terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Fiesp e Ciesp definem apoio a processo de impeachment

Paulo Skaf durante entrevista coletiva em que anunciou o posicionamento da Fiesp e do Ciesp sobre processo de impeachment. Foto: Ayrton Vignola/Fiesp
Pesquisa das entidades mostra 91% dos entrevistados na alta direção das indústrias pessoalmente a favor
Agência Indusnet Fiesp

Em reunião conjunta de suas diretorias, realizada nesta segunda-feira (14/12), a Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp) decidiram apoiar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Esse posicionamento reflete o desejo dos industriais paulistas, demonstrado em levantamento feito pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon).

A maciça maioria (91,9%) dos entrevistados respondeu que a Fiesp deveria se posicionar a respeito do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Essa pesquisa foi endossada por todos os fóruns da Casa”, disse Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp. Ele explicou que a decisão foi tomada “devido à situação política e econômica do Brasil, devido ao momento a que nós chegamos”.

Skaf citou problemas como o estouro das contas públicas neste ano – e a perspectiva de novo estouro em 2016. Lembrou que o PIB brasileiro vai encolher 3,5% este ano, enquanto o mundo tem crescimento, e que o Brasil vai fechar 1,6 milhão de empregos com carteira assinada. O Governo não tem “nenhuma credibilidade, não há confiança” nem investimentos. “O país está à deriva, e não há atitudes para solucionar os problemas”, disse Skaf.

O presidente da Fiesp e do Ciesp ressaltou que os trâmites legais têm que ser respeitados. “Não estamos condenando a presidente”, lembrou, e sim defendendo o prosseguimento do processo dentro das normas legais. “Há um encaminhamento legal, de acordo com a Constituição, de um pedido de impeachment. Não se pode falar em golpe com tudo feito de maneira correta.”

Na pesquisa, realizada entre os dias 9 e 11 de dezembro de 2015, foram ouvidas 1.113 empresas no Estado de São Paulo. O questionário foi preenchido, preferencialmente, por proprietário, presidente, diretor ou uma pessoa da empresa que tenha uma percepção mais ampla de seus negócios e dos efeitos sobre eles da situação política. Entre os entrevistados, 91% se disseram pessoalmente favoráveis ao processo de impeachment. Entre as empresas, 85,4% são favoráveis.

Ao apresentar a pesquisa, Skaf lembrou a crise na indústria. “Somando a queda do ano passado com a de 2015 e de 2016, a indústria vai encolher quase 20%”, afirmou. “É chegada a hora de ter a visão de onde está o problema. Na minha visão, o problema ficou todo na parte política.”
 
Paulo Skaf durante entrevista coletiva em que anunciou o posicionamento da Fiesp e do Ciesp sobre processo de impeachment. Foto: Ayrton Vignola/Fiesp

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Projeção para inflação sobe pela 13ª vez seguida, para 10,61% este ano


A estimativa para a queda do PIB passou de 3,5% para 3,62%, no quarto ajuste da série

Por Agência Brasil
Projeção para inflação sobe pela 13ª vez seguida, para 10,61% este ano

A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), neste ano, subiu pela 13ª semana seguida, ao passar de 10,44% para 10,61%. Para 2016, a estimativa para o IPCA subiu pela segunda vez consecutiva. Desta vez, a projeção foi ajustada de 6,7% para 6,8%. As estimativas foram divulgadas nesta segunda-feira (14) e estão no Boletim Focus do Banco Central (BC), uma publicação semanal, feita a partir de consultas a instituições financeiras.

As duas projeções estão acima do limite superior da meta, que é 6,5%. O centro da meta é 4,5%. O Banco Central estima que a inflação só deve atingir o centro da meta em 2017. O principal instrumento usado pelo BC para controlar alta dos preços é a taxa básica de juros, a Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a Selic, elevou a taxa por sete vezes consecutivas. Nas reuniões do comitê em setembro, outubro e novembro, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 11,04% para 10,99%, este ano. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa foi ajustada de 10,80% para 10,81%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) subiu de 10,77% para 10,85%, este ano. A projeção para a alta dos preços administrados passou de 17,65% para 18%, este ano, e de 7,35% para 7,50%, em 2016.

A inflação alta vem acompanhada de encolhimento da economia tanto neste ano quanto em 2016. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 3,5% para 3,62% este ano, no quarto ajuste seguido. Para 2016, a estimativa de queda foi alterada pela décima vez consecutiva, ao passar de 2,31% para 2,67%, em 2016. A projeção para a cotação do dólar caiu de R$ 3,95 para R$ 3,90, ao final deste ano, e segue em R$ 4,20, no fim de 2016.


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Projeção para inflação sobe pela 13ª vez seguida, para 10,61% este ano

A estimativa para a queda do PIB passou de 3,5% para 3,62%, no quarto ajuste da série

Por Agência Brasil

Projeção para inflação sobe pela 13ª vez seguida, para 10,61% este ano
A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), neste ano, subiu pela 13ª semana seguida, ao passar de 10,44% para 10,61%. Para 2016, a estimativa para o IPCA subiu pela segunda vez consecutiva. Desta vez, a projeção foi ajustada de 6,7% para 6,8%. As estimativas foram divulgadas nesta segunda-feira (14) e estão no Boletim Focus do Banco Central (BC), uma publicação semanal, feita a partir de consultas a instituições financeiras.
As duas projeções estão acima do limite superior da meta, que é 6,5%. O centro da meta é 4,5%. O Banco Central estima que a inflação só deve atingir o centro da meta em 2017. O principal instrumento usado pelo BC para controlar alta dos preços é a taxa básica de juros, a Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a Selic, elevou a taxa por sete vezes consecutivas. Nas reuniões do comitê em setembro, outubro e novembro, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 11,04% para 10,99%, este ano. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa foi ajustada de 10,80% para 10,81%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) subiu de 10,77% para 10,85%, este ano. A projeção para a alta dos preços administrados passou de 17,65% para 18%, este ano, e de 7,35% para 7,50%, em 2016.
A inflação alta vem acompanhada de encolhimento da economia tanto neste ano quanto em 2016. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 3,5% para 3,62% este ano, no quarto ajuste seguido. Para 2016, a estimativa de queda foi alterada pela décima vez consecutiva, ao passar de 2,31% para 2,67%, em 2016. A projeção para a cotação do dólar caiu de R$ 3,95 para R$ 3,90, ao final deste ano, e segue em R$ 4,20, no fim de 2016.
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Projeção para inflação sobe pela 13ª vez seguida, para 10,61% este ano

A estimativa para a queda do PIB passou de 3,5% para 3,62%, no quarto ajuste da série

Por Agência Brasil

Projeção para inflação sobe pela 13ª vez seguida, para 10,61% este ano
A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), neste ano, subiu pela 13ª semana seguida, ao passar de 10,44% para 10,61%. Para 2016, a estimativa para o IPCA subiu pela segunda vez consecutiva. Desta vez, a projeção foi ajustada de 6,7% para 6,8%. As estimativas foram divulgadas nesta segunda-feira (14) e estão no Boletim Focus do Banco Central (BC), uma publicação semanal, feita a partir de consultas a instituições financeiras.
As duas projeções estão acima do limite superior da meta, que é 6,5%. O centro da meta é 4,5%. O Banco Central estima que a inflação só deve atingir o centro da meta em 2017. O principal instrumento usado pelo BC para controlar alta dos preços é a taxa básica de juros, a Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a Selic, elevou a taxa por sete vezes consecutivas. Nas reuniões do comitê em setembro, outubro e novembro, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 11,04% para 10,99%, este ano. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa foi ajustada de 10,80% para 10,81%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) subiu de 10,77% para 10,85%, este ano. A projeção para a alta dos preços administrados passou de 17,65% para 18%, este ano, e de 7,35% para 7,50%, em 2016.
A inflação alta vem acompanhada de encolhimento da economia tanto neste ano quanto em 2016. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 3,5% para 3,62% este ano, no quarto ajuste seguido. Para 2016, a estimativa de queda foi alterada pela décima vez consecutiva, ao passar de 2,31% para 2,67%, em 2016. A projeção para a cotação do dólar caiu de R$ 3,95 para R$ 3,90, ao final deste ano, e segue em R$ 4,20, no fim de 2016.
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Cade aprova acordo de redes 4G entre TIM, Vivo e Oi


Thinkstock
internet das coisas
Internet: esse tipo de contrato é conhecido no jargão do mercado como acordos de "RAN Sharing"
 
Da REUTERS


São Paulo - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições acordo de compartilhamento de infraestrutura de telefonia móvel de quarta geração (4G) entre as operadoras TIM Participações, Vivo e Oi.

Segundo parecer divulgado pelo Cade, o contrato firmado entre as empresas prevê cessão recíproca e onerosa de parcela limitada de suas respectivas infraestruturas para a prestação dos serviços móveis na tecnologia 4G.

Esse tipo de contrato é conhecido no jargão do mercado como acordos de "RAN Sharing", e o acordo firmado refere-se à faixa de frequência de 2,5 GHz.

"As requerentes declaram que ao vencer a licitação assumiram inúmeros compromissos de abrangência envolvendo a construção, operação e manutenção da rede necessária para cumprir tais obrigações, bem como para atender de forma adequada aos novos clientes da tecnologia 4G, implicando investimentos substanciais", disse o parecer do Cade.

"Entretanto, em razão de restrições urbanísticas e ambientais à implantação de novas Estação Radio Base (ERBs), a expansão dos serviços móveis no Brasil estaria dificultada, sendo a cessão de meios de rede LTE (4G) uma das alternativas encontradas pelas empresas do setor para driblar os elevados custos relacionados à construção da infraestrutura LTE necessária ao seu crescimento", segundo o documento.

De acordo com o Cade, o compartilhamento de redes será baseado em um modelo de separação de responsabilidades, de forma que cada empresa será responsável pela construção e implementação da infraestrutura, em uma dada área geográfica, bem como por sua operação.

"As requerentes afirmam que haverá completa independência na gestão dos serviços e dos usuários, sem impacto nas estratégias comerciais de cada uma das partes e a troca de informações entre as partes será restrita exclusivamente a questões técnicas." O Cade considerou que a operação não terá efeitos anticompetitivos.

Tim trabalha com bancos sobre fusão com Oi, dizem fontes



Alessia Pierdomenico/Bloomberg
Telefonia: loja da TIM
Loja da TIM: bancos dos EUA estão ajudando a unidade brasileira da Telecom Italia a avaliar os detalhes de um possível negócio
 
Jonathan Levin, da Bloomberg
Cristiane Lucchesi e Daniele Lepido, da Bloomberg


A Tim Participações SA continua estudando a possibilidade de fusão com a Oi SA e trabalha no negócio com o Bank of America Corp. e o Citigroup Inc., disseram pessoas informadas sobre o assunto.

Os bancos dos EUA estão ajudando a unidade brasileira da Telecom Italia SpA a avaliar os detalhes de um possível negócio, disseram as pessoas, pedindo anonimato porque o assunto é privado. Não há nenhuma conversa formal em andamento, nem garantia de que algum acordo possa ir adiante, disseram elas.

Embora a crise no Grupo BTG Pactual SA -- assessor de longa data da Oi -- tenha sido um revés, as empresas continuam empenhadas em explorar a combinação, disseram duas pessoas. É improvável que as empresas brasileiras fechem negócio até o fim do ano, disse uma delas.

Antes da prisão do então presidente do BTG, André Esteves, a Oi e seus assessores vinham planejando entregar uma proposta à Tim em dezembro, disse outra pessoa na época. A Tim está esperando para ver como a situação avança, segundo uma fonte adicional. Por meio de seu advogado, Esteves negou irregularidades.

“Não há proposta na mesa, não há negociação, não há contato’’, disse Rodrigo Abreu, presidente da Tim, a jornalistas em São Paulo no dia 9 de dezembro. Ele disse em outubro que a Tim analisará a proposta quando ela for concreta.

Um representante da Oi, em resposta por e-mail a perguntas, disse que as negociações evoluem de forma normal para uma transação desse tamanho. A empresa disse que suas relações com a LetterOne e com o BTG continuam inalteradas, e o BTG atua exclusivamente como assessor.

A unidade brasileira da Telecom Italia não tem nenhuma necessidade de focar em operações de fusão e aquisição e nenhum assessor foi contratado para um possível negócio com a Oi, disse um porta-voz da Telecom Italia em Roma.

Representantes do Citigroup, do Bank of America e da Tim preferiram não comentar.
 

Reação do mercado


O mercado viu os problemas do BTG como um revés direto para o negócio entre Oi e Tim. Com a alta carga de dívida da Oi uma fusão, assim como um investimento de capital, se tornou uma questão de sobrevivência para a gigante das telecomunicações. As ações e os títulos da Oi despencaram desde o início da crise do BTG, com os títulos sendo negociados a 43 centavos de dólar, sugerindo que os traders esperam que os títulos experimentem perdas significativas em relação ao principal.

A prisão de Esteves desencadeou uma crise de confiança em relação ao banco, provocando uma corrida para venda de ativos para preservar liquidez.


Investimento da LetterOne


A Oi parecia ter dado um respiro em outubro quando atraiu, com assessoria do BTG, um compromisso de investimento de até US$ 4 bilhões da LetterOne Holdings SA, do bilionário russo Mikhail Fridman. O compromisso veio com condições -- depende de a Oi buscar uma negociação com a Tim.

A proposta que a Oi está preparando juntamente com a LetterOne provavelmente entregará à Telecom Italia uma participação de mais de 50 por cento na nova empresa, disse uma fonte. Isso poderia evitar atrito nas negociações.

Embora a Oi seja a maior empresa em receita, seu valor de mercado entrou em colapso por causa do peso de sua dívida. Seu valor é de R$ 1,7 bilhão (US$ 449 milhões), contra R$ 17 bilhões da Tim, enquanto a razão dívida-capital da Oi é de 75,2 por cento, contra uma média de 40,1 por cento de seu par, segundo dados compilados pela Bloomberg.
 
As discussões foram adiadas devido a assuntos internos no conselho da Telecom Italia e não devido à situação no BTG, disse uma fonte informada sobre o assunto.
 

Shell vai cortar 2.800 empregos por aquisição da BG


Neil Hall/Reuters
Logo da Shell visto em uma garagem da empresa em Londres
Logo da Shell: "A Shell espera atualmente uma redução potencial total de aproximadamente 2.800 empregos a nível mundial"
 
Da AFP

A empresa anglo-holandesa Royal Dutch Shell anunciou nesta segunda-feira que irá cortar 2.800 postos de trabalho, 3% do total, após a aquisição da empresa rival britânica BG.

"A Shell espera atualmente uma redução potencial total de aproximadamente 2.800 empregos a nível mundial em toda a empresa combinada, ou aproximadamente 3% da força de trabalho total", afirma a Shell em um comunicado.

A Shell informou que os cortes são adicionados aos 7.500 previamente anunciados.

A aquisição da BG - por 55 bilhões de libras, 84 bilhões de dólares - recebeu a aprovação das autoridades chinesas nesta segunda-feira, depois das autorizações anunciadas por Estados Unidos, Austrália, Brasil e Comissão Europeia.

Em um momento no qual os grandes projetos de exploração são caros e arriscados, uma compra deste tipo permitirá a Shell aumentar de uma só vez suas reservas de petróleo e gás em 25% e sua produção em 20%.

A Shell, que agora buscará a aprovação dos acionistas das duas empresas, espera completar a aliança no início de 2016.

Fusão entre Shell e BG recebe aprovação da China


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Posto da Shell
Shell: as gigantes do petróleo e gás Shell e BG vão agora enviar um prospecto de incorporação aos seus acionistas
 
Da REUTERS

Londres - A petroleira anglo-holandesa Shell planeja cortar milhares de empregos para reduzir custos caso a aquisição da petroleira britânica BG ocorra como o planejado, no início do próximo ano, na sequência de uma autorização definitiva concedida por autoridades da China.

A aquisição, que foi anunciada em 8 de abril e é a maior do setor em uma década, foi aprovada pelo Ministério do Comércio da China, declarou a Shell nesta segunda-feira, após o aval anterior da Austrália, do Brasil e da União Europeia.

As gigantes do petróleo e gás Shell e BG vão agora enviar um prospecto de incorporação aos seus acionistas e realizar reuniões gerais especiais para votações sobre o negócio.

Se aprovada, a fusão vai enfrentar uma audiência judicial 10 dias mais tarde e pode ser concluída até o início de fevereiro.

Alguns acionistas, no entanto, manifestaram preocupação sobre os méritos da aquisição após a acentuada queda nos preços do petróleo.

A queda nos preços das ações da Shell desde abril significa que o valor do negócio caiu para 53 bilhões de dólares, ante os anteriores 70 bilhões de dólares.

Pouco depois de anunciar o sinal verde da China, a Shell emitiu uma declaração dizendo que espera cortar cerca de 2.800 vagas globais do grupo combinado. Isso seria quase 3 por cento da força de trabalho combinada de cerca de 100 mil funcionários.

A Shell anunciou anteriormente cortes de custos e um plano de desinvestimentos, em meio aos baixos preços do petróleo no cenário global.

A BG hoje é a principal sócia da Petrobras na produção de petróleo no pré-sal e a segunda maior produtora de óleo e gás do Brasil, depois da petroleira estatal.


Grupo Abril recebe aporte de R$ 450 milhões



ALEXANDRE BATTIBUGLI / PLACAR
Novo Edifício Abril, sede do Grupo Abril
Sede da Abril: aporte reduz o endividamento, traz equilíbrio financeiro para o ano e fortalece o grupo para 2016


São Paulo – O Grupo Abril recebeu hoje um aporte de capital de R$ 450 milhões, feito pela Família Civita. Ao mesmo tempo, a companhia fechou um acordo para reperfilamento de sua dívida de curto e médio prazo.

As iniciativas permitirão "uma redução efetiva do endividamento e fazem com que a empresa encerre 2015 com equilíbrio em suas finanças e fortalecida para 2016", segundo comunicado enviado à imprensa.

“Esse aporte representa, acima de tudo, nossa confiança nos negócios e no país. Temos um compromisso com a Abril e acreditamos na sua perenidade. Somos e continuaremos sendo a maior Editora da América do Sul, líder em vários segmentos e plataformas", afirmou Giancarlo Civita, presidente do Grupo Abril.

De acordo com ele, a empresa seguirá nos negócios de impressão e distribuição. "Vamos encerrar este ano muito melhor do que terminamos em 2014. Fizemos os ajustes necessários, nossa rentabilidade melhorou e entramos em 2016 com nova perspectiva”, afirmou. 

Ainda segundo Civita, a capitalização e o fechamento do acordo colocam a empresa em condições melhores de operação.

Para ele, a capacidade de geração de caixa somada à credibilidade e à solidez do grupo Abril são os principais fatores que tornam a companhia preparada para o ano que vem.

O cenário macroeconômico adverso impôs às empresas de mídia uma pressão ainda maior, em que ajustes e mudanças constantes nos negócios se fazem necessários, de acordo com Giancarlo Civita.

“Mesmo diante desse quadro, estou certo de que entramos em 2016 ainda mais fortes para cumprir nossa missão em defesa da livre iniciativa, das instituições democráticas, da difusão de cultura, educação e entretenimento”, disse.