segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Governo estuda socorro às distribuidoras de energia, diz ministro


Por Daniel Rittner | Valor
EBC


BRASÍLIA  -  O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, acenou com medidas de socorro às distribuidoras de energia. Ele informou que a pasta, o Tesouro Nacional e a Casa Civil “estudam” uma solução para o gasto adicional das empresas neste ano. “Encontraremos a melhor solução possível, sempre procurando preservar a situação dos consumidores”, disse o ministro após a cerimônia de posse de novos ministros, que ocorreu hoje pela manhã no Palácio do Planalto.

Embora não tenha dado detalhes do tipo de ajuda planejada, o ministro ressaltou a importância das distribuidoras para o sistema elétrico e afirmou que o governo “sempre está pronto para dar apoio” ao setor. “Estamos preocupados com o nível do reservatórios. Queria que eles estivessem em melhor situação, mas estão acima do [nível do] ano passado”, disse Lobão.

Com o baixo volume de chuvas nas últimas semanas, o preço da eletricidade no mercado de curto prazo atingiu valor recorde na sexta-feira passada e pressionará o caixa das distribuidoras, que deverão ter uma despesa superior a R$ 15 bilhões com a geração de energia térmica neste ano, segundo especialistas.


Especulação prematura


Também presente à cerimônia, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse considerar “prematuro” fazer “especulações” em torno da necessidade de medidas para conter o consumo de energia elétrica no país. Segundo ele, o sistema passa por uma “grande prova de fogo”, devido ao baixo volume de chuvas. “Em outras épocas, não se teria passado por uma situação climática tão adversa sem racionamento.”

O executivo lembrou que o sistema elétrico atravessou a pior seca do Nordeste das últimas oito décadas em 2013 e viveu o pior janeiro no Sudeste e Centro-Oeste desde 1953 em termos de chuvas. “O nível dos reservatórios está acima do ano passado, temos mais oferta de energia entrando, estamos segurando [o sistema]”, concluiu Tolmasquim.

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