O setor de açúcar e etanol tem concentrado neste final de ano a
demanda de recursos do Prorenova, a linha de crédito voltada para a
renovação de canaviais. Foi o que afirmou, ontem (28), Carlos Eduardo
Cavalcanti, chefe do departamento de biocombustíveis do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), instituição que libera os
recursos.
"As empresas estão financiando as negociações com os bancos e agentes
repassadores e esses pedidos estão entrando na carteira do banco",
disse Cavalcanti, sem detalhar qual seria essa demanda de fim de ano.
Durante o Unica Forum, promovido pela União da Indústria de
Cana-de-açúcar/SP, em São Paulo (SP), Cavalcanti explicou que esse
movimento é considerado normal. Segundo ele, apesar dos recursos estarem
disponíveis durante todo o ano, as empresas acabam concluindo suas
negociações entre novembro e dezembro, o que aumenta o fluxo de projetos
nessa época.
O BNDES reservou para este ano um orçamento de R$ 1,5 bilhão para o
Prorenova. As empresas têm até o dia 31 de dezembro para apresentar seus
projetos para a instituição para terem acesso a esses recursos.
Cavalcanti reconheceu, no entanto, que investimentos na parte
agrícola, como renovação de canaviais, têm sido um "caso à parte" no
setor. O chefe do departamento de biocombustíveis do BNDES avaliou que
as empresas têm se concentrado na redução do nível de endividamento.
"O financiamento agrícola é uma necessidade das empresas, que ano
após ano precisam renovar seu canavial. A despeito do setor estar
procurando um menor endividamento, o investimento agrícola é sempre
necessário", disse. Na avaliação dele, ainda é muito cedo para falar em
aumento de capacidade produtiva na cadeia de açúcar e etanol.
O gerente do departamento de biocombustíveis do BNDES, Artur Yabe
Milanez, acrescentou que, mesmo depois de reduzir a alavancagem, a
indústria de cana deve, em um primeiro momento, avaliar oportunidades de
acrescimento olhando o que já existe no mercado. Segundo ele, há
empresas com ativos à venda e que podem ser adquiridos
(Assessoria de
Comunicação, 29/11/16)
Nenhum comentário:
Postar um comentário