quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Com concessão da BR-163, ida de MT até porto vai custar R$ 786 para caminhão


TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO

Com a licitação da BR-163, o produtor de soja pagará R$ 26 por tonelada só de pedágio para transportar o produto de Sinop (MT), um dos principais municípios produtores de soja do país, a Paranaguá (PR), uma das principais saídas para a exportação. 

O ministro dos Transportes, César Borges, apresentou ontem a estimativa de gastos de R$ 786 com pedágios em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná para um caminhão de seis eixos, que transporta 30 toneladas de soja. 

O cálculo considera os descontos alcançados nas licitações e o valor dos pedágios cobrados hoje no Paraná. Pelas contas do governo, o produtor gastará R$ 147 com pedágio em Mato Grosso, R$ 255 em Mato Grosso do Sul e R$ 384 no Paraná. 

Uma tonelada de soja é comercializada no Brasil a cerca de R$ 1.100.
Nos EUA, as despesas com o transporte da soja em uma extensão semelhante, de aproximadamente 2.000 quilômetros, são de R$ 35 a R$ 70 por tonelada, diz Carlos Fávaro, presidente da Aprosoja (que reúne produtores de soja de Mato Grosso). 

Ele comemora, porém, os benefícios da concessão da BR-163 ao setor privado, como a melhora na qualidade da estrada e maior segurança no transporte. 

Apesar do início da cobrança de pedágio na rodovia, ele não prevê alta no custo do frete. "O pagamento do pedágio vai compensar gastos com combustíveis e manutenção." 


Editoria de Arte/Folhapress

Congresso aprova salário mínimo previsto de R$ 724



  • Marcello Casal Jr | Agência Brasil
    A proposta do novo mínimo segue para sanção presidencial

O Congresso Nacional aprovou um reajuste de 6,6% no salário mínimo, que passa a ser de R$ 724 a partir de 1º de janeiro. O aumento está previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2014, que foi aprovada na madrugada desta quarta-feira, 18, em sessão extraordinária. A proposta segue para sanção presidencial. Atualmente, o mínimo é de R$ 678.

"A regra da correção do salário mínimo depende do fechamento do PIB (Produto Interno Bruto) e da inflação, mas dá para sabermos que ficará entre R$ 722 e R$ 724. Se tivermos perto de R$ 724 arredondamos para cima, damos uma força", disse a presidente Dilma Rousseff em entrevista nesta quarta-feira, 18.

O esforço para aprovar a proposta de Orçamento começou na manhã dessa terça, 17, com a discussão, na Comissão Mista de Orçamento (CMO), do relatório final da LOA, que foi suspensa por falta de acordo. Os parlamentares retomaram a discussão no começo da noite, concluindo a votação pouco antes da meia-noite.

Enquanto ocorria a reunião da CMO, o plenário do Congresso também aprovou o Projeto de Lei (PLN) 13/13, que altera o Plano Plurianual (PPA - Lei 12.593/12) 2012-2015, em diversos itens. De acordo com o Regimento Interno, antes de votar o Orçamento, o PPA teria que ser aprovado. Com as duas aprovações, os parlamentares iniciaram a sessão de votação da LOA.

O relator, deputado Miguel Corrêa (PT-MG), agradeceu o esforço dos parlamentares para aprovar o Orçamento, mas lamentou o que chamou de "receita enxuta". "Tivemos uma demanda relativa ao tamanho do nosso país, mas com uma receita enxuta, que significa que a distribuição desses valores tivesse um peso muito grande dentro das bancadas", disse.

O valor total do Orçamento da União para 2014 é R$ 2,48 trilhões. Do total previsto para o próximo ano, R$ 654,7 bilhões serão destinados para o refinanciamento da dívida pública.

O montante reservado para as áreas fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais, soma R$ 1,8 trilhão, sendo R$ 105,6 bilhões para investimento das empresas estatais federais e R$ 1,7 trilhão para orçamentos fiscal e da seguridade social, dos quais R$ 100,3 bilhões foram destinados para a Saúde (destes R$ 5,16 bilhões em emendas parlamentares individuais e coletivas).

Para a Educação a previsão de recursos é R$ 82,3 bilhões. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) receberá R$ 61,7 bilhões.

O relatório elevou o investimento público em R$ 900 milhões para o próximo ano e manteve despesas com pessoal. De acordo com a proposta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), ficou estipulado em 3,8% e a inflação medida pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), de 5,8%.

Apesar de diminuir em relação ao ano passado, quando ficou em 34,8% do Produto Interno Bruto (PIB), a dívida líquida ainda permanece em um patamar alto, estimada em 33,9% do PIB, em 2014.

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) criticou o montante reservado para o pagamento da dívida pública e defendeu uma auditoria das contas. "É preciso rever a concepção central da peça orçamentária que parece que é um dogma e que significa diminuição do investimento social. Por isso que o PSOL vota contra esta concepção de Orçamento, acordada coma ampla maioria [dos parlamentares], mas que não ajuda em uma perspectiva de país", disse.

Os parlamentares aprovaram ainda a inclusão de R$ 100 milhões para o Fundo Partidário, aumentando para R$ 364,3 milhões o valor previsto para 2014. De acordo com a legislação, a maior parte do recurso (95%) do fundo é distribuída de acordo com a proporção de cada partido na Câmara e 5% de forma igual a todos os partidos com registro no Tribunal Superior Eleitoral.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Após revisar estrutura, Walmart Brasil demite seis diretores


De acordo com a assessoria de imprensa, a varejista no Brasil está redefinindo estruturas e enxugando o quadro de funcionários

GettyImages
Loja do Walmart

Walmart: a varejista no Brasil aproveitou o embalo do exterior e está reformulando a estrutura da empresa. Pelo menos seis diretores já foram demitidos

São Paulo – Após anunciar mudança no comando internacional para o próximo ano, o Walmart Brasil aproveitou o embalo para reformular a equipe. Desde sexta-feira, pelo menos seis diretores foram demitidos.

De acordo com nota enviada pela companhia, após revisar processos internos, a varejista redefiniu estruturas de áreas administrativas, o que resultou no corte de funcionários.

Rumores apontam que além de diretores, analistas e coordenadores de áreas também foram dispensados.
Entre as áreas mais afetadas, estão a divisão de marketing, comercial e divisão especial, que abrange setores como farmácia, postos de combustíveis e fotocenters.

Ainda por meio de nota, o Walmart informou que fez todos os esforços para realocar o maior número possível de funcionários em outras unidades da rede.

Negócio em casa é realidade para milhões de brasileiros



Quase 80% dos artesãos trabalham na própria residência, porém vale separar ambiente doméstico daquele dedicado à atividade profissional

Marcelo Araújo, Agência Sebrae,

Brasília - Com organização e disciplina, trabalhar em casa pode ser uma alternativa para reduzir custos e tempo gasto com longos deslocamentos, engarrafamentos e outros problemas da vida moderna. Dois dados do Sebrae mostram que essa se torna cada vez mais uma opção de empreender para milhões de brasileiros. 

Dos 3,5 milhões de microempreendedores individuais (MEI), 48,6% trabalham na própria residência. Ainda segundo a instituição, 77% dos profissionais de artesanato também utilizam o lar como espaço criativo.

Por conta do crescimento da demanda no período que antecede ao Natal, é preciso que o empresário estabeleça critérios de gestão para controlar possíveis conflitos na utilização do espaço de trabalho e moradia, o que pode acarretar em diminuição da produtividade. “O trabalho em casa abre uma série de possibilidades para os donos de pequenos negócios, como atuar com certa flexibilidade de horário e reduzir gastos que teria, por exemplo, com a manutenção de um escritório. Mas vale ficar atento à capacidade produtiva e aos prazos de entrega, principalmente no final de ano, quando há crescimento forte das demandas para atender o cliente de forma satisfatória”, afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

Com 12 anos de mercado, a artesã carioca Teresa Merheb trabalha na própria casa, no Itanhangá, na zona oeste do Rio de Janeiro, há seis anos. Com a premissa de não misturar os ambientes profissional e doméstico e atuar de forma mais profissional, a artista transformou a garagem no local de trabalho, com acesso independente. No local, estão os fornos e tornos que ela utiliza para produzir peças em cerâmica, como pratos, vasos e luminárias. "Com pequenas reformas para aumentar a área útil, montei o espaço de produção, onde também dou aulas e recebo clientes de forma adequada”, conta.

Paulo César Alfeu, também do Rio de Janeiro, é outro empreendedor que utiliza a moradia como espaço para criação de suas peças artesanais, no bairro carioca de Jacarepaguá. Ele confecciona em torno de 3 mil sacolas e 800 caixas decoradas por mês. Por conta da grande quantidade de matéria-prima, o artesão admite que nem sempre consegue impedir que seu trabalho acabe se expandindo por toda a casa. “Minha preocupação maior e de minha esposa, Luciana, com quem trabalho, é não deixar que o lado profissional afete o familiar, particularmente a relação com o nosso filho, Lucas”, afirma.

Paulo diz que, durante o dia, o casal divide a atenção entre o artesanato e tarefas particulares, como deixar e pegar o filho na escola, onde Lucas cursa o oitavo ano do Ensino Fundamental, e levá-lo à escolinha de basquete do Flamengo, na Gávea. “À noite e nos fins de semana, damos um gás na produção. Às vezes, ficando no batente até tarde, para não deixar a peteca cair e nem faltar com atenção ao garoto”, revela o artista.

Dicas para quem trabalha em casa

 

Importante para quem trabalha em casa, a formalização pode ser feita por meio do registro como Microempreendedor Individual, no Portal do Empreendedor. A regularização traz mais segurança ao dono do pequeno negócio, deixa as regras a serem cumpridas mais claras e amplia mercado por conta da possibilidade de se emitir nota fiscal. Quem pretende montar um negócio nessa circunstância também deve se informar na prefeitura do município sobre normais locais para licenciamento e funcionamento das atividades.

- Uma dica importante é separar o ambiente de negócio do familiar. Se puder, instale uma entrada própria para receber os clientes e os fornecedores, em um cômodo independente e bem organizado, com uma estrutura de móveis, computador e material de escritório. Essa medida dá um aspecto mais profissional à empresa e evita constrangimentos como um visitante se deparar com a família almoçando ou alguém deitado no sofá da sala vendo TV.

- O empresário não pode misturar a rotina do escritório com questões familiares. Ele também não deve confundir o caixa da empresa com o da família.

- Estabeleça horários para o início e o fim das atividades. A disciplina contribui não só para que o trabalho flua com mais eficiência, como para que o empreendedor consiga usufruir o tempo livre ao lado da família.
- O empreendedor também tem que ficar atento ao cumprimento de prazos, à qualidade do produto e à competitividade do preço da mesma forma que o empresário responsável por um comércio, escritório ou fábrica.

- Cuidado com a aparência torna-se fundamental. Não é por trabalhar em casa que o dono do empreendimento pode apresentar-se com trajes excessivamente informais, como bermuda ou chinelo. O ideal é vestir-se da mesma maneira como se fosse trabalhar em um escritório. Essa postura ajuda a conquistar a confiança das pessoas com quem se trabalha.

- Se possível, mantenha um número de telefone exclusivo para a empresa. Sugere-se que se instale uma secretária eletrônica para atender às ligações na ausência do empresário, ao invés de se recorrer às pessoas de casa para essa tarefa.

- O Sebrae recomenda a capacitação e disponibiliza uma série de soluções para os pequenos negócios, como cursos, palestras, seminários, consultorias e educação a distância. No caso de quem busca aproveitar o aquecimento das vendas nos últimos meses do ano, indicam-se, especificamente, cursos como Gestão do Estoque, Atendimento ao Cliente e Técnicas de Vendas. Para ter acesso a esses conteúdos basta ir ao ponto de atendimento mais próximo do Sebrae ou se informar pelo telefone 0800 570 0800 e pelo Portal Sebrae.

Dilma: Brasil pode ser o maior produtor de plataformas de petróleo

Por Murillo Camarotto | Valor
 
 
 
IPOJUCA (PE)  -  A presidente Dilma Rousseff demonstrou nesta terça-feira otimismo com a retomada da indústria nacional do petróleo ao afirmar que, a depender da escala do mercado, o Brasil poderá se tornar o maior produtor de plataformas de petróleo do século 21.

Em visita ao estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, a presidente afirmou que o país continuará importando equipamentos petrolíferos, mas que haverá esforço concentrado para aumentar o grau de nacionalização dos equipamentos.

Aos trabalhadores do estaleiro, a presidente afirmou que a indústria nacional vai continuar contratando profissionais e equipamentos, alimentada pela demanda da Petrobras. 

Pão de Açúcar quer abrir mais de 640 lojas até 2016


Companhia quer se consolidar ou alcançar a liderança nos mercados em que opera, inclusive no varejo online

Juliana Schincariol, da
ALEXANDRE BATTIBUGLI
Setor de padaria, em primeiro plano, Loja do supermercado Pão de Açúcar, no Jardins

Setor de padaria, em primeiro plano, Loja do supermercado Pão de Açúcar, no Jardins

Rio de Janeiro - O Grupo Pão de Açúcar, o maior grupo varejista do país, pretende abrir cerca de 646 novas lojas nos próximos três anos e consolidar ou alcançar a liderança nos mercados em que opera, inclusive no varejo online, de acordo com plano estratégico para o período 2014-16 apresentado nesta terça-feira.

O grupo, controlado pelo francês Casino, também pretende ganhar eficiência para reduzir as despesas operacionais a 17 por cento das vendas líquidas em 2016, frente aos atuais 19,6 por cento, e fazer um controle rigoroso das despesas financeiras.

O plano de expansão para a companhia no varejo alimentar engloba a abertura de cerca de 400 lojas nos próximos três anos, sendo 360 no formato Minimercado. Para o formato Extra Hiper/Super há a expectativa de abertura de 20 novas lojas, além de outras 20 para o formato Pão de Açúcar.

No caso dos hipermercados, o Pão de Açúcar prevê aumentar sua atratividade por meio do fortalecimento das galerias (malls), de acordo com o documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Na semana passada, o GPA Malls, unidade de negócios imobiliários do Grupo, inaugurou em Belo Horizonte seu segundo empreendimento da bandeira Conviva, de shoppings de vizinhança, com investimento inicial de 16 milhões de reais.

Nos próximos três anos, a empresa vê alta nas vendas do varejo alimentar acima da inflação no conceito "mesmas lojas" (abertas há mais de 12 meses) e manutenção da margem Ebitda --sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização.

Para a Nova Pontocom, de varejo online, a intenção é atingir a liderança do mercado brasileiro nos próximos três anos, capturando um maior potencial de crescimento fora do eixo Rio-São Paulo No caso do atacarejo, a perspectiva é que a bandeira Assaí ganhe de 12 a 15 novas lojas por ano até 2016, e que expanda sua atuação para 20 unidades federativas.

O grupo espera que as despesas operacionais da bandeira Assaí, que tem como principais concorrentes o Makro e o Atacadão, caiam abaixo de 10 por cento como percentual da receita líquida, com margem Ebitda de 5 por cento.

A Via Varejo, divisão de eletroeletrônicos do grupo Pão de Açúcar, tem planejadas 210 novas lojas entre 2014 e 2016.
O objetivo é consolidar sua presença nos estados do Sudeste onde já tem uma presença maior, além de entrar em novas mercados como o Pará e aumentar sua exposição em regiões consideradas intermediárias, como o Sul do país e os Estados de Goiás e Bahia.
Na semana passada, a oferta secundária de units da Via Varejo movimentou 2,845 bilhões de reais, na segunda maior transação do mercado acionário brasileiro em 2013.

Aeronautas anunciam greve a partir da sexta-feira


Por Leticia Casado | Valor
SÃO PAULO  -  O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) informou que a categoria decidiu entrar em greve a partir de sexta-feira, dia 20, às 6 horas da manhã, por prazo indeterminado. 
Em comunicado, os aeronautas informam que não chegaram a um acordo com as companhias aéreas sobre o reajuste salarial. 


Danilo Verpa/Folhapress

A nota divulgada pelo SNA diz que as empresas aéreas representadas pelo sindicato da categoria econômica (SNEA) mantiveram “proposta de não concessão de qualquer aumento salarial que represente um ganho real para a categoria, produtividade e outras vantagens postuladas pelos aeronautas na pauta de reivindicação e nas reuniões paritárias de negociação coletiva que foram realizadas até a presente data”.

O sindicato pede reajuste pela variação do IPCA mais 5%, enquanto as empresas aéreas querem repassar apenas a inflação. Os pilotos e comissários pleiteiam ainda mudanças em relação ao dissídio coletivo, à duração mínima da jornada, às folgas regulamentares, folgas fixas anuais, previdência privada e plano de saúde dos trabalhadores.
(Leticia Casado | Valor)