quinta-feira, 3 de março de 2022

Guerra entre Rússia e Ucrânia pode impactar PIB nacional


Combustíveis, alimentos e câmbio sofrem efeitos do conflito 
 
Uma mulher visita o que costumava ser seu jardim de rosas na Ucrânia (Foto: Jakob Dall/Cruz Vermelha Dinamarquesa/Arquivo)

A invasão da Ucrânia por tropas russas pode produzir impactos econômicos a mais de 10 mil quilômetros de distância. O Brasil pode sentir os efeitos do conflito por meio de pelo menos três canais: combustíveis, alimentos e câmbio. A instabilidade no Leste europeu pode não apenas impactar a inflação como pode resultar em aumentos adicionais nos juros, comprometendo o crescimento econômico para este ano ao reduzir o espaço para a melhoria dos preços e do consumo.

Segundo a pesquisa Sondagem da América Latina, divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), as turbulências na Ucrânia devem agravar as incertezas que pairam sobre a economia global nos últimos meses. No Brasil, os impactos deverão ser ainda mais intensos. Uma das razões é a exposição maior aos fluxos financeiros globais que o restante da América Latina, com o dólar subindo e a bolsa caindo mais que na média do continente.

A própria pesquisa, que ouviu 160 especialistas em 15 países, constatou a deterioração do clima econômico. Na média da América Latina, o Índice de Clima Econômico caiu 1,6 ponto entre o quarto trimestre de 2021 e o primeiro trimestre deste ano, de 80,6 para 79 pontos. No Brasil, o indicador recuou 2,8 pontos, de 63,4 para 60,6 pontos, e apresentou a menor pontuação entre os países pesquisados.

Grande parte da queda atual deve-se ao Índice de situação atual, um dos componentes do indicador, que reflete o acirramento das tensões internacionais e o encarecimento do petróleo no início de 2022. O outro componente, o índice de expectativas, continuou crescendo, tanto no continente como no Brasil, mas a própria FGV adverte que o indicador que projeta o futuro também pode deteriorar-se caso o conflito entre Rússia e Ucrânia se prolongue.

Segundo a FGV, existem diversos canais pelos quais a crise entre Rússia e Ucrânia pode chegar à economia brasileira. O principal é o preço internacional do petróleo, cujo barril do tipo Brent encerrou a semana passada em US$ 105, no maior nível desde 2014. Porém, nesta quinta-feira (3) o valor já ultrapassou a barreira de US$ 110. O mesmo ocorre com o gás natural, produto do qual a Rússia é a maior produtora global, cujo BTU, tipo de medida de energia, pode chegar a US$ 30. O Brasil usa o gás natural para abastecimento das termelétricas.

Em relação à gasolina, a recuperação da safra de cana-de-açúcar está reduzindo o preço do álcool anidro, o que também ajuda a segurar a pressão do barril de petróleo num primeiro momento. Desde novembro do ano passado, o litro do etanol anidro acumula queda de 24,6% em São Paulo, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo. As maiores pressões sobre combustíveis estão ocorrendo sobre o diesel, que não tem a adição de etanol e subiu 3,78% em janeiro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que funciona como prévia da inflação oficial.

Outro canal pelo qual a guerra no Leste europeu pode afetar a economia brasileira são os alimentos. A Rússia é a maior produtora mundial de trigo. A Ucrânia ocupa a quarta posição. Nesse caso, o Brasil não pode contar com outros mercados porque a seca na Argentina, tradicionalmente maior exportador do grão para o Brasil, está comprometendo a safra local.

A crise no mercado de petróleo também pressiona os alimentos. Isso porque a Rússia é o maior produtor mundial de fertilizantes, que também são afetados pelo petróleo mais caro. Atualmente, o Brasil compra 20% dos fertilizantes do mercado russo. O aumento do diesel também interfere indiretamente no preço da comida, ao ser repassado por meio de fretes mais caros. A venda de fertilizantes agrícolas ao Brasil foi suspensa por parte de Belarus, de acordo com a Embaixada do país em Brasília. O fornecimento teria sido interrompido por causa de um bloqueio feito pela Lituânia. Porém, o governo brasileiro admite que o mercado nacional terá fertilizantes ao menos até outubro.

Dólar e juros
O terceiro fator pelo qual a crise entre Rússia e Ucrânia pode impactar a economia brasileira será por meio do câmbio. O dólar, que chegou a atingir R$ 5 na quarta-feira (23), fechou a sexta-feira (25) a R$ 5,15 após a ocupação de cidades ucranianas por tropas russas. Na manhã desta quinta-feira (3), no entanto, a divisa norte-americana valia R$ 5,08. Por enquanto, os efeitos no câmbio são relativamente pequenos porque o Brasil se beneficiou de uma queda de quase 10% da moeda norte-americana no acumulado de 2022. 

O prolongamento do conflito, no entanto, pode anular a baixa do dólar no início do ano. Nesta quinta, por exemplo, russos e ucranianos debatem pela segunda vez para tentar chegar a um acordo de paz.  Na quarta-feira, Dmitry Kulena, ministro ucraniano de Relações Externas, manifestou a expectativa pela retomada do diálogo, mas notou que as demandas de Moscou não tinham alterado e afirmou que não aceitaria nenhum ultimato.

Na semana passada, o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, disse que o Brasil está preparado para os impactos econômicos da guerra. Segundo ele, o país tem grandes reservas internacionais e baixa participação de estrangeiros na dívida pública, o que ajudaria a enfrentar os riscos de uma turbulência externa prolongada. No entanto, caso o dólar continue a subir e a inflação não ceder, o Banco Central pode ver-se obrigado a aumentar a taxa Selic (juros básicos da economia) mais que o previsto. Nesse caso, o crescimento econômico para este ano ficaria ainda mais prejudicado.

Com Agência Brasil

 

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terça-feira, 1 de março de 2022

Calote russo “muito provável” se crise com Ucrânia piorar, diz grupo ligado a sistema bancário mundial

 Presidente russo se reúne com empresários e garante estabilidade – Sinal  News

 

Por Tommy Wilkes

 

 

LONDRES (Reuters) – É muito provável que a Rússia dê um calote em sua dívida externa e sua economia sofrerá uma contração de dois dígitos este ano depois que o Ocidente lançou sanções sem precedentes em escala e coordenação, disse um grupo de lobby do setor bancário global nesta segunda-feira.

O Instituto de Finanças Internacionais (IIF) estimou que metade das reservas estrangeiras do Banco Central da Rússia são mantidas em países que impuseram congelamentos de seus ativos, reduzindo severamente o poder de fogo do banco na formulação de políticas.

O Banco Central, que na segunda-feira elevou as taxas de juros e introduziu controles de capital, priorizaria a proteção de poupadores domésticos com investidores estrangeiros sendo colocados como “um dos últimos da lista”, disse o IIF.

“Se ficarmos aqui e isso (a crise) aumentar, o default e a reestruturação são prováveis”, disse Elina Ribakova, vice-economista-chefe do grupo de lobby, a repórteres durante uma teleconferência.

Segundo ela, o calote seria “extremamente provável”, embora o tamanho relativamente pequeno das participações estrangeiras – em torno de 60 bilhões de dólares – na dívida russa limitaria as consequências.

A inadimplência em títulos no mercado interno era muito menos provável, acrescentou.

O Banco Central da Rússia e o Ministério das Finanças russo não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

A Rússia invadiu a Ucrânia na semana passada, levando o Ocidente a impor uma série de sanções. Entre elas, o congelamento dos ativos do Banco Central russo, a remoção de muitos bancos russos do sistema global de pagamentos SWIFT e uma lista de indivíduos e entidades com ativos bloqueados no exterior. A Rússia chama sua ação militar na Ucrânia de “operação especial”.

As sanções fizeram com que o rublo despencasse para mínimas recordes na segunda-feira, e os investidores ocidentais estão lutando para se livrar de ativos russos à medida que o país se encontra cada vez mais isolado.

Ribakova, do IIF, disse que as medidas, que ainda podem vir a ser mais duras, são “as sanções econômicas mais severas já impostas a um país” e colocariam a economia russa em queda livre, com uma contração de dois dígitos neste ano e a inflação subindo para um percentual de dois dígitos também.

Ela disse que a conversão das participações cambiais domésticas russas em rublos também está na mesa, embora o banco central esteja relutante em implantá-la inicialmente, pois tenta poupar os poupadores domésticos prejudicados.

O banco central mantém ferramentas para tentar acalmar os mercados, incluindo aumentar ainda mais as taxas de juros, fornecer liquidez aos bancos domésticos e limitar os fluxos de capital. Também pode ser forçado a impor feriados bancários para impedir uma corrida aos bancos, disse o IIF em um relatório divulgado na segunda-feira e escrito antes das últimas sanções.

Ribakova disse que cerca de 10 bilhões de dólares foram retirados de bancos russos apenas na sexta-feira.

As sanções podem ficar mais duras, incluindo impedir que entidades americanas e europeias negociem dívidas governamentais russas existentes, expandindo a lista de instituições banidas do SWIFT e removendo exclusões comerciais relacionadas à energia.

Tais medidas ampliariam os riscos financeiros, comerciais e de contágio também para a economia global, e especialmente para a Europa, acrescentou Ribakova.

Em seu relatório anterior, o IIF disse que se os maiores credores da Rússia, Sberbank e VTB, forem expulsos do SWIFT, espera-se “uma desestabilização fundamental de todo o sistema financeiro, com profundas implicações para a economia real”.

 

Chevron compra REG, de biocombustíveis

Chevron Sets New Greenhouse Gas Reduction Goals


Sob pressão para investir em energia renovável, a Chevron está fazendo um de seus maiores investimentos em combustíveis renováveis: anunciou a compra do Renewable Energy Group (REG) por US$ 3,15 bilhões. A empresa produz diesel e outros combustíveis a partir de fontes como milho e óleo de cozinha.

O REG, com 11 refinarias abastecidas principalmente por resíduos como sebo e óleo de cozinha usado, ajudará a Chevron em sua busca por oferecer uma variedade maior de combustíveis com menor pegada de carbono do que o petróleo e o gás natural. Segundo o CEO da Chevron, Mike Wirth, o plano é continuar fazendo aquisições na área e gastar dinheiro na conversão de refinarias para que também possam processar fontes de combustível de baixo carbono.

Em sinal da importância do acordo, a Chevron disse que a presidente e diretora executiva do REG, Cynthia J. Warner, deve se juntar ao conselho e o negócio de combustíveis renováveis da Chevron mudará sua sede para Iowa (EUA), onde fica a do REG. (FONTE: DOW JONES NEWSWIRES)
 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

‘Ideia é usar carro voador para atender a classe média’, diz diretor da Flapper

Flapper (company) - Wikipedia


A Flapper, que conecta passageiros e voos executivos por meio de uma plataforma online, é uma das empresas que já encomendou da Embraer “carros voadores”. De acordo com o diretor executivo da Flapper, Paul Malicki, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte estão entre as primeiras cidades que receberão os eVTOLs (sigla em inglês para veículos elétricos de pouso e decolagem virtual, nome oficial do “carro voador”). Além da encomenda feita com a Embraer, a Flapper também tem fechado parcerias com outras empresas do setor aéreo para trabalhar, nos próximos anos, com outros tipos de aeronaves elétricas. A seguir, trechos da entrevista concedida ao Estadão.

Como funcionará a parceria com a Embraer? A Flapper hoje não tem aeronaves próprias. Vocês vão comprar os eVTOLs?

Ainda não sei dizer se vai ser leasing (contrato de aluguel com um terceiro que, ao final, oferece a opção de compra) ou compra direta da aeronave, mas a ideia é que uma empresa com experiência no setor faça essa operação.

O contrato foi fechado em número de horas de voo que a Embraer fornecerá, e não em total de veículos…

Como a capacidade de baterias deve melhorar nos próximos anos, não sabemos se, para ter 25 mil horas de voos, precisaremos de cinco ou quinze aeronaves. Fizemos um contrato que considera nossa demanda em horas, que já existe, mas não estipula o número exato de aeronaves.

Quando e onde a Flapper deve começar a trabalhar com “carros voadores”?

Se a Embraer começar a entregar as aeronaves em 2026, podemos imaginar que a Flapper será um dos primeiros clientes. Vamos operar em cidades em que o aeroporto é longe do centro, que têm trânsito intenso e população ampla. São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba serão prioridade. No longo prazo, nada impede de operarmos entre Angra dos Reis e Rio, onde já temos muita demanda.

O que mudará na comparação com o que a Flapper oferece hoje?

Esse tipo de veículo abre um mercado que hoje está reservado para pessoas mais ricas. A ideia é atender a classe média. Estamos falando de um voo que talvez custe o dobro de uma corrida de Uber, mas que, no longo prazo, vai ser mais barato. Estamos falando de criar algo totalmente novo. Será um mercado sustentável e com aeronaves silenciosas.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Gigante de transporte marítimo Maersk se afasta da Rússia e isolamento do país se aprofunda


Maersk Logo - RSB

(Reuters) – A gigante do transporte marítimo Maersk interromperá temporariamente todo o transporte de contêineres de e para a Rússia, aprofundando o isolamento do país à medida que a invasão da Ucrânia desencadeia um êxodo de empresas ocidentais.

O Ocidente impôs pesadas restrições à Rússia para fechar sua economia e bloqueá-la do sistema financeiro global, tornando-a efetivamente “investível” e incentivando as empresas a interromper vendas, cortar laços e descartar dezenas de bilhões de dólares em investimentos.

As restrições fecharam o espaço aéreo para aeronaves russas, excluíram alguns bancos russos da rede financeira global SWIFT e restringiram a capacidade de Moscou de usar seus 630 bilhões de dólares em reservas estrangeiras.

As empresas de energia BP e Shell abandonaram posições multibilionárias, enquanto os principais bancos, companhias aéreas, fabricantes de automóveis e outros cortaram remessas, encerraram parcerias e classificaram as ações da Rússia inaceitáveis. 

 “Espero ver uma série de anúncios semelhantes nos próximos dias”, disse Sonia Kowal, presidente da Zevin Asset Management em Boston, na segunda-feira, acrescentando que o desinvestimento do grande fundo soberano da Noruega apoiaria a mudança.

A Maersk, que opera rotas de transporte de contêineres para São Petersburgo e Kaliningrado no Mar Báltico, Novorossiysk no Mar Negro e Vladivostok e Vostochny na costa leste da Rússia, disse nesta terça-feira que todo o transporte de contêineres para a Rússia será temporariamente interrompido.

O grupo de petróleo e gás TotalEnergies também disse que não fornecerá mais capital para novos projetos na Rússia, seguindo movimentos da Shell, BP e da norueguesa Equinor para sair de posições no país rico em energia.

As empresas de cartões de pagamento dos EUA Visa Inc e Mastercard Inc bloquearam várias instituições financeiras russas de sua rede.

Grandes empresas de tecnologia estão equilibrando apelos para fechar serviços na Rússia com o que consideram a missão de dar voz à dissidência e ao protesto.

A empresa controladora do Facebook, Meta Platforms Inc, informou na segunda-feira que restringirá o acesso aos meios de comunicação estatais russos RT e Sputnik em suas plataformas na União Europeia, em linha com medidas semelhantes de grandes empresas de tecnologia dos EUA.

O YouTube está bloqueando canais conectados aos meios de comunicação estatais russos RT e Sputnik em toda a Europa, disse a empresa operada pelo Google, da Alphabet Inc.

 

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Canadense Nutrien vê possível interrupção global prolongada de fertilizantes com invasão russa da Ucrânia

Logos & Branding | Nutrien


WINNIPEG, Canadá (Reuters) – A canadense Nutrien Ltd, maior produtora de fertilizantes do mundo, disse nesta terça-feira que a invasão da Ucrânia pela Rússia pode resultar em interrupções prolongadas no fornecimento global de potássio e nitrogênio para as culturas.

O presidente-executivo interino da companhia, Ken Seitz, disse que a Nutrien aumentará a produção de potássio se observar problemas de fornecimento sustentados na Rússia e em Belarus, o segundo e terceiro maiores países produtores de potássio do mundo.


(Reportagem de Rod Nickel)

 

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Veja as montadoras que já deixaram a Rússia após a guerra


Crédito: Rodolfo BUHRER / La Imagem./ Divulgação Renault

Negócios da Renault na Rússia representam mais de 8% do lucro da montadora (Crédito: Rodolfo BUHRER / La Imagem./ Divulgação Renault)

Desde o início da invasão à Ucrânia na última quinta-feira (24) diversas montadoras já deixaram seus negócios na Rússia até que a guerra termine.

A francesa Renault disse à Reuters que suspendeu as operações na fábrica em Moscou até o dia 5 de março por conta de “gargalos logísticos”. De acordo com relatório do Citibank, a empresa tira mais de 8% de seu lucro do mercado russo, além de controlar a Avtovaz, principal montadora do país. 

A alemã Daimler Trucks anunciou, na última segunda-feira (28), que congelou as atividades imediatamente no país, incluindo a parceria com a montadora local Kamaz. As informações são da Reuters. 

 “Nossa cooperação com a Kamaz é de natureza puramente civil e só foi concluída com esse foco. Nesta cooperação, não é preciso dizer que sempre cumprimos rigorosamente todas as regulamentações de controle e sanções de exportação aplicáveis”, disse a empresa em um memorando. 

A Mercedes-Benz, antiga empresa  mãe da Daimler antes do desmembramento da mesma, disse que também está analisando como poderá fazer a alienação de 15% de participação na Kamaz o mais rápido possível, disse o jornal Handelsblatt. 

A montadora sueca Volvo também anunciou na segunda-feira que deixará de vender carros na Rússia por conta das sanções impostas pelos Estados Unidos e União Europeia. 

Harley Davidson e General Motors também anunciaram que os negócios na Rússia estão paralisados.


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