BRASÍLIA - O
ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, acenou com medidas de
socorro às distribuidoras de energia. Ele informou que a pasta, o
Tesouro Nacional e a Casa Civil “estudam” uma solução para o gasto
adicional das empresas neste ano. “Encontraremos a melhor solução
possível, sempre procurando preservar a situação dos consumidores”,
disse o ministro após a cerimônia de posse de novos ministros, que
ocorreu hoje pela manhã no Palácio do Planalto.
Embora não tenha dado detalhes do tipo de ajuda planejada, o ministro
ressaltou a importância das distribuidoras para o sistema elétrico e
afirmou que o governo “sempre está pronto para dar apoio” ao setor.
“Estamos preocupados com o nível do reservatórios. Queria que eles
estivessem em melhor situação, mas estão acima do [nível do] ano
passado”, disse Lobão.
Com o baixo volume de chuvas nas últimas semanas, o preço da
eletricidade no mercado de curto prazo atingiu valor recorde na
sexta-feira passada e pressionará o caixa das distribuidoras, que
deverão ter uma despesa superior a R$ 15 bilhões com a geração de
energia térmica neste ano, segundo especialistas.
Especulação prematura
Também presente à cerimônia, o presidente da Empresa de Pesquisa
Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse considerar “prematuro”
fazer “especulações” em torno da necessidade de medidas para conter o
consumo de energia elétrica no país. Segundo ele, o sistema passa por
uma “grande prova de fogo”, devido ao baixo volume de chuvas. “Em outras
épocas, não se teria passado por uma situação climática tão adversa sem
racionamento.”
O executivo lembrou que o sistema elétrico atravessou a pior seca do
Nordeste das últimas oito décadas em 2013 e viveu o pior janeiro no
Sudeste e Centro-Oeste desde 1953 em termos de chuvas. “O nível dos
reservatórios está acima do ano passado, temos mais oferta de energia
entrando, estamos segurando [o sistema]”, concluiu Tolmasquim.
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