domingo, 15 de dezembro de 2013

MPT pede interdição da obra na Arena da Amazônia


O MPT pediu a interdição de obra "urgente e imediata" para a Arena da Amazônia, em Manaus, após a morte de dois operários em menos de 24 horas.

REUTERS/Bruno Kelly
Arena da Amazônia, em Manaus

Arena da Amazônia, em Manaus: esta foi a terceira morte de trabalhadores em obras em estádios da Copa em menos de um mês

SÃO PAULO - O Ministério Público do Trabalho (MPT) da 11a região ajuizou um pedido de interdição de obra "urgente e imediata" para a Arena da Amazônia, em Manaus, um dos estádios da Copa do Mundo de 2014, após a morte de dois operários em menos de 24 horas.

O operário Marcleudo de Melo Ferreira, de 22 anos, que trabalhava nas obras da Arena morreu na madrugada de sábado depois de uma queda no local da construção, segundo informaram as autoridades locais e a Fifa. Ele caiu do teto do estádio, de uma altura de 35 metros, quando um cabo se rompeu.

O documento do MPT pede a imediata interdição de todos os setores da obra da Arena que envolvem atividades em altura, até que seja atestado o atendimento dos requisitos mínimos e das medidas de proteção para o trabalho. Caso a medida seja descumprida, será aplicada uma multa de 100 mil reais por dia.

Esta foi a terceira morte de trabalhadores em obras em estádios da Copa em menos de um mês. No total, cinco operário já morreram em acidentes nos locais de jogos do Mundial, em cidades como Manaus, Brasília e São Paulo.

Mais tarde no sábado, notícias na imprensa informavam que outro operário morreu de um ataque cardíaco no Centro de Convenções do Amazonas (CCA), ao lado da Arena.

Sistema do BB sai do ar e clientes ficam sem serviço



O sistema do Banco do Brasil saiu totalmente do ar neste domingo, deixando clientes sem acesso a serviços como caixa eletrônico, internet banking e compras com cartões de débito desde as primeiras horas da manhã. Segundo informações do Serviço de Atendimento ao Consumidor do banco, o sistema está totalmente indisponível e não há previsão de retorno.

Não há informações sobre as regiões afetadas pela indisponibilidade. O Terra tentou entrar em contato com a empresa por meio de sua assessoria de imprensa, mas não obteve retorno. 

Nesta semana, uma falha de segurança em um aplicativo do Banco do Brasil expôs as contas bancárias de alguns clientes. Segundo a empresa, foram identificadas falhas nos aplicativos BB para iPhone e Android na noite de segunda-feira. De acordo com o BB, o "problema surgiu nos processos periódicos de atualização de versões dos aplicativos.  Houve, sobretudo, intermitência e inconsistência de dados cadastrais. Os sistemas de segurança do Banco permaneceram ativos, e não houve comprometimento de dados ou risco no caso de transações bancárias".


Pelo Twitter, clientes do Banco do Brasil reclamam da indisponibilidade do sistema:

Empresas da região miram mercado de energias limpas


Laboratório da Fibria. Foto: Flávio Pereira
Laboratório da Fibria. Foto: Flávio Pereira

Berço do etanol nos anos 70, a Região Metropolitana do Vale do Paraíba concentra atualmente iniciativas promissoras na promissora área dos ‘combustíveis verdes’; Embaer e Fibria lideram frentes de pesquisa 

Xandu Alves/OVale
São José dos Campos

O desafio de produzir combustíveis limpos (não poluentes) e de fontes renováveis movimenta uma indústria bilionária em todo o mundo e alimenta uma corrida pela liderança ambiental e econômica.

Em algumas décadas, o petróleo deixará de ser a principal fonte energética do planeta, por ser finito e poluente, e as chamadas fontes alternativas deixarão o papel de coadjuvantes.

O Brasil tem sido apontado como um dos principais candidatos a ator principal nesse enredo, mas terá que confirmar a indicação na prática, sob o risco de perder as excelentes condições naturais que tem.

Nesse contexto, a Região Metropolitana do Vale do Paraíba concentra iniciativas promissoras na área de combustíveis verdes.

A região foi palco, na década de 70, do desenvolvimento do primeiro motor a álcool do país, feito no DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), em São José dos Campos.

Hoje, motores ‘flex fuel’ (que suportam etanol e gasolina) estão na maioria dos carros vendidos no Brasil.
“A experiência do país e da região em pesquisas com biocombustíveis é uma credencial importante para qualquer debate sobre o tema”, diz Mauro Kern, vice-presidente Executivo de Engenharia e Tecnologia da Embraer.

A fabricante de aviões desenvolve, em parceria com a Boeing, um plano para incentivar a produção de biocombustíveis no país, que poderão abastecer aeronaves.

Madeira. A empresa Fibria, de Jacareí, líder mundial na produção de celulose, investe em torno de R$ 20 milhões para desenvolver biocombustíveis a partir da madeira e de outras biomassas, em parceria da empresa norte-americana Ensyn Corporation.

Em 2014, a Fibria vai construir uma fábrica para fazer a pirólise (decomposição térmica) rápida da madeira, transformando-a em óleo. O produto pode servir como combustível e substituir o óleo pesado em caldeiras e motores de navios e o gás natural.

“Ele pode ser refinado com o óleo pesado para se obter gasolina e querosene”, afirma Paulo César Pavan, gerente de Desenvolvimento de Processo e Produto do Centro de Tecnologia da Fibria.

A empresa aposta ainda no desenvolvimento de produtos nobres a partir do óleo de madeira. “Podemos fazer combustíveis e insumos de produtos químicos de alto valor”.


Equipe do Inpe dá retaguarda a projetos

São José dos Campos

Água, sol e vento. Eis os elementos que podem tornar o Brasil a ‘Arábia Saudita’ do século 21. Isso por causa das fontes renováveis de energia, abundantes no país.

Ao contrário do petróleo, que é finito, os combustíveis do futuro terão necessariamente que vir de fontes renováveis.

Nesse aspecto, o Brasil tem as condições naturais favoráveis para assumir a liderança no desenvolvimento de combustíveis verdes.

Coordenador do setor de Energias e Fontes Renováveis do Centro de Ciências do Sistema Terrestre, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em São José, o físico Enio Bueno Pereira conta que a instituição se mobiliza para fornecer dados confiáveis para validar projetos de energias renováveis, que necessitam de projeções a longo prazo, de no mínimo de 20 anos.

Segundo ele, a região Nordeste concentrará até 2100 as melhores condições para produção de energia eólica e solar. Esta última também será abundante em uma faixa entre o Sudeste e o Nordeste.

“Temos tudo para ser líderes nesse desenvolvimento”, disse Pereira.

SAIBA MAIS

Energia eólica

A produção de energia a partir do vento tem no Nordeste brasileiro uma das melhores condições do mundo. Hoje, os equipamentos exigem ventos entre 25 e 80 km/h para conseguirem produzir energia. O Inpe prevê que o regime de ventos no Nordeste vai aumentar até 2100

Energia solar
 
Na previsão do Inpe, uma faixa de território entre o Sudeste e o Nordeste do país, passando pelo Centro-oeste, será a melhor área para produzir energia solar em larga escala

Hidrogênio
 
Uma das fontes mais promissoras para geração de combustível limpo é o hidrogênio, um dos componentes da água junto com o oxigênio. Ele vem sendo usado em células combustíveis em satélites e protótipos de veículos. O hidrogênio pode ser produzido por energia solar e eólica, e tem como resíduo a água. Não é poluente

Embraer projeta ‘avião flex’


Linha de produção do Phenon na Embraer. Foto: Cláudio Vieira Linha de produção do Phenon na Embraer. Foto: Cláudio Vieira

Pesquisa feita em parceria com a Boeing busca desenvolver um combustível de fonte renovável, menos poluente e mais barato, capaz de ser usado em aeronaves sem necessidade de modificações nos motores

Xandu Alves/OVale

São José dos Campos


Duas grandes companhias de aviação no Brasil, a Gol e a Azul, deram largada à corrida pelo biocombustível do setor, de fonte renovável, menos poluente e mais barato.
Por detrás das empresas, contudo, estão duas das maiores fabricantes de aviões do mundo, a Embraer, de São José, e a americana Boeing, que investem em pesquisas nessa área estratégica.

Em outubro deste ano, a Gol fez o primeiro voo comercial com biocombustível do Brasil. A empresa usa aviões produzidos pela Boeing.
Antes disso, porém, a Embraer já havia realizado voo de demonstração em 2011, usando um combustível feito à base de cana-de-açúcar. A aeronave modelo E-195 era operada pela Azul Linhas Aéreas.

Mas o futuro é tão promissor que as duas companhias --Embraer e Boeing-- deixaram a competição um pouco de lado e resolveram se associar para “incentivar a indústria nacional de biocombustíveis”, como explicou Antonini Puppin-Macedo, diretor de Operações e coordenador de Pesquisa da Boeing no Brasil.

No particular, as empresas buscam desenvolver um biocombustível capaz de ser misturado ao querosene de aviação comum sem a necessidade de mudar motores ou a logística de abastecimento.

Mais ou menos como um motor flex fuel de carro, que suporta, ao mesmo tempo, álcool e gasolina.

A parceria entre as duas gigantes da aviação conta com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Em junho deste ano, após oito seminários realizados ao longo de 2012, a Embraer e a Boeing apresentaram o “Plano de Voo para Biocombustíveis de Aviação no Brasil”.
Desde então, segundo Mauro Kern, vice-presidente executivo de Engenharia e Tecnologia da Embraer, os parceiros estão na fase final de detalhamento do relatório.

Bagaço. Kern conta que as pesquisas apontam várias matérias-primas que poderiam ser usadas para fabricar o biocombustível da aviação, como o bagaço e a palha da cana-de-açúcar, a camelina, o pinhão manso, resíduos orgânicos e de reflorestamento e até algas marinhas.
“Nossa visão é de que o Brasil tem grande potencial para fornecer biocombustíveis de aviação para os mercados doméstico e internacional, ajudando o mundo a aliviar sua dependência de combustíveis fósseis na aviação”, diz Kern.


Oportunidade. Para Puppin-Macedo, da Boeing, o Brasil tem uma “oportunidade única” na área de biocombustíveis.

“A situação é muito favorável no país, que pode liderar esse mercado em escala mundial. O Brasil caminha para a liderança”, afirma ele.

Nesse contexto, Puppin-Macedo acredita que o Vale do Paraíba também pode liderar a ‘revolução verde’.

Unitau e Univap investem em pesquisas

São José dos Campos


Universidades e as principais faculdades da Região Metropolitana do Vale do Paraíba investem em projetos de energia renovável de olho no setor que, segundo analistas, movimentará mais de US$ 300 bilhões no mundo até 2020.
Pesquisador da Univap (Universidade do Vale do Paraíba), Rodrigo Sávio Pessoa está envolvido no desenvolvimento de um sistema que transforma cinzas tóxicas em um material vitrificado, que pode ser aplicado na construção civil.

Segundo ele, o sistema queima cinzas que sobram da incineração de resíduos sólidos e as transforma em plasma.

Resfriado, o plasma torna-se vitrificado e pode ter várias aplicações, como na formação de blocos para construção.

“Estamos numa fase inicial, na prova de conceito e na infraestrutura do sistema”, conta o pesquisador. “Depois disso, os gases resultantes do nosso processo poderão abastecer usinas e gerar energia”.

Na Unitau (Universidade de Taubaté), os professores Ederaldo Godoy Junior e José Rui Camargo --este último, também reitor-- criaram um módulo para “roubar” o calor da placa fotovoltaica e produzir energia elétrica. “A placa não esquenta, tem a vida útil aumentada e o módulo ainda gera energia”, disse Godoy.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Filme emocionante da Johnson prova que carinho gera carinho


Por entender importância do cuidado, do afeto e do carinho na formação de crianças, a Johnson & Johnson conduziu atividade lúdica com alunos de escola infantil

Reprodução/YouTube
Filme emocionante da Johnson prova que carinho gera carinho

Filme da Johnson & Johnson: objetivo da iniciativa era observar crianças trazerem para a sala de aula os exemplos de carinho e cuidado que recebem em casa

São Paulo - Talvez com influência do premiado case “Dove – Retratos da Real Beleza”, as marcas estão cada vez mais antenadas na produção de conteúdo que impacte o público através do apelo emocional de experimentações reais. O novo trabalho da Johnson & Johnson “O melhor presente para o seu filho” aproveita o clima de Natal para trazer todos esses requisitos.

Todos os anos milhares de pais em todo o mundo se fazem a mesma pergunta: "O que darei de presente para meu filho no Natal?". O videogame do momento? A boneca mais bonita da loja? Uma viagem incrível? Dentre tantas opções, existe algo que não se compra, mas ainda assim transforma, une e se multiplica: o carinho.

Por entender a importância do cuidado, do afeto e do carinho na formação das crianças, a Johnson & Johnson conduziu, em parceria com uma escola infantil de São Paulo, uma atividade lúdica junto aos seus alunos, com idade entre quatro e cinco anos. O objetivo da iniciativa era observá-los ao trazerem para a sala de aula os exemplos de carinho e cuidado que recebem em casa.

Certo dia no final de novembro, as crianças foram informadas de que a mascote da instituição, um macaco de pelúcia, estaria doente. 

Por meio da instalação de câmeras na sala de aula e dos olhos do brinquedo, foi possível observar a reação das crianças ao lidar com a situação e cuidado que tiveram com a mascote. “A demonstração de cuidado e amor da criança para com a mascote é o reflexo do carinho recebido em casa. Desse exemplo, acreditamos ser possível construir um mundo com mais afeto e respeito”, explica Ricardo Wolff, diretor de Marketing Institucional da Johnson & Johnson no Brasil.

A importância da iniciativa é reforçada pela pesquisa encomendada pela Johnson & Johnson ao IBOPE que mapeou a importância do carinho para os brasileiros e deu origem à campanha CARINHO INSPIRA CARINHO™. 

O estudo ouviu mais de duas mil pessoas de diferentes classes sociais, gêneros e regiões do país e concluiu que, embora o carinho seja mais importante do que o dinheiro, 28% da população brasileira afirma nunca ter recebido carinho na vida.

Video:

 http://www.youtube.com/watch?v=PHNd3mIrQO0

Com novo controlador, LLX muda o nome para Prumo

Novo nome da empresa de logística, fundada por Eike Batista, representa o atual momento da companhia: com uma gestão mais pragmática e transparente

Divulgação
LLX

LLX agora é Prumo: nome remete a uma base sólida, correta, planejada e calculada com eficiência e disciplina

São Paulo - A LLX, empresa de logística fundada por Eike Batista, já havia manifestado a intenção de mudar sua identidade, depois que o grupo EIG comprou o controle da companhia, em outubro deste ano. Nesta terça-feira, foi anunciado que a LLX agora é Prumo Logística Global, seu novo nome.

De acordo com comunicado,  Prumo foi escolhido pois remete a uma base sólida, correta, planejada e calculada com eficiência e disciplina. "Ele foi escolhido por representar este novo momento da empresa, com uma gestão mais pragmática e transparente, que une busca por excelência e visão de longo prazo para integrar mercados", disse o comunicado

Para Eugênio Figueiredo,  presidente da companhia, a nova marca reforça as características e demonstra a solidez do negócio, que irá funcionar como um vetor para o crescimento do Brasil.

Novo dono

Desde outubro, a companhia passou a ser controlada pelo EIG, que irá injetar 1,3 bilhão de reais na companhia. Segundo a empresa, a reestruturação societária reforça significativamente a sua estrutura de capital e traz uma nova perspectiva com o novo modelo de gestão a ser implantado a partir de agora.

Além do aporte bilionário, a Prumo conseguiu também um suporte financeiro adicional de 900 milhões de reais oferecidos pelos  Bradesco e Santander, que vai aumentar a capacidade financeira da companhia nos próximos trimestres.

Prejuízo

No terceiro trimestre, a Prumo, ex-LLX, registrou prejuízo de 38,4 milhões de reais no terceiro trimestre. O montante é mais de 680% maior que as perdas acumuladas um ano antes, de 4,9 milhões de reais.

As despesas gerais e administrativas pesaram nos resultados. No período, elas totalizaram 53,4 milhões de reais, enquanto a receita operacional atingiu 14,8 milhões de reais.

Boa parte das despesas, 43,6 milhões de reais, foi destinada aos gastos com pessoal e serviços terceirizados, segundo balanço da companhia.

"A principal explicação para o aumento das despesas administrativas foi o impacto de 15,4 milhões de reais referente a bônus de retenção pago a certos executivos, considerados estratégicos para o desenvolvimento dos negócios no médio e longo prazo", disse a empresa, em comunicado.

A Prumo encerrou o terceiro trimestre com saldo de 99 milhões de reais em caixa, montante quase 70% menor na comparação com o mesmo período do ano.

Ferraris em lojas do Brasil atraem magnata americano

O fundador de uma das maiores redes de lojas de carros dos EUA planeja comprar até seis concessionárias brasileiras de luxo por R$ 1 bilhão

Christiana Sciaudone, da
Germano Lüders/EXAME.com
Concessionária da BMW em Ribeirão Preto

Concessionária da BMW em Ribeirão Preto: o empresário acredita que pode dobrar a receita com serviços e peças nas concessionárias brasileiras e, portanto, dobrar os lucros

São Paulo - Marshall Cogan, o fundador de uma das maiores redes de lojas de carros dos EUA, planeja comprar até seis concessionárias brasileiras de luxo por R$ 1 bilhão (US$ 430 milhões) em busca de uma oportunidade para dobrar os lucros e as vendas em estabelecimentos administrados de forma particular.

“Essa é a maior área de varejo em todo o Brasil que não foi consolidada e na qual não foram introduzidas as melhores práticas”, disse Cogan, 76, em uma entrevista, nesta semana. “Ela ainda é administrada por famílias que vivem da empresa”.

Cogan está entrando no mercado brasileiro em um momento em que fabricantes de modelos de luxo como a Audi AG e a Bayerische Motoren Werke AG, a BMW, se preparam para construir veículos no quarto maior mercado de carros do mundo. 

As vendas cresceram a um ritmo anual de cerca de 10 por cento ao ano entre 2002 e 2012 e deverão atingir um recorde de 4,3 milhões neste ano, segundo a Anfavea, a associação nacional dos fabricantes de veículos.

Embora a economia do Brasil tenha encolhido no terceiro trimestre, a demanda por itens de luxo no país aumentou nos últimos anos porque o número de indivíduos com alto patrimônio líquido subiu 26 por cento entre 2008 e 2012, segundo o Relatório Mundial de Riqueza, compilado pelas empresas Capgemini Financial Services e RBC Wealth Management.

O Brasil é o terceiro país melhor classificado em riquezas líquidas individuais, atrás dos EUA e do Japão, segundo a Capgemini. O fato está ajudando a impulsionar as vendas de carros de luxo no país a um ritmo de 45 por cento ao ano, segundo um relatório de 2012 da McKinsey Co. 


Melhores práticas


“Você compra quando há sangue nas ruas -- e há sangue nas ruas agora”, disse Cogan. “O país saltou de uma economia agrária para uma sociedade industrializada, mas em algum lugar no meio ele esqueceu as melhores práticas, como atender o cliente e a falta de foco no cliente”.

Cogan fundou o United Automotive Group e o vendeu para Roger Penske em 1999 por US$ 1,2 bilhão. A empresa agora é conhecida como Penske Automotive Group Inc., uma das três maiores redes varejistas de carros novos dos EUA. 

Cogan acredita que pode dobrar a receita com serviços e peças nas concessionárias brasileiras e, portanto, dobrar os lucros. Ele disse que planeja comprar seis lojas até março, embora não tenha dito onde.

“Considerando zero crescimento nos carros, nem uma única unidade a mais, ao elevar o serviço em 8 por cento, para 16 por cento, eu posso literalmente dobrar o lucro de cada concessionária que nós comprarmos”, disse Cogan, que no futuro planeja tornar pública sua empresa local, a Autogroup do Brasil, em Londres, Nova York e São Paulo.

Cogan disse que pode tornar as concessionárias de luxo mais lucrativas porque elas não estão sendo administradas de forma profissional e porque os empregados são mal preparados para lidar com Ferraris, Lamborghinis e Rolls-Royces, com tecnologia avançada. As lojas estão pagando despesas pessoais, como barcos e escolas privadas, disse Cogan. 

Uma vez que essas despesas forem eliminadas da demonstração de resultados e os empregados estiverem treinados de forma apropriada, os lucros aumentarão, disse ele.