segunda-feira, 25 de abril de 2022

Criador da Elemídia funda 'banco' para influenciadores digitais

 

 

 Manu Carvalho e Ricardo Franco Marques, idealizadores do Influencers Bank: mercado de influência movimenta 73 bilhões de reais (Divulgação/Divulgação)

 

Manu Carvalho e Ricardo Franco Marques, idealizadores do Influencers Bank: mercado de influência movimenta 73 bilhões de reais (Divulgação/Divulgação)
 
 
 

Um dos fundadores da Elemídia, empresa precursora da mídia out-of-home no Brasil, em 2003, o publicitário Ricardo Franco Marques está lançando o Influencers Bank, a primeira instituição financeira dedicada a influenciadores digitais no Brasil.

A missão do Influencers Bank é a de tentar organizar a vida financeira de celebridades online, muitas delas sem tempo para olhar os rendimentos em meio a uma postagem ou outra.

O carro-chefe do banco digital promete ser a antecipação de recebíveis, a solução para um problema e tanto no setor.

Um conteúdo publicitário feito por um influenciador — o popular "publi" —, normalmente é pago seguindo os mesmos tratos comerciais dos anunciantes com as agências de publicidade convencionais: em parcelas de 30, 60, 90 ou até 150 dias depois da postagem.

 

"Uma empresa costuma ter estrutura financeira para esperar tanto tempo", diz Marques. "Um influenciador raramente tem."

Além de adiantar recursos, o Influencers Bank tem como chamariz linhas de crédito para aquisição de aparelhos eletrônicos — um celular de ponta é uma ferramenta de trabalho poderosa na mão de um influenciador —, além de um financiamento dedicado aos gastos com impulsionamento de postagens nas redes sociais.

O modelo de negócio do Influencers Bank surgiu após quase uma década de experiência de Marques com a mídia digital.

Em 2014, cinco anos depois da venda de 50% da Elemídia ao fundo americano Tiger Global, Marques fundou a Spark, uma plataforma de gestão da carreira de influenciadores, em sociedade com um grupo de investidores famoso por si só — na lista estão Marcus Buaiz (empresário dono de mais de 150.000 seguidores só no Instagram) e o ex-jogador de futebol Ronaldo Fenômeno.

Em paralelo, Marques investiu ainda em outros negócios de tecnologia para mídias como a GDB Mídia, a operação brasileira da plataforma de vídeos Vevo, além das empresas de marketing de influência Mynd e Humanz Brasil.

"O mercado cresceu e evoluiu muito, mas certas questões se mantiveram sem solução financeira", diz ele.

Para ser o CEO do Influencers Bank, Marques trouxe Martius Haberfeld, até então head de canais digitais de pessoa física no banco Safra.

A empresária Manu Carvalho também embarcou nessa jornada como cofundadora do novo banco. Jornalista, influenciadora e empresária, acumula mais de 12 anos de carreira e conta com uma vasta experiência em marketing de influência.

Uma das pioneiras desse segmento, tem mais de 5 milhões de impactos por mês. “Manu Carvalho traz uma visão macro do que realmente dá match”, diz Marques.

Fundos FIDC já sinalizaram interesse em se juntar ao modelo de negócios do Influencers Bank, como o Kviv Ventures, gerido pelo Raphael Klein, da família fundadora da varejista Via. 

“Eles querem estar plugados ao modelo via API, principalmente para atuar no nicho das transações financeiras entre agências de publicidade e de empresas de diversos setores ligados ao marketing de influência e produção de conteúdo”, diz.

O Influencers Bank contará com duas fases de lançamento. A primeira será o registro oficial da nova instituição financeira no Banco Central por meio da parceria feita com o uma fintech que recentemente recebeu um grande investimento.

De acordo com Marques, o foco inicial do banco serão os créditos de antecipação dos recebíveis antes mesmo do lançamento no dia 12 de Setembro, inicialmente para grandes influenciadores.

“Todos os acionistas e investidores estão entusiasmados com o modelo do Influencers Bank. Isso sem contar na expectativa em relação à segunda fase do projeto, que será ainda mais disruptiva”, comenta o fundador, referindo-se ao avanço para o mundo dos ativos digitais.

Nessa etapa serão lançadas as NFTs Cripto Currencies e Exchange, por meio do Influencers Coin e Creators Coin.

Nas contas de Marques, são mais de 1 milhão de influenciadores no Brasil. Juntos, esse exército movimenta 73 bilhões de reais.

Durante os próximos meses, de acordo com Marques, o banco estará operando o MVP e em breve apresentará a captação via M&A.

 

 https://exame.com/pme/criador-da-elemidia-funda-banco-para-influenciadores-digitais/



Fleury aposta em aquisições para fortalecer negócio. Vale investir? Empresa investe no setor aquecido de M&A enquanto investe no atendimento domiciliar

Fleury aposta em aquisições para fortalecer negócio. Vale investir?

Empresa investe no setor aquecido de M&A enquanto investe no atendimento domiciliar

Jeane Tsuisui, CEO do Fleury: "Estamos fortalecendo nosso posicionamento em medicina diagnóstica e indo além" (Exame/Leandro Fonseca)
Jeane Tsuisui, CEO do Fleury: "Estamos fortalecendo nosso posicionamento em medicina diagnóstica e indo além" (Exame/Leandro Fonseca)
Por Estadão ConteúdoPublicado em 23/04/2022 14:26 | Última atualização em 23/04/2022 14:26Tempo de Leitura: 4 min de leitura

Com aquisições em áreas vizinhas ao seu negócio, o grupo Fleury (FLRY3)conseguiu no ano passado fortalecer sua atividade principal: o de medicina diagnóstica. O crescimento orgânico em exames ganhou musculatura a partir de segmentos, que, a princípio, parecem distantes, como o negócio de oftalmologia e ortopedia, por exemplo. Segundo a presidente do grupo, Jeane Tsuisui, a estratégia tem garantido à empresa a construção de um ecossistema de saúde. A ideia, após as primeiras compras, é seguir consolidando o mercado de diagnósticos, diz a executiva.

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Para colocar os pés nesses novos nichos, a companhia comprou no ano passado a Vita, focada em consultas e cirurgias ortopédicas. Também concluiu as aquisições da Clínica de Olhos Dr. Moacir Cunha e do Centro de Infusões Pacaembu, ingressando em segmentos onde ainda não atuava.

"Estamos fortalecendo nosso posicionamento em medicina diagnóstica e indo além, criando outros serviços para o paciente se manter engajado em sua jornada de saúde", comenta a médica, que 

 

Jeane Tsuisui, CEO do Fleury: "Estamos fortalecendo nosso posicionamento em medicina diagnóstica e indo além" (Exame/Leandro Fonseca)
 
 
 

Com aquisições em áreas vizinhas ao seu negócio, o grupo Fleury (FLRY3)conseguiu no ano passado fortalecer sua atividade principal: o de medicina diagnóstica. O crescimento orgânico em exames ganhou musculatura a partir de segmentos, que, a princípio, parecem distantes, como o negócio de oftalmologia e ortopedia, por exemplo. Segundo a presidente do grupo, Jeane Tsuisui, a estratégia tem garantido à empresa a construção de um ecossistema de saúde. A ideia, após as primeiras compras, é seguir consolidando o mercado de diagnósticos, diz a executiva.

Para colocar os pés nesses novos nichos, a companhia comprou no ano passado a Vita, focada em consultas e cirurgias ortopédicas. Também concluiu as aquisições da Clínica de Olhos Dr. Moacir Cunha e do Centro de Infusões Pacaembu, ingressando em segmentos onde ainda não atuava.

"Estamos fortalecendo nosso posicionamento em medicina diagnóstica e indo além, criando outros serviços para o paciente se manter engajado em sua jornada de saúde", comenta a médica, que completou recentemente um ano à frente da empresa.

 No caso da clínica de ortopedia, o grupo passou a oferecer uma consulta integrada com o diagnóstico, para não haver "tantas idas e vindas", além da própria fisioterapia e da cirurgia, quando necessária. A executiva diz que isso não apenas promove uma melhor experiência como também reduz o desperdício do sistema.

Com essa estratégia, o resultado recente já mostrou que o caminho rende frutos. Com o impulso trazido por esses novos negócios, a empresa registrou no ano passado um crescimento orgânico de 24% da área de diagnóstico.

Setor aquecido

Em um momento em que o setor de saúde fervilha com movimentos de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês), Tsuitsui garante que o grupo manterá a disciplina de capital. "Temos uma equipe de M&A, que foi fortalecida. Estamos olhando negócios com disciplina para ter o retorno adequado", diz.

Recentemente, o Fleury chegou a entrar na disputa pela compra da Alliar, dona do laboratório CDB. Depois disso, anunciou a compra do Laboratório Marcelo Magalhães, de Pernambuco, por R$ 384,5 milhões, segunda maior aquisição da história do grupo. Fora isso mostrou que mantém apetite em crescer no seu negócio chave, o de medicina diagnóstica. Dessa forma, outras aquisições no setor-chave do Fleury seguem em estudo.

A executiva afirma que, apesar de todo o setor estar atento para aquisições na área hospitalar, essa não é a estratégia do grupo. Os hospitais, segundo ela, são considerados parceiros para a empresa. "Cerca de 90% da jornada de cuidado do cliente é ambulatorial. E ainda temos uma jornada de crescimento nesse segmento", diz.

Além das aquisições, outro modelo que tem ajudado a sustentar o crescimento do Grupo Fleury é o de atendimento domiciliar - que ajudou a expandir a penetração do grupo nas regiões e ampliar a participação de mercado, sem a necessidade de abrir novos laboratórios. Segundo a presidente, o cálculo é de que seriam necessárias 26 unidades de atendimento para suportar esse crescimento.

Tsuitsui destaca que o atendimento móvel não faz na casa do paciente apenas a coleta para exames de sangue, por exemplo, mas também já permite a realização de exames mais complexos, como polissonografia e ultrassonografias.

Vale investir?

No mercado, no entanto, os investidores olham com cautela para a estratégia da empresa. No ano, a ação acumula queda de cerca de 7%.

"À medida que o Fleury se afasta gradualmente de seu negócio principal, altamente lucrativo, ainda não está claro se conseguirá manter sua lucratividade historicamente forte", apontam os analistas Samuel Alves, Yan Cesquim e Pedro Lima, do BTG Pactual.

"A empresa está apresentando bons sinais de crescimento. As aquisições, os serviços internos e a diversificação fornecem os componentes necessários. No entanto, ainda é possível que o retorno progressivo dos pacientes possa explicar parcialmente a demanda após a pandemia", afirma em relatório o analista Maurício Cepeda, do Credit Suisse.


Panvel divulga startups selecionadas para programa de aceleração


Iniciativa com foco no ecossistema de inovação valoriza vários setores 
 
O programa tem duração de aproximadamente cinco meses e valoriza a inovação aberta e a nova geração de empreendedores

 

O Panvellabs, laboratório de inovação do Grupo Panvel, anunciou as seis startups selecionadas na primeira edição do programa de aceleração de startups. A iniciativa com foco no ecossistema de inovação fomenta soluções e novas oportunidades nos segmentos de saúde e bem-estar, experiência do cliente e inteligência operacional. Nesta primeira etapa do programa, foram destacadas as startups Lincon Health e Harmo, de Florianópolis (SC), Clic Health ID, de Porto Alegre (RS), Proffer, do Rio de Janeiro (RJ), Diamond Bigger, de Vitória (ES), e Stack, de Belo Horizonte (MG).

As startups selecionadas serão acompanhadas de perto e receberão mentoria e consultoria especializada para o desenvolvimento e o aprimoramento em seis pilares: produto, mercado, capital, time, gestão e canais. O programa tem duração de aproximadamente cinco meses e valoriza a inovação aberta e a nova geração de empreendedores, identificando soluções com impacto para a sociedade.

A gaúcha Clic Health ID, por exemplo, propõe solução baseada em algoritmos médicos certificados e inteligência artificial que estratifica o risco de saúde com dados personalizados e gera predições quanto ao risco de desenvolvimento de comorbidades, agravamento de doenças já existentes ou riscos de internação. "Com o programa de aceleração, avançamos no relacionamento com startups, avaliando suas soluções, gestão, mercado e demais pilares que integram a nossa proposta, de forma que possamos co-construir seu sucesso e participar, inclusive, como sócios num futuro próximo", afirma Alexandre Arnold, diretor de TI da Panvel.

 

 

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BR do Mar estimula construção de navios no Brasil, mas há entraves


O alto custo do aço no país é um dos principais problemas 
 
 
Programa de estímulo ao transporte por cabotagem para construção de navios no Brasil pode não sair do papel

A lei nº 14.301 que institui o Programa de Estímulo ao Transporte por Cabotagem (BR do Mar) para construção de navios no Brasil pode não sair do papel. O especialista em comércio exterior, com mais de 50 anos de experiência, Paulo César Alves Rocha da consultoria LDCComex explica o que precisa ser feito para aplicar a lei. Com objetivo de estimular a construção de embarcações no Brasil e possibilitar por algum tempo o afretamento de embarcações estrangeiras, a lei 14.301 foi promulgada em janeiro deste ano. Ela também abre a possibilidade para dois tipos de proprietários de embarcações: empresas de navegação e companhias que investem apenas na compra ou construção de embarcações com a finalidade de fretá-las. Na prática, a nova lei pode encontrar entraves para a real aplicação.

"Esta nova lei procura fazer voltar a crescer a indústria de construção naval no Brasil, que já foi uma das maiores no mundo. Mas devido a problemas no passado, em que por vezes a indústria naval teve problemas econômico-financeiros logo após curto tempo em que incentivos governamentais foram concedidos, é preciso entender alguns entraves que existem e que podem atrapalhar a efetivação da BR do Mar", opina Paulo César Alves Rocha, especialista em infraestrutura, logística e comércio exterior.

Com mais de 50 anos de experiência, Rocha explica que existem diversos tipos de indústria navais no país. Entre elas estão estaleiros para construção de embarcações de apoio marítimo, estaleiros para construção de embarcações de passageiros e pequenas cargas, estaleiros para reforma e manutenção de embarcações, entre outras. "Existem estaleiros para construção de navios, estaleiros para construção de navios especiais e plataformas para a indústria de óleo e gás ou para geração de energia eólica, indústrias de partes para a indústria naval (motores a hidrocarbonetos, motores elétricos, geradores e compressores aero derivados, componentes eletrônicos, válvulas), indústrias que fornecem chapas, indústrias que fazem estruturas ou blocos para embarcações. Assim não se deve esperar mesmos resultados de um determinado incentivo para todos os tipos, pois o conceito de cada uma delas internamente e a sua formação de custos é bem diferente", defende o especialista.

Nó tributário
Entre os principais entraves para a real aplicação da lei neste segmento está o alto custo do aço no país. De Acordo com Rocha, embarcações tem em peso seu maior insumo o aço, mas, segundo ele, no Brasil, produtor de minério de ferro e com diversas e competitivas mundialmente siderúrgicas, é comum importação de aço para embarcações enquanto a exportação das siderúrgicas é grande. "Ao mesmo tempo indústrias de motores a combustão, de válvulas e de tubulação por vezes não se instalam no Brasil, embora aqui o mercado seja grande. A questão é centrada na tributação, para uma siderúrgica é por vezes mais seguro juridicamente exportar produtos de aço do que vender no mercado nacional a regimes tributários e aduaneiros que, por vezes, são sujeitos à contestação pelas autoridades tributárias. Para a indústria naval por sua vez é mais seguro importar com tributação por vezes reduzida em regimes tributários e aduaneiros do que tentar comprar no mercado nacional os mesmos produtos, por falta de segurança jurídica nos mesmos regimes", explica.

Rocha conta que acompanha há décadas a tentativa do Ministério das Minas e Energia para encontrar uma solução para o setor. Segundo ele, múltiplas interpretações de autoridades fiscais dificultam encontrar um caminho viável para o setor no Brasil. O especialista orienta pontos que poderiam retirar os entraves e tornar a lei definitivamente aplicável no país. "Acompanho a indústria naval desde 2001 e acredito que a solução para o nó tributário da indústria naval e para a as operações das empresas de navegação previstas na BR do MAR, seja uma lei complementar", sugere.

O especialista ainda apresenta termos que deveriam nortear a lei complementar. Para ele, isenção de tributos federais e estaduais para o fornecimento por empresas brasileiras de produtos de aço para a indústria naval, mantendo-se os eventuais créditos tributários, poderia ser um dos caminhos. A possibilidade de as siderúrgicas importarem produtos a serem fornecidos à indústria naval sem tributos federais e estaduais, desde que comprovem terem exportados três vezes produtos de sua fabricação, seria outra solução. "A lei complementar deve dar os mesmos tratamentos ao setor ferroviário, inclusive às disposições da BR do Mar sobre empresas que comprem locomotivas e vagões e os afretem", defende o especialista.

 

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Destine 5% de sua carteira ao futuro da tecnologia


O 5G e o metaverso oferecem novas oportunidades de investimento 
 
 
Sob o aspecto do investimento, não resta dúvida de que “ganha dinheiro quem chega antes”, e, neste caso, perderá quem não for visionário, alerta Mendlowicz neste artigo

O processo de digitalização dos negócios e atividades terá o 5G como aliado fundamental para destravar os problemas de conectividade, no momento que a infraestrutura desta tecnologia estiver acessível nas diferentes regiões do País, permitindo acessar a internet com muita rapidez e alta qualidade. Embora ainda não se saiba quanto tempo levará até que essa rede 5G esteja operando em âmbito nacional, não resta dúvida de que a corrida para ganhar dinheiro com essa tecnologia já começou. E isso não se restringe apenas às empresas cujos negócios serão favorecidos com a maior conectividade, mas também novos negócios e até os universos virtuais, como o metaverso, em uma cadeia de oportunidades inclusive para quem olha o mercado de ações em busca de boas opções de investimentos.

No rastro do 5G, a transformação digital trará novas possibilidades para os usuários, ao ampliar a utilização de tecnologias como a Inteligência Artificial, a realidade virtual e aumentada e a Internet das coisas (IoT). O metaverso levará as pessoas para o mundo virtual, permitindo realizar reuniões virtuais dentro de uma sala, com a participação do seu próprio avatar. Novas formas de vivenciar eventos com o uso de óculos conectados de realidade virtual colocarão os usuários dentro de um jogo de futebol ou de um grande show como o Rock in Rio, com a possibilidade de comprar roupas e outros objetos associados a esses eventos.

Ao assistir um jogo de futebol, por exemplo, será possível comprar uma chuteira do Neymar ou a camiseta do seu time, com o uso da tecnologia blockchain, que garante segurança e rastreabilidade às transações. Ou será possível ainda comprar e montar o seu álbum digital de figurinhas com NFT's (Non-fungible Token, ou, em português, token não fungível), uma espécie de certificado digital estabelecido via blockchain, que define a originalidade e exclusividade de bens digitais.

Mas sem o 5G e uma infraestrutura de conectividade nada disso será viável, porque estas tecnologias necessitam de alta capacidade de conexão. Assim como o 4G trouxe maior velocidade à internet com a possibilidade de transferir arquivos pesados ou criar apps, o 5G será fundamental para que a realidade virtual e aumentada ou o metaverso avancem. Segundo um estudo realizado em 2021 pelo IDC e Instituto IT Mídia, o 5G pode gerar US$ 25,5 bilhões em negócios nos próximos quatro anos.

Essas tecnologias também demandam semicondutores, um componente que tem se tornado escasso no atual cenário internacional, e que se constitui em grande oportunidade para as empresas que fabricam chips, como a Taiwan Semicondutores (TSMC), no contexto do avanço da digitalização da sociedade. Antes mesmo que essas tecnologias avancem são visíveis as oportunidades que poderão permitir ganhos financeiros no futuro da parte de quem participar do processo de digitalização acelerada, seja como fornecedor de tecnologia, produtos, sistemas ou soluções, ou ainda como consumidor ou mesmo investidor.

Sob o aspecto do investimento, não resta dúvida de que "ganha dinheiro quem chega antes", e, neste caso, perderá quem não for visionário. O mundo precisa de tecnologia, e é isso que trará dinheiro. As empresas de telecom que irão ofertar o 5G, os fabricantes de semicondutores, os desenvolvedores dessas novas tecnologias e da blockchain e os segmentos que poderão oferecer novos produtos e serviços, como os games, integram o grupo com grande potencial de ganhar dinheiro e, consequentemente, de trazer elevados retornos aos seus investidores.

Em quais empresas investir ou em qual momento exatamente, isto precisa ser avaliado, inclusive considerando o risco de se perder dinheiro em determinado momento, pois o risco sempre existe no mercado financeiro. Não se trata de aplicar todos os recursos nessa direção, mas de destinar, por exemplo, 5% da carteira de investimentos ao futuro da tecnologia, seja em empresas que já estão na bolsa brasileira ou empresas estrangeiras que possuem BDR (Brazilian Depositary Receipt) aqui, entre outras possibilidades. Lembrando que esse não é um futuro distante, afinal, como dizia o visionário Einstein, "eu não penso no futuro, ele chega rápido demais".

*Charles Mendlowicz é economista. Ele é classificado como o maior influenciador na área de investimentos financeiros do País, segundo ranking da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

 

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Vale-alimentação: o que muda para as PMEs com a nova MP?


Medida provisória que altera o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) deve afetar empresas; entenda como PMEs devem oferecer o benefício de vale-alimentação de forma segura 

 

 

 

 

 

 Alimentação: entenda os principais pontos e obrigações para empresas que oferecem vale-alimentação para funcionários (Getty Images/d3sign)

 

 

 

 

 

 

 

 

Alimentação: entenda os principais pontos e obrigações para empresas que oferecem vale-alimentação para funcionários (Getty Images/d3sign)
 
 
 
 
 

Por Raphael Cornélio, sócio do escritório Romar, Massoni & Lobo Advogados

 

As modificações constantes nas condições de trabalho, motivadas pelos mais diversos fatores, fizeram com que o tema “alimentação” adquirisse especial atenção no mercado de trabalho.

Motivados pela necessidade de fornecimento de alimentação aos trabalhadores, mas de uma forma que não onerasse demasiadamente o empregador, o legislador criou o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), cujo objetivo principal é a melhoria das condições nutricionais dos trabalhadores de baixa renda, de forma a promover sua saúde e a diminuir o número de casos de doenças relacionadas à alimentação e à nutrição.

Por esta razão, foram criadas diversas vantagens aos empregadores caso aderissem ao PAT e fornecessem alimentação a seus trabalhadores.

Contudo, o tema é continuamente alvo de modificações legislativas, tal como ocorreu recentemente com a Medida Provisória 1.108/2022, o que torna difícil saber como as empresas podem aderir a este programa e se beneficiarem de seus benefícios.

Para eliminarmos estas dúvidas, apresentaremos os pontos de destaque do benefício relativo à alimentação e das regras do PAT, que permitirão às PMEs fornecerem este benefício de forma segura.

 

Como as PMES podem oferecer vale-alimentação

 

Inscrição no PAT

 

O fornecimento de alimentação ao empregado não é condicionado à inscrição no PAT, contudo, a inscrição neste Programa traz diversos benefícios fiscais que são muito atrativos. Assim, caso a PME queira estes deverá realizar sua inscrição no Ministério do Trabalho e Previdência.

 

Modalidades de fornecimento

 

Para fins de fornecimento deste auxílio, as PMEs poderão optar por algumas modalidades, cabendo a elas escolher o que lhe for mais conveniente.

a) Refeição in natura (por meio de cozinhas próprias ou contratadas);

b) Distribuição de alimentos (cestas de produtos), ou

c) Moeda eletrônica na modalidade “refeição convênio” ou “alimentação convênio” (cartão magnético que permite a aquisição de produtos em estabelecimentos conveniados — conhecidos como “vale-refeição” e “vale-alimentação”).

Cabe alertar que existe diferenciação nas modalidades refeição convênio e alimentação convênio. Enquanto na primeira o trabalhador somente poderá adquirir produtos em restaurantes e estabelecimentos similares, no segundo somente poderão ser adquiridos gêneros alimentícios em estabelecimentos comerciais (supermercados). Nada impede que ambos os convênios (refeição e alimentação) sejam fornecidos concomitantemente.

A única exceção, inclusive prevista na Lei, é com relação ao pagamento em espécie, ou seja, em dinheiro. É expressamente vedado o fornecimento de benefício relativo à alimentação por meio de pagamento em dinheiro.

 

Quais são as regras para oferecer vale-alimentação para os funcionários?

 

Fornecimento é facultativo

 

Conforme a legislação nacional, além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação. Assim, ao contrário do que ocorre com o vale-transporte, o fornecimento de um benefício relacionado à alimentação pelo empregador, seja ele pecuniário ou in natura, é facultativo, cabendo à PME decidir sobre seu fornecimento.

Cabe ressaltar que este benefício será obrigatório caso esteja previsto em contrato de trabalho ou em normas coletivas (acordos, convenções e sentenças normativas).


Não pode ser gratuito

 

A alimentação custeada pelo empregador não tem natureza salarial, não se incorpora à remuneração para quaisquer efeitos, não constitui base de incidência de contribuição previdenciária ou do FGTS, nem se configura rendimento tributável dos trabalhadores.

No entanto, para a manutenção deste caráter indenizatório e seus benefícios, ele deverá ser custeado parcialmente pelo empregado, pois o fornecimento de forma gratuita o caracterizará como parcela de natureza salarial, incidindo, assim, todos os encargos sobre o valor pago. Não existe previsão de valor mínimo a ser descontado do empregado na legislação, mas os Tribunais entendem que mesmo pequenos valores são suficientes.

 

Deve ser para todos e ter o mesmo valor

 

Anteriormente, o valor total dos benefícios concedidos aos trabalhadores de baixa renda não poderia jamais ser inferior àqueles concedidos aos trabalhadores de renda mais elevada, o que permitia o pagamento de benefícios maiores para os empregados de baixa renda. A partir do Decreto 10.854/2021 esta diferenciação não é permitida. O benefício concedido pela empresa beneficiária do PAT deverá possuir o mesmo valor para todos os seus trabalhadores.

 

Pressupõe o trabalho

 

Este benefício é cedido ao trabalhador para que o use durante a jornada de trabalho. Caso o empregado não compareça ao trabalho, independentemente se teve ou não justificativa, nos casos de férias ou durante o recebimento de benefícios previdenciários, o empregador não deverá fornecer o benefício relativo ao dia, podendo, inclusive, realizar o desconto ou compensação do valor, caso já o tenha adiantado.

 

Quais são os benefícios fiscais para empresas que aderem ao PAT?

 

O maior benefício que uma PME terá ao se cadastrar no PAT é a possibilidade de deduzir as despesas com alimentação no cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ). A regra atualmente praticada, que segue as diretrizes da Lei nº 9.532/1997, limita esta exclusão a 4% do lucro tributável do exercício, no entanto, eventual excesso pode ser utilizado para dedução nos dois anos-calendário subsequentes.

 

Alterações da MP 1.108/2022

 

A MP trouxe regras novas para que as pessoas jurídicas mantenham os benefícios fiscais advindos de sua inscrição no PAT.

Atualmente é vedado que as empresas beneficiárias do PAT exijam ou recebam: a) qualquer tipo de deságio ou imposição de descontos sobre o valor contratado; b) prazos de repasse ou pagamento que descaracterizem a natureza pré-paga dos valores a serem disponibilizados aos trabalhadores, ou; c) outras verbas e benefícios diretos ou indiretos de qualquer natureza não vinculados diretamente à promoção de saúde e segurança alimentar do trabalhador, no âmbito de contratos firmados com empresas emissoras de instrumentos de pagamento de auxílio-alimentação.

Essas regras não se aplicam aos contratos de fornecimento de auxílio-alimentação vigentes, até seu encerramento ou até que tenha decorrido o prazo de 14 meses, contado da data de publicação da Medida Provisória, o que ocorrer primeiro. Porém, é vedada também a prorrogação de contrato de fornecimento de auxílio-alimentação em desconformidade com estas regras.

 

Penalidades

 

O descumprimento das regras acima elencadas, a execução inadequada, o desvio ou o desvirtuamento das finalidades do PAT pelas pessoas jurídicas beneficiárias ou pelas empresas registradas no Ministério do Trabalho e Previdência, sem prejuízo da aplicação de outras penalidades cabíveis pelos órgãos competentes, acarretará: a) Cancelamento da inscrição desde a data da primeira irregularidade passível de cancelamento, b) Perda do incentivo fiscal da pessoa jurídica beneficiária, e; c) Aplicação de multa no valor de R$ 5.000,00 a R$ 50.000,00, aplicada em dobro em caso de reincidência ou embaraço à fiscalização.

Em suma, os valores pagos a título de vale refeição/alimentação não compõem a base de encargos previdenciários e trabalhistas, poderão ser abatidos do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e permitirão que as PMEs ofertem um pacote de benefícios que as tornarão competitivas na aquisição e manutenção de talentos.

Logo, o vale refeição/alimentação, o fornecimento de cestas de produtos ou de refeições na empresa, apesar de não obrigatório, é um benefício muito importante no meio corporativo e traz diversas vantagens tanto para as PMEs quanto para seus empregados.

Contudo, para que as PMEs sejam beneficiadas por estas vantagens, convém sempre seguir as regras existentes na legislação, sob pena, não só de cancelamento da inscrição, mas de imposição de multas altas.

 

 https://exame.com/pme/vale-alimentacao-o-que-muda-para-pmes-nova-medida-provisoria/

 

Os dez cargos com maior diferença salarial entre homens e mulheres

 

Quais são os profissionais com a maior desigualdade salarial? Confira a lista feita com pesquisa do Banco Nacional de Empregos

 

 

 

 Diferença salarial: o cargo de desenvolvedor front-end tem a maior diferença entre salários (Getty Images/Denis Novikov)

 

 

 

 



Diferença salarial: o cargo de desenvolvedor front-end tem a maior diferença entre salários (Getty Images/Denis Novikov)
 
 
 

Com vagas de emprego e salário em alta, o setor de tecnologia apresenta a maior demanda por talentos. E, segundo levantamento do Banco Nacional de Empregos (BNE), também é onde existe a maior diferença de salários entre homens e mulheres.

O cargo de desenvolvedor front-end ficou no topo com a maior desigualdade de remuneração: a variação foi de 63% entre os salários dos homens e os das mulheres.

Segundo a consultoria IDados, que utiliza informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em média as mulheres ganham cerca de 20% a menos do que seus colegas do gênero oposto. Assim, os cargos no top 10 de desigualdade ficaram todos acima dessa média.

O Banco Nacional de Emprego é um site de currículos que está no mercado há 20 anos e tem mais de 135 mil empresas cadastradas. Na pesquisa de salários, foram considerados cargos de liderança, como gerentes e supervisores, mas também outras funções, como auxiliares e de analistas.

Segundo José Tortato, Chief Operating Officer (COO) do BNE, os dados mostram um reflexo da sociedade, pois os cargos com maior diferença salarial são de áreas e níveis hierárquicos diversos.

"Apesar da grande discrepância de gênero existir, também há um forte movimento nos setores de recursos humanos que buscam a igualdade. Inclusive, muitas empresas têm investido em programas de diversidade", diz.

Os dez cargos com maior diferença salarial entre gêneros

1. Desenvolvedor front-end

Variação de salário entre gêneros:: 63,2%

2. Técnico administrativo

Variação de salário entre gêneros:: 58%

3. Gerente geral

Variação de salário entre gêneros:: 57,9%

4. Supervisor de produção

Variação de salário entre gêneros: 56,3%

5. Supervisor de vendas

Variação de salário entre gêneros: 43,4%

6. Auxiliar de manutenção

Variação de salário entre gêneros: 41,7%

7. Engenheiro civil

Variação de salário entre gêneros: 38,6%

8. Gerente de projetos

Variação de salário entre gêneros: 36%

9. Analista de qualidade

Variação de salário entre gêneros: 35,8%

10. Comprador

Variação de salário entre gêneros: 31,2%

 

 

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