Foi o maior superávit primário mensal já anotado na série histórica do BC, iniciada em dezembro de 2001
Depois de cinco meses seguidos de contas públicas com resultados negativos, o setor público voltou a registrar superávit primário em outubro.
A União, os estados e os municípios acusaram superávit primário,
receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros, de R$
39,589 bilhões, em outubro, informou hoje (28) o Banco Central (BC).
Foi o maior superávit primário mensal já anotado na série histórica do BC, iniciada em dezembro de 2001.
O resultado do mês passado foi influenciado pela arrecadação com o
programa de regularização de ativos não declarados à Receita, conhecido
como Lei da Repatriação. Para regularizar os recursos, o contribuinte
teve que pagar 15% de Imposto de Renda e 15% de multa, totalizando 30%
do valor regularizado.
Em outubro deste ano, o Governo Central (Previdência, Banco Central e
Tesouro Nacional) anotou superávit primário de R$ 39,127 bilhões. Os
governos estaduais também apresentaram resultado positivo, com superávit
primário de R$ 271 milhões, e os municipais, superávit de R$ 24
milhões.
As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas
companhias dos grupos Petrobras e Eletrobras, tiveram superávit primário
de R$ 166 milhões no mês passado.
Em dez meses, déficit primário é de R$ 45,912 bi
No acumulado do ano, o resultado é negativo. Em dez meses, o déficit
primário é de R$ 45,912 bilhões contra o resultado negativo de R$ 19,953
bilhões em igual período de 2015.
Em 12 meses encerrados em outubro, o déficit primário ficou em R$
137,208 bilhões, o que corresponde a 2,23% do Produto Interno Bruto
(PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
Os gastos com juros nominais ficaram em R$ 36,205 bilhões em outubro,
R$ 331,238 bilhões em dez meses e em R$ 406,821 bilhões em 12 meses.
Em outubro, o setor público registrou superávit nominal – formado
pelo resultado primário e os resultados de juros – de R$ 3,384 bilhões.
Esse foi o primeiro resultado nominal positivo desde abril de 2015,
quando foram anotados R$ 11,232 bilhões.
Nos dez meses do ano, o déficit nominal chegou a R$ 377,151 bilhões
e, em 12 meses, a R$ 544,029 bilhões, que correspondem a 8,83% do PIB.
A dívida líquida do setor público – balanço entre o total de créditos
e débitos dos governos federal, estaduais e municipais – somou R$ 2,722
trilhões em outubro, o que corresponde a 44,2% do PIB, com alta de 0,1
ponto percentual em relação ao mês anterior. A dívida bruta (contabiliza
apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou
a R$ 4,330 trilhões ou 70,3% do PIB, com redução de 0,4 ponto
percentual em relação a setembro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário