quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Opep chega a acordo para reduzir produção de petróleo

O cartel reduzirá a produção em 1,2 milhão de barris diários (mbd) até um total de 3,2 mbd, afirmou o ministro do Petróleo do Catar







Viena – Após meses de negociação, representantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) atingiram um acordo para cortar a produção nesta quarta-feira, em um esforço para dar sustentação aos preços e reassegurar a influência do cartel em meio a um mercado cada vez mais dominado pelos Estados Unidos, a Rússia e outros países.

Delegados do cartel concordaram em cortar a produção em 1,2 milhão de barris por dia (bdp), para 32,5 milhões de bpd, afirmou o ministro do petróleo do Irã, Bijan Zanganeh, o que representa 1,0% da produção global.

A expectativa dos integrantes do grupo, com o anúncio, é manter os preços entre US$ 55 e US$ 60 por barril, níveis satisfatórios para ajudar as economias de países fortemente dependentes das receitas de exportação da commodity e que têm sido fortemente prejudicadas por dois anos de preços abaixo dos US$ 50.

“Este é um bom dia para o mercado de petróleo, para a indústria do petróleo. Após o acordo, os mercados estão se reequilibrando”, afirmou o ministro de energia da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih.

“Nossos amigos da Rússia e outros países não membros da Opep concordaram em contribuir com cortes significativos a partir de janeiro do ano que vem”, completou. Entre os que devem contribuir, está a Rússia, afirmou o representante da Nigéria.

Dentro das regras do acordo, o Irã recebeu permissão para elevar a produção para 3,9 milhões de BDP como forma de compensação pela perda de fatia de mercado após anos de sanções nucleares do Ocidente.

Na reunião, Zanganeh afirmou que seu país estaria disposto a restringir a produção no início de 2017.
Os países que lideram os cortes de produção são a Arábia Saudita, com 486 mil bdp, o Iraque, com 210 mil bpd. Os Emirados Árabes contribuirão com um corte de 139 mil bpd, enquanto o Kuwait cortarão 131 mil bpd.

Completam a lista Catar (30 mil bpd), Venezuela (95 mil bpd), Argélia (50 mil bpd), Equador (26 mil bpd), Angola (87 mil bpd) e Gabão (9 mil bpd). Líbia e Nigéria também ficaram isentos de contribuir para o acordo.

Os países também concordaram com a utilização de fontes independentes para determinar a produção de cada um. Kuwait, Venezuela e Argélia ficaram encarregados de monitorar a aderência dos membros do cartel ao acordo.

Eles também marcaram um encontro para reavaliar a situação do acordo em seis meses.

 Fonte: Dow Jones Newswires.

Investimento em renovação de canavial é caso à parte no setor, diz BNDES



Investimento em renovação de canavial é caso à parte no setor, diz BNDES

O setor de açúcar e etanol tem concentrado neste final de ano a demanda de recursos do Prorenova, a linha de crédito voltada para a renovação de canaviais. Foi o que afirmou, ontem (28), Carlos Eduardo Cavalcanti, chefe do departamento de biocombustíveis do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), instituição que libera os recursos.

"As empresas estão financiando as negociações com os bancos e agentes repassadores e esses pedidos estão entrando na carteira do banco", disse Cavalcanti, sem detalhar qual seria essa demanda de fim de ano.

Durante o Unica Forum, promovido pela União da Indústria de Cana-de-açúcar/SP, em São Paulo (SP), Cavalcanti explicou que esse movimento é considerado normal. Segundo ele, apesar dos recursos estarem disponíveis durante todo o ano, as empresas acabam concluindo suas negociações entre novembro e dezembro, o que aumenta o fluxo de projetos nessa época.

O BNDES reservou para este ano um orçamento de R$ 1,5 bilhão para o Prorenova. As empresas têm até o dia 31 de dezembro para apresentar seus projetos para a instituição para terem acesso a esses recursos.

Cavalcanti reconheceu, no entanto, que investimentos na parte agrícola, como renovação de canaviais, têm sido um "caso à parte" no setor. O chefe do departamento de biocombustíveis do BNDES avaliou que as empresas têm se concentrado na redução do nível de endividamento.

"O financiamento agrícola é uma necessidade das empresas, que ano após ano precisam renovar seu canavial. A despeito do setor estar procurando um menor endividamento, o investimento agrícola é sempre necessário", disse. Na avaliação dele, ainda é muito cedo para falar em aumento de capacidade produtiva na cadeia de açúcar e etanol.

O gerente do departamento de biocombustíveis do BNDES, Artur Yabe Milanez, acrescentou que, mesmo depois de reduzir a alavancagem, a indústria de cana deve, em um primeiro momento, avaliar oportunidades de acrescimento olhando o que já existe no mercado. Segundo ele, há empresas com ativos à venda e que podem ser adquiridos 

(Assessoria de Comunicação, 29/11/16)

Empresa italiana arremata Celg em leilão de privatização


A Celg Distribuição foi arrematada pela empresa italiana Enel Brasil no leilão de privatização ocorrido hoje

 



São Paulo – A elétrica italiana Enel arrematou por 2,187 bilhões de reais a distribuidora de energia elétrica goiana Celg-D, controlada pela Eletrobras, ao ser a única a apresentar proposta no leilão que marcou a primeira privatização no setor elétrico do governo Michel Temer.

O resultado do certame nesta quarta-feira, na sede da BM&FBovespa, surpreendeu autoridades pelo ágio de 28 por cento em relação ao preço teto que havia sido estabelecido para a fatia de cerca de 95 por cento da Celg que foi colocada à venda.

O ágio ocorreu mesmo com a Enel sendo única a apresentar oferta da última sexta-feira. A Reuters antecipou naquele dia que apenas uma proposta havia sido feita, com base em uma fonte com conhecimento do assunto.

A licitação também satisfez as autoridades porque a companhia italiana já atua no Brasil, onde possui distribuidoras no Ceará e no Rio de Janeiro. A elétrica também anunciou recentemente que pretende investir 3,2 bilhões de euros no Brasil até 2019.

“Estamos nos deparando com um grupo consagrado, que já conhece as regras e o sistema”, comemorou o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, em coletiva de imprensa após a licitação.

O diretor da Enel para o Brasil, Carlo Zorzoli, disse que a companhia pagará pela compra da Celg no final de janeiro, à vista, e que o grupo ainda tem fôlego para novos negócios no país.

“O desenvolvimento do grupo Enel no Brasil não acaba hoje… temos não só crescimento em novas oportunidades, mas também um plano de investimento em nossas concessões focado em qualidade, modernização”, disse.

Agora, com a concretização do negócio, a Eletrobras receberá 1,065 bilhão por sua fatia na Celg-D, enquanto o restante do valor a ser pago pela Enel irá para os cofres do governo de Goiás, que era minoritário na empresa.

Segundo o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., os recursos serão utilizados para pagar dívidas mais caras e curtas da estatal e também para bancar o plano de investimentos da companhia, que prevê aportes de 35,8 bilhões de reais entre 2017 e 2021.

Novas Privatizações


O presidente da Eletrobras também ressaltou que a estatal pretende vender mais seis distribuidoras de energia elétrica até o final de 2017 e que o resultado do leilão da Celg-D mostra que deve haver apetite por esses ativos.

As distribuidoras que a Eletrobras pretende privatizar em seguida atuam em Acre, Alagoas, Amazonas, Rondônia, Roraima, Piauí.

“Tem muito valor nessas companhias… não tenho dúvida de que há muito valor a ser extraído dessas concessões… elas têm perdas (de energia) muito altas, e isso é uma coisa boa para bons operadores. E também estão em Estados em que, a economia entrando agora em um processo de recuperação, certamente têm potenciais muito grandes de crescimento”, disse Ferreira.

O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, também disse que as demais distribuidoras da Eletrobras irão brevemente ser oferecidas ao mercado e que o governo prevê sucesso também nesses leilões.

“Até 2017 essas empresas serão vendidas, agora estamos discutindo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) (a metodologia de venda) para capturar melhor o valor delas. A venda ocorrerá até o final de 2017”, disse.

STF reage a texto anticorrupção e defende autonomia do Judiciário


Cármen Lúcia disse que juízes já respondem por seus atos pelo estatuto da magistratura e que a democracia depende de Poderes fortes e independentes






São Paulo – A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, disse em nota nesta quarta-feira que a inclusão da possibilidade de punir juízes e membros do Ministério Público por abuso de autoridade nas medidas contra a corrupção aprovadas na Câmara dos Deputados pode ferir a independência entre os Poderes.

A ministra afirmou que atualmente os juízes já respondem por seus atos na forma do estatuto da magistratura e disse que a democracia depende de Poderes fortes e independentes. Disse ainda que se pode tentar calar um juiz, mas jamais o Judiciário.

“A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, reafirma o seu integral respeito ao princípio da separação de poderes. Mas não pode deixar de lamentar que, em oportunidade de avanço legislativo para a defesa da ética pública, inclua-se, em proposta legislativa de iniciativa popular, texto que pode contrariar a independência do Poder Judiciário”, afirma a nota.

“O Judiciário brasileiro vem cumprindo o seu papel. Já se cassaram magistrados em tempos mais tristes. Pode-se tentar calar o juiz, mas nunca se conseguiu, nem se conseguirá, calar a Justiça.”

Na madrugada desta quarta-feira, os deputados incluíram no pacote de medidas de combate à corrupção a possibilidade de punir magistrados e promotores pelo crime de abuso de autoridade. Pelo texto aprovado, juízes também poderão responder por crime de responsabilidade se expressarem, por meios de comunicação, opinião sobre processo em julgamento, tendo como punição pena de reclusão de seis meses a dois anos e multa.

A inclusão da proposta tem sido duramente criticada pelos integrantes da força-tarefa da operação Lava Jato, que investiga um bilionário esquema de corrupção na Petrobras e que tem uma série de políticos entre os investigados.

A aprovação da proposta também gerou reações da Procuradoria-Geral da República (PGR). Para o procurador-geral, Rodrigo Janot, a votação desta madrugada na Câmara “colocou o país em marcha a ré no combate à corrupção”.

“Um sumário honesto da votação das 10 Medidas, na Câmara dos Deputados, deverá registrar que o que havia de melhor no projeto foi excluído e medidas claramente retaliatórias foram incluídas. Cabe esclarecer que a emenda aprovada, na verdade, objetiva intimidar e enfraquecer Ministério Público e Judiciário”, escreveu Janot.

“As 10 Medidas contra a corrupção não existem mais. O Ministério Público brasileiro não apoia o texto que restou, uma pálida sombra das propostas que nos aproximariam de boas práticas mundiais.”

Janot lembrou que o texto aprovado na Câmara ainda terá de passar pelo Senado e pediu que a sociedade se mantenha atenta “para que o retrocesso não seja concretizado; para que a marcha seja invertida novamente e possamos andar pra frente”.



Santa Catarina tem o maior PIB per capita do Sul






As informações – de 2014 – foram divulgadas pelo IBGE


Por Agência Brasil 

 Santa Catarina tem o maio PIB per capita do Sul. Na foto, Florianópolis


O Distrito Federal lidera o ranking de Produto Interno Bruto (PIB) per capita do país, com um valor de R$ 69.216,80. O PIB per capita é obtido pela divisão do PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no local, pela população daquela área. Brasília tem um PIB per capita 6,2 vezes maior do que o Estado que está na lanterna do ranking, o Maranhão (R$ 11.216,37). As informações – relativas a 2014 – foram divulgadas hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro.

Depois do Distrito Federal, aparecem São Paulo (R$ 42.197,87), Rio de Janeiro (R$ 40.767,26), Santa Catarina (R$ 36.055,90), Espírito Santo (R$ 33.148,56), Rio Grande do Sul (R$ 31.927,16) e Paraná (R$ 31.410,74). Do outro lado da tabela, fazem companhia ao Maranhão com os menores PIBs per capita, Piauí (R$ 11.808,08), Alagoas (R$ 12.335,44), Paraíba (R$ 13.422,42), Ceará (R$ 14.255,05) e Bahia (R$ 14.803,95).

 http://www.amanha.com.br/posts/view/3177


Quais serão os motores da recuperação brasileira?


PIB caiu pelo sétimo trimestre seguido. Com desalavancagem, Trump, ociosidade e crise política, como o Brasil vai sustentar uma recuperação?




São Paulo – Quem vai fazer a economia brasileira voltar a crescer?
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A dúvida surge diante dos dados divulgados na manhã dessa quarta-feira pelo IBGE, mostrando queda de 0,8% do PIB (Produto Interno Bruto) em relação ao trimestre anterior.

É o sétimo tombo consecutivo, generalizado em todas as medidas de despesa e de oferta. As famílias e empresas se endividaram demais, então embolsam os recursos que entram, o que não movimenta a economia.

“É um processo de desalavancagem muito mais demorado, porque o mercado de crédito e de trabalho ainda não chegaram no fundo do poço”, diz Bruno Rovai, economista do Barclays.

A projeção do banco é que o consumo das famílias fique parado ainda em 2017, resultado da combinação tóxica entre queda da renda, desemprego em alta, juros altos, crédito escasso e inflação.

A esperança do mercado era que o investimento entrasse para preencher esse vácuo já que ele foi a primeira vítima da crise, que caiu antes mesmo da recessão se instalar.

O investimento acumulava 10 trimestres seguidos de queda quando ensaiou uma recuperação no 2º trimestre desse ano, com alta de 0,5%. No entanto, já voltou a cair.

“A construção civil depende de crédito, e porque as empresas vão investir em máquinas e equipamentos se há ociosidade e não há perspectiva de volta da demanda?”, pergunta Silvia Matos, coordenadora do boletim macroeconômico do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas.

Já o setor externo havia sido um alento até a metade do ano, quando o real desvalorizado e a economia fraca fizeram subir as exportações e cair as importações. Mas o efeito está se dissipando.

“As exportações estão desacelerando globalmente e a perspectiva não é nada positiva, já que todas as agendas eleitas recentemente no mundo desenvolvido são de protecionismo. Qualquer cenário que você faz agora tem um leque de possibilidades maior porque a incerteza é enorme”, diz Rovai.

Além disso, muitos planos de Donald Trump são inflacionários, o que causou um aumento na expectativa de juros futuros nos Estados Unidos.

Juros mais altos no mundo desenvolvido significam fuga de capital dos emergentes e uma margem menor para cortar os juros por aqui.

O Banco Central decide hoje a Selic e a expectativa do mercado é de um corte tímido de 0,25 ponto percentual.

Aliviar o aperto monetário seria outra forma de estimular a recuperação, mas os especialistas notam que isso depende também do andamento da agenda de reformas.

A gente tem que fazer o dever de casa mais rápido. Sem queda dos juros fica difícil pensar em retomada do crédito”, diz Silvia.

Um passo foi dado com a primeira aprovação da PEC do Teto no Senado ontem, mas a medida não sobrevive sem uma reforma da Previdência.

Além disso, ninguém sabe até onde vai a força do governo diante dos últimos acontecimentos que culminaram na queda de Geddel Vieira Lima, secretário de Governo.

“A preocupação agora é com o 4º trimestre após os impactos da eleição do Trump e a piora política em novembro. Mas o processo de recuperação está em andamento, apenas está mais lento”, diz Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados.

Ele destaca a tabela de comparação com base anual, onde fica claro que as quedas nos componentes da demanda são grandes mas estão se suavizando.

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A recuperação em 2017 virá de “uma virada esperada no ciclo de inventários, investimento privado com base em um ambicioso programa de privatização e concessões públicas e contribuição positiva das exportações”, diz uma nota assinada por Alberto Ramos, chefe de pesquisa econômica para América Latina do Goldman Sachs.

As previsões ajustadas de crescimento para 2017 ficam entre 0,5% (Barclays) e 1,1% (Goldman Sachs).
 
 

Comportamento seguro


A segurança é um aspecto negligenciado na vida pessoal, familiar e corporativa. É tempo de se desenvolver uma cultura de prevenção.



“Aprendemos pela amarga experiência que a segurança
somente para alguns é a insegurança para todos.”
(Nelson Mandela)

 
Seja em trânsito, no trabalho, em casa ou em um espaço público, a segurança é um fator rotineiramente negligenciado. Assim, dirigir dez quilômetros acima da velocidade permitida em uma via é tido como normal e até aceitável, afinal, está inclusive dentro da tolerância dos radares eletrônicos para caracterização de multa. Subir em uma banqueta para trocar uma lâmpada, sem usar luvas ou óculos de proteção e sem desligar a alimentação de energia elétrica, é praxe em qualquer residência.

Segundo o Ministério da Previdência Social, por meio de seu Anuário Estatístico, os acidentes laborais notificados no Brasil ultrapassam a marca de 710 mil, com mais de três mil óbitos todos os anos. Isso significa cerca de duas mil ocorrências por dia, ou seja, enquanto você lê este artigo, ao menos três pessoas se acidentaram em algum lugar de nosso país. E os números certamente são ainda maiores, pois muitos eventos simplesmente não são registrados.

O principal fator é o desrespeito com relação ao risco. As pessoas acham que nada de ruim lhes acontecerá, afinal, o mal está sempre ocupado com outrem. Por isso, as empresas precisam tanto insistir na obediência a regras, normas, procedimentos, sinalização e uso de equipamentos de proteção, combatendo permanentemente a famosa “gambiarra”. Esta é a retórica constante durante as SIPATs (Semana Interna de Prevenção de Acidentes no trabalho) organizadas pelas empresas em cumprimento à legislação.

A atenção deve ser permanente, seja no exercício da atividade profissional, sobretudo em tarefas operacionais e naturalmente com caráter repetitivo, seja ao subir e descer escadas, ou transitando com crianças em centros de compras, onde recorrentemente menores se acidentam e até perdem a vida em escadas rolantes.

Outro aspecto é a responsabilidade pessoal. No acidente mencionado no início do texto, o próprio motorista consentiu ter ciência de que trafegava em horário não permitido, acima do limite de velocidade e falando ao celular. Lamento por ele e por seus familiares, mas o fato é que isso não poderia ser tratado como crime culposo, quando não há a intenção de matar, mas sim doloso, pois ao infringir todas as regras acima o condutor estava conscientemente praticando delitos. Aliás, foi esta conjunção de fatores que o impediu de observar que a caçamba estava levantada.

Precisamos urgentemente colocar a segurança como uma prioridade. Ela precisa ser inserida na carta de valores das empresas, nas políticas de treinamento, nas aulas no ensino fundamental. Desenvolver uma cultura de prevenção não é algo que se alcança de um dia para outro. É um processo, árduo, lento e trabalhoso que, como tal, precisa de um primeiro passo. Afinal, na atitude de cada um está a segurança de todos.

* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de nove livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 http://www.administradores.com.br/artigos/cotidiano/comportamento-seguro/100236/