quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Petrobras anuncia venda de gasodutos para a Brookfield





Pedro Lobo/Bloomberg News
Petrobras
Petrobras: venda de gasoduto pode ser o maior desinvestimento até o momento do plano da estatal
 
Da REUTERS


São Paulo - A Petrobras concluiu as negociações para vender a unidade de gasodutos Nova Transportadora Sudeste (NTS) para um consórcio liderado pela canadense Brookfield, informou a estatal em fato relevante ao mercado nesta quinta-feira, sem revelar imediatamente os detalhes do negócio.

Na terça-feira, a Reuters noticiou que a Petrobras tinha fechado acordo para vender 90 por cento de sua participação na NTS para um grupo de investidores liderados pela Brookfield Asset Management, por 5,2 bilhões de dólares, segundo uma fonte com conhecimento direto do assunto.
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"Após atendidas as etapas previstas no processo de desinvestimento da Petrobras, os termos e condições finais da operação serão submetidos à deliberação dos órgãos estatutários da companhia e, caso aprovados, serão tempestivamente divulgados ao mercado", limitou-se a dizer a estatal.

Segundo a reportagem da Reuters, o grupo de investidores inclui o fundo de pensões de British Columbia, no Canadá, e os fundos soberanos CIC (China) e GIC (Cingapura).

A fonte acrescentou que a acordo para a venda da NTS será submetido ao Conselho de Administração da Petrobras, e o fechamento do negócio é esperado para o final de setembro.

Se confirmado o valor do negócio, o acordo deverá ser o maior desinvestimento até o momento dentro do plano da Petrobras de vender cerca de 15 bilhões de dólares em ativos em 2015 e 2016.


Grupo dos EUA fecha acordo e assume controle da F-1





Getty Images
Fórmula 1
Fórmula 1: o acordo inclui também um pagamento com dinheiro por parte da Liberty
 
 
Da EFE



Londres - O grupo de comunicação Liberty Media Corp, dos Estados Unidos, acertou a compra de 18,7% das ações da Fórmula 1, em uma operação avaliada em US$ 4,4 bilhões (R$ 14,4 bilhões).

Chase Carey, ex-diretor operacional do grupo 21st Century Fox, será o novo presidente do grupo que controla a principal categoria do automobilismo mundial, substituindo Peter Brabeck-Latmathe, que continuará como parte da direção.
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O atual executivo-chefe da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, seguirá no posto. A organização também manterá sua sede em Londres.

"Temos a oportunidade de continua fazendo o negócio crescer e chegar ao próximo nível", afirmou Carey em uma teleconferência com investidores da Bolsa de Nova York.

Carey lembrou que a Fórmula 1 é um esporte que atrai grandes audiências e é muito interesse para os anunciantes devido à variedade demográfica dos torcedores.

A aquisição do grupo por parte da Liberty Media será efetuada em duas fases. A primeira, anunciada hoje, contempla a compra de 18,7% das ações da CVC Capital Partners, que controlava até então a F-1.

Os demais papéis serão adquiridos durante o primeiro semestre de 2017, se a operação tiver sinal verde das autoridades de regulação, do órgão regulador da Fórmula 1 e outras entidades.

O acordo inclui também um pagamento com dinheiro por parte da Liberty, novas emissões de ações e dívida conversível. 



HPE vende divisão de software em acordo de US$ 8,8 bilhões





Divulgação/Hewlett Packard Enterprise
Sede da Hewlett Packard Enterprise, antiga HP
HPE: ficaram de fora do negócio os softwares de gestão de data centers empresa
 
 
 
 
 
São Paulo - A Hewlett Packard Enterprise (HPE) confirmou que vai se desfazer dos ativos de software que não fazem parte de seu negócio principal. Eles serão destacados da empresa e depois fundidos à britânica Micro Focus, em uma transação de 8,8 bilhões de dólares (cerca de 27,9 bilhões de reais).

O movimento é o último da companhia para enxugar sua operação. Em novembro do ano passado, ela protagonizou a maior cisão da história ao separar as atividades de serviços e equipamentos corporativos (que ficou com a HPE) das de computadores e impressoras para o consumidor final (que ficou com a HP).
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Ao fim do acordo, os acionistas da HPE terão 50,1% das ações da Micro Focus, fatia avaliada em aproximadamente 6,3 bilhões de reais. O restante, 2,5 bilhões de dólares, será pago em dinheiro antes do término da fusão.

A transação, que ainda depende de aprovações regulatórias, deve ser concluída no segundo semestre do ano fiscal de 2017.

Toda a unidade de software da HPE entrou no negócio, como os serviços de ADM (Application Delivery Management), de big data, segurança corporativa, governança e gestão da informação e administração de TI, incluindo o Autonomy – grupo britânico adquirido há cinco anos por 11 bilhões de dólares com objetivo de dar mais competitividade à empresa no ramo corporativo.

Ficaram de fora os softwares de gerenciamento de data center, que ficam debaixo de outras divisões da corporação.

"Estamos dando um passo importante para alcançar nossa visão de criar uma companhia que crescerá mais rápido, terá margens maiores e um fluxo de caixa mais forte e estará melhor posicionada para os clientes e para o futuro", disse em nota a presidente da HPE, Meg Whitman.
 

Novos rumos


A Hewlett Packard Enterprise anunciou também que pretende firmar uma parceria com a Linux para usar o sistema operacional SUSE em soluções em nuvem híbrida para empresas.

A nova HPE deve gerar receitas anuais de 28 bilhões de reais e visa conquistar a liderança no mercado de soluções híbridas de TI.

Os serviços de tecnologia terão 22.000 profissionais dedicados e devem representar 25% da receita da companhia após a cisão.

"Serviços e softwares continuarão a ser peças-chave para possibilitar o avanço da nossa estratégia", disse Whitman. "A HPE estará reforçada nas capacidades de software que potencializam e diferenciam nossas soluções de infraestrutura e são críticos em um ambiente de nuvem".

Do outro lado, a empresa combinada com a Micro Focus deve gerar faturamento anual de 4,5 bilhões de dólares e quer ter alcance global com produtos que abrangem TI, operações, segurança, gestão da informação, análise de big data, nuvem e open source.

A empresa terá cerca de 4.000 vendedores pelo mundo. Ela espera melhorar a margem dos ativos de software da HPE em 20 pontos percentuais no terceiro ano após a conclusão do acordo.


BRF afasta Sergio Rosa de comitê após operação Greenfield






Germano Lüders/EXAME.com
Sérgio Rosa na sede da BrasilPrev
Sérgio Rosa: ex-presidente da Previ foi impedido de exercer função ou cargo de direção em empresas
Da REUTERS




São Paulo - O Conselho de Administração da BRF aprovou a suspensão de Sérgio Rosa do cargo de membro do comitê de auditoria da companhia, tendo em vista ordem judicial no âmbito da operação Greenfield.

A decisão foi tomada em reunião extraordinária do conselho da empresa de alimentos. A medida perdurará enquanto houver decisão judicial ou de autoridade competente que impeça Rosa de exercer função ou cargo de direção em empresa ou grupo empresarial ou até nova deliberação do conselho.

A Polícia Federal deflagrou na última segunda-feira operação para investigar suspeita de fraude nos fundos de pensão Previ, Petros, Postalis e Funcef com o cumprimento de mandados judiciais e o bloqueio de 8 bilhões de reais, determinado pela Justiça Federal de Brasília.

Rosa é ex-presidente da Previ.

A Justiça ainda determinou o afastamento imediato de 40 pessoas de função de direção de qualquer empresa ou grupo empresarial.

Temer tem um trunfo para aprovar as reformas fiscais





Beto Barata/PR
Presidente Michel Temer durante entrevista concedida à imprensa chinesa
Michel Temer: políticos mais jovens no Congresso têm uma visão mais favorável às mudanças, o que pode ajudar o presidente
 
Josué Leonel, da Bloomberg


O governo de Michel Temer enfrenta desafios extras para aprovar as reformas fiscais, como ter um mandato curto e operar em meio a um conflituoso quadro pós-impeachment.

Porém também conta com, pelo menos, um trunfo importante e que não existia nas mesmas proporções nos anos 90, quando o governo FHC fracassou na tentativa de mudar as regras da Previdência.
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A grande diferença hoje é que existe um sentido de urgência maior, diante da evidência de que uma crise fiscal grave, que era apenas uma ameaça duas décadas atrás.

“No passado, havia a ideia de que a situação ia ficar insustentável no futuro. Agora, a ideia é que a situação já está ficando insustentável”, diz José Márcio Camargo, economista e sócio da Opus.

Para Camargo, apesar das esperadas dificuldades políticas para aprovar reformas, sobretudo neste período pré-eleitoral, há sinais de que políticos mais jovens que estão assumindo papel de liderança no Congresso possuem uma visão mais favorável a mudanças. “Nos anos 90, as principais lideranças ainda olhavam muito para o passado”.

Muitos desses políticos haviam se formado no período militar, quando o debate era entre ditadura e democracia, não a política fiscal, como hoje. As lideranças mais jovens hoje estariam mais antenadas com os novos desafios, diz Camargo.

O economista da Opus considera que o mercado será exigente no julgamento das reformas que o Congresso vier a aprovar. Concessões políticas serão compreendidas, mas desde que sejam “periféricas”, sem trazer perdas substanciais.

Alguns pontos, diz Camargo, são cruciais. Saúde e educação, por exemplo, não poderiam ficar fora do teto de gastos. No caso da reforma da Previdência, aprovar a idade mínima de 65 anos seria fundamental.

Eventualmente, segundo Camargo, o investidor pode entender se algum ponto tido como importante for flexibilizado, mas desde que haja uma perspectiva de avanço futuro.
Cita, como exemplo, a proposta de a idade mínima de 65 anos para aposentadoria valer também para mulheres.

Seria possível aceitar uma transição, com uma idade mínima agora um pouco menor para as mulheres, mas que vai convergindo para se igualar à dos homens num prazo não muito longo.

O mercado também tende ser compreensivo com prazos, desde que não haja atraso relevante na aprovação das medidas, diz o economista.

No caso da Previdência, por exemplo, faria pouca diferença em termos de prazo enviar a reforma antes ou depois da eleição municipal.

Do ponto das expectativas, contudo, Temer ganharia pontos junto ao investidor enviando a proposta antes. “O governo passaria um sinal de forte comprometimento com as reformas ao mostrar que não teme os custos eleitorais”.

Segundo Camargo, o Brasil já gasta 12% do PIB com a Previdência, o mesmo que a Alemanha, embora tenha apenas 7,5% da população com 65 anos ou mais, contra 21% no país europeu. 

“Se nada for feito, o Brasil vai acabar gastando todo o seu orçamento com a aposentadoria. Não vai sobrar dinheiro para mais nada”, diz o economista, que também é professor da PUC-RJ. Ele lembra ainda que a saída de aumentar impostos para bancar gastos públicos é pouco viável. “A sociedade não aceita mais impostos”.

Teori diz que Lula tenta "embaraçar" Lava Jato com recursos





Reuters
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante interrogatório de Dilma Rousseff no Senado - 29/08
Defesa de Lula afirmou que ex-presidente é vítima de diversas outras graves ilegalidades praticadas pelo juiz Sérgio Moro
 
 
 
 
Brasília – O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), classificou um recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como mais uma tentativa de “embaraçar as apurações” da Operação Lava Jato.

A manifestação de Teori foi feita em uma reclamação, na qual o ministro rejeitou ação da defesa do petista que questionava a atuação do juiz Sérgio Moro e que pedia que três inquéritos que estão em Curitiba fossem suspensos e enviados ao STF.

Na decisão, que conta com sete páginas e que foi publicada na terça-feira (6), Teori cita outra ação apresentada pela defesa de Lula contra a atuação de Moro, na qual alegam que o juiz teria mantido sob seu controle interceptações telefônicas de autoridades com foro privilegiado.

De acordo com o ministro do STF, trata-se de "insistência do reclamante". Para ele, Lula insiste em dar "contornos de ilegalidade, como se isso fosse a regra" aos atos do juiz de primeira instância.

No documento, Teori destacou que a Suprema Corte tem conhecimento sobre os processos que tramitam sobre a Lava Jato e a Petrobras.

"Apesar de esses argumentos serem objeto de análise naqueles autos, tal quadro revela a insistência do reclamante em dar aos procedimentos investigatórios contornos de ilegalidade, como se isso fosse a regra. Nesse contexto, é importante destacar que esta Corte possui amplo conhecimento dos processos (inquéritos e ações penais) que buscam investigar supostos crimes praticados no âmbito da Petrobras, com seus contornos e suas limitações, de modo que os argumentos agora trazidos nesta reclamação constituem mais uma das diversas tentativas da defesa de embaraçar as apurações", explicou Teori.

Segundo reclamação, Lula é alvo de apurações sobre os mesmos fatos no STF e em Curitiba. Os advogados do petista negaram as acusações e alegaram que ninguém pode ser duplamente punido ou processado pelo mesmo ato, em linha com o princípio do "bis in idem"

Para o ministro do STF, o recurso da defesa não é válido, já que Moro deixou claro que não ultrapassou os limites de sua atuação porque ainda não há em nenhuma das apurações a delimitação dos fatos, o que só ocorre quando há uma denúncia oferecida, o que não aconteceu por enquanto.

A EXAME.com, a defesa de Lula afirmou que o STF já reconheceu anteriormente ilegalidades praticadas por Moro na condução das investigações da Lava Jato, inclusive em relação a Lula.

“Isso ocorreu, por exemplo, no tocante à autorização dada por Moro para a divulgação de conversas interceptadas envolvendo Lula e, ainda, no tocante ao monitoramento dos advogados do ex-Presidente. Lula, como qualquer cidadão, tem o direito de usar dos instrumentos legais para impugnar decisões judiciais que estão sendo proferidas no âmbito de procedimentos investigatórios que ostentam clara perseguição pessoal e política”, explicou Cristiano Zanin Martins, advogado do ex-presidente, em nota.

A defesa do petista reafirma que seu cliente é “vítima de diversas outras graves ilegalidades praticadas pelo juiz Sérgio Moro e que a decisão proferida neste momento pelo STF reforça o cabimento do comunicado feito à ONU em julho, diante da ausência de um remédio eficaz para corrigi-las”.

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http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/teori-diz-que-lula-tenta-embaracar-lava-jato-com-recursos

A nação dos zumbis


Como gerações de brasileiros são atualmente vítimas de um dos maiores e mais bem-sucedidos processos de lavagem cerebral massiva da História.

Recentemente vimos a chocante notícia de uma garota que perdeu um olho num protesto de esquerda. Por que uma jovem estudante, bonita e com alguma estrutura familiar pode aceitar de bom grado o risco de entrar numa guerra, a ponto de perder um olho, para defender um governo que cortou 6 bilhões de reais da educação que ela pensa defender? Como a defesa de um governo atroz, que levou o país a uma grave crise sem precedentes, pode se tornar a meta principal da vida de milhares de jovens? Como tamanha despersonificação acontece?


garota esquerdista
Todo o processo de transformação física e comportamental, de uma garota saudável até virar uma militante esquerdista radical e perder um olho durou apenas dois anos.

Podemos afirmar, segura e enfaticamente, que a lavagem cerebral esquerdista coletivista é um problema grave e preocupante do Brasil (e do mundo) atualmente. Vemos isso no establishment democrata norte-americano, no fundamentalismo islâmico e nos movimentos de adolescentes e jovens bolivarianos na América Latina. China, Rússia, Coréia do Norte, todos são vítimas da lavagem cerebral esquerdizante (ou seja: socialista, coletivista, totalitária e autoritária, em seus diversos matizes) em maior ou menor grau.

São cenas comuns no Brasil atual (assim como eram na China maoísta) os escrachos públicos, aulas interrompidas à força, denúncias contra supostos inimigos, amizades e mesmo relações familiares que se deterioram por conta de ideologia política, filhos denunciando pais, além de transformações físicas e um código de linguagem próprio das vítimas da lavagem cerebral ideológica.

O conceito de lavagem cerebral foi proposto pelo psiquiatra americano Robert Jay Lifton, professor de Harvard, que é a maior autoridade no mundo em estudos sobre guerra política, controle mental e psico-historiografia.

Em seu livro[1] de 1961, Thought Reform and the Psychology of Totalism: A Study of “Brainwashing” in China (The University of North Carolina Press, 1989), resultado de uma pesquisa realizada a partir de 1953 com cidadãos americanos prisioneiros na Guerra da Coréia e também com exilados da China maoísta que sofreram doutrinação ideológica nas universidades chinesas, Lifton mergulhou nas variadas técnicas coercitivas usadas na China comunista, cunhando o termo “thought reform”, (reforma do pensamento) e descrevendo as suas principais características, além dos métodos que causam tal deturpação psicológica, moral e cognitiva.

A boa notícia é que, segundo seus estudos, o ser humano não é intrinsicamente cruel e somente em raros casos de sociopatias a pessoa é capaz de ser induzida a cometer crimes e atrocidades sem um grande sofrimento e dano emocional. A má notícia é que é muito fácil fazer uma pessoa “normal” cometer tais crimes.

Em outro livro, The Nazi Doctors: Medical Killing and the Psychology of Genocide (1986), Lifton estudou os inúmeros casos de médicos alemães – pessoas comuns – que justificavam e racionalizavam a própria participação nos sinistros experimentos do nacional-socialismo alemão, blindando-se psicologicamente desses grandes traumas.

A doutrinação pode ocorrer em vários níveis, seja um psicopata sedutor que obceca sua vítima, passando pelos famigerados líderes de seitas, grupos políticos e paramilitares, até a doutrinação em nível governamental e estatal, auxiliada pelo aparato cultural (universidades, igrejas, mídia, etc.).

O conceito de doutrinação poderia ser confundido com o princípio da educação, não fosse por uma grande diferença: a educação é um processo pessoal, a pessoa deseja educar-se e escolhe o que irá aprender, a educação visa a liberdade e a autonomia. Já a doutrinação é realizada a despeito da vontade da vítima e visa a submissão e o controle mental. Não é à toa que os campos de concentração da URSS e da Alemanha nacional-socialista eram chamados de “campos de reeducação”.

Atualmente no Brasil há uma hegemonia de esquerda, ou comunista, socialista, progressista etc. (são sinônimos, de fato) e temos gerações e gerações de brasileiros doutrinados, vítimas desse contexto histórico. As evidências disso são muitas, de livros didáticos completamente deturpados e professores doutrinadores até as transformações radicais morais, físicas e psíquicas em jovens cooptados pela esquerda.

O perfil (censurado inúmeras vezes nas redes sociais) @AntesDepoisdaFederal revelou recentemente centenas de casos reais de jovens se transformando em seguidores radicais e fanáticos do culto esquerdista, vítimas de um processo exatamente idêntico ao de uma seita pós-apocalíptica. Engana-se quem pensa que esse é um perfil de humor. Ao contrário, essa iniciativa é um alerta, é uma página que revela histórias tristes, verdadeiros dramas da existência humana.
antes-depois
Antes e depois da lavagem cerebral.

Portando urge debruçarmo-nos sobre a questão da doutrinação ideológica e lavagem cerebral em curso no Brasil para que não sejamos vítimas dos mesmos erros do passado.

Segundo Lifton, os principais meios de controle mental são:

 

1. O controle do pensamento

 

Não se lê ou estuda material contrário ao grupo. Não se fala sobre determinados assuntos, não se usa determinadas palavras. Exatamente como ocorre nas universidades brasileiras, na mídia e nos meios culturais. Pode haver isolamento físico e censura.

A obra de Pascal Bernardin, Maquiavel Pedagogo ou O Ministério da Reforma Psicológica (2005) descreve, com base em documentos oficiais, as técnicas de manipulação psicológica e sociológica levadas a cabo pelos organismos globalistas, particularmente a ONU, UNESCO, OCDE, Conselho da Europa e Comissão de Bruxelas, e aplicadas pelos governos de boa parte do mundo.

 

2. Hierarquia


A vítima é convencida da autoridade absoluta do líder.

Neste vídeo vemos um fenômeno comum: uma liderança obriga o entrevistado a parar de falar. Em outros vídeos desse canal, além das vítimas serem censuradas, são instigadas a reverberar bovinamente aos gritos e sem pensar, tudo o que a liderança fala, numa tática de protesto bastante impressionante chamada “microfone humano”.

O psicólogo Stanley Milgram realizou um famoso experimento no qual um professor mandava os alunos darem choques mortais em cobaias humanas, sem saberem que tais choques eram falsos. Dois terços dos alunos aceitaram dar choques violentíssimos e mortais em seus semelhantes só porque o professor mandou.

Foram bastante divulgados os casos de abuso das lideranças do grupo “Fora do Eixo”, que é um dos maiores exemplos de lavagem cerebral de alto nível, que conta inclusive com o fator “isolamento físico”, visto que seus integrantes vivem de certa forma apartados da família e da sociedade. As semelhanças entre as técnicas de manipulação mental usadas por Pablo Capilé e Jim Jones são gritantes[2].

bora temer
A autoflagelação é uma característica das seitas mais radicais.

Cada palavra carregada de sentimentos amorosos do líder (que pode ser desde um professor, um diretor do centro acadêmico, um artista até um político ou governante) é um gatilho para a obediência cega.  O processo mental de submissão à liderança não é racional, mas sentimental. Não interessam os resultados das ações dos líderes, mas o sentimento que evocam e dizem representar.

Há um livro infanto-juvenil quase profético do escritor Pedro Bandeira, chamado “A Droga da Obediência”. O socialismo, de fato, é a verdadeira droga da obediência.

 

3. O mundo dividido


Há os “bons” (o grupo) e os “maus” (todo o resto). Não existe meio-termo. Ou você é um “coxinha” malvado que odeia pobres no avião ou é um “progressista” com consciência social. Ou você vota na Dilma e é enquadrado no grupo dos iluminados ou fala bem do Bolsonaro e é um estuprador racista fascista homofóbico neoliberal.

Parece óbvio que, para quem está convencido de ter a solução dos problemas do mundo, os que não concordam com sua visão devem ser exterminados. O cinegrafista Santiago Andrade foi morto por jovens que odeiam a imprensa livre e acreditam estar fazendo o bem.

Os maiores genocídios da Humanidade ocorreram pelas mãos de jovens utópicos e idealistas que acreditavam poder criar um mundo perfeito.

O nazismo não surge pedindo câmaras de gás para judeus, e sim “espaço vital para o povo alemão”; Lenin não fez a Revolução Russa em nome do Gulag e dos paredões, mas pedindo “pão e terra” para o “proletariado”.[3]

 

4. Delação


São famosas as histórias de filhos chineses, soviéticos, vietnamitas, cambojanos e norte-coreanos delatando os pais para ganhar status com os líderes. Hoje presenciamos, no Brasil, o mesmo fenômeno. Filhos que renegam os pais, envergonham-se deles e os denunciam às “lideranças”, que pode ser o professor do cursinho, o colega do DCE ou mesmo expondo os pais nas redes sociais.


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Deve ser triste para um pai ver isso, depois de anos cuidando da filha com todo o carinho.
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A cultura da delação assume a forma da hiper-judicialização da vida em sociedade e nunca é imparcial. Qualquer um, caso não comungue dos ideais da seita, pode ser denunciado ao estado por uma mera palavra ou frase mal interpretada. O mote é “vou te processar”, geralmente por crime de opinião e quase sempre sem nenhum fundamento. Já se um membro da seita realmente comete calúnia, injúria, difamação ou incitação ao crime, o caso é abafado. O militante tem carta branca para publicar, por exemplo, que deseja que uma jornalista oposicionista seja estuprada.

Em outro nível de atuação, pode haver o auxílio da imprensa e dos agentes culturais, assassinando as reputações de opositores e blindando a sua própria militância.

 

5. A Grande Verdade



O mundo é explicado com regras próprias e, mais importante: há soluções para se construir o Paraíso Terreno. Tais soluções são inquestionáveis. “O socialismo é a única doutrina que oferece respostas e salvação”. Negar isso é mais que negar a própria salvação, é ser contra a salvação de todas as outras pessoas. Quem é contra a salvação dos outros só pode ser uma pessoa maligna mesmo, que merece ser fuzilada no paredão e presa em campos de concentração. Tal é o “raciocínio” (entre aspas, pois não é um processo racional, mas sentimental) da mente lavada.

 

6. Código secreto



Há termos próprios, às vezes incompreensíveis, gírias, figuras de linguagem, mesmo a maneira de pensar, se vestir ou falar. Isso acontece no PCC (aquele dos bandidos, quero dizer, dos bandidos da cadeia e não dos livros de História) em São Paulo: as gírias são o código que caracteriza o membro como ainda condiciona seu pensamento. Acontece muito nos movimentos socialistas também, veja só que curioso.

A linguagem é um fator importantíssimo e essencial, é ela que vai disparar os gatilhos sentimentais na massa de militantes, é ela que vai envolver os discursos das lideranças com uma roupagem de boas intenções, é ela que fará milhares de pessoas marcharem por causas que nada conhecem (por exemplo, o direito trabalhista “dignidade”).

Não é coincidência que todas as ditaduras socialistas são auto-denominadas “repúblicas democráticas e populares”.

Palavras como “empoderamento”, “comunidade”, “social”, “coletivo”, etc. são palavras-gatilho que despertam um sentimento de pertencimento a um grupo e diferem o falante dos demais, considerados “alienados” ou pior: inimigos.

Entra aí o fenômeno da auto-censura “politicamente correta”, que é, segundo Olavo de Carvalho, o pior tipo de censura que existe, pois é uma censura auto-infligida antes mesmo do nascer das idéias.

 

7. A supremacia do grupo


Quando ocorre um processo de despersonificação, a vítima abre mão de sua individualidade para obedecer as ordens do grupo. Vale a pena perder um olho – ou mesmo a vida – para obedecer os ditames do grupo. A vítima abre mão do próprio senso crítico e já não pensa por si, mas delega todas as decisões ao grupo. Deixar o grupo ditar o que se deve ou não fazer é confortável e reduz consideravelmente os riscos de ser considerado um traidor.

A supremacia do grupo, além de ser um fator preponderante no processo de reforma do pensamento tratado aqui, é uma das principais características da ideologia coletivista em geral.

Num dos mais importantes ensaios filosóficos do mundo, A Rebelião das Massas, José Ortega y Gasset nos apresenta o grande fenômeno do século XX, o homem-massa, o homem despersonificado:
“É o homem previamente esvaziado de sua própria história, sem entranhas de passado e, por isso mesmo, dócil a todas as disciplinas chamadas “internacionais” (…) só tem apetites, pensa que só tem direitos e não acha que tem obrigações: é um homem sem obrigações de nobreza.”

Destituído de sua própria individualidade, o homem-massa goza em ser idêntico aos demais, pensar igual, a se sentir como “todo mundo”. Ao perder todo o respeito pelo passado, o homem-massa está aberto e vulnerável a qualquer tentativa de imposição de novos valores.

É preciso se policiar para agir de acordo com o padrão de comportamento “ideal”.
Solomon Asch (1907) identificou, na década de 1950, as características do espírito de rebanho no famoso experimento das medidas, no qual ele reunia um grupo de pessoas e mostrava a elas um cartão com uma série de linhas de comprimentos diferentes. Então, pedia para que identificassem qual seria a linha mais longa. Todas as pessoas na sala, menos uma, tinham sido orientadas para escolher a mesma resposta – claramente errada.

Surpreendentemente, um terço das pessoas concordava com o grupo, mesmo sabendo que estava escolhendo a opção incorreta.

 

8. Comprometimento

 

O socialismo é a grande causa, é o que vai tirar o mundo da miséria, vai trazer mais amor a São Paulo, vai fazer brilhar a nossa estrela lá. A pessoa se sente presa, ninguém pode ser feliz fora do grupo.

Tal sentimento não é uma alucinação, mas um dado real. É muito difícil para um adolescente de 17 anos ir contra todos os professores, amigos, imprensa, ídolos culturais, etc. especialmente no momento no qual ele está mais vulnerável e aberto intelectualmente, que é na época da faculdade.

Um aluno brasileiro que acaba de ingressar na universidade logo vê seus professores e colegas chancelarem o ideal socialista. Ele vê como os “coxinhas fascistas neoliberais” são tratados e achincalhados. Como assumir publicamente ser contra todo mundo? Como perder amigos, status e mesmo contatos profissionais, comprometendo toda a sua vida, sendo contra o establishment?

Em pouco tempo ele se adapta e crê que não há a possibilidade de ser feliz “do outro lado”. É importante notar como esses conceitos não são estanques, mas se intercomunicam. Um dado da realidade via de regra tem a influência de mais de um fator. A garota que perdeu um olho defendendo a Dilma sujeitou-se a isso por obediência às lideranças e influência do grupo, de acordo com seus conceitos de mundo dividido, grande verdade e usando um código próprio de linguagem.

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Todos eles eram idealistas e queriam mudar o mundo.

 

Como deixar de ser mais uma vítima?


Quando pensamos no nacional-socialismo alemão tendemos a questionar “como aquelas pessoas puderam sancionar tal regime sinistro?” Parece algo irreal, impossível de ser repetido, mas não é. Basta ver o número de pessoas que defendem ditadores, regimes genocidas e grupos terroristas hoje em dia.

Estamos todos sujeitos a sermos vítimas desse dispendioso, organizado e altamente complexo processo. É preciso vencer a “Espiral do Silêncio”, teoria proposta pela cientista política alemã Elisabeth Noelle-Neumann e trazida à tona do debate público brasileiro pelo filósofo Olavo de Carvalho e perfeitamente retratada no conto A Roupa Nova do Imperador, de autoria do dinamarquês Hans Christian Andersen (1837).

O medo do isolamento ao se emitir uma opinião discordante da maioria só pode ser vencido com uma cultura que valorize o livre debate, a liberdade de expressão, o diálogo honesto, aberto e sem amarras.

O método socrático, usado tão bravamente pelo canal @Mamãefalei no vídeo acima, é infalível. Você deve se perguntar simplesmente: “pelo que vale a pena perder um olho?” “Eu sei realmente por que eu luto?” “O que pensam os opositores? “Quais são seus argumentos?”

Principalmente, é urgente nos preocuparmos com o tipo de educação que as crianças e jovens recebem nas escolas. Eles recebem ensinamentos para serem independentes ou para dependerem de um estado, um governo ou de um líder? O quanto ele se apegam a ideais comprovadamente fracassados (como o socialismo) ou estão abertos a outras considerações? Seus professores revelam todos os fatos históricos ou escondem aqueles que não sustentam a defesa da causa?

É preciso estarmos atentos às alterações de humor e de comportamento nos jovens em idade escolar, tal como uma drogadicção. As transformações seguem um padrão nessa lavagem cerebral moderna. 

Se a sua filha detonar o próprio cabelo, muitas vezes com uma franja mal-acabada, deixar os cabelos das axilas crescerem, começar a usar o famoso “piercing de boi” no nariz, usar roupas desleixadas e se masculinizar, há grandes chances de que ela esteja sendo cooptada pela seita esquerdista. Já se seu filho começar a se vestir como um mendigo travesti e passar muito tempo no DCE, ele não está se dedicando aos estudos, não seja ingênuo, ele é mais um zumbi vermelho que não sabe sequer explicar o que é fascismo.[4]

Por trás das franjas mal-ajambradas, dos piercings de boi, dos alargadores, tatuagens e daquele olhar arrogante de quem se acha detentor do monopólio da bondade há um jovem pedindo socorro, há aquela criança que brincava e sonhava ser médica ou policial, aquela criança que chamava assustada pelos pais quando tinha medo de alguma coisa geralmente parecida com o que ela própria aparenta ser hoje.

Se você perceber essas alterações físicas e comportamentais, não se engane: o seu filho já não pertence a você. Pode ser até que ele não te ame mais e te considere um inimigo de classe. Ele ama a “causa”, ele está à mercê das “lideranças” do partido e, se preciso for, ele irá te denunciar por ser um pai capitalista burguês opressor sem pensar duas vezes. Se instigado a tal, irá perder um olho pela causa.

Há poucas diferenças entre o ambiente num departamento de Humanas numa universidade pública e a “Cracolândia”. Assim como o crack, a doutrinação esquerdista transforma suas vítimas em zumbis maltrapilhos e causa diversos danos psicológicos. Conseqüentemente, as campanhas contra a lavagem cerebral esquerdista devem ser tão vigorosas como as campanhas contra o crack.

Com a autoridade de quem já foi uma vítima dessa lavagem cerebral, posso afirmar que tudo isso é secundário e coadjuvante. É bastante difícil mudar alguém sem incorrer nos mesmos métodos expostos acima. A mudança deve vir por conta própria, deve ser um processo estritamente pessoal, geralmente lento, penoso e doloroso. O que é realmente eficaz contra esse bombardeio cultural é o conhecimento, que apenas poderá vir junto com o livre debate de ideias, com a liberdade de expressão e pensamento. O maior antídoto contra a massiva campanha de lavagem cerebral esquerdizante foi inventado há 2500 anos, chama-se “método socrático” e consiste em duvidar sempre das próprias certezas. Ou, no mínimo, lavar a sua louça e arrumar o próprio quarto antes de querer mudar o mundo.

[1] A expressão “totalismo” (que dá nome ao livro), difere do conhecido “totalitarismo” por este ser específico de grupos que controlam o poder total (o governo). Já no totalismo, controlam-se as crenças e comportamentos das vítimas sem necessariamente se controlar o poder de estado.
[2] O esquerdismo moderno é de fato uma seita. O professor Nelson Lehmann, em seu livro A Religião Civil do Estado Moderno, demonstra que, desde Rousseau, Hegel e Marx, o culto ao estado passou a ser uma religião.
[4] Por óbvio que seja, devo deixar claro aqui para evitar o patrulhamento: é evidente que não são todos os que têm piercings, tatuagens e cabelos destruídos que são vítimas de lavagem cerebral esquerdista.


]http://sensoincomum.org/2016/09/08/nacao-zumbis/