quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Unilever perdeu € 60 milhões com recall do Ades


Como estratégia, companhia relançou a marca Soy Force para tentar conter a queda das vendas da bebida à base de soja


Divulgação/Unilever
Caixas sos sucos Ades, da Unilever
Ades: Unilever perdeu 60 milhões com recall do produto no Brasil

São Paulo - A Unilever perdeu 60 milhões de euros, cerca de 200 milhões de reais com a conversão do câmbio atual, com o recall do Ades no Brasil no ano passado.

Segundo dados o balanço anual da companhia, embora o problema tenha sido resolvido rapidamente, não foi possível conter a queda das vendas do produto.

Para amenizar a situação, a Unilever também relançou a marca Soy Force, que, segundo a própria empresa, "ajudou a reconstruir a demanda da bebida à base de soja".


A iniciativa da Anvisa ocorreu depois que a Unilever anunciou recall de 96 unidades do suco Ades maçã de 1,5 litro.

Segundo a empresa, houve uma alteração no conteúdo do envase devido a uma falha no processo de higienização, o que resultou no envasamento de solução de limpeza no lugar de suco.

De acordo com nota divulgada pela Unilever na época, o consumo da substância poderia causar queimaduras.

Os melhores países para fazer negócios, segundo a Bloomberg


Hong Kong fica em primeiro lugar e Brasil sobe 23 posições; veja o top 15 e onde estão situados os BRICS

REUTERS/Tyrone Siu
Explosão de fogos de artifício em um show pirotécnico em Hong Kong, na China, para celebrar a chegada de 2014
Explosão de fogos de artifício em um show pirotécnico em Hong Kong para celebrar a chegada de 2014.

São Paulo - Pelo terceiro ano consecutivo, a Bloomberg divulga sua lista dos melhores países do mundo para fazer negócios - e pelo terceiro ano consecutivo, Hong Kong sai na frente.

Antes na vice-liderança, os Estados Unidos foram superados pelo Canadá, que pulou 10 posições em 2 anos.

No top 15, só países desenvolvidos. O primeiro latino-americano a aparecer na lista é o Chile, em 21o lugar. 

O Brasil ficou em 38o - 23 posições acima do ano passado e 12 a mais do que em 2011. 

Para chegar ao resultado final, a Bloomberg analisou 6 fatores: grau de integração econômica, vigor da base consumidora local, custo de criar um negócio, custo de trabalho e materiais, custo de movimentar bens e outros custos intangíveis (como corrupção e inflação).

No ranking da facilidade de fazer negócios criado pelo Banco Mundial, o Brasil aparece bem abaixo - 116o lugar na última edição.

Veja como estão posicionados os 15 primeiros países e os BRICS:


Ranking 2011 Ranking 2012 Ranking 2013 País Nota
1 1 1 Hong Kong 83,4
12 6 2 Canadá 81,5
3 2 3 Estados Unidos 80,2
9 8 4 Singapura 80,1
5 6 5 Austrália 79,9
6 5 5 Alemanha 79,9
4 10 7 Reino Unido 79,4
2 4 8 Holanda 78
21 16 9 Espanha 77
14 12 10 Suécia 76,2
8 14 11 França 76
7 3 12 Japão 75,6
29 21 13 Coreia do Sul 75,3
16 15 14 Finlândia 75,2
18 19 15 Noruega 74,4
         
19 24 28 China 69,6
25 34 31 África do Sul 69,1
50 61 38 Brasil 63,2
48 56 43 Rússia 61,6
49 54 48 Índia 61,1

MERCOSUL, LIVRE TRÂNSITO E BUSÃO PARAGUAIO

O episódio dos paraguaios barrados no Paraná demonstra a fragilidade dos acordos do Mercosul.
Ônibus com paraguaios com destino a São Paulo foram barrados pela Polícia Rodoviária Federal no Estado do Paraná, na última semana. Os números não estão totalizados, mas há, pelo menos, 180 pessoas envolvidas.

A notícia correu os veículos de comunicação e, ato contínuo, as redes sociais polvilharam comentários que defendiam o fim dessa “invasão” de paraguaios e até ações dos próprios cidadãos contra esses “imigrantes ilegais” – no melhor estilo dos grupos paramilitares que atuam na fronteira entre Estados Unidos e México. Também falou-se em necessária deportação de invasores.

Infelizmente, isso é decorrência de nossa falta informação com relação aos direitos dos imigrantes no Brasil.
Antes de mais nada: paraguaios podem entrar no Brasil sem precisar de visto ou passaporte, contando apenas com seu documento de identidade.

Segundo João Guilherme Granja Xavier, diretor do Departamento de Estrangeiros do Ministério da Justiça, eles não precisam de autorização para entrar no Brasil. O acordo de residência entre Estados Partes do Mercosul e associados, transformado em decreto em 2009, garante, que brasileiros, argentinos, paraguaios, uruguaios, bolivianos, chilenos, colombianos e peruanos estabeleçam residência em qualquer um desses países.

Se quiserem morar no Brasil, eles podem fazer a solicitação em seu país de origem ou regularizar sua situação caso já estejam por aqui. “Poderão regularizar sua situação migratória, a qualquer momento, com isenção de multas ou outras sanções administrativas”, afirma João Guilherme.

O acordo de residência garante também que os cidadãos desses países possam trabalhar no Brasil. De acordo com Renato Bignami, coordenador da fiscalização de trabalho escravo contemporâneo da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, o ideal é que a pessoa também solicite autorização no seu país de origem, mas caso já esteja trabalhando por aqui, pode regularizar a condição sem multa ou punição.

Com base na legislação, mesmo que o interesse dessas pessoas seja o de conseguir emprego em São Paulo, não podem ser impedidas de prosseguir viagem. Primeiro, não cometeram nenhum delito ou infração. Além disso, mesmo que venham a trabalhar no futuro, podem se regularizar a posteriori.

“Se há indícios de que a pessoa foi ou está sendo vítima de tráfico de pessoas, independentemente da nacionalidade, ela não poderá ser expulsa do país. Pelo contrário, o Estado brasileiro deve garantir sua proteção”, explica José Guerra, secretário-executivo da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo. O Brasil é signatário do Protocolo de Palermo, que trata do combate ao tráfico de pessoas e do acolhimento a vítimas.

Então, o que aconteceu no caso dos paraguaios?

Segundo Pedro Paulo Bahia, assessor de comunicação do Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF), agentes da instituição verificaram que os ônibus com os paraguaios não haviam passado pelos procedimentos de imigração.

Os nacionais dos países do Mercosul podem transitar livremente pela área de fronteira sem apresentar documentos. Afinal, há uma intensa troca econômica, social e cultural em cidades que são conurbadas, como Chuy (Uruguai) e Chuí (Brasil) e Pedro Juan Caballero (Paraguai) e Ponta Porã (Brasil), ou que dependem uma da outra, como Foz do Iguaçu (Brasil) e Ciudad del Est (Paraguai).

Porém, quando qualquer pessoa se desloca para além dessa faixa de fronteira, deve fazer os procedimentos de imigração. Por exemplo, um brasileiro deixando Ciudad del Est e indo para Assunção ou um paraguaio vindo de Foz do Iguaçu para São Paulo. Segundo Pedro, os paraguaios têm o direito de entrar livremente, mas deveriam ter passado por um dos postos de controle se desejassem sair dessa região.

A DPRF encaminhou os paraguaios até a Delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu.

Alexander Taketomi, chefe nacional do serviço de repressão ao trabalho forçado do Departamento de Polícia Federal (DPF), afirma que os paraguaios não foram expulsos, nem deportados, como circulou pela mídia e redes sociais. Segundo ele, os grupos foram notificados a retornarem até um posto de fronteira e fazer o procedimento imigratório para entrada em território nacional. Após isso, foram liberados.

“A atuação da Polícia Federal nesses casos se restringiu à fiscalização de imigração pois, até então, não havia outros elementos que indicassem a ocorrência de eventuais crimes que justificassem a instauração de investigação”, explica também Fabio Tamura, delegado da Polícia Federal em Foz do Iguaçu.

Se eles se negarem a fazer esse procedimento, aí sim poderão ser alvo de futura deportação ao serem abordados novamente pela Polícia Federal.

Enfim, eles foram barrados porque não passaram pela imigração, como prevêem as regras brasileiras.


Medo e desinformação


Por que, então, entraram no Brasil dessa forma?
Os agentes da Polícia Federal não têm uma resposta para isso ainda. Conversei com paraguaios que já trabalharam em oficinas de costura aqui em São Paulo. Medo e desinformação podem levar a não fazer o registro de entrada. Alguns reclamaram de falta de informação sobre os próprios direitos (em parte por culpa do governo paraguaio). Mas há também o medo imposto por contratadores de emprego informal que, algumas vezes, acabam em trabalho análogo ao de escravo. Digo algumas porque há um estigma grande contra imigrantes latino-americanos em São Paulo, mesmo que não tenham passado por essa forma de exploração.

Por fim, um lembrete: está em desuso o termo “imigrante ilegal”, uma vez que não existe pessoa ilegal e sim que está descumprindo uma legislação local. Historicamente, houve um preconceito contra esse grupo que, agora, opta-se por evitar. O que podemos falar é em pessoa em situação de imigração irregular, imigrantes indocumentados ou não documentados.

Casos de tráfico de seres humanos – Policiais federais e policiais rodoviários federais são orientados a não expulsar trabalhadores que foram vítimas de tráfico de seres humanos ou trabalho escravo. A recomendação se baseia na Resolução Normativa do Conselho Nacional de Imigração, número 93, de 21 de dezembro de 2010. Ela prevê que poderá ser concedido visto permanente ou permanência aos estrangeiros que estejam no Brasil em situação de vulnerabilidade, vítimas do tráfico de pessoas. Isso vale para exploração sexual, trabalho análogo ao de escravo ou remoção forçada de órgãos.

A maior parte dos agentes e delegados não adota a expulsão como regra, mas a existência de casos preocupou o Ministério da Justiça, Ministério Público, órgãos governamentais e entidades da sociedade civil.

A possibilidade de expulsão de vítimas é usada como ameaça por contratadores de mão de obra para manterem os trabalhadores sob seu controle. Temendo serem mandados embora do país sem remuneração, permanecem sem reclamar das condições.

Um exemplo é uma trabalhadora boliviana de uma oficina que fornecia para a marca 775 flagrada com mão de obra análoga à de escrava em 2010. Após ter sido encontrada pela fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego, ela optou por voltar para a casa. Mesmo assim, foi expulsa pela Polícia Federal no momento de sair do país. As orientações do comando da instituição podem não resolver imediatamente a situação devido à burocracia para a regularização dos trabalhadores, por exemplo. Mas é uma sinalização importante por parte de instituições que tem um papel central no combate a esses crimes.

Leonardo Sakamoto 
(Blog do Sakamoto - 21/01/2014)

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

QUEREMOS ATRAIR TALENTOS

Brasil prepara mudanças na lei para atrair mão de obra qualificada.

O Brasil prepara modificações na lei de imigração para receber mão de obra qualificada, afirmou na semana passada o secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, Marcelo Neri, numa conferência para a imprensa estrangeira, em Brasília.

“Queremos atrair os talentos e isso implica melhorar as regras de imigração no Brasil, para aqueles que vêm trabalhar no país”, afirmou Neri, citado pela agência noticiosa France Presse.

PUB

O secretário de Assuntos Estratégicos usou o exemplo do programa Mais Médicos, que atraiu profissionais estrangeiros para áreas carentes do país.

Segundo Marcelo Neri, vários setores interessados e a presidência estão a preparar uma lei para engenheiros, médicos e profissionais de tecnologia altamente qualificados.

Dos 200 milhões de habitantes do Brasil, apenas 0,3% nasceram no estrangeiro, mas 74% da população é a favor da entrada de mão de obra qualificada, ainda de acordo com Neri, que realçou que, nos últimos anos, já houve modificações para facilitar a imigração para o país.

O desemprego brasileiro está em seus menores níveis históricos (4,6%), mas, segundo o governante, o pleno emprego ocorre principalmente nos setores que empregam mão de obra não qualificada.

(Notícias Ao Minuto – 16/01/2014)

Nova campanha da Natura “encontra” poesias em páginas de jornais


“Poetizando” conta com o trabalho de cinco poetisas, que diariamente vão produzir um poema com palavras literalmente catadas em notícias

Redação, www.administradores.com,
Divulgação
Consumidores também podem participar da campanha
 
A nova campanha da Natura tem o seguinte mote: encontrar a poesia que existe escondida em toda rotina. Para isso, a marca convidou cinco poetisas para, literalmente, catar versos em páginas de jornais. O resultado está reunindo em uma página no Pinterest e alguns poemas são compartilhados também na fanpage da Natura no Facebook.

A campanha inclui também dois vídeos - um de 30 segundos que resume a ação e outro mais longo que apresenta uma espécie de mesa redonda com as mulheres poetas discutindo a presença da poesia no cotidiano.

Os consumidores também podem mandar suas poesias. “O objetivo é que haja interação e que os seguidores da fanpage da linha Natura Tododia se sintam engajados e motivados a transformar a rotina”, afirma Penélope Uiehara, Gerente de Marketing de Ativação da Natura. 

As poetisas convidadas para o projeto foram Lilian Aquino, Marina Wisnik, Elisa Andrade Buzzo, Ana Guadalupe e Bruna Beber.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O mundo volta a ajudar o Brasil



Lagarde, do FMI, espera sete anos fortes para a economia mundial, o que pode melhorar a balança comercial e as exportações das empresas brasileiras (Por Denize Bacoccina)

por Denize Bacoccina

Christine Lagarde, a chefona do Fundo Monetário Internacional (FMI), protagonizou um episódio raro na semana passada. Mais habituada, desde que assumiu o cargo, há quase três anos, a cobrar austeridade dos países ricos e a lamentar o crescimento mais fraco dos emergentes, na quarta 15, ela se credenciou para uma daquelas seções de “boa notícia” dos jornais. “A crise ainda persiste.No entanto, o otimismo está no ar e o horizonte é mais brilhante”, afirmou em Washington, numa palestra no National Press Club. “A minha grande esperança é que 2014 seja o ano em que os sete anos fracos, em termos econômicos, se convertam em sete anos fortes”, afirmou. 
 
63.jpg
 
A zona do euro, disse ela, está “dobrando a esquina da recessão para a recuperação”. No mesmo dia, o Banco Mundial divulgou suas projeções para a economia global, com uma tendência que aponta para cima neste e nos próximos anos. O crescimento deve passar dos 2,4% obtidos no ano passado (ainda uma estimativa) para uma expansão de 3,2% neste ano, 3,4% em 2015 e 3,5% em 2016. Lagarde, apesar de otimista, fez ponderações: alertou sobre os riscos de uma deflação nos países desenvolvidos, lembrou que o desemprego ainda está muito elevado na Europa e que os Estados Unidos precisam retirar com cuidado os estímulos da economia para não afetar outros países. 
 
Ainda assim, as perspectivas para este ano, no cenário externo, são as melhores em muito tempo. Para o Brasil, que vive um momento de crescimento fraco e inflação elevada, agora combatida com aumento dos juros, a recuperação do mercado internacional é uma excelente notícia. No ano passado, a balança comercial teve o seu pior saldo em 13 anos, e o superávit de US$ 2,5 bilhões só foi obtido graças ao registro, como exportação, de duas plataformas da Petrobras que não saíram do País. Boa parte da piora na balança deve-se ao aumento de importações de petróleo, que não vai se repetir neste ano, com a produção maior nos campos da Petrobras. 
 
Mas o País também teve dificuldade em competir no Exterior e exportou um pouco menos do que no ano anterior. Agora, com a Europa saindo da recessão e a economia americana crescendo mais – acima da brasileira, inclusive –, os produtos brasileiros devem encontrar mais mercado lá fora. Aumentam, também, as oportunidades para a internacionalização das empresas brasileiras. Mas, nesse quesito, o País não tem conseguido aproveitar as oportunidades. Um estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), na quinta-feira 16, mostra diminuição nos estoques de investimentos brasileiros no mundo. A participação das empresas brasileiras caiu de 1,96% em 1990 para 0,99% em 2012, quando o estoque de investimento somava US$ 266,2 bilhões. 
 
No mesmo período, a parcela dos países em desenvolvimento passou de 6,92% para 18,9%. Ou seja, o Brasil perdeu espaço não para os países ricos, mas para outros países em desenvolvimento. Aparentemente, a concentração de investimentos no Brasil parece positiva, já que, teoricamente, aumenta o volume de capital disponível no País. Na prática, porém, a falta de exposição ao mercado internacional faz com que a empresa também deixe de se expor a inovações que podem aumentar a produtividade e reduzir os custos. A melhora do mercado internacional, aliada a um real menos valorizado, pode servir de estímulo às empresas que querem se aventurar além das fronteiras. O que ainda continua atrapalhando é a falta de acordos para evitar a bitributa

Brasil tributa mais quem ganha menos, diz KPMG

Aumento indireto da carga tributária prejudica quem está na base da pirâmide

Por Carolina OMS

Pelo segundo ano consecutivo, em 2013 os mais ricos passaram a pagar mais imposto de renda. Pelo menos na maioria dos países do mundo. Já no Brasil, aconteceu o contrário. Um estudo da consultoria KPMG mostra que a média das alíquotas máximas nacionais de Imposto de Renda de Pessoa Física subiu 0,3% no ano passado, passando para 29,2%. Já no Brasil, ainda que a alíquota máxima para pessoa física esteja estacionada em 27,5%, há um aumento indireto da carga tributária que prejudica o contribuinte na base da pirâmide.
 
“Ao não corrigir a tabela de incidência do Imposto de Renda pelo total da inflação, há um aumento de carga tributária para pessoa física”, diz Marcus Vinicius Gonçalves, sócio da área tributária da consultoria. No ano passado, a tabela do IRPF foi corrigida em apenas 4,5%, embora o IPCA de 2012 tenha ficado em 5,84%. A mesma situação deve se repetir neste ano - IPCA de 5,91% no ano passado e correção de apenas 4,5% na tabela do IRPF.
 
“Com a correção dos salários, todo ano o salário nominal aumenta, mas sem uma correção equivalente à da inflação, muitos trabalhadores saíram de uma faixa isenta e passaram a pagar imposto, é um aumento indireto de tributos”, afirma Gonçalves. Cálculos do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) mostram que a correção da tabela abaixo da inflação resultou numa defasagem de 66,44% desde 1996 até 2012. Ou seja, aumento a parcela da renda dedicada ao imposto.
 
O sócio da KPMG compara esse aumento com o que ocorreu em outros países, que elevaram a alíquota máxima para a parcela da população com maior poder aquisitivo ou criaram impostos para grandes fortunas. 
 
Nos Estados Unidos, por exemplo, houve o fim da redução de impostos estabelecidos no governo do ex-presidente George W. Bush (2001-2008), elevando a alíquota máxima para pessoa física de 35% para 39,6% em 2013.