Por Samuel Jaberg
A introdução da troca automática de informações com os países da OCDE irá marcar o fim de fato do sigilo bancário suíço com relação aos países ricos industrializados. Para os governos dos países em desenvolvimento, especialmente os africanos, continua ainda extremamente difícil acessar dados bancários de seus nacionais.
A partir de 1°de janeiro de 2018, a troca
automática de informações (TRI) vai se tornar uma realidade com os 28
membros da União Europeia, bem como Austrália, Canadá, Islândia, Japão,
Noruega e Coreia do Sul. O fim do sigilo bancário em relação aos Estados
Unidos, por sua vez, já foi aprovado em 2015 com o FATCA (Foreign
Account Tax Compliance Act).
Outros membros do Multilateral Compentent Authority Agreement
(MCAA, em verde claro no mapa) também têm a oportunidade de participar
da troca automática de informações com a Suíça.
Mas para isso, é preciso
primeiro um acordo bilateral entre os dois países. Devido às
exigências, principalmente em matéria de regulamentação dos fundos, uma
troca automática de informações fiscais com a Suíça continua inacessível
para a maioria dos países que não fazem parte nem da OCDE nem da União
Europeia, disse Alliance Sud, o lobby das organizações de ajuda suíça.
A
maioria dos países africanos e do Oriente Médio (em vermelho no mapa)
não tem nenhuma maneira de obter informações em matéria fiscal, já que
esses países não assinaram um acordo bilateral de assistência
administrativa com o governo suíço.
http://www.swissinfo.ch/por/economia/troca-autom%C3%A1tica-de-informa%C3%A7%C3%B5es-fiscais_o-fosso-norte-sul-do-sigilo-banc%C3%A1rio/42567806
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