segunda-feira, 9 de maio de 2016

Petroleira francesa Total vai comprar fabricante de baterias





Jacky Naegelen / Reuters
Prédio da empresa francesa Total, França, dia 25/02/2016
Total: a empresa disse que o preço da oferta representa um prêmio de 38,3% sobre o valor de fechamento da ação da Saft de 26,40 euros em 6 de maio
 
Da REUTERS


Paris - A petrolífera francesa Total pretende comprar a fabricante de baterias Saft, ampliando sua investida no segmento de novas tecnologias de energia, afirmaram as companhias em comunicado conjunto.

Após a assinatura de um acordo entre ambas as empresas, a Total entrou com uma oferta pública de aquisição para as ações da Saft junto ao regulador do mercado francês AMF.
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A Total oferecerá 36,5 euros por ação da Saft, excluindo dividendo de 0,85 euro, avaliando a Saft em 950 milhões de euros.

A empresa disse que o preço da oferta representa um prêmio de 38,3% sobre o valor de fechamento da ação da Saft de 26,40 euros em 6 de maio.

"A combinação da Saft e da Total permitirá que a Saft se torne a ponta de lança do grupo em armazenamento de eletricidade", disse o presidente-executivo da Total, Patrick Pouyanné.

Ele acrescentou que a aquisição faz parte da ambição da Total de acelerar seu desenvolvimento nos campos de energia renovável e eletricidade, iniciada em 2011 com a aquisição da SunPower.

Petrobras assina acordo de US$ 1 bi com o China Exim Bank






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Petrobras: financiamento é para contratos de fornecimento de equipamentos e serviços.
 
Luana Pavani, do Estadão Conteúdo


São Paulo - A Petrobras assinou com o China Exim Bank acordo com termos e condições para um financiamento de US$ 1 bilhão e afirma que "já iniciou a negociação do contrato definitivo".

O financiamento é para contratos de fornecimento de equipamentos e serviços, já firmados com fornecedores chineses em projetos previstos no plano de negócios 2015-2019.
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"Essa operação faz parte da estratégia financeira da Petrobras de diversificar suas fontes de financiamento, e representa uma antecipação da captação de recursos prevista para 2017", diz a estatal em nota ao mercado, recém divulgada.

Decisão de Maranhão é absurda e antirregimental, diz Cunha





Ueslei Marcelino / Reuters
Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, gesticula durante café da manhã com jornalisttas em Brasília, dia 29/12/2015
Eduardo Cunha: ele também condenou as insinuações de "qualquer natureza publicadas por jornalistas inescrupulosos" de sua participação no episódio
 
 
Daiene Cardoso, do Estadão Conteúdo


Brasília - O deputado e presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), divulgou nota na tarde desta segunda-feira, 9, em que chama de "absurda, irresponsável, antirregimental e feita à revelia do corpo técnico da Casa" a decisão de seu substituto Waldir Maranhão (PP-MA) em anular a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Casa.

Cunha disse que já havia manifestado a intenção de negar provimento ao recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) e que formalizaria o indeferimento no dia 5 deste mês, data em que foi afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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"A participação do Advogado Geral da União e do governador do Maranhão (Flávio Dino) na confecção da decisão mostra interferência indevida na tentativa desesperada de evitar a consumação, pelo Supremo Tribunal Federal, da instauração do processo de impeachment da Presidente da República", diz a nota.

Na nota, Cunha também condenou as insinuações de "qualquer natureza publicadas por jornalistas inescrupulosos" de sua participação no episódio.


Renan diz a líderes que rejeitará decisão de Waldir Maranhão






Ueslei Marcelino/Reuters
Renan Calheiros durante sessão do Senado
Renan Calheiros: "o presidente reafirmou estar convencido de que a decisão de Waldir Maranhão foi ilegal e intempestiva"


O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), está convencido de que a decisão do presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a sessão que autorizou a continuação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, é "ilegal" e "intempestiva".

A informação é do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que afirmou, ao deixar a residencia oficial do Senado, que Renan promoverá, às 16h, a leitura em plenário do parecer do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), favorável à admissibilidade do impedimento da presidente da República.
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"A tendência da decisão dele é nesse sentido. Ouve um apelo dos senadores do PT e do PCdoB, mas o presidente reafirmou estar convencido de que a decisão de Waldir Maranhão foi ilegal e intempestiva".

Raldofe disse ainda que, durante a reunião de líderes, alguns senadores sugeriram que Renan aguardasse um posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Entretanto, ele acha que não devemos judicializar ainda mais essa questão. Está na hora de ação política e de tomar uma decisão, "acrescentou o senador do Amapá.

Antes de anunciar sua decisão aos líderes, Renan se reuniu, na residência oficial com lideranças do PT, do PCdoB e da oposição para discutir a decisão do presidente da Câmara.

A leitura do parecer no plenário da da Casa está confirmada para as 16h de hoje (9) e abrirá prazo de 48 horas para a sessão de votação do relatório. Se ele for aprovado, a presidente será imediatamente afastada do cargo.

Mantega é levado a depor em nova fase da Zelotes





Nacho Doce/Reuters
Ministro da Fazenda, Guido Mantega
Guido Mantega: ex-ministro foi conduzido coercitivamente em investigação da operação Zelotes.
 
Fausto Macedo e Julia Affonso, do Estadão Conteúdo


São Paulo - A Operação Zelotes cumpre 30 mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva nesta segunda-feira, 9. O alvo desta etapa é o grupo Comercial Penha.

O ex-ministro Guido Mantega foi conduzido coercitivamente - quando o investigado é levado para depor e liberado.
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A Zelotes apura suspeitas de manipulação de julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

 

Empresa de amigo


A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram nesta manhã mais uma fase da Operação Zelotes que investiga esquema de compra de votos no Carf, o conselho vinculado ao Ministério da Fazenda que julga recursos de multas de grandes contribuintes.

O alvo é a Cimento Penha, firma do empresário Victor Garcia Sandri, amigo do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega. Os investigadores pediram medidas contra Mantega, mas inicialmente a Justiça Federal não autorizou.

A empresa teria comprado o então conselheiro do Carf Valmar Fonseca de Menezes para anular seu débito.

O MPF sustenta que o ex-ministro Guido Mantega nomeou, em junho de 2011, Valmar e também o então conselheiro José Ricardo da Silva - já condenado na Zelotes - para a câmara que analisou o caso do seu amigo.

Com isso, a Cimento Penha conseguiu abater débito de R$ 106 milhões em julgamento no Carf.

Mantega já teve seus sigilos bancário e fiscal quebrados. Também foram ordenadas as mesmas medidas em relação à Coroado Administração de Bens, empresa do ex-ministro petista.

A Coluna do Estadão apurou que o MPF solicitou o cumprimento de ao menos 15 mandados de busca e apreensão e 15 conduções coercitivas.

Em e-mails interceptados pela Zelotes, o empresário Victor Sandri menciona o nome de Mantega em conversas com o então conselheiro Valmar. As investigações teriam encontrado pagamento de R$ 15 milhões para empresa de auditoria e consultoria vinculada a Valmar.

Autora de impeachment diz que Maranhão não tem poder para barrar processo: "estou indignada"


Por Jovem Pan
fonte: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
 
Com o debate já no Senado, Janaína Paschoal afirma que a Casa não deve se submeter a uma decisão da Câmara, uma vez que o processo chegou de forma legítima.

Falando à Jovem Pan, uma das autoras do pedido de impeachment, Janaina Paschoal critica a decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão em aceitar o pedido da AGU e anular o processo contra Dilma: “Esse senhor está a serviço do PT, é muito grave o que ele está fazendo. Ele não tem poder para desfazer o que plenário da Câmara decidiu”.
 
Ao ser questionada se o ocorrido seria de fato uma manobra, Janaína critica: “Num país onde vivíamos em uma ditadura disfarçada, não podemos descartar nada. Mas não vou fazer ilações”. A advogada afirma que quando o ministro Teori Zavascki afastou Eduardo Cunha da presidência da Câmara ocorreu o reconhecimento da validade do processo de impeachment.

Janaina Paschoal quer aguardar o posicionamento dos deputados, mas que vai agira caso nada seja feito: “espero que os parlamentares se unam para fazer valer o seu poder. Esse senhor tem que ser colocado no lugar dele. Eu entendo que é muito mais saudável que a própria Câmara se reúna em título de emergência, para derrubar esse ato do presidente da Câmara", afirma. "Ele está envolvido com crimes. Vou aguardar a posição dos parlamentares ou nós, denunciantes vamos tomar as providências."

Para a advogada, a ação do presidente interino foi monocrática. "Não admitimos sofrer um golpe de um indivíduo que assumiu a presidência da Câmara interinamente, que é investigado e que está ousando desrespeitar a democracia brasileira”, afirma.

Com o debate já no Senado, Janaina afirma que a Casa não deve se submeter a uma decisão da Câmara, uma vez que o processo chegou de forma legítima.

 http://admin.jovempan.com.br/noticias/brasil/politica/autora-de-impeachment-diz-que-maranhao-nao-tem-poder-para-barrar-processo-estou-indignada.html

Presidente da Câmara anula sessão de impeachment de Dilma





Gustavo Lima/Câmara dos Deputados
Waldir Maranhão (PP-MA), deputado federal
 
 
 
 
São Paulo – O deputado Waldir Maranhão (PP-MA), presidente interino da Câmara dos Deputados, aceitou o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e anulou as sessões de 15, 16 e 17 de abril que determinaram a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Maranhão determinou também que seja feita uma nova votação na Câmara dos Deputados daqui cinco sessões. Apesar de ser considerado um dos principais aliados do deputado  Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Casa, o parlamentar do PP surpreendeu por votar contra o andamento da denúncia contra a presidente.

 A decisão acontece faltando dois dias para a votação da admissibilidade do processo de impeachment no Senado. Na última sexta, os senadores da comissão especial de impeachment aprovaram parecer favorável à abertura do julgamento contra a petista.  

A expectativa era de que o assunto fosse votado na próxima quarta-feira no plenário da Casa. 
 

Os argumentos para a anulação


Para embasar sua decisão, o deputado do PP elencou quatro argumentos. A principal justificativa é de que os partidos não poderiam orientar o voto de suas bancadas já que, na visão dele, os deputados "deveriam votar de acordo com as suas convicções pessoais e livremente".

Além disso, segundo ele, os parlamentares também não poderiam ter anunciado publicamente os seus votos antes da votação "na medida em que isso caracteriza prejulgamento e clara ofensa ao amplo direito de defesa que está consagrado na Constituição. Do mesmo modo, não poderia a defesa da Sra. Presidente da República ter deixado de falar por último no momento da votação, como acabou acontecendo". 

Ele ainda argumenta que "o resultado da votação deveria ter sido formalizado por Resolução, por ser o que dispõe o Regimento Interno da Câmara dos Deputados". 

Veja a íntegra: 


Câmara dos Deputados/EXAME.com
Nota do deputado Waldir Maranhão que paralisa o processo de impeachment da Presidente Dilma Rouseff pag 1
Câmara dos Deputados/EXAME.com
Nota do deputado Waldir Maranhão que paralisa o processo de impeachment da Presidente Dilma Rouseff pag 1
 

Quem é Maranhão


Natural de São Luís (MA), Maranhão está em seu terceiro mandato na Câmara - na última eleição recebeu 66.274 votos. Desde fevereiro,  é o vice-presidente da Casa.

O maranhense foi peça fundamental nas manobras de Eduardo Cunha para se livrar de um processo no Conselho de Ética da Câmara (que há mais de seis meses tenta julgar se Cunha quebrou o decoro ao mentir sobre contas no exterior).

Ele está na lista de parlamentares investigados na Lava Jato. Ele foi acusado pelo doleiro Alberto Yousseff de ter recebido pagamentos mensais no esquema de corrupção da Petrobras. 

Desde quinta-feira, Maranhão substitui o peemedebista Eduardo Cunha na presidência da Câmara, que foi afastado por ser réu na operação Lava Jato e ser suspeito de usar a máquina do Legislativo em benefício próprio.