quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Empresas estrangeiras são foco "cada vez maior" de Lava Jato


Ueslei Marcelino/REUTERS
Procurador da República Deltan Dallagnol
Procurador da República, Deltan Dallagnol: até o momento somente uma empresa estrangeira assinou acordo de leniência
 
Caroline Stauffer, da REUTERS


Curitiba - Empresas estrangeiras estão se tornando um foco "cada vez maior" das investigações sobre corrupção na Petrobras da operação Lava Jato, e podem ser alvo de denúncias e multas, disse em entrevista à Reuters o procurador da República Deltan Dallagnol, que está na linha de frente da investigação.

Ele acrescentou que até o momento somente uma empresa estrangeira assinou acordo de leniência.

Diretor-geral do DNPM pede demissão após desastre em Mariana




Ricardo Moraes/REUTERS
Homem em meio à lama em Mariana após desastre em 2015
Homem em meio à lama em Mariana após desastre: Garcia alegou motivos de saúde para deixar o cargo
 
Da REUTERS


Rio de Janeiro - O diretor-geral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Celso Luiz Garcia, pediu demissão na terça-feira, informou a assessoria de imprensa do Ministério de Minas e Energia, nesta quarta-feira.

A saída de Garcia da chefia do departamento --que tem entre suas atribuições controlar e fiscalizar as atividades de mineração em todo o Brasil-- ocorre quase duas semanas após o rompimento de uma barragem da mineradora Samarco em Mariana (MG).

O incidente ocorrido em 5 de novembro, que resultou em várias mortes e derramou toneladas de lama por diversas cidades de Minas Gerais e Espírito Santo, é considerado o maior desastre ambiental registrado no país.
Garcia alegou motivos de saúde para deixar o cargo. Um substituto deverá ser anunciado ainda nesta quarta-feira pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, segundo a assessoria.

A Samarco, de propriedade da Vale e da BHP Billition, informou na terça-feira que está realizando monitoramento em tempo real e fazendo reparos de emergência em duas de suas barragens de rejeitos que sofreram danos na sequência do colapso da barragem do Fundão na região de Mariana.

5 frases que você não deve falar se quiser ser bem-sucedido

Luiza Belloni, do HuffPost Brasil

O poder da positividade na profissão

São Paulo - Seu pensamentos, ações e até mesmo a escolha das palavras podem significar a diferença entre se destacar profissionalmente e permanecer na média.

"Se você passa um tempo em torno de pessoas bem-sucedidas [que conquistaram a própria riqueza] e, depois, ficar mais algum tempo com outras, você vai entender uma diferença na forma de como os dois grupos falam", conta Steve Siebold, milionário que estudou mais de 1.200 ricos, em entrevista ao site americano Business Insider.

Segundo Siebold, pessoas realizadas profissionalmente têm uma visão diferente de determinadas situações, e consequentemente, não se abalam facilmente quando obstáculos aparecem. Para isso, estas pessoas têm algumas máximas, como não dizer algumas frases.

Veja a seguir as frases que os ricos aboliram (e que você deveria abolir também).

 Thinkstock
Empreendedora chorando

1. "Eu odeio meu trabalho"

Se você quer ser bem-sucedido, você precisa de paixão. Faça o que lhe dê prazer e se você está num trabalho em que não está feliz, busque outra coisa.

"O rico sabe que paixão é o real secreto para ser bem-sucedido", diz Siebold.
"Enquanto a massa vê a paixão como um efeito, o grande segredo é vê-la como a causa. Em outras palavras, a maioria das pessoas vai trabalhar todos os dias e esperando encontrar a paixão no que fazem. As pessoas que se destacam vão trabalhar todos os dias sentindo paixão pelo o que fazem."

 Homem endividado

2. "Eu não posso pagar isso"

Apesar de parecer inofensiva, esta frase é altamente perigosa, pois lhe dá limites.

Segundo o especialista em finanças pessoais, Robert Kiyosaki, esta frase mostra até onde você pode chegar, e não dá uma solução para o problema.

Em vez disto, você deveria dizer: "Como posso comprar isso?"

Kiyosaki ressalta que isso não significa que você deve comprar tudo. O ponto é constantemente exercitar sua mente, chegando a conclusões criativas e pensando em como fazer algo acontecer, ao invés dizer que "não dá".
 Homem abraçando dinheiro

3. "Eu nunca vou ser rico"

"Pare de dizer para si mesmo que você nunca vai conseguir algo e que isto está fora de seu controle", diz Siebold.

"A verdade é que fazer dinheiro é um trabalho para si mesmo". Pessoas realizadas na carreira têm objetivos e não se deixam levar por frases negativas como esta.

 Preguiça pós férias

4. "Eu faço isso amanhã"

A procrastinação é uma das piores pegadinhas que um profissional pode se sujeitar. Se você quer que algo aconteça, comece agora.

Se você quer dar uma guinada na carreira, fazer investimentos ou abrir seu próprio negócio, comece agora e use as ferramentas que você tem hoje.

 Executivo feliz na natureza

5. "Dinheiro não importa"

É claro que ter grana não resolve tudo ou garante a felicidade plena. Mas, no mundo onde vivemos, o dinheiro ainda tem o poder de prover muitas coisas - como liberdade, oportunidades e possibilidades.

Para isso, é necessário ver o dinheiro de uma forma diferente - nem idolatrá-lo, nem odiá-lo.
É preciso ter uma boa relação com as finanças pessoais


Investidores da Vale se preparam para mais sofrimento


Divulgação/Vale
Sede da Vale
Vale: o maior desastre da mineração na história do Brasil não poderia ter vindo em pior momento para os investidores em títulos da Vale
 
Peter Millard e Emma Orr, da Bloomberg


São Paulo - A maior produtora de minério de ferro do mundo já estava enfrentando problemas com a queda dos preços dos metais e com a mais profunda recessão econômica em seu país de origem nos últimos 25 anos.

A ruptura de duas barragens operadas pela Samarco Mineração no início deste mês está agora ameaçando elevar os custos pois a escala do acidente quase certamente significa uma supervisão mais rigorosa.

O derramamento da Samarco enterrou uma vila, matou pelo menos 11 pessoas e contaminou um rio de uma extensão de 853 quilômetros, deixando mais de 260 mil pessoas sem água potável.
A Vale tem minas de minério de ferro em todo o Brasil que são semelhantes às da Samarco – grandes reservatórios de rejeitos de lama com resíduos da atividade de mineração – e que agora sofrerão maiores controles dos órgãos ambientais.

Como resultado, os investidores em debêntures estão se preparando para mais sofrimento. Os US$ 2,25 bilhões de notas da Vale com vencimento em 2022 caíram 2,9 por cento desde 5 de novembro, três vezes a média dos mercados emergentes.

“O perfil do caso provavelmente vai causar algum tipo punitivo da recomendação por parte dos reguladores do governo e supervisores da indústria”, disse Michael Roche, estrategista do Seaport Global Holdings. “Isso só contribui para uma condenação negativa sobre a empresa e o setor, o que não vai contribuir para sua recuperação”.

A Samarco, uma joint venture entre a Vale e a BHP Billiton, com sede em Melbourne, disse em 6 de novembro que é muito cedo para determinar o que causou o acidente e que as barragens foram consideradas de acordo com as normas de segurança em uma inspeção em julho.

A Samarco está trabalhando para reforçar duas outras barragens para reduzir o risco para as estruturas, disse a empresa na quarta-feira. Em uma declaração conjunta em 11 de novembro, a BHP e a Vale disseram que estavam participando dos esforços de salvamento, fornecendo ajuda às vítimas e tornando a área segura novamente.

E enquanto as licenças de funcionamento foram suspensas indefinidamente, os dois proprietários disseram que estão comprometidos em restaurar o empreendimento. A Vale disse que poderia levar anos para limpar o Rio Doce.

A Samarco tem US$ 1,7 bilhão em seguros contra interrupções de negócios e suspensão de operações, enquanto a cobertura de responsabilidade civil é menor do que os 250 milhões de reais (US$ 66 milhões) já cobrados pelo órgão ambiental Ibama, disse Luciano Siani Pires, diretor financeiro da Vale, em 16 de novembro em uma teleconferência.

A Vale não espera que as multas e dívidas da Samarco sejam repassadas para os dois proprietários do projeto, ele afirmou.

Em uma entrevista na semana passada, o promotor estadual Guilherme de Sá Meneghin disse que vai procurar penas máximas contra a Samarco, o que pode incluir a exigência de uma indenização de R$ 1 bilhão (US$260 milhões) e o fechamento do lugar de forma permanente.

O acidente também danificou uma correia transportadora da mina da Vale em Mariana e fechou a mina de Fazendão que alimentava a produção da Samarco. A Vale espera que cerca de 18 milhões de toneladas de produção sejam perdidas como resultado, que equivale a 5 por cento da produção anual.

Isso levou o Bradesco a cortar sua estimativa para os lucros da Vale em 2016 em cerca de US$ 300 milhões, caindo para US$ 5 bilhões, enquanto o Deutsche Bank afirmou que os custos de limpeza poderiam ultrapassar US$ 1 bilhão.

Para piorar as coisas, a economia do Brasil vai encolher 2,5 por cento este ano e 0,5 por cento em 2016, de acordo com a Standard & Poor’s. Seria a recessão mais longa desde a Grande Depressão.

“Outras restrições para tornar a mineração mais segura vão acabar encarecendo a atividade”, Russ Dallen, o chefe de operações na Caracas Capital Markets, afirmou de Miami. “Eles estão sendo atingidos por golpe duplo – o boom das commodities terminou”.

Obama deixa protocolo de lado e entrevista CEO da Alibaba




Jonathan Ernst/REUTERS
O presidente dos Estados Unidos fala ao ouvido de Jack Ma, fundador da Alibaba
Obama fala aou ouvido de Jack Ma: presidente brincou, descontraído, com o excêntrico fundador da empresa
 
Megha Rajagopalan, da REUTERS


Manila - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez uma pausa do encontro Ásia-Pacífico nesta quarta-feira para uma tarefa incomum -- fazer perguntas ao bilionário chinês da Internet e a uma jovem empresária filipina com negócios ligados ao governo em um painel de discussão.

Obama brincou, descontraído, com o excêntrico fundador e presidente-executivo da Alibaba, Jack Ma, que planeja fazer incursões em mercados estrangeiros, incluindo os EUA.

Durante a discussão nos bastidores do encontro do grupo de Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (Apec, na sigla em inglês) em Manila, o presidente norte-americano inquiriu Ma sobre como ele pensava que o governo e os negócios estabelecidos poderiam ajudar pequenos empreendedores.
"O governo é simples, basta reduzir os impostos, ou não taxar essas pessoas", respondeu Ma, levando a gargalhadas e aplausos da audiência, composta por executivos corporativos.

As declarações de Ma ocorrem ao mesmo tempo que a Alibaba trabalha para investir pesado em negócios internacionais.

Executivos disseram que ir além do mercado chinês é uma prioridade máxima, conforme a companhia trabalha para manter seu rápido crescimento mesmo que a perspectiva de saturação do mercado doméstico de e-commerce continue grande.

A Alibaba disse que alguns de seus maiores mercados internacionais incluem o Brasil e a Rússia.

Obama também congratulou a relativamente desconhecida empresária filipina Aisa Mijeno, professora de engenharia que inventou uma lâmpada alimentada por água salgada.

Ele sugeriu que Ma investisse na companhia da colega no painel após ela dizer que estava buscando financiamento para produzir em massa suas lâmpadas.

Cláusula contratual de eleição de foro pode ser mitigada, decide TJ-RJ

Hipossuficiência empresarial




Cláusulas contratuais que impedem ou criam dificuldades para as partes envolvidas recorrerem ao Judiciário não atendem ao fim social do contrato, por isso podem ser mitigadas, principalmente quando se encontra em jogo a soberania nacional. Com esse fundamento, a 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anulou o item do contrato de prestação de serviço entre uma empresa brasileira e outra estrangeira que estabelecia o foro de Houston,  no estado americano do Texas, para dirimir eventuais conflitos. A decisão foi unânime.

A determinação foi proferida em uma exceção de incompetência proposta pela Global Serviços Geofísicos a fim de reafirmar a competência do Judiciário dos EUA para julgar o processo de cobrança em que é ré. A ação foi movida pela brasileira Geonunes Consultoria, Representações e Apoio Marítimo, contratada pela companhia americana. A brasileira foi defendida escritório Garcia & Keener Advogados.

A primeira instância negou o pedido, e o caso foi parar na 5ª Câmara Cível. A Global pediu a reforma da decisão. A Geonunes, por sua vez, se defendeu com o argumento de que optara pela cobrança na Justiça brasileira porque a empresa americana tem sede no Brasil e tanto o serviço como os pagamentos ocorreram no país.

Segundo a Geonunes, “sendo hipossuficiente em relação à multinacional americana”, não teve poder para formular ou alterar cláusulas, como a que elege o foro competente para julgar eventuais litígios, então previsto no contrato de adesão.

Para o desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, que relatou o caso, o argumento da companhia americana de que a prevalência do foro de eleição tem lastro na autonomia da vontade não prevalece. “Apesar de sua importância para discernir a intenção dos contratantes, esta regra não é absoluta, podendo ser mitigada pela função social do contrato e pela soberania nacional”, afirmou.

Segundo o relator, é possível modificar a competência territorial, mas não excluir ou afastar a jurisdição nacional. “Sendo as normas de competência internacional de ordem pública, as partes podem optar por ambas as jurisdições, mas não é possível desprezar uma em detrimento de outra, como previsto na cláusula de eleição”, destacou.

Figueira disse que a cláusula que impeça ou cause dificuldade a um dos contratantes para buscar a tutela jurisdicional assegurada na Constituição Federal não atende o fim social. Dessa forma, a autonomia da vontade, e por consequência a cláusula de eleição de foro, encontram limitações no ordenamento jurídico brasileiro, “não tendo o condão de, por si só, afastar a jurisdição brasileira”.

O desembargador explicou que a tutela pretendida na ação de cobrança se enquadra nas hipóteses do artigo 88 do Código de Processo Civil, tendo em vista que o local do cumprimento da obrigação objeto da lide, prestação de serviço de geologia, ocorre no Brasil.

Por fim, destacou que a empresa americana não demonstrou prejuízos à defesa pelo fato de a ação de cobrança ter sido movida no Brasil, firmando a competência do juízo da 5ª Vara Cível Regional da Barra da Tijuca.


Clique aqui para ler a decisão.

Aquisição torna Marriott a maior empresa de hotéis do mundo




Divulgação/Marriott International
Hotel J. W. Marriott. A empresa anunciou aquisição da Starwood Hotels and Resorts
Marriott International: Juntas, ela e Starwood Hotels & Resorts terão mais de 1,1 milhão de quartos em 100 países
 
 
 
São Paulo - O grupo de hotéis Marriott Internacional anunciou a aquisição da concorrente Starwood Hotels & Resorts Worldwide, por 12,2 bilhões de dólares.

Segundo o Marriott, a compra irá torná-lo a maior empresa de hotéis em números de acomodações do mundo.

Juntas, as empresas terão mais de 1,1 milhão de quartos em mais de 5.500 empreendimentos, com presença em mais de 100 países.
O faturamento das duas empresas somou 2,7 bilhões no ano fiscal que terminou em setembro.

“A transação combina as marcas líderes em estilo de vida da Starwood e sua marca internacional com a presença forte da Marriott nas camadas de luxo e serviços selecionados, assim como os segmentos de convenções e resort”, afirmou o Marriott em comunicado aos investidores.

O acordo foi aprovado pelas diretorias das duas empresas de forma unânime, anunciou o Marriott em comunicado. O valor total da aquisição, de 12,2 bilhões de dólares, será pago em ações da Marriott e com 340 milhões de dólares em dinheiro. 

Os acionistas da Starwood receberão 0,92 de ação da Marriott, além de US$ 2,00. Eles deterão cerca de 37% da empresa resultante da fusão. O valor representa um aumento de 6% sobre o valor de fechamento das ações da Starwood.

 

Objetivos


O interesse do grupo Marriott nasceu depois que a Starwood divulgou suas estratégias, falando de uma possível fusão ou aquisição.

“Pensamos que uma aquisição poderia trazer mais opções para os consumidores e criar um programa de lealdade maior”, disse Arne Sorenson, diretor executivo do Marriott ao Wall Street Journal.

As empresas esperam sinergias de cerca de 200 milhões de dólares em custos fixos por ano e que a fusão irá contribuir com lucros para a empresa em dois anos após a operação.

Um dos alvos será acelerar o crescimento internacional das marcas do grupo Starwood, que incluem os hotéis de luxo St. Regis, The Luxury Collection, Westin Hotels and Resorts, Le Méridien e Sheraton, além dos hotéis de serviços Aloft, Element e Four Points..

Outro resultado da fusão é a expansão dos serviços de fidelidade dos dois grupos de hotéis. O programa Marriott Rewards tem 54 milhões de membros e o Starwood Preferred Guest conta com 21 milhões de viajantes.