quinta-feira, 5 de novembro de 2015

6 dados mostram por que governo mudou regra da aposentadoria

 

São Paulo – Uma nova regra para aposentadorias foi sancionada nesta quinta-feira pela presidente Dilma Rousseff. A chamada fórmula 85/95 é uma alternativa ao fator previdenciário e leva em conta a soma da idade do trabalhador com o tempo que ele contribuiu ao INSS.

Isso significa que, ao optar pela nova regra, o contribuinte terá que acumular pontos para receber a aposentadoria integral – 85 para mulheres e 95 para homens. Essa pontuação irá aumentar progressivamente a partir de 2019 até chegar a 90/100. 

De acordo com o governo, a revisão no modelo de previdência é uma forma de acompanhar o aumento da expectativa de vida e a diminuição da taxa da natalidade do país. Num futuro próximo, haverá muito mais pessoas se aposentando e menos contribuintes pagando a conta. 

Com as mudanças publicadas hoje, a tendência é que os trabalhadores esperem um pouco mais para se aposentar na expectativa de receber o valor integral sem a aplicação do fator previdenciário. Até 2018, a expectativa do governo é economizar 17,5 bilhões de reais

Navegue pelos slides e veja seis números que ajudam a entender essa mudança e o que ela pode significar para os cofres públicos. 


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BNDES lançam linha de crédito para indústria química


Getty Images
Indústria nos Estados Unidos
Indústria: os contratos firmados terão valor máximo de investimento de R$ 10 milhões para empresas e R$ 20 milhões para contratos com ICTs
 
Idiana Tomazelli, do Estadão Conteúdo


Rio - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lança nesta quinta-feira, 5, em parceria com a Finep (agência de fomento à inovação), o primeiro edital do Programa de Desenvolvimento da Indústria Química (Padiq), que vai oferecer linha de crédito de R$ 2,2 bilhões para o setor.

O anúncio será feito no encerramento do Seminário Produtivo Inovativo Brasileiro, que ocorre no Rio e terá como palestrante o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

O Padiq faz parte do programa Inova Empresa e vai investir em seis linhas temáticas apontadas pelo Estudo de Diversificação da Indústria Química (Ediq) em uma consulta a 45 parceiros (empresas, Instituições de Ciência e Tecnologia - ICTs e pesquisadores).
Entre as principais linhas estão os projetos para a produção de materiais compostos revertidos com fibras, derivados do silício (principalmente para o uso do silicone na construção civil) e produtos químicos de fontes renováveis de matéria-prima.

Dos R$ 2,2 bilhões, R$ 200 milhões serão de recursos não reembolsáveis, enquanto o restante será reembolsável.

Tanto a Finep quanto o BNDES terão, cada um, participação de R$ 1,1 bilhão nos investimentos.

Os contratos firmados terão valor máximo de investimento de R$ 10 milhões para empresas e R$ 20 milhões para contratos com ICTs.

Todos os participantes do edital devem apresentar planos de negócio estruturados, devido ao alto valor investido e pelos riscos tecnológicos e de mercado envolvidos. A avaliação dos resultados das empresas contempladas será realizada a cada dois anos.

A expectativa do plano, segundo as duas instituições de fomento, é suprir as principais demandas do setor, colocando o País como protagonista no mercado mundial e promovendo, além do conhecimento e inovação, mão de obra qualificada, postos de trabalho, renda e qualidade no fornecimento dos serviços.

Bilionário russo quer expandir negócios com fusão Oi e TIM


Bloomberg
Mikhail Fridman, magnata russo

Mikhail Fridman: o magnata russo está apostando menos em uma recuperação rápida do Brasil e mais nos bilhões de dólares em economia potencial de uma fusão com uma concorrente
 
Amy Thomson e Ilya Khrennikov, da Bloomberg

Mikhail Fridman passou os últimos dois anos procurando ativos de telecomunicações até colocar os olhos na operadora de celular mais endividada da América Latina, a Oi.

O magnata russo está apostando menos em uma recuperação rápida da economia brasileira e mais nos bilhões de dólares em economia potencial de uma fusão com uma concorrente.

A LetterOne, empresa de investimento de Fridman, concordou no mês passado em entrar em negociações exclusivas com a Oi para injetar até US$ 4 bilhões para a operadora e ajudá-la em uma possível combinação com a TIM Participações, segunda maior operadora de telefonia celular do Brasil, que é controlada pela Telecom Italia SpA.
Alexey Reznikovich, sócio-gerente do braço de telecomunicação e tecnologia da LetterOne, disse em entrevista na terça-feira que mesmo que um acordo com a TIM não siga adiante, podem existir outros alvos para a Oi.

“Estamos muito abertos a qualquer tipo de possibilidade”, disse Reznikovich de seu escritório em Londres. “O modelo tradicional de telecomunicações está praticamente morto do ponto de vista do investidor. É possível obter retornos e ganhar dinheiro no setor de telecomunicações como um investidor apenas em situações especiais -- em situações em que poderia haver potencial consolidação do mercado ou reestruturação ou refinanciamento da empresa”.

Combinadas, a TIM e a Oi, que está em quarto lugar no mercado de telefonia móvel do Brasil, terão uma participação de cerca de 44 por cento, segundo dados da Anatel. As empresas competem com a Telefônica Brasil e a Claro, do bilionário mexicano Carlos Slim.

“O mercado brasileiro está bastante pronto para uma consolidação”, disse Reznikovich. 

“Considerando sua estrutura, este provavelmente seja o fator mais importante”.

A Telecom Itália poderia iniciar conversas com a Oi somente se tiver o controle da nova empresa, disseram duas fontes com conhecimento do assunto. A operadora italiana inicialmente rejeitou a proposta de Fridman porque a LetterOne provavelmente teria o controle, deixando a empresa italiana com uma participação de 35 por cento, disse uma fonte.

A LetterOne não se oporia a ceder o controle da nova empresa à Telecom Itália, disse outra fonte. Representantes da Oi e da LetterOne preferiram não comentar.

A proposta da LetterOne deu impulso a uma consolidação há muito debatida no maior mercado de telecomunicações da América Latina. No ano passado, a Oi contratou o BTG Pactual -- acionista da Oi -- para analisar uma possível aquisição da TIM. O BTG tem participado ativamente das discussões, embora nenhuma oferta formal tenha sido feita, disse Reznikovich.

Fridman, 51, tem um patrimônio líquido de US$ 12,7 bilhões, segundo o índice Bloomberg Billionaires. Após fazer fortuna com petróleo e bancos, o empresário ampliou os negócios para o setor de telecomunicações em 2001, adquirindo o controle da operadora russa VimpelCom com seus sócios. Após expansão para ex- repúblicas soviéticas e compra de ativos na Itália, a VimpelCom atualmente opera em 14 países.
 

Fusão italiana


Em agosto, a VimpelCom fechou um acordo de fusão de sua unidade italiana, Wind, com a empresa de telefonia celular local de Li Ka-shing, um bilionário de Hong Kong. As empresas projetam uma economia avaliada em mais de 5 bilhões de euros (US$ 5,5 bilhões), excluindo os custos de integração.

A VimpelCom, que tem sede em Amsterdã e ações negociadas em Nova York, buscará vender torres de telefonia celular e ativos de rede para se tornar mais enxuta e poderá adicionar novos mercados no Leste Europeu ou na Ásia, disse Reznikovich, que é também presidente do conselho da VimpelCom.

A companhia não está interessada em adquirir os ativos que a sueca TeliaSonera AB recentemente colocou à venda devido às sobreposições em países como Cazaquistão e Uzbequistão, acrescentou ele.

“Nós precisamos reformular o modelo inteiro”, disse Reznikovich. “Os sistemas de TI estão desatualizados, com diferentes camadas e você não pode coletar ’big data’ de usuários corretamente”.

FHC vive renascimento de sua reputação, diz Economist


Divulgação
Fernando Henrique Cardoso
FHC: “Se você tem a capacidade de conversar com o país e tem uma agenda, o Congresso entra na linha”
 
 
 
São Paulo – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi tema de reportagem publicada hoje (5) pela revista inglesa The Economist. Intitulado “O político como pensador”, o texto ressalta o novo papel de FHC, que aos 84 anos de idade age mais como conselheiro da oposição à Dilma Rousseff que propriamente como um político.

“Enquanto investigações adentram a teia de corrupção na Petrobras, a gigante estatal de petróleo, e está cada vez mais próxima de Lula, FHC aproveita o respeito que conquistou como um antigo estadista”, diz a Economist. “E enquanto o Brasil afunda na crise que ameaça trazer a pior recessão desde 1930, sua antiga política econômica parece muito mais agradável.”

Indo de acordo com a perspectiva do ex-presidente, a revista indica que o drama da crise brasileira é o descontrole do Congresso tanto por falta de comando da presidente Dilma, que tem dificuldade de negociar com o Legislativo para aprovar as reformas necessárias, como pelo modelo de governabilidade das casas, que contam com 28 partidos diferentes na representação política.
“Se você tem a capacidade de conversar com o país e tem uma agenda, o Congresso entra na linha”, diz FHC em entrevista à Economist. “Quando você não tem nem um, nem outro, ele não entra.”

Como exemplo, a revista relembra o auge do Plano Real e as medidas tomadas pelo ex-presidente para desacelerar a inflação entre 1995 e 2003. O texto faz menção ao fato que FHC teve de negociar mais de 35 emendas constitucionais para controlar a economia.

Outro ponto de destaque é a “modernização da economia do país” através de privatizações de grandes empresas estatais, como aconteceu com a Telesp. A “abertura de capital” para investimento e inovação é algo que “não deve acontecer em um futuro próximo”, diz a revista.

A Economist fecha o texto com aspa do ex-presidente dizendo que o país precisa de “um novo foco e um novo líder”. O texto acaba ponderando, no entanto, uma possível culpa de FHC por não ter incentivado a renovação no PSDB, o que poderia ter dado melhores resultados ao partido nas últimas eleições, por exemplo.

Desempenho negativo da indústria faz economia do Sul declinar




No trimestre encerrado em agosto, atividade econômica da região recuou 2,8%, revela BC

Por Agência Brasil
Desempenho negativo da indústria faz economia do Sul declinar

A atividade econômica seguiu em trajetória declinante no país no início do segundo semestre, refletindo, sobretudo, os desempenhos negativos da indústria, das vendas do comércio e do setor de serviços, com impactos relevantes sobre o mercado de trabalho. Essa avaliação consta do Boletim Regional, publicação trimestral divulgada nesta quinta-feira (5) pelo Banco Central (BC), com indicadores econômicos por regiões do país.

Para o BC, as perspectivas de recuperação da atividade econômica dependem fundamentalmente da reversão da confiança de consumidores e empresários nos próximos trimestres, que tende a ser favorecida pelos efeitos das medidas de ajuste na economia. “Adicionalmente, a mudança de patamar da taxa de câmbio deverá seguir favorecendo as regiões onde há maior representatividade das exportações na economia, em especial Centro-Oeste e Sul, com desdobramentos positivos sobre os respectivos mercados de trabalho”, acrescentou o BC.

De acordo com o boletim, as economias regionais repercutiram com intensidades distintas os impactos do atual ciclo. No Sul, o IBCR-S recuou 2,8%. Nessa região, em ambiente de moderação no crédito e de deterioração do mercado de trabalho, destacou-se, no trimestre encerrado em agosto, o impacto dos desempenhos negativos do comércio e da indústria, reduzidos parcialmente pelas trajetórias da agricultura e da balança comercial. No Sudeste, as retrações da produção industrial e das vendas do comércio foram evidenciadas na trajetória do IBCR-SE, que contraiu 0,8%.

No Norte, a atividade econômica na região foi condicionada, no trimestre encerrado em agosto, pelas retrações observadas na produção industrial, nas vendas do comércio e na construção civil. O Índice de Atividade Econômica Regional da Região Norte (IBCR-N) recuou 1,5%, em relação ao trimestre finalizado em maio, de acordo com dados dessazonalizados (ajustados para o período).

No Nordeste, houve retrações nas vendas do comércio e na produção industrial, que exerceram desdobramentos negativos sobre o mercado de trabalho – a economia nordestina eliminou 42,9 mil empregos formais no trimestre, ante criação de 48,9 mil vagas em igual período de 2014. Nesse cenário, o IBCR-NE recuou 0,9% em relação ao trimestre finalizado em maio. A economia do Centro-Oeste seguiu em retração no trimestre encerrado em agosto, com resultados negativos da construção civil, das vendas do comércio, do setor de serviços e do mercado de trabalho. O IBCR-CO decresceu 0,6%.

Caminhoneiros dão ultimato a Dilma: ” Não queremos acordo. Saia do governo ou iremos parar o país”



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Os mesmos caminhoneiros que organizaram uma mega paralisação da categoria em fevereiro de 2015 tentam articular uma nova mobilização para a próxima segunda-feira (09)

O grupo pede a saída da presidente Dilma e alega que o governo não cumpriu os acordos feitos com a categoria na época:
  • Redução do preço do óleo diesel
  • Cancelamento das multas aplicadas a quem aderiu à greve
  • Lei que regulamente a aposentadoria com 25 anos de trabalho
“As reivindicações não foram atendidas. Agora não queremos negociar, não aceitaremos acordo. Queremos a renúncia da presidente”, afirmou o organizador da manifestação, Ivar Luiz Schmidt.
Ivar foi um dos responsáveis responsável por liderar a paralisação de fevereiro, que afetou a distribuição de combustível pelo país e fez com que o preço da gasolina chegasse a cinco reais o litro em algumas cidades.

Especialista Inglês via ONU diz que 'lei antiterrorismo' é um golpe que ameaça a liberdade no Brasil


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Até os ingleses da ONU já viram que uma lei feita por um congresso cuja maioria responde por crimes na justiça, com apoio de um governo que 'governa' por decretos, que não tem sequer 5% de aprovação real da população consciente, só pode resultar em repressão e censura.
04 passos pra uma Venezuela: desemprego em massa, desabastecimento, caos, repressão dura e implacável, disfarçada de 'defesa da democracia'>>>

O QUE DIZ BEN EMERSON, ESPECIALISTA INGLÊS NA ONU?

***O projeto de lei 101/2015 tenta definir os crimes de terrorismo no Brasil, permitindo ainda a criação de procedimentos investigatórios e processuais. A proposta foi encaminhada ao Senado em agosto, depois de já ter sido aprovada pela Câmara dos Deputados.
No dia 28 de outubro, o Senado aprovou a lei, que agora voltará a ser discutida pelos deputados. Um dos problemas identificados pelos relatores da ONU se refere à modificação feita no texto pelo Senado.
"Lamentamos que o atual projeto de lei excluiu um artigo anterior que estabelecia uma salvaguarda importante que garantia que a participação em manifestações políticas e em movimentos sociais não fosse considerada no âmbito dessa lei,” disse o documento da ONU.
O alerta foi emitido por Ben Emmerson, relator especial sobre a promoção e proteção dos direitos humanos e das liberdades fundamentais na luta antiterrorista, David Kaye, relator especial sobre a promoção e proteção do direito à liberdade de opinião e expressão, Maina Kiai, relator especial para os direitos da liberdade de reunião e associação pacífica, e Michel Forst, relator especial para a situação de defensores de direitos humanos.
“Os Estados têm o dever de proteger a sociedade civil e os direitos fundamentais para sua existência e seu desenvolvimento, como os direitos à liberdade de associação e reunião pacífica e à liberdade de expressão”, defenderam os relatores. “Definições imprecisas ou demasiado amplas sobre terrorismo abrem a possibilidade do uso deliberadamente indevido do termo.
Por isso, legislações que visam combater o terrorismo devem ser suficientemente precisas para cumprir com o princípio de legalidade, a fim de evitar que possam ser usadas contra a sociedade civil, silenciar defensores de direitos humanos, blogueiros e jornalistas, e criminalizar atividades pacíficas na defesa dos direitos das minorias, religiosos, trabalhistas e políticos”, apontaram.
Para a ONU, "quando leis voltadas para a promoção da segurança podem afetar as liberdades fundamentais, os Estados devem sempre assegurar que os princípios de necessidade, proporcionalidade e não discriminação sejam inteiramente respeitados".
“As medidas contra o terrorismo que têm um impacto negativo na capacidade de ONGs para atuarem de forma efetiva e independente estão fadadas a ser, em última instância, contraproducentes na redução da ameaça imposta pelo terrorismo.” ***(Com informações de Estadão)