Maior gestora de energia do país aposta na
diversificação de serviços
Da Redação
redacao@amanha.com.br
De acordo
com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o mercado deve ter
4.367 consumidores livres e especiais até o final de dezembro, praticamente o
dobro do alcançado em 2015. O ano de 2016 foi particularmente marcado pelo
aumento de consumidores especiais, que possuem demanda entre 500 kW e 3.000 kW
e devem contratar energia de fontes renováveis incentivadas pelo governo. Esse
cenário ajudou a impulsionar os resultados da Comerc, maior gestora de energia
do país.
Enquanto
diversos setores enfrentaram os reflexos de uma economia em crise, 2016 foi um
ano particularmente positivo para a Comerc. “De um lado, diversificamos nossos
serviços, investindo nas frentes de eficiência energética e energia solar. De
outro, abrimos quatro novos escritórios pelo país, em Manaus (AM), São José dos
Campos e Campinas (SP), além de Bento Gonçalves (RS), para ficarmos mais perto
de nossos clientes”, conta Cristopher Vlavianos (foto), presidente da
companhia. No Sul, a companhia também possui um escritório em Florianópolis
(SC). Os planos para 2017 são otimistas. Vlavianos prevê crescer 20% em
faturamento e 35% no número de clientes.
Balanço
“O ano de 2016 foi marcado pela migração de consumidores para o mercado livre.
Desde 2012, os preços no mercado cativo estavam represados em função da MP 579,
que reduziu em 20% as tarifas mesmo com um cenário hidrológico crítico”,
explica Vlavianos. “O custo real da energia ficou sendo bancado com recursos do
Tesouro, até que, em 2016, o governo teve que passar a aplicar o custo real nas
tarifas, que tiveram altas expressivas. Neste momento, a diferença de preços
entre os mercados cativo e livre ficou evidente, favorecendo a migração de
consumidores”, contextualiza.
Entre os
clientes da Comerc, os setores que lideraram a adesão ao mercado livre neste
ano foram empresas alimentícias, seguidas pelo segmento de serviços, de
manufaturados, shopping centers e plásticos. “Já havíamos estabelecido uma
parceria com essas empresas há vários meses, analisando o contexto e as
condições de cada uma, com o objetivo de identificar o momento ideal para a
migração de cada uma delas”, afirma Vlavianos.
O
executivo esclarece que o crescimento acentuado em 2016 também tem relação com
o tempo necessário para um consumidor migrar para o mercado livre de energia.
“Entre o consumidor entrar com o pedido de migração até começar a consumir de
fato no mercado livre, são necessários aproximadamente seis meses para a
realização de todos os trâmites burocráticos. Por isso, boa parte dos
consumidores que efetivamente entraram no mercado livre em 2016, já tinham
iniciado o processo em 2015, que foi o ano de eclosão da crise no país”, conta
o presidente da Comerc.
Vlavianos
ressalta que, além da redução de custos, há outros motivos que levam as
empresas a buscarem o mercado livre de energia. A principal é a previsibilidade
do custo da conta de energia, que não está sujeita às oscilações do mercado
cativo. Com um contrato de curto, médio ou longo prazo, o consumidor livre
torna-se imune às alterações de preço de energia que ocorrem com a aplicação
das bandeiras tarifárias. “No mercado livre, o preço da energia muda apenas nos
reajustes anuais, de acordo com os índices previamente acordados em contrato.
Isso proporciona uma segurança semelhante à das operações de hedge cambial, já
muito utilizadas pelas empresas para proteção contra oscilações no câmbio, por
exemplo”, ilustra.
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