quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

PCC tem plano para resgatar Marcola e mais três presos


Um avião e dois helicópteros com as cores da Polícia Militar são alguns dos equipamentos que a facção está reunindo para o audacioso plano

Marcelo Godoy, do
Shad Gross/stock.XCHNG
Cadeia
Cadeia: a facção começou seu plano em janeiro do ano passado

São Paulo - Um avião Cessna 510, um helicóptero Bell e um Esquilo blindado e com as cores da Polícia Militar armado com uma metralhadora calibre .30.

Esses são alguns dos equipamentos que o Primeiro Comando da Capital (PCC) está reunindo para o mais audacioso plano de fuga montado pela facção: o resgate de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e outros três líderes, obtido pelo Estado e revelado no estadao.com.br. Para a polícia, a tentativa de resgate pode ocorrer a qualquer momento.

As informações estão em um relatório sigiloso preparado pela inteligência das Polícias Civil e Militar e pelo Ministério Público Estadual (MPE) em mãos da Justiça paulista. 

Para que o plano dê certo, três integrantes da facção tiveram aulas de voo em 2013 no Campo de Marte, na zona norte da capital. O professor dos bandidos foi, segundo o relatório, Alexandre José de Oliveira Junior, copiloto do helicóptero do deputado federal Gustavo Perrella (SDD-MG).

Oliveira Junior foi preso em 25 de novembro do ano passado no Espírito Santo pela Polícia Federal quando descarregava 450 quilos de cocaína de um helicóptero - a aeronave pertencia ao deputado. A facção começou seu plano em janeiro do ano passado. 

Os bandidos montaram uma base em Porto Rico, no Paraná. De lá, iriam de carro até o Aeroporto de Loanda, também no Paraná, que seria o ponto central do plano.

Aeronaves compradas em São Paulo ou sequestradas pousariam em Loanda, na região de Maringá, onde carregariam a tropa de assalto do PCC. Seriam dois helicópteros - o Esquilo é o modelo usado pela PM. A intenção dos bandidos era camuflá-lo para que policiais que guardam a muralha da Penitenciária-2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, o confundissem com uma helicóptero Águia.

A outra aeronave carregaria a metralhadora e daria proteção ao Esquilo. Durante a aproximação, Marcola, Claudio Barbará da Silva, Célio Marcelo da Silva, o Bin Laden, e Luiz Eduardo Marcondes Machado, o Du Bela Vista, sairiam de suas celas em direção ao pátio interno. As grades delas já estão serradas e camufladas. Os quatro bandidos subiriam em um cesto blindado, preso ao helicóptero. 

Norambuena
O plano é semelhante ao executado em 30 de dezembro de 1996 pela Frente Patriótica Manoel Rodriguez (FPMR) para resgatar quatro de seus líderes detidos no CAS (Cárcere de Alta Segurança), em Santiago, no Chile. 

A ação tirou da cadeia, entre outros, Maurício Hernandez Norambuena, o chefe da FPMR, que seis anos mais tarde seria preso em Serra Negra, no interior de São Paulo, quando liderava o sequestro do publicitário Washington Olivetto.

Do Aeroporto de Loanda, os quatro criminosos do PCC seriam levados para fora do País, provavelmente em um Cessna 510. O destino seria o Paraguai, onde seriam aguardados por Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, que gerenciaria o tráfico de drogas para Marcola.

Só em dois voos feitos com aeronaves para testes do plano de resgate, a facção teria gasto, na primeira semana deste mês, R$ 35 mil. No dia 14, policiais do Paraná informaram aos colegas paulistas que haviam identificado um Cessna 510 que havia pousado em Loanda. A suspeita é de que ele seria usado. Eles não conseguiram, entretanto, o registro de um helicóptero usado nos voos de teste do PCC.

O atual plano substituiu outro, detectado em 2011 e 2012 em escutas telefônicas, conhecido como Cachorro Quente. Naquela época, o objetivo era fugir pelo solo. Para tanto, o PCC montou um arsenal com fuzis e pretendia sequestrar funcionários para ter acesso ao presídio. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Tradicional hotel carioca, Copacabana Palace terá novo nome


A partir de março, um dos hotéis mais famosos do Brasil passará a se chamar Belmond Copacabana Palace

Lucro líquido da Airbus sobe 22% no ano fiscal de 2013


O lucro subiu para 1,465 bilhão de euros

Marcelo Ribeiro Silva e com informações da Dow Jones Newswires, do
x3.wolfgang/ Creative Commons
Airbus A380
Avião Airbus A380: a receita da companhia teve alta de 5%, para 59,256 bilhões de euros

São Paulo - A Airbus anunciou nesta quarta-feira que seu lucro líquido subiu 22% no ano fiscal de 2013, para 1,465 bilhão de euros, na comparação com o ganho de 1,197 bilhão de euros do ano anterior. A receita da companhia teve alta de 5%, para 59,256 bilhões de euros, na mesma base de comparação.

Outro dado da empresa observado de perto pelos agentes do mercado é o lucro antes de juros e impostos (Ebit) com exclusão de itens especiais, que subiu 24% em 2013, para 2,661 bilhões de euros.

No quarto trimestre de 2013, o lucro líquido da Airbus recuou 15% frente ao mesmo período do ano anterior, passando de 317 milhões de euros para 270 milhões de euros. Já a receita permaneceu inalterada entre outubro e dezembro, na mesma base de comparação, atingindo 19,29 bilhões de euros.

Em seu comunicado, a companhia informou que espera que a receita de 2014 continue estável em relação à reportada no ano passado e que pretende atingir um nível de equilíbrio do fluxo de caixa livre antes de aquisições em 2014.

Além disso, a Airbus acredita que o retorno sobre as vendas terá crescimento moderado neste ano e manteve a meta para 2015.

A forte demanda pelo A320ceo e a expectativa de que o A320neo consiga atingir o mesmo nível de procura elevou a estimativa de produção das aeronaves A320 para 46 por mês a partir do segundo trimestre de 2016.

Por que a Ambev espera vender mais cerveja em 2014


Gigante de bebidas diz que vai reverter queda de 3,7% nas vendas de 2013

Divulgação/Ambev
Planta da Ambev
Planta da Ambev: gigante de bebidas espera reverter queda nas vendas de 2013 ainda neste ano

São Paulo – A Ambev apresentou nesta quarta-feira, resultados acima do esperado pelos analistas. Seus lucros chegaram a 11,3 bilhões de reais, valor 9% maior que o ano passado.

O bom resultado, porém, aconteceu não por conta das vendas, mas apesar delas.
2013 foi um ano ruim para a indústria de alimentos e bebidas em geral, com aumento da inflação, dos impostos e, no caso específico das bebidas, um verão curto e frio. A Ambev sentiu o peso desses fatores e suas vendas caíram 3,7% no ano. 

Para 2014, porém, a gigante de bebidas espera reverter esse quadro, e tem motivos para isso:

1. Um ano mais quente
O ano de 2013 foi atipicamente frio. O verão durou pouco e o inverno foi um dos mais rigorosos da história do país. Em 2014, o Brasil vivencia um dos verões mais quentes já vistos e é esperado que as temperaturas ao longo do ano não fujam muito da média histórica, como ocorreu no ano passado.


2. Carnaval atrasado
“Em anos em que o carnaval chega tarde, como é o caso deste, é como se o verão, as férias e as viagens fossem estendidas, o que impulsiona nossas vendas”, explicou Nelson Jamel, vice-presidente da Ambev, em conferência para jornalistas.


3. Copa do Mundo
Para o executivo, a Copa do Mundo tem grande potencial de impulsionar as vendas da companhia. “No ano passado, o único mês em que não caímos nas vendas foi o período em que aconteceu a Copa das Confederações, que era um torneio muito menor”, afirmou. “O evento deste ano terá quatro vezes mais jogos, será mais longo e envolverá mais cidades”, disse.


4. Queda da inflação
A partir da segunda metade de 2013, já foi possível sentir uma redução na inflação dos preços de alimentos e bebidas, que derrubaram as vendas da Ambev no primeiro trimestre em mais de 8%, o pior resultado trimestral desde 2005. Em 2014, a companhia prevê que a inflação se estabilize para o setor, o que impediria o aumento dos preços.


5. Estagnação dos impostos
Além da inflação, outro fator que deve contribuir para manter os preços é o não aumento dos impostos sobre a cerveja, que também ocorreu no ano passado. Por conta disso, a Ambev criou, no início do verão, a campanha “Verão sem aumento”, para pedir aos postos de venda que não inflacionassem o preço das bebidas só por conta do calor, para que o consumo voltasse finalmente a subir. Mais de 500 mil pontos aderiram à iniciativa. 

Embraer tem lucro líquido de R$ 607 milhões no 4º trimestre


O resultado corresponde a uma alta de 139,4%

Luciana Collet e Eulina Oliveira, do
Divulgação/Embraer
Hangar da Embraer
Hangar da Embraer: no ano, o lucro líquido aos acionistas somou R$ 777,7 milhões, alta de 11,45%

São Paulo - A Embraer reportou lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 607,2 milhões no quarto trimestre de 2013, o que corresponde a uma alta de 139,4% ante os R$ 253,6 milhões de igual período de 2012. O lucro líquido ajustado (excluído do imposto de renda e contribuição social diferidos) deu um salto ainda maior, de 212%, alcançando R$ 861,1 milhões, ante os R$ 275,9 milhões de um ano antes.

No ano, o lucro líquido aos acionistas somou R$ 777,7 milhões, alta de 11,45% frente aos R$ 697,8 milhões de 2012. O lucro líquido ajustado totalizou R$ 1,203 bilhão ante os R$ 836,3 milhões de um ano antes.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da fabricante de aeronaves foi de R$ 1,252 bilhão no quarto trimestre do ano, montante 96,4% maior em relação aos R$ 637,9 milhões reportados no período de outubro a dezembro do exercício anterior. 

A margem Ebitda saltou para 23,7% ante os 16,3% de um ano antes. Em 2013, o Ebitda somou R$ 2,239 bilhões, montante 27% superior ao reportado um ano antes. A margem Ebitda ficou em 16,4%, 1,9 ponto porcentual acima do verificado em 2012.

A receita líquida da Embraer foi de R$ 5,295 bilhões no quarto trimestre, aumento de 35% ante R$ 3,912 bilhões de um ano antes, apoiada nas fortes entregas realizadas no período, de 32 aeronaves comerciais e 53 aeronaves executivas. No ano, a companhia reportou receita de R$ 13,635 bilhões, acima dos R$ 12,180 bilhões de 2012, com a entrega total de 90 aeronaves comerciais e 119 executivas.

A companhia destacou que, com os resultados, atingiu as principais estimativas para 2013, como entregas de aeronaves, receita líquida, margens operacionais (Ebit) e Ebitda, mesmo excluindo-se alguns itens não recorrentes que impactaram positivamente o quarto trimestre de 2013.

 
Receita


A Embraer espera entregar este ano 92 a 97 jatos comerciais, 80 a 90 jatos executivos leves e 25 a 30 jatos executivos grandes. A receita líquida total deverá ficar entre US$ 6,0 bilhões e US$ 6,5 bilhões, com a seguinte contribuição aproximada de cada segmento de negócio: 53% da Aviação Comercial; 26% da Aviação Executiva; 20% da Defesa & Segurança e 1% de Outros negócios.

Ainda conforme o fato relevante, a empresa espera alcançar este ano uma margem Ebit consolidada de 9,0% a 9,5% (de US$ 540 milhões a US$ 620 milhões) e uma margem Ebitda de 13,0% a 14,0% (de US$
780 milhões a US$ 910 milhões).

Para os investimentos totais, a estimativa é de alcancem US$ 650 milhões em 2014. Desse total, a área de pesquisa representará US$ 80 milhões, desenvolvimento de produto representará US$ 320 milhões e capex será de US$ 250 milhões.

"Como resultado das estimativas de receita, lucro operacional e investimentos, assim como outros fatores, a companhia espera que em 2014 seu fluxo de caixa livre seja levemente positivo em dois dígitos", acrescenta a fabricante brasileira de aviões, no comunicado.

Petrobras prevê investimentos de US$220,6 bi de 2014 a 2018


Companhia busca uma produção média de petróleo de 4 milhões de barris diários entre 2020 e 2030

André Valentim/EXAME.com
Plataforma da Petrobras
Plataforma da Petrobras:  valor ficou abaixo do teto previsto no plano de negócios anterior (2013-2017), de investimentos de US$ 236,7 bilhões

Rio de Janeiro -  A Petrobras prevê investimentos de 220,6 bilhões de dólares no período de 2014 a 2018, em busca de uma produção média de petróleo de 4 milhões de barris diários entre 2020 e 2030.
O valor ficou abaixo do teto previsto no plano de negócios anterior (2013-2017), de investimentos de 236,7 bilhões de dólares, com um valor de 207 bilhões de dólares referentes à carteira de projetos em implantação.

Matéria atualizada às 23h07min do mesmo dia, para esclarecer no 2º parágrafo que o investimento ficou abaixo do teto do plano anterior.

Brasil segue como maior pagador de juros reais do mundo


Desde outubro, Brasil está na liderança no ranking mundial de juros reais, que leva em conta a taxa nominal descontada a inflação

Getty Images
Moedas de Real
Moedas de Real: Brasil é líder em juros reais e terceiro em nominais

São Paulo - Com o aumento da taxa Selic para 10,75%, anunciado hoje pelo Copom, o Brasil continua na liderança entre os maiores pagadores de juros reais do mundo.

O cálculo, que leva em conta a taxa de juros nominal descontada a inflação, é feito todo mês com 40 países pelo site MoneYou.

O Brasil assumiu a liderança em outubro - da onde nunca mais saiu.
Em termos nominais, o país está em terceiro lugar, atrás apenas da Argentina (19,67%) e da Venezuela (15,36%).

A média geral continua em -0,6%, sem modificação em relação ao mês passado.
Veja a seguir o ranking mundial de juros reais (taxas de juros descontada a inflação dos últimos 12 meses):


  País Juros reais
1 Brasil 4,89%
2 China 3,41%
3 Hungria 2,70%
4 Turquia 2,09%
5 Polônia 1,79%
6 Grécia 1,78%
7 Chile 1,41%
8 Coreia do Sul 1,38%
9 Taiwan 1,11%
10 Colômbia 1,10%
11 Suécia 0,95%
12 Tailândia 0,31%
13 Portugal 0,15%
14 Espanha 0,05%
15 Suíça -0,10%
16 República Tcheca -0,15%
17 Austrália -0,19%
18 África do Sul -0,28%
19 Malásia -0,39%
20 Itália -0,41%
21 França -0,45%
22 Canadá -0,49%
23 Rússia -0,57%
24 Israel -0,64%
25 Indonésia -0,67%
26 Filipinas -0,67%
27 Índia -0,73%
28 Dinamarca -0,79%
29 Argentina -0,85%
30 Bélgica -0,88%
31 México -0,94%
32 Alemanha -1,08%
33 Holanda -1,15%
34 Áustria -1,23%
35 Estados Unidos -1,33%
36 Singapura -1,37%
37 Reino Unido -1,37%
38 Japão -1,57%
39 Hong Kong -3,92%
40 Venezuela -26,05%
  Média geral -0,60%