terça-feira, 29 de novembro de 2016

Após encontro com Temer, Toyota investirá R$ 600 mi no país


O diretor de comunicação da Toyota, Ricardo Bastos, disse que os investimentos serão destinados à nacionalização dos motores do Corolla

 




Brasília – Após encontro com o presidente da República, Michel Temer, o CEO para América Latina e chairman da Toyota do Brasil, Steve St. Angelo, anunciou que a montadora fará investimentos de R$ 600 milhões na fábrica de Porto Feliz (SP).

“O investimento vai gerar 200 empregos diretos”, disse, no Palácio do Planalto.

O diretor de comunicação e assuntos governamentais da Toyota, Ricardo Bastos, disse que os investimentos serão destinados à nacionalização dos motores do Corolla.

“Serão motores usados para os Corollas vendidos para o Brasil e para América Latina”, afirmou.

De acordo com os executivos, a planta destinada para a fabricação de motores será concluída no segundo semestre de 2019.

“A fábrica foi inaugurada este ano para o compacto Etios e nesta segunda etapa será para a fabricação de motores Corolla”, reforçou. “Vamos continuar trabalhando juntos para fazer o Brasil maior e melhor”, completou Angelo.

Com Trump, Brasil pode superar México na preferência do investidor


Com Trump, Brasil pode superar México na preferência do investidor

A vitória surpreendente de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos pode ser uma bênção disfarçada para o Brasil, já que a pauta de reforma fiscal e a baixa dependência do comércio exterior podem atrair investidores que consideram os mercados mexicanos mais vulneráveis.

Os mercados emergentes vêm experimentando um movimento de venda desde o êxito de Trump no dia 8 de novembro, por medo de que os cortes de impostos e os gastos pesados em infraestrutura possam obrigar o Federal Reserve, banco centra dos EUA, a aumentar os juros mais rápido, o que poderia drenar capital destinado a ativos de maior retorno dos países em desenvolvimento.

Muitos também temem um choque no comércio global se Trump cumprir a promessa de campanha de reavaliar acordos comerciais.

O real caiu 8 por cento nos quatro dias posteriores à eleição de Trump, o segundo pior desempenho entre as moedas da América Latina, só atrás do peso mexicano, mas desde então se estabilizou perto dos 3,40 reais por dólar à medida que o baque inicial diminuiu.

Os investidores dizem que otimismo com a agenda de reformas do presidente Michel Temer elevou o investimento estrangeiro direto no Brasil e deixou o país menos exposto à volatilidade do mercado na esteira da vitória de Trump.

A economia relativamente fechada, bem como seu status de vendedor líquido de petróleo, fazem do Brasil uma atraente alternativa ao México, que vende cerca de 80 por cento de suas exportações para os Estados Unidos. Preocupações sobre o orçamento e a economia retiraram a atratividade do México, que vinha sendo considerado o "queridinho do mercado".

Muitos investidores vêm trocando o México pelo Brasil ao menos desde julho, de acordo com um levantamento da Reuters junto a gerentes de fundos, uma tendência que poderia se acelerar nos próximos meses.
 
Steve Tananbaum, fundador da empresa de gerenciamento de ativos GoldenTree Asset Management, disse estar "bastante positivo" a respeito do Brasil e da Argentina, onde governos de inclinação direitista assumiram no último ano com uma agenda de reformas benéfica ao empresariado.

"Suas moedas caíram bruscamente, mas ainda assim achamos que há muitas mudanças positivas acontecendo por lá", disse. "Politicamente, ambos tiveram mudanças de liderança que são governos pró-crescimento".


BRASIL x ARGENTINA

 
Mesmo após a queda recente, o real e o peso argentino continuam entre os ativos de melhor desempenho no mundo este ano, graças às histórias semelhantes do presidente brasileiro, Michel Temer, e do argentino, Mauricio Macri.

Ambos substituíram esquerdistas que tentaram estimular a economia com gastos desmedidos e medidas intervencionistas.

Os esforços dos novos mandatários para apertar o cinto vêm cativando os investidores, embora a economia brasileira ainda tenha que se recuperar de sua pior recessão em décadas.

Anos de protecionismo também reduziram a dependência das duas economias ao comércio exterior, protegendo-as de possíveis abalos.

Embora os títulos e as moedas tenham despencado, as ações dos mercados emergentes estão em uma situação mista desde a eleição, já que as perspectivas de gastos em infraestrutura elevaram os preços dos metais industriais.

O Ibovespa recuou 3,8 por cento desde a votação nos EUA, em comparação com uma queda de 6,2 por cento nas ações mexicanas, enquanto um índice de ações dos produtores de produtos básicos subiu 20 por cento.

Carlos Sequeira, chefe de pesquisa do Banco BTG Pactual SA, disse que as ações brasileiras podem subir ainda mais se Temer obtiver apoio parlamentar para limitar os gastos públicos e conter o crescimento da dívida.

Isso permitiria ao Banco Central brasileiro continuar seu ciclo de redução dos juros, disse ele, tornando os investimentos em ações mais atraentes em termos relativos.

"Há gordura para queimar mesmo se os juros dos EUA subirem mais do que o esperado", disse Sequeira .

(Reuters, 28/11/16)

OCDE vê impulso dos EUA à economia global e estagnação do Brasil em 2017


OCDE vê impulso dos EUA à economia global e estagnação do Brasil em 2017

O crescimento global vai acelerar mais rápido do que se esperava nos próximos meses uma vez que os cortes de impostos planejados pela administração de Trump e os gastos públicos aquecem a economia dos Estados Unidos, com expectativa de estagnação no Brasil em 2017, disse a OCDE nesta segunda-feira.

Em seu Panorama Econômico, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico revisou suas previsões para cima e estimou que o crescimento global vai acelerar de 2,9 por cento este ano a 3,3 por cento em 2017 e chegará a 3,6 por cento em 2018.

Quanto a economia do Brasil, a previsão para 2016 piorou, apontando contração de 3,4 por cento ante estimativa anterior de recuo de 3,3 por cento. Mas para 2017 a conta apresentou melhora, com a OCDE projetando estagnação ante contração de 0,3 por cento antes. Para 2018 a organização vê um crescimento de 1,2 por cento.
 
A organização com sede em Paris foi ligeiramente mais otimista sobre as perspectivas dos Estados Unidos, com uma previsão de crescimento no próximo ano de 2,3 por cento, ante 2,1 por cento previstos em setembro.
 
O crescimento dos EUA vai acelerar mais em 2018 para 3,0 por cento, a taxa mais alta desde 2005, com a administração Trump prometendo cortar impostos para pessoas jurídicas e físicas, além de iniciar um programa de investimento em infraestrutura.
 
Uma renovada economia norte-americana vai ajudar a compensar a fraqueza em outros lugares do mundo.
O OCDE mostrou-se ligeiramente menos pessimista sobre o cenário para o Reino Unido do que em setembro, uma vez que o banco central tem ajudado a aliviar o impacto econômico da decisão de deixar a União Europeia.
 
A economia britânica deve crescer 2,0 por cento este ano, contra 1,8 por cento estimado anteriormente, embora a taxa possa cair pela metade até 2018.
 
A previsão para a China, que não é membro da OCDE, é de um crescimento de 6,7 por cento neste ano e de 6,4 por cento em 2017, ambos um pouco melhor do que o esperado anteriormente.
 
A perspectiva para a zona do euro também foi ligeiramente melhor, apesar das incertezas sobre o futuro relacionamento do Reino Unido com o continente. Impulsionado pela política monetária frouxa, o crescimento da região foi projetado em 1,7 por cento neste ano e em 1,6 por cento em 2017, ambos revisados com ligeira alta 

(Reuters, 28/11/16)

Serra: “Estar no Mercosul atrapalha nossa negociação de açúcar com a UE”



Serra: “Estar no Mercosul atrapalha nossa negociação de açúcar com a UE”

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, afirmou nesta segunda-feira, 28, que o fato de o Brasil fazer parte do Mercosul atrapalha as tentativas de negociar açúcar para a União Europeia. "Fragiliza a nossa posição", disse o chanceler brasileiro, no encerramento do Unica Fórum, evento promovido pela União da Indústria de Cana-de-açúcar, em São Paulo.

"O problema do Mercosul é o problema da alta competitividade (do açúcar brasileiro). A alta competitividade, por incrível que pareça, em certas circunstâncias, chega a ser um problema, não porque é ruim chegar a ela, mas porque provoca reações defensivas nos países que são nossos mercados", afirmou. "E no Mercosul, o que me preocupa, especialmente, é que atrapalha nossas negociações com a União Europeia", acrescentou.

Para Serra, o açúcar enfrenta diversos problemas para acessar outros mercados no exterior. "Somos exportadores a nível mundial, de primeira linha, e esse é o setor, entre os que têm certo tamanho, que tem mais obstáculos ao comércio no mundo inteiro", lamentou o ministro, citando em seguida medidas protecionistas adotadas recentes pela China, em favor da produção de açúcar em uma de suas províncias.

"As medidas não foram feitas contra o Brasil, mas nos atingem, porque somos metade das importações da China", disse. Sobre o etanol, Serra disse que o sucesso dele no Brasil depende de sua transformação em uma commodity, sugerindo que outros países começassem a investir no produto.

"Precisamos ter escala na produção e no comércio internacional, no sentido de viabilizar que o etanol vire uma commodity, e aí a produção brasileira sairá fortalecida em razão da nossa alta competitividade", afirmou o chanceler

 (Agência Estado, 28/11/16)

Samsung avaliará cisão do grupo e criação de holding


Mudanças vêm após o fundo de hedge Elliott pedir em outubro que a empresa sul-coreana se divida em uma holding e uma empresa operacional

 




Seul – A gigante da tecnologia Samsung, sob pressão dos acionistas para melhorar o retorno aos investidores, disse nesta terça-feira que considera criar uma holding, no que seria o maior movimento de reestruturação em seus 47 anos de história.

As mudanças e um plano para elevar dividendos vêm após o fundo de hedge Elliott pedir em outubro que a empresa sul-coreana se divida em uma holding e uma empresa operacional.

Mas a maior fabricante mundial de smartphones, chips de computador e televisores, disse ser absolutamente neutra sobre o processo e deu poucos detalhes sobre a potencial reestruturação.

“A revisão não indica direção ou intenção do conselho para um ou outro caminho”, disse a empresa, que contratou consultores externos para uma revisão que deve levar ao menos seis meses.

A Samsung, avaliada em cerca de 224 bilhões de dólares, viu suas ações fecharem estáveis. O aumento de dividendos de 2016 ficou aquém de algumas previsões, com a incerteza sobre a reestruturação mantendo investidores cautelosos, disseram analistas.

A Samsung não mencionou diretamente a Elliott em sua declaração, mas a empresa sul-coreana prometeu responder sobre as propostas do fundo até o fim de novembro.

A Samsung prometeu retornar 50 por cento do fluxo de caixa livre aos acionistas entre 2016 e 2017, ficando aquém do pedido de Elliott de 75 por cento e para pagar um dividendo especial de 26 bilhões de dólares.

Executivos da Samsung não comentaram sobre a reestruturação nesta terça-feira.


Governo do Brasil ouvirá setor de biocombustíveis para lançar plano



Governo do Brasil ouvirá setor de biocombustíveis para lançar plano

O governo federal pretende lançar um plano de longo prazo para o desenvolvimento dos biocombustíveis no Brasil, principalmente o etanol e o biodiesel, o que será discutido em uma reunião com os agentes do setor agendada para 13 de dezembro no Ministério de Minas e Energia, disse a jornalistas nesta segunda-feira o ministro da pasta, Fernando Coelho Filho.

O ministro disse que o objetivo do plano RenovaBio -Biocombustíveis 2030, atualmente em estudo no governo, é dar "tranquilidade, estabilidade e previsibilidade" para os investidores do setor.
 
Ele afirmou ainda que os planos do governo para os biocombustíveis visam tirar o país da atual situação de "interrogação" sobre o futuro do segmento para um papel de protagonista. Isso seria feito, segundo ele, com ações para assegurar condições de investimento para o setor privado, sem grande intervencionismo estatal nas políticas setoriais.
 
"Que o Brasil possa sair dessa interrogação, se vai para a frente, se não vai, e possa ocupar de fato seu lugar de destaque na liderança, não só no volume mas na detenção da tecnologia dos combustíveis verdes", afirmou Coelho Filho, que falou com jornalistas durante evento da União da Indústria da Cana-de-Açúcar em São Paulo

 (Reuters, 28/11/16)

 http://www.brasilagro.com.br/conteudo/governo-do-brasil-ouvira-setor-de-biocombustiveis-para-lancar-plano.html?utm_source=Newsletter&utm_medium=E-mail-MKT&utm_campaign=E-Mkt_RGB/#.WD2_Q26nynU

Empresas investem em robôs, mas clientes querem falar com pessoas


Muitas empresas estão, inclusive, substituindo o contato presencial pelo virtual para economizar

 


São Paulo – Cada vez mais, empresas estão implementando chatbots, ou programas de computador que simulam conversas como se fossem humanos, para fazerem o atendimento aos clientes.

Os robôs são uma alternativa mais barata e eficiente para resolver problemas simples e permitem que os atendentes deem mais atenção às situações complexas.

Muitas estão, inclusive, substituindo o contato presencial pelo virtual: somente 47% das empresas pesquisadas oferecem a disponibilidade de falar com alguém pessoalmente, confiando em outros meios de comunicação, como web chat e e-mail.

No entanto, não é o que os consumidores querem: 79% dos consumidores preferem a interação humana, por telefone ou pessoalmente, no contato com marcas e fornecedores de serviços, segundo uma pesquisa feita pela Verint, companhia de softwares de inteligência e otimização do engajamento do cliente.

Ela entrevistou mais de 24 mil consumidores em 12 países com o apoio da Opinium Research LCC e da consultoria IDC. O resultado foi a pesquisa “O ponto crítico digital: como as empresas equilibram as demandas digitais e humanas do customer service?”.

A maioria dos clientes ainda escolhe usar o telefone (24%) ou ir pessoalmente (23%) para solucionar alguma dúvida ou problema e 73% dos entrevistados disseram não gostar de lidar com uma empresa que não forneça um número de telefone.

Entre os canais digitais, 22% dos entrevistados querem o acesso a uma conta on-line, 14% desejam a possibilidade de comunicação via e-mail e 9% preferem se conectar usando aplicativos de celular.

A preferência pelo contato pessoal fica ainda maior quando a complexidade do problema aumenta. Cerca de 34% preferem ir à companhia quando têm dúvidas mais complicadas, enquanto 33% prefere se comunicar via telefone. O email é preferido por apenas 7% das pessoas nesses casos.

O varejo lidera a preferência dos entrevistados pelo contato pessoal (48%). Já os setores de cartões de crédito e utilities (gás, energia e água) lideram a preferência dos consumidores pelo atendimento via telefone, com 35% e 30% das preferências respectivamente.


Falta qualidade


Segundo os clientes, os serviços digitais não são tão bons quanto o esperado. Cerca de 67% afirmou que serviços de atendimento on-line ou via dispositivos móveis deveriam ser mais rápidos, intuitivos e atender melhor às suas necessidades.

O telefone também pode ajudar a vender mais: 25% dos entrevistados fariam uma avaliação positiva da empresa e 18% renovariam sua contratação do serviço ou comprariam novamente o produto através de um contato telefônico. Além disso, 70% dos entrevistados acreditam receber um serviço melhor falando ao telefone do que online.

“O contato humano ainda é primordial para os consumidores, aumentando as chances de as empresas alcançarem o equilíbrio certo para efetuar serviços, manter os clientes, influenciar as vendas e melhorar o compromisso e a lealdade do consumidor”, explica afirma Mary Wardley, Vice-Presidente de Aplicativos Empresariais e Software CRM da IDC.

“As empresas que consideram canais mais baratos e digitais precisam se assegurar de terem entendido as preferências dos clientes e a influência que essa opção tem no comportamento e no compromisso deles”, destaca Dave Capuano, vice-presidente global de marketing integrado da Verint.