindo do pressuposto, corroborado por pesquisas, de que o desempenho no PISA é um bom avaliador da inteligência geral de uma nação, o site pediu a um pesquisador da Universidade de Duke que medisse a porcentagem de adolescentes – a prova é feita por alunos de 15 anos – que conseguiram acertar acima de 98% da prova.

A porcentagem resultante desta conta foi cruzada com o total da população de cada país participante para chegar ao número de pessoas dotadas de enorme inteligência.

O Brasil, nesta conta, aparece com 198 mil brilhantes. O número o coloca na 20ª posição entre os 65 avaliados pelo PISA em 2009, a última edição disponível.

Não é possível deixar de observar, no entanto, que apenas 0,1% da população brasileira entra nessa grupo. O país ficou em 53º lugar geral no PISA.

É bem pouco, considerando os altos 9,1% dos moradores de Singapura, líder em termos relativos, e os 4,4% da Coreia do Sul.


Compare a tabela abaixo:
Posição País Quantos estão na elite no PISA (em %) Número estimado de pessoas brilhantes
1 Estados Unidos 1,7% 5.336.300
2 Japão 4,05% 5.167.800
3 Coreia do Sul 4,4% 2.200.000
4 Alemanha 2,6% 1.445.400
5 França 2,2% 1.445.400
6 Taiwan 5,85% 1.365.390
7 Canadá 3,1% 1.081.280
8 Rússia 0,65% 932.750
9 Reino Unido 1,4% 885.220
10 Austrália 3,3% 748.440
11 Itália 1% 609.200
12 Polônia 1,45% 558.830
13 Singapura 9,1% 483.392
14 Turquia 0,65% 481.000
15 Hong Kong 6% 429.300
16 Holanda 2,55% 427.635
17 Bélgica 3,45% 384.330
18 Espanha 0,75% 354.525
19 Suíça 4,25% 339.873
20 Brasil 0,1% 198.700
21 República Checa 1,8% 189.180
22 Nova Zelândia 4,1% 181.753
23 Suécia 1,9% 180.823
24 Finlândia 3,25% 175.955
25 Áustria 1,7% 143.854

Eleição parlamentar na Argentina desencadeará sucessão presidencial


Por Agência Brasil
 
Natacha Pisarenko/AP

BUENOS AIRES  -  Trinta milhões de eleitores argentinos irão às urnas neste domingo (27) para renovar metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado. Os resultados da votação definirão o apoio político à presidente Cristina Kirchner nos dois últimos anos de seu segundo mandato. Segundo analistas, a composição do novo Parlamento desencadeará o processo de sucessão presidencial nas eleições de 2015.

“Essa eleição não deve provocar grandes mudanças na composição do Congresso, mas marca o princípio do fim do kirchnerismo”, disse o analista político Rosendo Fraga, em entrevista à “Agência Brasil”.

A Era Kirchner começou em 2003, quando Nestor Kirchner assumiu a presidência de uma Argentina recém-saída de uma das piores crises econômica, política e social da história recente. Ele ajudou a eleger a mulher, Cristina, em 2007, e morreu em 2010. Um ano depois, a viúva de Nestor foi reeleita com 54% dos votos mas, pela Constituição, ela não tem direito a um terceiro mandato consecutivo.

“Para reformar a Constituição, a presidente precisaria de dois terços dos votos no Congresso, o que dificilmente terá. Portanto, o que está em jogo agora é saber se ela vai ter forças para fazer sua sucessão ou se o próximo governo ficará nas mãos da oposição”, disse o analista político Roberto Bacman.

Atualmente, o partido do governo, Frente Para a Vitória (FPV) e aliados têm a maioria no Congresso: 135 dos 257 deputados federais e 40 dos 72 senadores. É quase certo que manterão quórum próprio na Câmara. Dos 127 deputados que precisam renovar seus mandatos, 47 são governistas e 80 da oposição. O risco está no Senado. Hoje, Cristina Kirchner conta com o apoio de 40 dos 72 senadores mas, segundo as pesquisas de opinião, pode perder a maioria.

“Mesmo sem maioria nas duas casas, a governabilidade de Cristina não está em jogo porque o Congresso aprovou a emergência econômica, que é a maior delegação de poderes a um presidente em 30 anos de história. Com isso, ela tem poderes para decidir, por decreto, as questões econômicas até o fim de seu mandato”, disse Rosendo Fraga. “O que todos estão de olho, agora, é quem vai despontar dessa eleição como presidenciável."

Dois presidenciáveis surgiram da campanha: Sergio Massa, o prefeito de Tigre, município à 28 quilômetros da cidade de Buenos Aires; e Daniel Scioli, o governador da província de Buenos Aires, o maior distrito eleitoral do país, com cerca de 40% dos eleitores. Ambos têm uma história no Partido Justicialista (Peronista) e trabalharam com Nestor e Cristina Kirchner.

Massa, no entanto, passou para a oposição: candidatou-se a deputado federal da província de Buenos Aires pela Frente Renovadora e, nas primárias, em agosto passado, obteve 35,05% dos votos, mais que Martin Insaurralde, candidato do governo e apoiado por Scioli que recebeu 29,65% dos votos. “No encerramento de campanha, Massa fez um discurso de candidato presidencial, o que prova que o que está em jogo é a sucessão de Cristina Kirchner”, disse Bacman.

Cristina Kirchner não pode participar da reta final da campanha, porque ainda está se recuperando de uma cirurgia para retirar um coágulo do cérebro. Tampouco deverá votar: os médicos proibiram que ela fizesse qualquer viagem em helicóptero ou avião e o distrito eleitoral dela é em Santa Cruz, no extremo sul da Argentina.

O porto não dá voto


 
O que está prestes a acontecer com o nosso Porto do Rio de Janeiro nada mais é do que consequência da falta de interesse da sociedade com as questões que envolvem o porto e o comercio exterior. Tivesse a sociedade um mínimo conhecimento sobre a importância da atividade portuária para uma cidade, estado e para o país, jamais, um governante ousaria a prejudicar essa atividade, porque prejudicaria diretamente suas ambições políticas.

As obras na cidade, sem discutir o mérito da importância, resultarão em milhões de votos e alimentarão planos e mais planos pelo poder. O Prefeito do Rio, super capitalizado por conta das olimpíadas, quer deixar um legado de melhorias na cidade e fazer do cais do porto do Rio um imenso complexo turístico. O prefeito e seus secretários sabem que o povo não conhece sobre o tema e se valem disso para cometer essa verdadeira barbárie contra o nosso porto do Rio de Janeiro e contra a própria sociedade. O entendimento dos nossos governantes é que, para o povo, o porto não importa.

O Porto do Rio é economicamente viável, é importante para a cidade do Rio de Janeiro, para o estado do Rio de Janeiro e para outros estados da federação, como é o caso de Minas Gerais, que movimenta parte considerável de suas riquezas através dele. O porto do Rio é importante para o Brasil. Porém, não é politicamente viável. O fim do Porto do Rio, na realidade, não interferirá nas ambições políticas do Prefeito Eduardo Paes e de seus secretários. Sim, vivemos no país do politicamente viável. Qualquer decisão que se tome no Brasil tem como prioridade o impacto nas urnas.

As mídias de massa, formadoras de opinião, também não valorizam o porto como deveriam, pois sabem que as questões portuárias não vendem jornais. Ainda que o fim anunciado do Porto do Rio venha prejudicar toda cadeia logística de importação de papel imprensa, ainda que isso venha prejudicá-las diretamente, as grandes mídias não estão interessadas no porto do Rio. Ora, o que não dá voto, não mexe com a sociedade, portanto, não vende, não é de interesse.

Os próprios gestores dos terminais não se preocupam em propagar o porto, não se preocupam em popularizar o porto. Em 12/10/2013, por exemplo, foi publicada uma matéria em um jornal de grande circulação sobre o porto do Rio, ou seja, uma oportunidade excelente de levar a sociedade o risco iminente do fim do nosso porto. No entanto, eles preferiram destacar os investimentos, quando deveriam ter falado que o fim do portão 24, seja pelo fechamento propriamente dito, seja pela inviabilidade de acesso, é um fato que acarretará o fim do porto e tornará todos esses investimentos inúteis. Sim, perderam uma grande oportunidade.

O porto precisa se aproximar e se comunicar com a sociedade. A sociedade precisa se sentir parte e viver um pouco do porto. A partir do momento em que a sociedade tiver acesso ao porto e conhecer melhor o que acontece ali, teremos plantado uma pequena semente de amor a essa atividade tão importante e tão fascinante. Não existe um homem, ou uma mulher que, ao conhecer o porto pela primeira vez, não se encante com os guindastes, as maquinas e com os navios. O Porto por si só é uma excelente ferramenta de comunicação com a sociedade, porém, muito mal utilizada pelos gestores dos terminais.

O porto precisa se tornar politicamente viável também e, para tal, deve chegar até o coração da sociedade. A sociedade precisa entender que a vida dela está diretamente ligada ao porto. A sociedade precisa entender que muito do que ela tem em casa, muito dos produtos que ela consome, passam pelo porto. Vivemos um panorama terrível de total desconhecimento das atividades portuárias. A verdade é que, se a Prefeitura do Rio de Janeiro decidisse terminar com a área de lazer do Aterro do Flamengo, estaríamos diante um enorme escândalo e o Prefeito seria execrado pela sociedade e pela mídia. Se, a prefeitura decidisse terminar com o Centro de Tradições Nordestinas (“Feira dos Paraíbas”), no bairro de São Cristóvão, existiria mais preocupação da sociedade e das mídias de massa do que o fim anunciado do Porto do Rio de Janeiro.

Em 15/10/2013 o Secretário de Transportes do Município do Rio de janeiro, Carlos Roberto Osório, realizou a palestra na reunião do Conselho Empresarial de Logística e Transporte da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ). Ele declarou que entre o Porto e a cidade, que ele preferiria a cidade. Vejam o ponto que chegamos! A prefeitura deixou claro para todos nós qual é a sua tática em relação ao nosso porto. Eles jogarão a sociedade contra o porto. Falarão que o porto é um estorvo, que não deveria estar ali, quando, na verdade, o porto do Rio poderia conviver em perfeita harmonia com a cidade, se fosse politicamente viável. Não basta o porto ser um dos maiores pontos de arrecadação de ICMS. Não basta o porto e seu entorno serem um dos maiores pontos de arrecadação de ISS.

Para os que amam e dependem do porto do Rio: Precisamos organizar um imenso plano logístico, de forma que o amor ao porto chegue ao coração da sociedade e em tempo recorde.

Por André de Seixas
 
 

Já se vende mais bicicletas que carros na Europa


A Espanha é o mais novo país europeu a entrar no grupo das nações onde a venda de bicicletas supera a de veículos. Na União Europeia, apenas dois não seguem a regra

Getty Images
Pessoas de bicicleta em Berlim

Pessoas andam de bicicleta em Berlim: a Alemanha é o país com o maior  mercado de bicicletas.  Foram 3,96 milhões em 2012

São Paulo - Apaixonados por carros, os espanhóis - cujo país começa a ensaiar os primeiros passos para fora da crise - pela primeira vez na história compraram mais bicicletas que carros. Com isso, o país se junta a praticamente a todos os outros da Europa (veja tabela ao final), que vêm dando maior força às duas rodas. 

Uma comparação entre os dados da Associação de Veículos com Rodas da Europa sobre o mercado de bicicletas e da venda de automóveis da Associação Europeia de Fabricantes de Carros apontou que, em 2012, apenas na Bélgica e em Luxemburgo os veículos continuam em primeiro. 

Na Itália, por exemplo, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial mais bicicletas foram vendidas do que carros. No Reino Unido, a diferença é de 1,6 milhões a mais de bicicletas.

No Brasil, a situação se repete. De acordo com dados mais recentes da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo), em 2011 foram produzidas 4,6 milhões de bicicletas no país e outras 370 mil foram importadas. No mesmo período, foram 3,4 milhões de carros vendidos.
 


Spencer Platt/Getty Images

São Paulo - Desde 2009, 211 ciclistas perderam a vida vítimas do trânsito paulistano. Exatos 52 deles apenas no ano passado, quase todos, 51, homens. As informações são da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Mesmo diante deste cenário, pode-se dizer que São Paulo se conscientiza, aos poucos,  do papel das bicicletas como meio de transporte - e da falta de segurança a que são submetidos os ciclistas urbanos.

De 2009 para cá, mais de 60 km de ciclovias foram construídos. O prefeito Fernando Haddad promete mais 400 km de vias cicláveis até o fim de seu mandato. A ciclofaixa de lazer, que separa uma faixa só para as bicicletas aos domingos em várias vias, também ajudou a popularizar a bike na capital paulista. 

Inicialmente, o aumento das vias para bicicletas fez diminuir os acidentes fatais: entre 2009 e 2011, os números caíram cerca de 20%. Já no passado, houve um aumento de 6%.
Segundo a CET, foram registradas neste ano mais de 210 autuações - uma média de duas multas por dia desde que novas medidas foram adotadas - por desrespeito a quem circula de bicicleta.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo também não são alentadores: diariamente, nove ciclistas são internados em hospitais públicos devido a acidentes viários.
Clique nas fotos e veja quais vias registraram mais acidentes fatais nos últimos quatro anos.
 
A diferença está em como essas milhões de bicicletas são usadas por aqui. Enquanto em boa parte dos países europeus elas gozam da segurança e da praticidade das ciclovias e ciclofaixas - o que acaba por incentivar seu uso como meio de transporte -, no Brasil, são obrigadas a dividir espaço com carros, motos e ônibus no trânsito.  

Veja na tabela a seguir a comparação entre a venda de bicicletas e carros na Europa: