segunda-feira, 27 de abril de 2015

Brasil tem 75 fusões e aquisições em março, diz PwC


Germano Lüders/EXAME.com
Sede da Totvs, em São Paulo
Totvs: em março, empresa teve 5,16% do capital social comprado pela Genesis Asset Managers, LLP


São Paulo - Durante o mês de março, 75 fusões e aquisições de empresas foram feitas no Brasil, segundo balanço da PwC. O número é 19% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado (63). No trimestre, foram contabilizados 189 negócios.

O levantamento não considera acordos, joint-ventures e pactos entre multinacionais.

De acordo com a consultoria, o aumento das transações pode ter ocorrido por conta do fim das festividades de Carnaval e também da valorização significativa do dólar americano, que atingiu seu ápice em março.

Historicamente, o Sudeste concentra o maior número de negociações. Em março, 73,3% das fusões e aquisições anunciadas no país foram fechadas na região. O estado de São Paulo, sozinho, consolidou 61,3% do total de operações.

A região Sul vem em segundo lugar, com 16% das transações. Outras 5,3% foram realizadas no exterior.


Investidores


Os investidores financeiros tiveram papel em 36% (28) das fusões e aquisições realizadas em março. Delas, 54% foram feitas por fundos estrangeiros.

Há 15 meses na liderança, o setor de TI correspondeu a 21% (40) do total de operações fechadas no mês. Uma delas foi a compra de uma participação de 5,16% da Totvs por parte da Genesis Asset Managers, LLP.

Em seguida, apareceram os segmentos de Serviços Auxiliares, com 11%, e Financeiro, com 8%.

Fusões e aquisições devem aumentar em todo o mundo em 2015


Getty Images
Fábrica da Nokia em Bochum, na Alemanha
Nokia: confirmada na semana passada, a aquisição da Alcatel-Lucent pela empresa foi uma das grandes já feitas em 2015


São Paulo - Apesar dos desafios financeiros globais esperados para 2015, o mercado de fusões e aquisições de empresas deve ser aquecido este ano. É o que aponta uma pesquisa feita pela Grant Thornton junto a 5.000 companhias de 35 países.

De acordo com o estudo, em 2014, 33% dos líderes globais ouvidos afirmaram considerar a estratégia no plano de crescimento para o negócio nos próximos três anos. Em 2013, essa fatia havia sido de 31% e no anterior, de 28%.

No Brasil, em 2014, 31% dos executivos disseram cogitar fusões e aquisições para o mesmo período de tempo. Em 2013, eles eram 25% e em 2012, 26%.
 

Por região


A América do Norte é onde se concentra a maior parcela de empresas que pretendem realizar fusões e aquisições nos próximos três anos (45%), seguida pela América Latina (38%) e Europa (32%).

A proporção de companhias que planejam mudanças na propriedade dentro desse período também cresceu de 11% em 2013 para 14% no ano passado, encabeçada pelas economias mais desenvolvidas da Europa e América do Norte, segundo o levantamento.

"A corrida por mercados ainda carentes de oferta explica a perspectiva otimista para as fusões e aquisições, e esse casamento de objetivos”, explica Daniel Maranhão, sócio da Grant Thornton Brasil, em nota.


Brasil


Entre os executivos que estudam consolidar fusões e aquisições no Brasil nos próximos três anos, a maioria (59%) enxerga nos fundos de private equity o caminho mais viável para essas transações.

Deles, 27% veem a possibilidade de fechar até três aquisições no período e 5% indicaram que podem concretizar até seis.

O motivo mais citado para a busca de crescimento via aquisições foi a construção de novos talentos e áreas de negócios (mencionado por 50% dos respondentes), seguido pelo ingresso em novos mercados e lugares (48%) e o acesso a custos operacionais mais baixos (44%).
 

Setores


Globalmente, os setores que mais confirmaram a intenção de expandir os negócios por meio de aquisições foram os de eletricidade, gás e água (com 19% de variação positiva entre 2012 e 2014), mineração (15%) e alimentação e bebidas (também com 15%).

Na lanterna aparecem os segmentos de tecnologia, saúde e serviços profissionais, com variação negativa de 5%, 3% e 10% no período, respectivamente.

O TRIUNFO DA BUROCRACIA


AGU confirma que estrangeiro não cumpriu requisitos para obter visto permanente.
 

A Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou, na Justiça, que turista português não apresentou a documentação necessária para obter visto permanente de investidor estrangeiro no Brasil.

No caso, o europeu veio ao país com o objetivo de adquirir uma drogaria. Ele pretendia transformar o visto de turista em de investidor. Contudo, ao formalizar o pedido de alteração, este foi negado pela Coordenação de Imigração, órgão do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) responsável pela regulação de concessão de visto temporário ou permanente.

Para garantir sua permanência no país por 90 dias, o estrangeiro impetrou mandado de segurança contra o órgão do MTE. Ele pedia, além da prorrogação da estadia no Brasil, o desarquivamento do processo administrativo que negou o pedido, a abertura de novo prazo para atender aos requisitos para a obtenção do visto e autorização para se ausentar do país para tratar de assuntos familiares sem obstrução ao seu retorno.

Em defesa do Conselho de Imigração, a Procuradoria-Regional da União da 1ª Região (PRU1) informou que, de acordo com o órgão, o visto foi negado porque a documentação exigida não foi apresentada. A unidade da AGU demonstrou que uma das exigências para a concessão do documento, o contrato social do empreendimento que comprove o investimento de um valor mínimo de R$ 150 mil, não foi apresentado.

Os advogados públicos também destacaram que as regras estão na Resolução Normativa n° 84/2009 do Conselho de Imigração, norma que disciplina a concessão de visto permanente para investidor estrangeiro. Eles ressaltaram, ainda, que a concessão ou não da autorização é atividade discricionária da administração pública.

Acolhendo os argumentos apresentados pela AGU, a 14ª Vara Federal negou o mandado de segurança. A decisão reconheceu que o português não encaminhou à Coordenação Geral de Imigração do MTE a documentação necessária para concessão do visto.

A PRU1 é unidade da Procuradoria Geral da União, órgão da AGU.

Ref.: Mandado de Segurança nº 0033413-67.2013.4.01.3400 – 14ª Vara Federal do DF.

EDP Energias do Brasil vende fatia de 45% na EDP Renováveis


Divulgação
Sede da EDP Energias do Brasil, em São Paulo
Sede da EDP: a conclusão está sujeita à aprovação do Cade
Marcelle Gutierrez, do Estadão Conteúdo

São Paulo - Conforme o memorando de entendimento firmado no dia 27 de novembro de 2015, a EDP Energias do Brasil vendeu 45% de sua participação no capital total e votante da EDP Renováveis Brasil para a EDP Renováveis. 

O preço total da transação é de até R$ 190 milhões, sendo R$ 176 milhões na conclusão do negócio, previsto para o segundo semestre de 2015, e até R$ 14 milhões em pagamentos de earn-out.

A conclusão está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo e Defesa Econômica (Cade), além de outras medidas de natureza societária e contratual necessárias para a eficácia da transferência do capital social, previsto para ocorrer até o final do ano.

Segundo o comunicado divulgado em novembro de 2014o, a EDP Renováveis Brasil é uma empresa voltada para o desenvolvimento de parques eólicos no Brasil, atualmente operando 84 MW de energia eólica e 236 MW de projetos eólicos em construção com contratos (PPAs) de longo prazo concedidos em leilões nos anos de 2011 e 2013.

Harvard deveria ter mais brasileiros, afirma vice-reitor


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Jovem formando da Universidade de Harvard
Jovem formando da Universidade de Harvard: o número de brasileiros em Harvard cresceu 70% nos últimos oito anos
 
Victor Vieira, do Estadão Conteúdo

São Paulo - Nunca a Universidade de Harvard, uma das mais tradicionais do mundo, teve tantos brasileiros. São 104 alunos entre os cerca de 21 mil estudantes da instituição americana. Parece pouco, mas é um crescimento de 70% nos últimos oito anos.

Quantos brasileiros deveriam estudar em Harvard? "A resposta é simples: mais", afirma o vice-reitor de Relações Internacionais da universidade, Jorge Dominguez, de 70 anos, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

"Os alunos brasileiros têm feito um trabalho extraordinário", acrescenta o professor de política e história da América Latina.

Segundo Dominguez, a formação acadêmica fora do País é um caminho para melhorar a internacionalização do ensino superior do País e também preparar profissionais para o período pós-crise econômica.

"Temos 104 estudantes vindos do Brasil em Harvard, o maior número em toda a história", diz. "É a primeira vez que ultrapassamos o patamar de 100, o que faz com o País já esteja entre as dez nações que mais enviaram alunos a Harvard no ano. É verdade que há menos brasileiros do que chineses ou indianos, mas esses países são maiores do que o Brasil. O modo como penso isso é que há mais brasileiros em Harvard do que pessoas do Japão, um país desenvolvido, ou da França, por exemplo. O Brasil está na frente da maioria dos países europeus".

Comparando entre países emergentes, o Brasil tem menos estudantes em Harvard. "Se perguntamos quantos brasileiros devem estudar em Harvard, a resposta é simples: mais. Estou bastante feliz com o aumento de brasileiros nos últimos anos, que foi bastante expressivo. Mas queremos ainda mais."

Para Dominguez, o interesse em aumentar o número de brasileiros estudando na universidade norte-americana é simples: "são bons". 

"Os alunos brasileiros que recebemos, em diferentes partes da universidade, têm feito um trabalho extraordinário e estudam muito. Esses estudantes contribuem com suas próprias experiências para diversas discussões em Harvard, em áreas como engenharia, saúde pública e economia", elogia.

O vice-reitor acredita que o governo brasileiro precisa entender que o "futuro do País depende de um esforço de enviar mais alunos para o exterior".

Questionado sobre como o governo brasileiro pode desenvolver essa internacionalização, ele cita o Ciência sem Fronteiras e o CNPq.

"O Ciência sem Fronteiras é um bom programa. Uma questão nos próximos anos para o governo brasileiro e todos os partidos políticos é: quando vamos criar outros programas desse tipo para mandar para o exterior pessoas de outras áreas, como da economia, ciências sociais ou da mídia? Certamente é caro, mas é necessário começar a pensar no futuro, quando o País tiver saído da crise. É necessário pensar em objetivos ainda mais amplos. Outro esforço, que tem sido feito pelo Brasil por meio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), é incrementar o número de pesquisadores e instituições do País que trabalham com pesquisadores e universidades do exterior para objetivos comuns. Já houve um bom avanço, mas é um processo difícil", diz.
 

Universidades brasileiras


Sobre os graves problemas orçamentários sofridos algumas das universidades públicas brasileiras, Dominguez, afirma que após uma crise severa, algumas instituições públicas de ensino superior nos EUA perceberam que não poderiam depender apenas de dinheiro público. 

"Harvard é uma universidade particular. Parte dos recursos, principalmente para pesquisa científica, vem da agência federal americana. Isso é ofertado em concorrência ampla, em que nossos cientistas fazem propostas e ganham a verba. Mas o financiamento das universidades vem de recursos privados.

Quando algumas universidades públicas da Califórnia, como Berkeley, Los Angeles e San Diego, tiveram uma severa crise, perceberam que não poderiam depender apenas de dinheiro público. Com isso, o processo de transição começou."

E completa afirmando que, as universidades públicas, em todo o mundo, estarão melhor servidas se "diversificarem suas possibilidades de financiamento".

"Isso significa negociar com o setor privado. Mas também não é possível apenas depender da cobrança de matrículas e mensalidades. É uma das opções, mas apostar nisso significa excluir pessoas de famílias pobres e de classe média. É necessário melhorar o recebimento de recursos da iniciativa privada. Essa é uma das medidas que a maioria das universidades públicas, na maior parte dos países, ainda não fez."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PSDB não está dividido sobre impeachment, diz Alckmin


José Cruz/Agência Brasil
Governador Geraldo Alckmin
Alckmin: "o PSDB não está dividido. O que todos nós queremos é investigação e há um processo de investigação que está começando na Justiça", disse
 
Gustavo Porto, do Estadão Conteúdo

Ribeirão Preto - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), negou nesta segunda-feira, 27, que o os tucanos estejam divididos em relação a apresentar um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT). 

Alckmin evitou se posicionar sobre o assunto, mas cobrou a investigação para apurar as denúncias contra o governo federal que possam embasar o pedido, como as pedaladas fiscais e o escândalo de corrupção na Petrobras.

"O PSDB não está dividido. O que todos nós queremos é investigação e há um processo de investigação que está começando na Justiça. A prioridade é a investigação", disse. 

"O pedido (de impeachment) cabe ao Congresso Nacional discutir; o foco agora é a investigação", ratificou o governador.

Alckmin esteve na abertura da Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), hoje, em Ribeirão Preto (SP).

Durante a abertura do evento, um protesto pelo impeachment de Dilma impediu o discurso de autoridades e a cerimônia foi encerrada prematuramente. Alckmin, ao contrário do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), foi aplaudido pelos manifestantes.


Professores


Após se irritar durante um protesto de professores no final de semana em um evento em Saltinho (SP), Alckmin voltou a afirmar hoje que não há greve no setor no Estado e acusou a Central Única dos Trabalhadores e o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) pela paralisação. 

"Na realidade não existe greve de professores. Na última sexta-feira, 24, houve 96% da presença em sala de aula. A média de falta é de 3% e o que aumentou (de falta) foi de temporário. Na realidade a greve é da Apeoesp e da CUT", concluiu.

Brasil criou trabalho decente para as mulheres, diz ONU


Marcello Casal Jr/ABr
 
Carteira de trabalho


Carteira de Trabalho: entre 2001 e 2009, foram criados 17 milhões de novos postos de trabalho no país, dos quais mais de 10 milhões com carteira assinada
Ana Cristina Campos, da AGÊNCIA BRASIL
 
Brasília - O Brasil é um dos países em destaque no relatório Progresso das Mulheres no Mundo 2015-2016: Transformar as economias para realizar os direitos, divulgado hoje (27) pela ONU [ Organização das Nações Unidas] Mulheres, pelo papel na geração de trabalho decente.

O estudo mostra que de 2001 a 2009 a taxa de participação da mulher na população ativa subiu de 54% para 58% no país. Além disso foi ampliada a cobertura de proteção social com empregos com carteira de trabalho. A proporção das mulheres com carteira assinada aumentou de 30% para 35%.

“A duplicação do salário mínimo nos anos 2000 também teve importantes efeitos sobre as disparidades salariais entre homens e mulheres. Entre 1995 e 2007, tal disparidade caiu de 38% para 29%”, diz o texto.

Segundo a pesquisa, entre 2001 e 2009, foram criados 17 milhões de novos postos de trabalho no país, dos quais mais de 10 milhões com carteira assinada. Para a ONU, o sucesso brasileiro na criação de empregos é resultado de um conjunto de políticas econômicas e sociais que geraram um crescimento inclusivo.

“O aumento real do salário mínimo tem ajudado a reduzir a pobreza e explica a queda de 66% na diminuição da desigualdade no período entre 2000 e 2008. As políticas de proteção social também tiveram importantes efeitos: outros 16% da queda da desigualdade se deveu ao aumento das pensões e 12% ao Programa Bolsa Família”, informa o relatório.