segunda-feira, 21 de novembro de 2016

As 10 empresas brasileiras com maior presença no exterior


Pesquisa da Fundação Dom Cabral está na 11ª edição e analisou 64 companhias. A fabricante de descartáveis Fitesa lidera a lista das mais internacionais




São Paulo – A Fitesa, líder na fabricação de descartáveis higiênicos e médicos de materiais que não são tecidos, é novamente a empresa brasileira com maior atuação no exterior, segundo estudo da Fundação Dom Cabral.

A pesquisa, que está na 11ª edição, analisou 64 companhias. Delas, 50 são multinacionais e 14 atuam fora do país por meio de franquias.

Os dados levam em conta o desempenho das organizações durante o ano de 2015. Na média, o índice médio de internacionalização das multinacionais cresceu de 21,8% em 2014 para 26,1% em 2015, um aumento inédito de quase 20%.

O índice leva em consideração os ativos, receitas e funcionários dessas empresas no exterior em relação ao total.

Para a Fitesa, o indicador atingiu 73,9%. No ano passado, ela anunciou a expansão de linhas de produção na Europa, Estados Unidos e América do Sul.

A segunda colocada, Iochpe-Maxion, que produz autopeças e equipamentos ferroviários, alcançou um índice de internacionalização de 66%.

Em 2015, por conta da demanda fraca por parte da indústria de automóveis do país, a companhia reforçou as operações no NAFTA (bloco econômico dos países da América do Norte) e Europa.
Conheça as 10 empresas nacionais com mais presença em outros territórios:


Posição Empresa Índice de internacionalização
1 Fitesa 73,9%
2 Iochpe-Maxion 66,5%
3 CMZ 63,7%
4 Intercement 62,4%
5 Stefanini 61,9%
6 Artecola 60,7%
7 Gerdau 57,8%
8 JBS 57,6%
9 Metalfrio 55,5%
10 Grupo Alumini 48,0%


Onde elas estão


As companhias nacionais têm presença em todos os continentes e em 99 países. Os Estados Unidos continuam sendo o território estrangeiro com a maior quantidade de corporações brasileiras. Veja os 10 lugares onde elas mais estão:


País Quantidade de filiais
Estados Unidos 40
Argentina 31
Chile 25
Colômbia 23
China 22
México 21
Peru 20
Uruguai 19
Reino Unido 16
Paraguai 15


Autonomia das filiais


A maior parte das companhias (67,7%) manteve a autonomia das filiais no último ano. Outras 29,1% aumentaram a independência das subsidiárias e 4,2% diminuíram.

“Notamos que as multinacionais brasileiras têm, gradativamente, descentralizado parte de suas decisões, passando-as para as subsidiárias. Isso tende a aumentar à medida que a empresa adquire mais experiência internacional e adapta seus processos e rotinas às localidades onde atua”, diz em nota a professora Livia Barakat, Fundação Dom Cabral, uma das responsáveis pelo estudo.


Crise?


A maioria das empresas (74,6%) afirmaram que seus planos internacionais foram afetados de alguma forma pela crise política e econômica no Brasil. Para 28,5% delas, a interferência foi grande. Outas 25,4% disseram que não mudaram sua estratégia para outros países.

De uma forma geral, 78% ampliaram os investimentos fora do Brasil.

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