domingo, 1 de dezembro de 2013

3 fatores que impedem a ascensão das mulheres na carreira


Mulheres mais jovem acreditam que conciliar vida profissional e pessoal é o que mais atrapalha. Já as mais seniores apontam a diferença de estilos

Divulgação
Executivas trabalham em fábrica da Bosch na Alemanha

São Paulo – As mulheres estão estudando mais. Mas, de acordo com dados do IBGE divulgados esta semana, quanto mais a formação acadêmica delas aumenta, maior a diferença salarial com relação aos homens.

O salário não é, contudo, o único problema. Apenas 19% das executivas acreditam que têm as mesmas chances de promoção que homens tão qualificados quanto elas, segundo levantamento da Bain & Co. 

A razão para isso? A consultoria Bain conversou com 514 pessoas e mapeou os 3 principais fatores que impedem as mulheres de avançarem na carreira. Confira alguns dos resultados da pesquisa “Sem atalhos: o caminho das mulheres para alcaçarem o topo” divulgada esta semana:


1 Conciliar vida pessoal e profissional 


Quase metade (45%) dos entrevistados apontaram o “conflito de prioridades” como o principal fator para que as mulheres não cheguem ao topo da carreira. Para 66% de quem acredita nesta premissa, as mulheres abrem mão da ascensão profissional para ter uma vida mais equilibrada. 

E, neste ponto, a família tem um peso importante para este grupo: 55% dos que apostam nesta ideia afirma que as mulheres priorizam mais a família do que o trabalho enquanto 46% acredita que elas são mais bem preparadas para cuidar da família do que os homens.

O perfil de quem optou por este fator explica o que está por trás das opiniões. A maioria dos homens entrevistados (52%) marcou esta opção, enquanto 38% das mulheres que acredita nisso são jovens e ocupam posições juniores, que, provavelmente, estão enfrentando este tipo de conflito no momento, segundo a consultora da Bain. 


2 Diferença de estilos


As mulheres em cargos mais elevados na hierarquia , por sua vez, tendem a acreditar que a diferença de estilos entre os gêneros é o que mais atrapalha o crescimento delas na carreira. Ao todo, 41% das entrevistadas apontaram isso como o principal entrave para a trajetória profissional feminina. No total, elas representam 64% do grupo que crê neste fato. 

Para 88% do grupo, os chefes são mais propensos a promover ou indicar profissionais com um estilo semelhante ao deles mesmos. Como os homens são maioria nos cargos de liderança, a consequência não poderia ser mais óbvia. 

Um dado que pode comprovar esta tese: 24% dos homens que acreditam que a diferença de estilos é um empecilho são presidentes de empresa ou conselheiros. 

Por outro lado, segundo 57% dos que optaram por esta explicação, as mulheres falham em fazer menos marketing pessoal. 


3 Viés organizacional


Com 23% dos votos, o grupo mais pessimista de todos é composto majoritariamente por pessoas mais jovens e que ocupam posições juniores. Para 50% deles, os líderes homens são mais propensos a promover ou indicar profissionais com um estilo semelhante ao deles.

Trinta e sete por cento de quem integra este grupo também acredita que algumas posições e setores são mais coerentes com homens e para 35%, há menos mulheres com experiência necessária. 

“Pela idade e inexperiência, as pessoas desse grupo precisariam ver mais exemplos de mulheres em lugares de liderança para apreciar um estilo alternativo de direção”, afirma o estudo da Bain.
 
 

Homens da classe alta agridem mais mulheres que os da baixa

 

Homens classificados como de classe alta praticam mais violência contra a mulher que os das classes média e baixa, diz pesquisa do Instituto Data Popular

Antonio Scorza/AFP
Imagem da movimentada Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, em março de 2012
Mulheres em avenida do Rio de Janeiro: 52 milhões de brasileiros conhecem algum homem que já foi violento com parceira

São Paulo – Mais da metade dos homens brasileiros, 56%, admitem ter tomado em algum momento atitudes que caracterizam violência contra a mulher, mostra uma pesquisa do Instituto Data Popular divulgada hoje. Esse número, porém, é maior para homens da chamada classe alta (59%) que da baixa (53%).

Na classe média, 55% responderam ter praticado alguma forma de violência. O tipo mais comum foi xingamento (veja tabela detalhada abaixo). No total, 52 milhões de brasileiros, mais de um quarto da população, conhece algum homem que agrediu a parceira de alguma forma.

Segundo o Data Popular, que fez a pesquisa em parceria com o Instituto Avon, 86% dos homens acham que a Lei Maria da Penha ajuda a diminuir a violência doméstica, embora 81% afirmem que a mesma legislação deveria ser usada também para proteger homens agredidos pelas companheiras.

Isso, na visão do estudo, mostra que a maior parte não entende que a lei foi feita para reduzir a desigualdade de gênero.

O mesmo levantamento detecta certos comportamentos de “machão” nos entrevistados do sexo masculino: 30% deles concordam, por exemplo, que homem não deve levar desaforo para casa.

Além disso, 69% disseram ser inaceitável que uma mulher saia com amigos(as) sem o marido, e 85% não acham aceitável que elas fiquem bêbadas.

Veja abaixo os tipos de agressão detectados na pesquisa e sua incidência. Foram entrevistados, em domicílio, 1.500 pessoas, 990 delas homens, em 50 munícipios das 5 regiões do Brasil.

Prática Quantos homens admitiram comportamento (com atual ou ex)
Xingou 59%
Empurrou 19%
Ameaçou com palavras 9%
Deu um tapa 8%
Impediu de sair de casa 7%
Arremessou algum objeto durante briga 6%
Humilhou em público 5%
Deu um soco 4%
Obrigou a fazer sexo sem vontade 2%
Ameaçou com alguma arma 1%

Por salário, pessoas tendem a ignorar qualidade do trabalho


Estudo feito por pesquisadores da Duke University e da Stirling University mostra que as pessoas podem preferir realizar uma tarefa chata, se for para ganhar mais

ThinkStock
salário executivo
Salário: segundo pesquisador, quando colocada para as pessoas, a questão salarial se torna primordial, fazendo-as se esquecer de aspectos não monetários de seu trabalho

São Paulo - Quando têm a opção de pesar o salário em uma escolha profissional, funcionários tendem a se esquecer de quanto o seu trabalho pode (ou não) ser prazeroso.  Este é o resultado de um estudo recente, conduzido por pesquisadores da Duke University, nos Estados Unidos e da Stirling University, na Escócia.

Parte da pesquisa foi realizada junto a 74 estudantes de administração. A eles, foi dada a opção de passarem cinco minutos fazendo absolutamente nada (sem poder ter acesso a computadores ou celulares) ou, em vez disso, usar o tempo para fazer um caça palavras. Aqueles que escolhessem o ócio, ganhariam 2,50 dólares por hora. 

A maioria dos alunos (66%) achou mais interessante realizar o desafio. Porém, destes, 82% só concordaram em completar o caça palavras se recebessem mais do que aqueles que haviam optado por ficar sem fazer nada. 

Apesar disso, passados os cinco minutos, foi perguntado aos estudantes o quanto eles tinham gostado da experiência. Aqueles que haviam optado por fazer o jogo, tinham aproveitado muito mais aquele tempo, segundo  contou Peter Ubel, professor da Duke University e um dos autores do estudo, à radio norte-americana NPR

Isso significa que, "se você colocar a questão dos salários na frente das pessoas, de repente ela se torna uma preocupação primordial. Elas focam mais no que entendem como uma compensação justa, do que nos aspectos não monetários do trabalho, tais como o valor social ou até mesmo se a tarefa é interessante", disse Ubel em nota no site da Duke University.  

As constatações dos pesquisadores podem indicar que, no caso de empresas em que pagar gordos salários não é a alternativa mais palpável, uma ferramenta de atração e retenção de talentos eficiente pode ser: primeiro oferecer uma boa gama de benefícios, para depois falar em dinhero. 

Franquias de espaço infantil faturam até R$ 90 mil por mês; veja negócio


Afonso Ferreira

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Veja franquias de espaço infantil

Clube da Criança: investimento inicial a partir de R$ 270 mil (inclusos taxa de franquia + instalação + capital de giro); faturamento médio mensal de R$ 60 mil a R$ 80 mil, com lucro líquido de 25% a 30% (de R$ 15 mil a R$ 24 mil); retorno do investimento de 12 a 24 meses; todos os dados são fornecidos pela empresa Divulgação
Com faturamento médio mensal de R$ 50 mil a R$ 88 mil, as franquias de espaços infantis estão em expansão no país. A rede Clube da Criança quer abrir 50 unidades, em cinco anos, e a Play Space 120 no mesmo período.

O investimento inicial é a partir de R$ 270 mil, no caso do Clube da Criança, e de R$ 300 mil para a Play Space. Os valores incluem taxa de franquia, instalação e capital de giro.

A margem de lucro varia de 20% a 40%, segundo as empresas. O percentual é alto, de acordo com as redes, porque os shoppings e outros estabelecimentos dão desconto no aluguel desses espaços por terem interesse em oferecer o serviço aos clientes.

Mesmo com o valor da locação reduzido, a rentabilidade desse tipo de franquia não deve chegar a 40%, segundo João Augusto Bueno, diretor-executivo da consultoria Fábrica 3. 

"O empreendedor deve desconfiar e checar com outros franqueados da rede se as informações passadas pela matriz são reais", diz.

A ABF (Associação Brasileira de Franchising), por exemplo, afirma que uma margem de lucro confiável vai de 10% a 15%.


Redes cobram a partir de R$ 9 por 15 minutos no espaço

 

Estes espaços oferecem recreação para as crianças enquanto os pais fazem compras no shopping. Entre as atrações estão piscina de bolinhas, camarins com fantasias de princesas e super-heróis, teatro de fantoches, escorregadores, entre outras atividades.

As unidades Clube da Criança têm de 60 a 250 metros quadrados e precisam de 12 a 15 funcionários, segundo a sócia da rede Letícia Ballvé, 32. O preço para deixar a criança por 15 minutos no espaço é R$ 9.

Já a Play Space tem lojas com, em média, cem metros quadrados e seis funcionários, de acordo com a sócia-fundadora da rede Maria Eduarda Pessôa de Queiroz, 36. O valor cobrado por 30 minutos é R$ 24.

"Nosso foco é trazer brincadeiras lúdicas de antigamente para as crianças, algo que dificilmente elas têm contato em casa. Nas nossas unidades, não há videogames e jogos eletrônicos propositalmente", afirma Queiroz.
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Veja franquias de artigos infantis

Mr. Kids (brinquedos e doces): investimento inicial de R$ 14,9 mil (taxa de franquia + instalação + capital de giro); faturamento médio mensal de R$ 3.360; lucro médio de R$ 1.300 a 1.600; prazo de retorno do investimento de 12 a 14 meses Leia mais Divulgação

Segmento tende a crescer, mas investimento é alto

 

Para a diretora geral do Grupo Bittencourt, consultoria em franchising, Cláudia Bittencourt, os espaços infantis em shoppings geram conveniência para os pais e, por isso, tendem a crescer.

"Os serviços que geram conveniência e economia de tempo estão em alta, principalmente entre as mulheres que trabalham fora de casa. No entanto, o investimento em uma franquia de espaço infantil é, relativamente, elevado", declara.

Por outro lado, a consultora diz que o franqueado precisa ter cuidado redobrado na hora de contratar e treinar os funcionários, pois eles vão lidar com crianças o dia todo. "Os profissionais precisam gostar do que fazem e ter disposição para aguentar o pique das crianças."

Bittencourt afirma, ainda, que o franqueado precisa ter procedimentos claros para evitar acidentes com os pequenos. Antes de aceitar uma criança, é preciso perguntar aos pais se ela tem alguma alergia ou problema de saúde.

"Além disso, os funcionários devem ter um treinamento de primeiros-socorros e telefones de emergência à mão, caso alguma criança passe mal ou se machuque."

Peças e objetos pequenos podem causar acidentes

 

De acordo com Bueno, da consultoria Fábrica 3, os brinquedos devem ter certificação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) para reduzir o risco de acidentes.

Além disso, é preciso estar sempre atento para que as crianças menores não se engasguem com peças e objetos pequenos. "Os brinquedos devem seguir rigorosamente a idade adequada, indicada na embalagem", diz.
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Conheça 50 casos de empreendedores de sucesso

O empresário Tom Ricetti, 37, criou a franquia Pão To Go, uma padaria no modelo drive-thru; a primeira loja da rede foi aberta em São Carlos (232 km a noroeste de São Paulo) Leia mais Iberê Iori/UOL

Cuidados ao escolher uma franquia

 

Tempo de mercado Verifique há quanto tempo a rede atua no mercado. Se a franquia for nova, veja o número de unidades próprias. É por meio delas que a franqueadora adquire experiência e conhecimento da área que irá transmitir aos franqueados
Pesquisa com franqueados As redes são obrigadas a apresentar a COF (Circular de Oferta de Franquia) para os interessados. O documento deve indicar endereço, nome e telefone de franqueados e ex-franqueados. É importante ligar para o maior número possível para saber sobre investimento, faturamento, tempo de retorno e lucro
Faturamento Desconfie de número fantásticos. O ideal é avaliar mais de uma franquia do setor que deseja ingressar para ver se os números são similares. Segundo a ABF, o lucro varia de 10% a 15% sobre o faturamento
Prazo de retorno A ABF trabalha com o prazo de retorno de 18 a 24 meses para microfranquias, que exigem um investimento mais baixo, e de 36 meses para franquias, que necessitam de investimento maior
Assinatura de contrato O negócio só pode ser fechado após o prazo de 10 dias da entrega da COF. O objetivo é evitar a assinatura por impulso. A COF informa o número de franqueados ativos e inativos (nos últimos 12 meses), com telefone, ações judiciais contra a empresa e estimativa de investimento, faturamento etc.

Fazenda aumenta lucro vendendo pela internet laranjas que iam virar adubo


Priscila Tieppo

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Fazenda vende laranjas na internet e salva safra

O site Laranjas Online foi uma ideia de Alessandra Sodré, após ver que na fazenda de sua família muitas laranjas eram descartadas quando não podiam ser vendidas à indústria. Saiba mais sobre o negócio clicando nas fotos acima Divulgação/Laranjas Online
Neta de um produtor de laranjas, a empresária Alessandra Sodré teve a ideia de vender a fruta na internet após uma visita à fazenda da família, em Sorocaba (a 99 km de São Paulo). Durante o passeio, ela percebeu que ainda havia muitas frutas nas árvores, que não seriam comprados pela indústria de suco e, consequentemente, virariam adubo.

"A indústria compra uma determinada quantidade de frutas. Quando não precisa mais, fecha as portas e as laranjas ficavam sem destino. E eu não queria depender só deles", afirma.

Desta constatação nasceu a ideia de criar um site para a venda das frutas através da internet. O Laranjas Online existe há pouco mais de um ano e atende às cidades de São Paulo e Sorocaba.

O objetivo é entregar ao cliente frutas frescas, colhidas três dias antes na fazenda. "Na compra convencional, a laranja já tem 10, 15 dias de colhida", diz.

A primeira tentativa da empresária de comercializar frutas online foi através de um site de venda de produtos diversificados. A ideia era não depender da indústria de suco, que ainda hoje consome a maior parte da produção da família Sodré.

"Escolhi um preço atraente e na primeira noite tive mais de 30 pedidos. Foi incrível", afirma a empresária. "Buscava as laranjas na fazenda, entregava aos meus clientes pessoalmente e aos poucos fui estruturando o negócio."

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Conheça a aguardente feita com o bagaço da laranja 

 

A principal matéria-prima da aguardente desenvolvida em Araraquara (SP) é o bagaço da laranja, que normalmente é descartado pela indústria depois que é extraído o suco da fruta. Desse bagaço também pode ser obtido um líquido atavés da prensagem, o líquor, que foi estudado pelo Centro de Pesquisa da Cachaça, na Unesp, e, anos mais tarde, deu origem à nova bebida Leia mais Edson Silva /Folhapress
Pouco tempo depois, ela criou um site próprio e uma página no Facebook para vender cinco tipos de laranjas: hamlin, pêra-rio, rubi, valência e natal.

Todas são produzidas tanto da forma convencional como da forma orgânica (isto é, sem uso de agrotóxicos) nos 150 mil pés da fruta, que ocupam os 520 hectares da fazenda São Pedro.

A ideia virou negócio e tem dado lucro. No primeiro mês, Alessandra conta que vendeu o equivalente a 70 caixas com 40,8 kg cada.

O aumento foi gradativo e, atualmente, o site vende em média 1.500 caixas por mês. Ainda não se compara com o que a indústria absorve – cerca de 20 mil caixas mensais--, mas Alessandra ressalta que o público é diferente.

"A fazenda atende à indústria e o site, o consumidor final e restaurantes", diz.

Para ela, o principal diferencial do site é vender um produto fresco, direto do produtor, e dar a comodidade da entrega em domicílio. "Meu objetivo é expandir ainda mais o negócio", afirma.

As vendas são feitas por quilo no site. Se o consumidor escolher uma caixa com 5 kg, paga R$ 10; 10 kg saem por R$ 20; e 20 kg, por R$ 30.

Para comparação, no supermercado Pão de Açúcar, na capital paulista, um pacote com 2 kg de laranja-pêra custa cerca de R$ 3. Já em uma feira livre da zona leste da cidade, o quilo custa R$ 2, em média.

A laranja-pêra é a mais consumida no país e representa mais de 80% do mercado da fruta, de acordo com a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo).

Produtor precisa fazer conta para montar site de vendas, diz consultor

 

Para o consultor do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) de São Paulo Marcelo Sinelli, o movimento de empresas que saem do atacado e migram para o varejo é cada vez mais comum. Ele afirma que essa é uma boa alternativa para quem depende de poucas empresas para escoar a produção.

"Se uma única empresa compra mais de 60% da sua produção, você acaba refém dela. Sites como o Laranjas Online mostram que as alternativas são válidas", diz ele, que afirma não conhecer um empreendimento similar voltado para frutas na internet.

Sinelli, porém, alerta que, para montar um site de vendas, é preciso fazer contas para saber se a entrega não sai mais cara que o produto.

"No caso de produtores pequenos, é preciso avaliar a capacidade de atendimento, ou seja, se há produto disponível para atender aos clientes. No caso de frutas delicadas como a uva ou o pêssego, por exemplo, seria preciso verificar se o valor gasto com a embalagem compensa e como será feita a entrega", diz.

Além disso, Sinelli afirma que é importante que o produto seja entregue em perfeitas condições, por se tratar de frutas frescas, e que o prazo de entrega precisa ser cumprido sempre.

São Paulo é o Estado que mais produz laranjas

 

De acordo com levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2012, a safra nacional de laranjas (18 milhões de toneladas) recuou 9,1% em relação a 2011.

São Paulo foi responsável por 74,2% da safra, em sua maior parte destinada à produção de suco, exportado para os EUA e a zona do Euro.

O Estado é o maior produtor do país, com mais de 500 mil hectares de pomares e produção de 14 milhões de toneladas da fruta no ano passado, segundo o IBGE.


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Maçã foge do frio e começa a ser produzida também no Nordeste brasileiro


Em parceria com produtores, a Embrapa já colhe as primeiras safras experimentais de maçã em cinco hectares no Nordeste. A fruta, que precisa de clima frio, é tradicionalmente produzida no Sul do país. Clique nas fotos acima para conhecer o trabalho dos pesquisadores para adaptar a maçã ao calor Leia mais
  Divulgação/Agropecuária Sem Fronteiras
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Mercado de luxo busca saídas à restrição chinesa a mimos


País asiático é o grande motor do setor, mas novo governo quer frear "extravagâncias" dadas às autoridades
DO "FINANCIAL TIMES" Nos últimos anos, os EUA entraram em crise financeira, a Europa foi abatida pelos problemas da dívida, mas o mercado de luxo vivia seu melhor momento em pelo menos uma década. O motivo? A China. 

No mais improvável dos tempos, entre 2010 e o ano passado, toda uma indústria --da relativamente exclusiva Hermès ao brilho da Louis Vuitton-- foi engordada pelo amor dos chineses pelo luxo. 

Só que agora o crescimento do PIB chinês já não é mais tão forte (ao menos para os padrões das últimas décadas), e o novo governo decidiu reprimir os gastos pessoais astronômicos das autoridades e também a política de dar presentes aos oficiais. 

O resultado é que o mercado de luxo, uma indústria com faturamento de € 217 bilhões ao ano, encontra-se em uma situação desconfortável: será que a era de avanço de dois dígitos chegou ao fim?

A resposta tem implicações não só na estratégia das marcas para a segunda maior economia global, como também para outros mercados. 

"Há alguns anos, a desaceleração chinesa mal produziria uma onda no setor", diz Luca Solca, analista do mercado de luxo. "Agora, pode produzir um maremoto." 

Nos últimos três anos, a receita global do setor cresceu em média 11%, puxada pelo avanço chinês com alta de 19%, segundo estudo da Fondazione Altagamma e da Bain & Company. Para este ano, a China deve se desacelerar para 4%, derrubando o avanço mundial para apenas 2%. 

Para a Louis Vuitton, o país asiático representa um quarto das vendas. No caso da Cartier, essa fatia é de 35%, e, para a Omega, é ainda maior: 45% do faturamento. 

A desaceleração chinesa, afetada pelo que a fabricante de bebidas Rémy Cointreau chamou de "medidas antiextravagância" (a repressão aos mimos para as autoridades governamentais), foi tão acentuada que as Américas devem passar a Ásia como o maior motor global do setor. 

E as companhias de luxo têm reações diferentes a essa perda de força chinesa.
Uma saída tem sido aumentar os preços. É o caso da Gucci, que está produzindo mais bolsas feitas de peles exóticas, como a da cobra píton. A Louis Vuitton também está buscando elevar preços de determinados produtos. 

Outras, porém, vão pelo caminho oposto. Foi essa a saída adotada pela chinesa Shuijingfang, fabricante de baijiu (a bebida favorita do Partido Comunista). Metade dos seus produtos vai sair por US$ 82 a garrafa --ou menos--, preço que antes ela não tinha em produto algum.

Preconceito ideológico' paralisou investimento em infraestrutura, diz FHC



ISABELA PALHARES
DE RIBEIRÃO PRETO

Os investimentos em infraestrutura no país ficaram parados nos últimos dez anos --desde que os petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff assumiram a presidência-- por "preconceito ideológico". 

A afirmação foi feita pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) neste sábado (30) em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), onde ele ministrou palestra durante evento de aniversário do Sicoob Credicoonai (cooperativa de crédito). 

"Pararam dez nos os investimentos em infraestrutura no Brasil por preconceito ideológico", disse FHC, em relação às concessões e privatizações. 

De acordo com ele, foi um importante passo para o país as recentes concessões de aeroportos e estradas. "E, agora, sem bater no peito para dizer 'erramos'. Quando tudo deu certo dizem que são campeões de concessões, mas o mais importante é fazer bem feito, com transparência", disse. 


Márcia Ribeiro/Folhapress
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) durante palestra em Ribeirão Preto
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) durante palestra em Ribeirão Preto

O ex-presidente falou sobre a situação econômica brasileira, que considera entrar em uma "zona cinzenta", colocando em risco os avanços conquistados nos últimos 20 anos. 

O tucano criticou principalmente o uso dos mecanismos de controle da inflação. O ex-presidente afirmou que há dificuldade em entender a liberdade do Banco Central para fixar a taxa de juros, o que levou a uma elevação tardia e maior que a necessária. 

Ainda criticou o "afrouxamento" da Lei de Responsabilidade Fiscal, provocando o aumento do endividamento dos municípios e Estados e a gerando incertezas para as gerações futuras. 

Ainda em recuperação de uma diverticulite, FHC terminou a palestra de cerca de 40 minutos dizendo que o Brasil precisa de "gente nova, gente moderna, que acredita no Brasil". 

"O Brasil precisa se reinventar. Não só economicamente, mas socialmente. Acabar com a ilusão do marquetismo", completou.