segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Skol combate o "drama" com rebolado de Carnaval


A propaganda segue o conceito “A vida manda quadrado, você devolve redondo”

Reprodução/YouTube/fnazcasp
Skol combate o "drama" com rebolado de Carnaval em comercial

Skol combate o "drama" com rebolado de Carnaval: o comercial “Drama” vai ficar no ar até 4 de março em TV aberta

São Paulo - A F/Nazca Saatchi & Saatchi e Skol escolheram o final da novela Amor À Vida para estrear um novo filme publicitário para o Carnaval.

O comercial “Drama” vai ficar no ar até 4 de março em TV aberta e mostra o drama de foliões que, mesmo em situações complicadas de carnaval, não perdem o jogo de cintura.
Dessa maneira, a propaganda segue o conceito “A vida manda quadrado, você devolve redondo”. Filmado em Diamantina, a direção de cena é assinada por André Godoy, da Pródigo.



Confira o filme:

 http://www.youtube.com/watch?v=Tm3e0h4_x6w

Ficha técnica:
AGÊNCIA: F/Nazca Saatchi & Saatchi
CLIENTE: Ambev
PRODUTO: Skol
TÍTULO: Drama
DURAÇÃO: 30"
1a VEICULAÇÃO: 31/01/2014
DIREÇÃO GERAL DE CRIAÇÃO: Fabio Fernandes | Eduardo Lima
CRIAÇÃO: Fabio Fernandes | Leonardo Claret | Toni Fernandes
ATENDIMENTO: Marcello Penna | Carmen Rodriguez | Rafael Pontes
PLANEJAMENTO: José Porto | Guilherme Pasculli | Felipe Santini | Gabriel Morais
MÍDIA: Sandro Cachiello | Cristina Omura | Vivian Simões | Caroline Pascuinelli
RTV: Victor Alloza | Renato Chabuh | Gisele Campos | Maira Massullo | Rafael Paes
PRODUTORA DO FILME: Prodigo Films
DIREÇÃO: André Godoi
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Francesco Civita
ATENDIMENTO: Chico Pedreira
DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA: Pedro Cardillo
DIREÇÃO DE ARTE: José Vicente Vaqueiro Saldanha
ASSISTENTE DE DIREÇÃO (1): Mayra Ferro
DIRETOR DE PRODUÇÃO: Monica Viesi
MONTAGEM: André Dias
Finalizador: Georges Sakamoto
PÓS PRODUÇÃO/FINALIZAÇÃO: Prodigo Films
PRODUTORA DE SOM: Satélite Áudio
PRODUTOR: Equipe Satélite
ATENDIMENTO: Fernanda Costa E Marina Castilho
APROVAÇÃO CLIENTE: Jorge Mastroizzi | Fábio Baracho | Maria Fernanda Albuquerque | Pedro Adamy

O que as pessoas bem-sucedidas fazem durante o horário de almoço


Aqui estão dicas para elevar sua energia e a produtividade, fazendo com que você aproveite ao máximo esse horário, muitas vezes perdido olhando para o computador

Redação, Administradores.com, Compar29
Shuttertock.com
 
"Não separar um momento para descansar é uma receita para precisar de vários “breaks” não-oficiais e ineficientes"
 
 
Utilizar o horário de almoço como lazer não é um costume popular em empresas, segundo pesquisas. Laura Vanderkam, em artigo escrito para a Fast Company, aponta algumas, como a feita em 2012 pelo Carreer Builder, que mostrou que 10% dos entrevistados compravam seu almoço em máquinas de venda automática ao menos uma vez por semana, e outra realizada pela Monster, a qual apontou que 21% dos entrevistados almoçavam em suas mesas de trabalho, 7% não almoçavam e 32% só paravam durante o almoço se julgassem que tinham tempo sobrando.

O problema é que não separar um momento para descansar pode ter um efeito contrário ao desejado: geralmente quem faz isso precisará de vários “breaks” que podem comprometer sua produtividade, como, por exemplo, usar a internet para assuntos não-relacionados ao trabalho, em outro horário, ou mesmo se levantar várias vezes sem propósito claro. Segundo Tom Rath, autor de livros sobre hábitos de vida saudáveis, não se pode pular o horário de almoço. “O que fazemos nesse horário pode beneficiar ou prejudicar completamente o resto do dia”, diz ele.

A fundadora do Tranquil Space, um espaço para a prática de yoga, Kim Wilson, concorda com Rath e afirma que “pessoas bem-sucedidas sabem que, se usado da maneira certa, o horário de almoço pode fazê-los bem mais produtivos”.

Aqui estão algumas formas de aproveitar ao máximo esse tempo:


Leve sua equipe para almoçar


Matt Hall, co-fundador da Hill Investimet Group, diz que, para sua equipe, o almoço é o momento em que as pessoas melhor se relacionam, criando laços. A empresa paga o almoço, desde que dois ou mais da equipe estejam presentes. Matt conta que os funcionários se divertem enquanto resolvem assuntos de trabalho, e não precisam perder tempo em reuniões convencionais. Os custos do almoço, segundo ele, valem a pena, pois evitam retrabalhos e deixam os funcionários satisfeitos.


Movimente-se

Há muitas razões ruins para comer na sua mesa, mas uma boa é ganhar tempo para sair e se exercitar. O estúdio de yoga de Kim Wilson, por exemplo, oferece aulas durante o período de almoço, com uma hora de duração. “São muito poulares”, diz ela. Mesmo fazer apenas 50 ou 55 minutos de exercício é um diferencial na rotina dessas pessoas, segundo Wilson. “Eles saem daqui completamente diferentes, ficam tão mais felizes, é incrível”, completa.

Se você não tem acesso a atividades desse tipo, uma caminhada pode fazer toda a diferença. Tim Rath afirma que frequentemente faz pequenas caminhadas nos arredores de seu local de trabalho e, só de estar lá fora, respirando ar fresco, seu humor já muda.

Faça do almoço um encontro

Greg Moore, funcionário de uma universidade na Carolina do Norte, costuma almoçar com sua esposa uma vez por semana. No início, eles discutiam orçamentos da casa, organização de horários e coisas do tipo, mas resolveram transferir essas atividades para outro dia, deixando o almoço semanal livre para que eles se divertissem e aproveitassem a presença um do outro. O dia e local costumam mudar, mas uma vez por semana eles almoçam juntos, voltando para os seus respectivos trabalhos muito mais leves.

Conheça uma pessoa nova

Peça a seus amigos para lhe apresentarem a pessoas diferentes, ou convide alguém que conheceu recentemente para almoçar com você. Isso vai gerar uma quebra na sua rotina, o que renovará suas energias, com a vantagem de possivelmente aumentar sua rede de contatos.


Personalize seu tempo de almoço

Jessica Roscoe trabalha como consultora alguns dias da semana, e comanda a The Creative Mumma, uma escola online que foca em escrita e coaching. Ela também é uma aspirante a escritora, de romances, principalmente. Nos dias em que trabalha como consultora, ela diz levar seu laptop e o caderno que utiliza para tudo relacionado ao seu negócio pessoal. No horário de almoço ela escolhe algum lugar tranquilo no prédio em que trabalha e escreve coisas que precisa, ou adianta alguma coisa pendente do dia anterior.

“Trabalho o mais rápido que posso. Sempre penso ‘o que posso fazer com esse curto espaço de tempo que tenho para avançar no meu negócio? O que trará mais impacto?’, diz ela. Trinta minutos podem não parecer muito, mas ao longo de uma semana de trabalho são duas horas e meia economizadas. Além disso, se você tem dois trabalhos, ou vários projetos acontecendo ao mesmo tempo, esta meia hora representa meia hora que você ganha para descansar durante a noite ou ficar com a sua família.

Com informações de Fast Company

Mantega não pode apagar lembranças dos compradores de dívida


O Ministro da Fazenda do Brasil não está conseguindo acalmar os detentores de títulos sobre os riscos de investir dentro do Brasil

Matthew Malinowski, da
Abr
O ministro da Fazenda, Guido Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega: Mantega declarou que ele eliminaria um imposto de 6% sobre as compras de títulos domésticos por parte dos estrangeiros

O Ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, não está conseguindo acalmar os detentores de títulos sobre os riscos de investir dentro do Brasil, pois seus títulos locais possuem o maior rendimento em oito meses comparados a valores similares vendidos fora do País.

A brecha entre os rendimentos da dívida do Brasil em moeda local com vencimento em 2023 e suas notas globais denominadas em reais com vencimento em 2024 superou 3 pontos porcentuais na semana passada pela primeira vez desde maio.

Pouco antes daquele pico, no começo de junho, Mantega declarou que ele eliminaria um imposto de 6 por cento sobre as compras de títulos domésticos por parte dos estrangeiros, o que ajudou a levar a brecha para um recorde negativo sete semanas mais tarde.

Desde então, os rendimentos subiram à medida que o pessimismo sobre a gestão econômica do Brasil se aprofundou, disse Michael Roche, estrategista de mercados emergentes do Seaport Group LLC. Os detentores dos títulos locais continuam vulneráveis a mudanças na política, disse ele.

“Há implicações regulatórias e de risco político”, disse Roche em entrevista por telefone. “A pessoa ficaria sujeita aos caprichos e fantasias dos incentivos e desincentivos das políticas para investidores estrangeiros”.

Em outubro de 2009, Mantega impôs o imposto sobre aquisições de títulos locais para investidores estrangeiros para reduzir a pressão ascendente sobre o real. Em julho de 2011, ele implementou um imposto de 1 por cento sobre as apostas contra o dólar no mercado de futuros, e em março de 2012 ele estabeleceu um imposto de 6 por cento sobre alguns empréstimos externos.

Reduzindo impostos


No ano passado, Mantega começou a reduzir os impostos depois que o real afundou pela preocupação com que a redução do estímulo monetário nos EUA e na Europa faça com que o capital passe dos mercados emergentes para os países desenvolvidos. 

O real se desvalorizou 13 por cento em 2013, o pior desempenho entre as moedas de mercados emergentes acompanhadas pela Bloomberg depois da Argentina, da Indonésia, da África do Sul e da Turquia.

Neste ano até 31 de janeiro, a moeda se desvalorizou 2,1 por cento para 2,4128 por dólar americano.
Para conter a inflação, os responsáveis políticos brasileiros aumentaram as taxas de juros de referência em sete reuniões consecutivas para 10,5 por cento, o que por sua vez fortaleceu a demanda dos investidores pela dívida do País. Para a maioria dos investidores é mais fácil comprar a dívida no exterior do que no Brasil, disse o estrategista do Citigroup Inc. Kenneth Lam, em entrevista por telefone.

Em 31 de janeiro, a secretaria de imprensa do Ministério da Fazenda não quis comentar sobre o risco percebido na compra de dívida doméstica. Em 28 de janeiro, Mantega disse em uma entrevista que ele não via que o capital estivesse abandonando o País.

A volatilidade nos mercados emergentes poderia gerar preocupação em alguns investidores com que os responsáveis políticos implementem medidas que prejudicariam os detentores estrangeiros de títulos, disse Flávia Cattan-Naslausky, estrategista de mercados locais da RBS Securities Inc.

“Seria esperado que os títulos locais tivessem um rendimento ainda maior para fazer com que os investidores comprassem e assumissem esses riscos”, disse ela em resposta por e-mail a questões.

PERNAMBUCO QUER SE INTERNACIONALIZAR

Número de estudantes estrangeiros no Brasil cresce, mas continua muito abaixo do desejável.

O número de alunos de outros países no Brasil cresce a cada ano. É o que indicam os dados do Itamaraty. Entre os anos de 2012 e 2013, o número de vistos temporários emitidos para estudantes estrangeiros (Vitem IV) subiu 5%. Para se ter uma ideia, no ano de 2005, o número de Vitem IV emitidos foi de 5.770; em 2013, oito anos depois, esse número subiu para 12.547. A expectativa é que o ano de 2014 traga ainda mais alunos, desde o ensino fundamental até para programas de pós-graduação.

Existem muitas maneiras de ingressar no Brasil para estudar. Uma delas é através dos programas de mobilidade estudantil da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Entre 2011 e 2012, 1.576 estudantes de instituições ligadas ao Ministério da Educação (MEC) deram entrada no país pela Capes. Alguns países, através de programas de convênio, trazem alunos para o Brasil para fazer graduação e pós-graduação. Sulei Mali, 26, está cursando Turismo há 1 ano e 8 meses na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) através do programa Programa de Estudantes Convênio de Graduação (PECG). Natural de Guiné-Bissau, Sulei queria ir para o Marrocos, mas a oportunidade de estudar no Brasil era mais acessível. “O programa PECG oferecia mais vagas para estudar no Brasil”, afirma.

Em Pernambuco, a situação segue favorável. Segundo dados da Diretoria de Relações Internacionais da UFPE, no ano de 1999 apenas um estudante estrangeiro veio para a universidade, contra 137 em 2012, ano com  maior número de alunos de outros países. Alguns intercambistas de ensino fundamental e médio também estão na rede pública de ensino do Estado. Atualmente, 46 alunos de países como Portugal, El Salvador, França, Argentina, Armênia e Japão estudam em escolas estaduais.

Quando veio estudar música no Brasil, em 1997, Alcides Lopes só sabia tocar o que tinha aprendido com uma pequena revista de cifras. Natural de Cabo Verde, chegou ao Brasil através do PECG, oferecido pelo governo cabo-verdiano para os estudantes do país. Escolher o Brasil foi quase natural. A começar pela língua, portuguesa, Cabo Verde tem uma afinidade cultural muito grande com o Brasil. Lá se vê novelas produzidas aqui, escuta-se música brasileira. “Existem muito mais coisas em comum entre Brasil e Cabo Verde do que a gente desconfia”, comentou.

Somente em 2006, nove anos após começar a graduação na UFPE, Alcides se formou. “Esse atraso teve várias razões. Uma delas foi porque os estudantes africanos que vêm para o Brasil sofrem muito com o atraso de bolsas. Eu já fiquei três meses sem receber, tive que trancar um semestre todo para poder trabalhar, pra me virar na vida”, conta. Permaneceu no Brasil até o ano de 2010, trabalhando como professor de música e de inglês. Ao ensinar em escolas públicas e particulares, presenciou parte dos problemas do Brasil. “Quando eu trabalhei em escola pública, existia um descaso muito grande. As escolas eram muito sucateadas, havia muita criminalidade em certas áreas.

Eu já tive que ficar trancado dentro de uma escola porque tinha alguém atirando do lado de fora querendo matar um aluno”, lembra Alcides, que voltou ao Brasil em 2012 e agora faz mestrado em Antropologia. “Acredito que o que me fez voltar para o Brasil foi ter conhecido minha atual esposa. Eu tinha planos de ir para a Noruega, que oferece programas de apoio a estudantes africanos, mas acabei preferindo ficar no Brasil. Hoje, não tenho planos para voltar nem tão cedo”, completa.

Ao ser questionado sobre a forma com que Brasil o acolheu, Alcides afirma que a “Afinidade com o Brasil e a receptividade do brasileiro foi muito grande. Eu não tive dificuldade de me integrar à cultura brasileira, muito pelo contrário. Fiz uma banda, conheci o Nordeste inteiro, aprendi muito da cultura local. As pessoas eram muito receptivas, principalmente quando eu dizia que era da África”.

Ser negro e vindo de um país africano nunca trouxe para ele problema ou motivo para discriminação ou racismo.  “Uma coisa interessante é que quando eu cheguei todo mundo queria me levar em um terreiro, mas eles não entendiam que no meu país a religião era católica, não temos essas manifestações religiosas. A formação da África na consciência coletiva brasileira é meio mitológica, se cultiva uma África que já não existe”, avalia o mestrando.

A cultura brasileira também atraiu o jovem franco-suíço Quentin Jaques, de 19 anos. Natural de Genebra, Suíça, morava em Lyon, na França, onde estudava cinema na Université Lumìere Lyon 2. Veio ao Brasil atraído pelo cinema brasileiro. “Desde que entrei na faculdade, eu queria sair da França e já gostava da cultura brasileira porque conheci alguns brasileiros lá”, relembra Jaques, que está no Brasil há quatro meses estudando cinema na UFPE.

Para o estudante de cinema, as principais dificuldades foram a língua e problemas para se estabelecer na cidade. “Para resolver os meus documentos, o CPF, a matrícula da faculdade, não me deram muitas informações, não explicaram muito bem. Eu tinha que me deslocar muito de um lado para o outro sem saber para onde ir.”

O Brasil recebeu bem Quentin, que tem planos de voltar após o intercâmbio. “Fui surpreendido. Os brasileiros são muito calorosos, muito receptivos. Eu rapidamente fiz muitos amigos por aqui. Pretendo voltar, gostei muito do país”, diz. O franco-suíço também comentou a atitude de algumas pessoas quanto a França. “Geralmente as pessoas têm uma imagem supervalorizada de lá. É verdade que é um país mais desenvolvido, mas nem tudo lá é tão bom quanto se pensa”, completa.


Danilo Galindo
(Leia Já – 02/02/2014)

QUANDO O HUMANITÁRIO AUXILIA O ECONÔMICO


Número de refugiados no Brasil cresce quase 150%. Há um déficit de 1 milhão de trabalhadores na indústria brasileira.

Até recentemente sem tradição nessa política, o Brasil agora está abrindo suas portas a refugiados do mundo inteiro.

O país adotou uma política de acolhimento e está desburocratizando processos de permanência e naturalização de pessoas que saem de seus países à procura de um lugar para viver e trabalhar.

O resultado dessa política humanitária e, ao mesmo tempo, movida por interesses econômicos — há um déficit de 1 milhão de trabalhadores na indústria brasileira —, já pode ser contabilizado.

Em 2013, o número de pedidos de refúgio no Brasil mais que dobrou. Foram de 2.087 em 2012 para 5.200 até 15 de dezembro do ano passado — um aumento de quase 150%. Dados da Secretaria Nacional de Justiça, vinculada ao Ministério da Justiça, mostram que, de janeiro a 15 de dezembro do ano passado, 651 solicitações foram aprovadas. Deste total, 284 atenderam a refugiados sírios, 106 a cidadãos da República Democrática do Congo e 88 a colombianos.

O secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, afirmou que a presença de sírios é a grande novidade do ano passado:

— E os sírios já têm relação de tradição com o Brasil. Seus antepassados foram migrantes aqui, e eles têm boas relações com a comunidade árabe.
Ele explicou a razão de tantos estrangeiros buscarem o Brasil:

— O Brasil virou um espaço de proteção. Ao contrário da Europa, o Brasil está abrindo suas portas para o novo fluxo migratório. Estamos entre as maiores economias do mundo, exercemos liderança internacional e viramos um destino para os que sofrem perseguições dos mais variados tipos, seja religiosa, de raça ou de grupos sociais.

É pela internet que o sírio Yasser Said, de 40 anos, obtém informações do país que deixou para trás. Por meio dela, recebeu a notícia de que o presidente Bashar al-Assad poderá disputar a reeleição este ano, o que o deixou preocupado:

— Eu não pretendo voltar enquanto ele estiver no poder.


(Dom Total – 02/02/2014)

Sem obras, chegar a estádios será desafio na Copa


Levantamento sobre as obras do Mundial aponta uma redução de quase 30% nos investimentos previstos em mobilidade urbana

Pedro Fonseca, da
Dado Galdieri/Bloomberg
Trabalhador no campo de obras para a demolução do Elevado da Perimetral, no Rio de Janeiro
Trabalhador no campo de obras para a demolução do Elevado da Perimetral, no Rio de Janeiro

Rio de Janeiro - Na Copa do Mundo proposta pelo Brasil à Fifa havia a previsão de obras ambiciosas de mobilidade urbana que dariam acesso fácil aos estádios, mas o não cumprimento das promessas nas cidades-sede colocará muitos torcedores em sistemas de transporte público deficientes.

Os planos para o Mundial previam projetos de transporte nas cidades para facilitar o acesso às arenas, onde o padrão Fifa não permite o acesso dos torcedores de carro, e os deslocamentos entre locais-chave, como aeroportos e hotéis.

O último levantamento do governo sobre as obras do Mundial, no entanto, aponta uma redução de quase 30 por cento nos investimentos previstos em mobilidade urbana entre abril de 2012 e setembro de 2013, uma queda de 11,35 bilhões de reais para 8,02 bilhões. Projetos de metrô e veículo leve sobre trilhos foram substituídos por simples corredores de ônibus.

Por razões de segurança, a Fifa determina na Copa do Mundo um raio de isolamento ao redor dos estádios de ao menos 1 quilômetro (em algumas cidades chegará a 3 km), área em que só entram os carros credenciados. A orientação das autoridades é que os torcedores utilizem o transporte público nas 12 cidades-sede do Mundial, apesar das deficiências, ou que enfrentem caminhadas.

A maioria das cidades-sede terá linhas extras de ônibus e rotas especiais nos dias de jogos do Mundial, uma maquiagem para a Copa que não esconde a oportunidade perdida pelo país de deixar um legado justamente na área que motivou os protestos em massa no ano passado durante a Copa das Confederações.

"Todos esses projetos estão sendo realizados com o pensamento equivocado de atendimento à Copa do Mundo. Não serão legados, serão uma recuperação de demanda passada", disse o professor Paulo Resende, coordenador do núcleo de infraestrutura e logística da Fundação Dom Cabral.

"O Brasil perdeu em não deixar um grande legado", acrescentou.

Em Manaus, que receberá quatro jogos da Copa, incluindo o clássico Inglaterra x Itália, não haverá nenhuma obra de mobilidade concluída para o torneio. Os projetos de BRT (corredor expresso de ônibus) e monotrilho, previstos inicialmente para serem concluídos em março deste ano, foram suspensos ou abandonados por problemas ambientais e judiciais que impediram o término tempo.

No fim do ano passado, Porto Alegre retirou 10 projetos de mobilidade da matriz de responsabilidade da Copa, documento que lista todas as obras voltadas para a realização do torneio, porque nenhuma delas ficaria pronta a tempo. Também foram cortadas obras em Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro e Recife.

"Isso tudo vai desembocar necessariamente na utilização de alternativas, de planos B, na área de mobilidade urbana, chegando ao ponto da decretação de feriados para que os turistas não se exponham ao dia a dia do brasileiro", acrescentou o professor.
"Vergonhoso"




Sedes da abertura e da final da Copa, São Paulo e Rio de Janeiro podem ser consideradas exceções devido à facilidade relativa para se chegar aos estádios por meio de trem e metrô, mas as duas principais cidades do país também deixaram de concluir projetos de mobilidade previstos para o Mundial.

O corredor de ônibus saindo do aeroporto internacional carioca só ficará pronto para os Jogos Olímpicos de 2016, enquanto a capital paulista não terá mais para o Mundial um monotrilho previsto inicialmente.

Eventuais problemas no transportes dos torcedores são, desde o princípio da preparação brasileira, um dos principais pontos de atenção da Fifa, que cobra das autoridades brasileiras "garantir que os visitantes internacionais e os fãs de futebol no Brasil tenham uma experiência agradável durante a Copa do Mundo".

"O transporte é uma de nossas maiores preocupações durante os preparativos para a Copa do Mundo da Fifa 2014", disse a Fifa em nota enviada à Reuters.

Sem as obras de mobilidade urbana, as cidades esperam reduzir os impactos negativos dos problemas no transporte com um número menor de pessoas nas ruas nos dias de jogos. A maioria das sedes já anunciou que haverá feriado ou ponto facultativo nas datas das partidas, além de antecipação das férias escolares para coincidir com o período do Mundial.

A Copa das Confederações, evento-teste para o Mundial realizado no ano passado em seis cidades do país, deu uma primeira mostra dos problemas. Forçado a deixar em casa seu meio de transporte favorito, o torcedor brasileiro se viu, muitas vezes, no meio do caos.

"O problema grave que, se não for melhorado vai ser vergonhoso para meu Estado particularmente, é a saída dos jogos. Todos os torcedores têm que ir para uma fila pegar os ônibus de volta para o metrô, e essa fila levou quase duas horas para chegar na estação", disse o administrador de empresa Luiz Cadena, de 36 anos, que assistiu ao duelo Itália x Japão em Recife no ano passado.

"Não tem como escoar tanta gente com essa estrutura de transportes. É realmente preocupante esse caso. Iremos passar vergonha com essa situação se não melhorar", acrescentou.

Governo estuda socorro às distribuidoras de energia, diz ministro


Por Daniel Rittner | Valor
EBC


BRASÍLIA  -  O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, acenou com medidas de socorro às distribuidoras de energia. Ele informou que a pasta, o Tesouro Nacional e a Casa Civil “estudam” uma solução para o gasto adicional das empresas neste ano. “Encontraremos a melhor solução possível, sempre procurando preservar a situação dos consumidores”, disse o ministro após a cerimônia de posse de novos ministros, que ocorreu hoje pela manhã no Palácio do Planalto.

Embora não tenha dado detalhes do tipo de ajuda planejada, o ministro ressaltou a importância das distribuidoras para o sistema elétrico e afirmou que o governo “sempre está pronto para dar apoio” ao setor. “Estamos preocupados com o nível do reservatórios. Queria que eles estivessem em melhor situação, mas estão acima do [nível do] ano passado”, disse Lobão.

Com o baixo volume de chuvas nas últimas semanas, o preço da eletricidade no mercado de curto prazo atingiu valor recorde na sexta-feira passada e pressionará o caixa das distribuidoras, que deverão ter uma despesa superior a R$ 15 bilhões com a geração de energia térmica neste ano, segundo especialistas.


Especulação prematura


Também presente à cerimônia, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse considerar “prematuro” fazer “especulações” em torno da necessidade de medidas para conter o consumo de energia elétrica no país. Segundo ele, o sistema passa por uma “grande prova de fogo”, devido ao baixo volume de chuvas. “Em outras épocas, não se teria passado por uma situação climática tão adversa sem racionamento.”

O executivo lembrou que o sistema elétrico atravessou a pior seca do Nordeste das últimas oito décadas em 2013 e viveu o pior janeiro no Sudeste e Centro-Oeste desde 1953 em termos de chuvas. “O nível dos reservatórios está acima do ano passado, temos mais oferta de energia entrando, estamos segurando [o sistema]”, concluiu Tolmasquim.