sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Moody’s vai fechar consultoria na China e corta pessoal, dizem fontes


Moody’s vai fechar consultoria na China e corta pessoal, dizem fontes

Logo da Moody's na sede da empresa em Manhattan, Nova York


HONG KONG (Reuters) – A Moody’s está fechando a área de consultoria na China e está demitindo funcionários da unidade em vários locais do país, disseram duas fontes nesta sexta-feira.

A empresa de classificação de crédito com sede nos Estados Unidos começou a encerrar o Moody’s Analytics na China nesta semana, disseram as fontes.

A medida, anunciada internamente pela primeira vez na segunda-feira, afeta mais de 100 funcionários nos escritórios da Moody’s em Pequim, Xangai e Shenzhen, disse uma das fontes. O número total de funcionários da unidade de negócios não pôde ser determinado imediatamente.

O negócio de classificação de crédito da Moody’s continuará a operar na segunda maior economia do mundo, acrescentou a fonte.

A Moody’s sinalizou em uma recente teleconferência de resultados que estava “tomando medidas para alinhar nossa força de trabalho global com as condições econômicas atuais e previstas”, disse um porta-voz da empresa em comunicado, acrescentando que a empresa continua a manter uma forte presença na China.

A Moody’s Analytics fornece inteligência financeira e ferramentas analíticas para instituições financeiras nacionais e estrangeiras. O fechamento da unidade na China ocorre quando o setor bancário do país favorece cada vez mais empresas chinesas, disse a segunda fonte.

(Por Samuel Shen, Georgina Lee e Selena Li)

 

Funcionários deixam Twitter após ultimato de Musk e empresa fecha escritórios


Crédito: Twitter/Divulgação

De um grupo de cerca de 60 funcionários, cerca de 50% a 75% disseram aos colegas que planejavam sair, disse uma fonte na manhã de quinta-feira (Crédito: Twitter/Divulgação)

Uma nova onda de funcionários do Twitter começou a postar mensagens despedidas na quinta-feira, 17, após o prazo final para um ultimato que Elon Musk emitiu para que eles se comprometessem com “longas horas em alta intensidade” de trabalho ou fossem embora.

Muitos funcionários passaram o último dia avaliando suas opções, depois de acordar na quarta-feira com um e-mail noturno no qual Musk lhes dizia para preencher um formulário até a quinta, às 17 horas (horário de Nova York), para indicar se querem permanecer na empresa e estão dispostos a ser “extremamente hardcore“. Os funcionários que não aceitarem receberão três meses de indenização, disse Musk.

O escopo completo das partidas não ficou imediatamente claro. Depois que o prazo de quinta-feira passou e as demissões se tornaram aparentes, o Twitter enviou um e-mail aos funcionários dizendo que a empresa estava fechando temporariamente seus prédios de escritórios imediatamente.

 

Os escritórios serão reabertos na segunda-feira, segundo a mensagem.

Alguns funcionários disseram ter dúvidas sobre se o e-mail de Musk oferecendo a demissão teria força legal. Em meio à incerteza, a companhia enviou na, quarta-feira, um documento abordando essas questões, inclusive afirmando que o e-mail de Musk era uma comunicação oficial da empresa, acrescentando: “Esta não é uma tentativa de phishing“.

Alguns funcionários do Twitter disseram suspeitar que muitos colegas aceitariam a oferta de Musk de deixar a empresa, embora não soubessem exatamente quantos. De um grupo de cerca de 60 funcionários, cerca de 50% a 75% disseram aos colegas que planejavam sair, disse uma fonte na manhã de quinta-feira.

Outros funcionários, no entanto, planejavam ficar, inclusive por razões financeiras ou porque estavam curiosos sobre os novos rumos da empresa.

O ultimato representa o mais recente desafio de Musk a uma equipe que ele já cortou pela metade com demissões em massa no início deste mês, cerca de uma semana depois de adquirir o Twitter por US$ 44 bilhões e torná-lo privado. A empresa tinha cerca de 7,5 mil funcionários no início do ano.

Uma nova onda de funcionários do Twitter começou a postar mensagens despedidas na quinta-feira, 17, após o prazo final para um ultimato que Elon Musk emitiu para que eles se comprometessem com “longas horas em alta intensidade” de trabalho ou fossem embora. Muitos funcionários passaram o último dia avaliando suas opções, depois de acordar na quarta-feira com um e-mail noturno no qual Musk lhes dizia para preencher um formulário até a quinta, às 17 horas (horário de Nova York), para indicar se querem permanecer na empresa e estão dispostos a ser “extremamente hardcore“. Os funcionários que não aceitarem receberão três meses de indenização, disse Musk.

O escopo completo das partidas não ficou imediatamente claro. Depois que o prazo de quinta-feira passou e as demissões se tornaram aparentes, o Twitter enviou um e-mail aos funcionários dizendo que a empresa estava fechando temporariamente seus prédios de escritórios imediatamente.

Os escritórios serão reabertos na segunda-feira, segundo a mensagem.

Alguns funcionários disseram ter dúvidas sobre se o e-mail de Musk oferecendo a demissão teria força legal. Em meio à incerteza, a companhia enviou na, quarta-feira, um documento abordando essas questões, inclusive afirmando que o e-mail de Musk era uma comunicação oficial da empresa, acrescentando: “Esta não é uma tentativa de phishing“.

Alguns funcionários do Twitter disseram suspeitar que muitos colegas aceitariam a oferta de Musk de deixar a empresa, embora não soubessem exatamente quantos. De um grupo de cerca de 60 funcionários, cerca de 50% a 75% disseram aos colegas que planejavam sair, disse uma fonte na manhã de quinta-feira.

Outros funcionários, no entanto, planejavam ficar, inclusive por razões financeiras ou porque estavam curiosos sobre os novos rumos da empresa.

O ultimato representa o mais recente desafio de Musk a uma equipe que ele já cortou pela metade com demissões em massa no início deste mês, cerca de uma semana depois de adquirir o Twitter por US$ 44 bilhões e torná-lo privado. A empresa tinha cerca de 7,5 mil funcionários no início do ano.


quarta-feira, 16 de novembro de 2022

FS investe R$115 mi em vagões para etanol na ampliação de contrato com Rumo


FS investe R$115 mi em vagões para etanol na ampliação de contrato com Rumo

Colheita de milho, matéria-prima da produção de etanol da FS

Por Roberto Samora

 

SÃO PAULO (Reuters) – A FS, uma das maiores produtoras de etanol de milho do Brasil, e a empresa de logística Rumo fecharam um acordo que amplia o uso do modal ferroviário para o transporte do biocombustível, em momento de forte crescimento da produção em Mato Grosso, disseram executivos da empresa à Reuters nesta quarta-feira.

Com investimento de 115 milhões de reais na compra de 80 vagões pela FS, a companhia amplia seu contrato com a Rumo para elevar o volume transportado de 50 milhões para 75 milhões de litros de etanol ao mês.

O volume contratado para transporte com a Rumo, anualizado, deverá representar quase metade da capacidade produtiva da FS, quando uma terceira unidade da empresa, em Primavera do Leste (MT), for inaugurada, em abril.

“A FS, a partir do ano que vem, com a inauguração da nova unidade, vai estar produzindo 2 bilhões de litros, é quase metade da nossa produção, é um acordo super significativo”, disse o CEO da FS, Rafael Abud.

A empresa, pioneira no etanol de milho no Brasil e uma das maiores no segmento no país, já produz em Lucas do Rio Verde e Sorriso, e tem projetos para outras três unidades, ainda sem prazos definidos, em Campo Novo do Parecis, Querência e Nova Mutum, todos municípios de Mato Grosso, maior produtor do cereal no Brasil.

Uma vez que o Estado tem baixa densidade demográfica, grande parte do etanol de milho produzido lá –onde a produção de biocombustíveis tem crescido fortemente– é enviado para o Sudeste, principal centro consumidor.

No momento, o combustível é levado de caminhão até o terminal de Rumo de Rondonópolis, de onde sai a ferrovia com destino a Paulínia (SP), importante polo do setor de distribuição de combustíveis do Brasil.

A FS deve obter, com essa nova operação, uma redução de aproximadamente 25% em seu custo logístico na rota Lucas do Rio Verde-Sorriso até a região Sudeste, segundo o diretor comercial de Etanol e Energia da FS, Paulo Trucco.

A Rumo, por sua vez, anunciou na semana passada o início das obras para prolongar a ferrovia ao norte mato-grossense a partir de Rondonópolis.

O primeiro trecho, até Campo Verde, que fica a pouco mais de 200 km de Rondonópolis, deve estar concluído em 2025.

O plano posteriormente é a ampliar a linha férrea até Lucas do Rio Verde, com a conclusão das obras possivelmente no final da década.

A ampliação do contrato de transporte, além de aumentar a eficiência e as margens do negócio da FS, também deve gerar uma redução de aproximadamente 50% nas emissões de CO₂, alcançando 15 mil viagens de caminhões evitadas por ano nas estradas, segundo cálculos das empresa.

Isso também melhora a nota da FS para a emissão de créditos de descarbonização (CBios).

 

AUMENTO EM BIOCOMBUSTÍVEIS

Segundo o vice-presidente Comercial da Rumo, Pedro Palma, os vagões de combustíveis da empresa rodam praticamente cheios o tempo todo, trazendo biocombustíveis para São Paulo e levando derivados de Petróleo ao Mato Grosso, grande consumidor de diesel, por conta da demanda nas lavouras e no escoamento de safras.

No trecho Mato Grosso-São Paulo, a Rumo tem transportado cerca de 3 bilhões de litros ao ano, sendo aproximadamente metade etanol de milho ou biodiesel, descendo para Paulínia; enquanto a outra parte envolve derivados de petróleo para o Mato Grosso.

O transporte de etanol de milho tem dado impulso, com crescimento de cerca de 15% ao ano.

Em 2022, a Rumo está crescendo mais de 20% no transporte de biocombustíveis, depois de ter avançado 30% em 2021.

“Com essa parceria, os planos são ainda maiores para 2023”, disse Palma, sem detalhar.



Eneva tem aval para iniciar operação comercial da termelétrica Parnaíba V


Eneva tem aval para iniciar operação comercial da termelétrica Parnaíba V

Torres de transmissão de energia no Brasil


SÃO PAULO (Reuters) – A Eneva informou nesta quarta-feira que sua usina termelétrica Parnaíba V recebeu autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para entrar em operação comercial.

Conforme a companhia, o empreendimento localizado em Santo Antônio dos Lopes, no Maranhão, está apto para iniciar a operação de sua unidade geradora de turbina a vapor, com potência limitada em 365,32 megawatts (MW).

A termelétrica Parnaíba V poderá comercializar energia no ambiente de contratação livre até o final de 2023. A partir de janeiro de 2024, a usina já possui contratos envolvendo 326,4 MW médios conquistados em leilão do governo realizado em 2018.

Com o início da operação de Parnaíba V, a Eneva conclui o fechamento de ciclo simples do conjunto termelétrico Parnaíba, adicionando capacidade de geração de energia sem a necessidade de consumo adicional de gás.

(Por Letícia Fucuchima)

 

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Copa do Mundo impulsiona vendas e Black


Faturamento previsto é de R$ 4,2 bilhões, 1,1% maior que na mesma data do ano passado
A combinação de promoções da Black Friday e da Copa do Mundo é um dos fatores que indicam tendência de elevação das vendas no varejo até o fim deste ano

 

 

De acordo com projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Black Friday de 2022 deverá movimentar R$ 4,2 bilhões e registrar a maior movimentação financeira desde que a data foi incorporada ao calendário do varejo nacional, em 2010. A expectativa é que o faturamento seja 1,1% maior que no ano passado, descontada a inflação.

A combinação de promoções da Black Friday e da Copa do Mundo (ambas estão programadas para o mesmo período deste mês de novembro) é um dos fatores que indicam tendência de elevação das vendas no varejo até o fim deste ano. Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve avanço de 1,1%, no mês de setembro, em relação a agosto. Nesse sentido, a CNC subiu para 1,3% a expectativa de crescimento do varejo em 2022. "Esse é um momento muito importante para o comércio de bens e serviços e, com o incremento das promoções de itens voltados à Copa do Mundo de Futebol, o segmento deve encerrar bem o ano", aponta o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Oito dos dez segmentos pesquisados pelo IBGE tiveram crescimento das vendas em setembro, com destaque para os combustíveis e lubrificantes, de 1,3%, e hiper e supermercados, de 1,2%. Por outro lado, as lojas de artigos de uso pessoal e doméstico apresentaram queda de 1% e as de móveis e eletrodomésticos tiveram redução de 0,1%.

Black Friday da Copa
A Black Friday é marcada, tradicionalmente, para a última sexta-feira do mês de novembro, mas os descontos já são oferecidos nos dias antecedentes, que, este ano, coincidirão, justamente, com a primeira semana da Copa do Mundo do Catar. A estimativa da CNC é que as vendas relacionadas ao Mundial de Futebol impactem em R$ 1,4 bilhão o faturamento do comércio varejista brasileiro, movimentando especialmente os ramos de móveis e eletrodomésticos e de artigos pessoais e eletroeletrônicos. Esses dois segmentos devem ser responsáveis por 48% da movimentação prevista na Black Friday (R$ 1 bilhão e R$ 920 milhões, respectivamente). A tendência é que o ramo de hiper e supermercados alcance R$ 910 milhões e o de vestuário, calçados e acessórios gire em torno de R$ 700 milhões.

Alta dos juros deve frear vendas
"Apesar da tendência de desaceleração da inflação, o processo de encarecimento do crédito deverá impedir um avanço mais significativo nas vendas, em uma data caracterizada pela predominância do consumo de bens duráveis, que são, tradicionalmente, mais dependentes das condições de crédito", analisa o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes.De acordo com o Banco Central, a taxa média de juros das operações com recursos livres envolvendo pessoas físicas se encontra, atualmente, no maior patamar dos últimos quatro anos. "A facilidade de comparação de preços on-line em uma data comemorativa caracterizada pelo forte apelo às promoções evidencia a tendência de aumento expressivo deste evento do calendário do varejo quando comparado às demais datas, especialmente, nos espaços virtuais", pontua Bentes. A Black Friday já é considerada a quinta data mais importante do varejo, atrás do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.

 

Percentual de descontos efetivos será maior que em 2021


Para avaliar o potencial de descontos efetivos durante a data, a CNC coletou diariamente os preços de 180 dos itens mais buscados na internet, agrupando-os em 36 linhas de produtos ao longo dos últimos 40 dias. Nesse período, 39% revelaram tendência de redução – percentual que contrasta com os 26% observados às vésperas da Black Friday de 2021. Em novembro do ano passado, a inflação anualizada medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) era de 10,7% – a maior desde o início de 2016 e significativamente acima do patamar esperado para novembro de 2022, que era de 6%.

"Desse modo, a desaceleração dos preços tende a elevar o potencial de descontos na Black Friday deste ano, favorecendo, com maior intensidade, a prática de descontos efetivos em relação ao ano passado", indica Bentes. Pela ordem, os produtos com as maiores chances de descontos efetivos e respectivas variações de preços nos últimos 40 dias são: sapatos masculinos (queda observada de 17%); lavadora de roupas (redução de 13%); smartwatches (diminuição de 10%); fones de ouvido (queda de 8%); e purificadores de água (redução de 7%).

 


Pesquisa da CNT aponta contínua deterioração das rodovias brasileiras


Investimentos no setor chegaram a apenas 0,07% do PIB em 2021 
 
 
O baixo investimento nas rodovias vem causando gargalos estruturais que encarecem os custos produtivos, afetam a qualidade de vida das pessoas e geram impactos ambientais

 

O estado de conservação das rodovias brasileiras segue piorando ano após ano, conforme aponta a 25ª edição da pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Este ano, dos 110,3 mil quilômetros de rodovias públicas e concedidas à gestão privada avaliados, apenas 34% foram classificados como ótimo ou bom, quando levados em conta aspectos como o pavimento; a sinalização; a geometria de via e a existência de pontos críticos. Em contrapartida, 66% da extensão pesquisada foram considerados como regular (40,7%), ruim (18,8%) ou péssima (6,5%). Segundo o diretor executivo da CNT, Bruno Batista, o percentual de trechos considerados bons ou ótimos (34%) equivale à situação registrada em 2009, ou seja, há 13 anos. "Esse é um dado bastante preocupante. A situação ideal seria o nível de qualidade ir subindo gradativamente e, a longo prazo, termos rodovias com maiores extensões classificadas como ótimas ou boas", disse o diretor da entidade, afirmando que a piora do estado geral das rodovias "não é um problema de um só governo, mas de Estado".

A situação verificada nos pouco mais de 87 mil quilômetros de rodovias públicas percorridas entre os dias 27 de junho e 26 de julho foi ainda pior, já que 75,3% dessa extensão foi classificada como regular, ruim ou péssima. De acordo com Batista, o baixo investimento público explica que, na média, as rodovias sob responsabilidade dos governos federais ou estaduais tenham sido tão mal avaliadas. Entre 2016 e 2021, enquanto o poder público federal investiu R$ 163,07 mil por quilômetro, a iniciativa privada investiu R$ 404,44 mil/km. "Essa é a principal explicação para as rodovias concedidas à iniciativa privada terem um melhor nível de qualidade se comparadas às rodovias públicas. Investimentos. É essa a diferença que precisa ser trabalhada por meio de uma política pública de longo prazo", destacou o diretor, frisando que, desde 2011, quando o país investiu 0,26% do Produto Interno Bruto (PIB) na construção, manutenção e adequação de rodovias, os recursos para o setor vêm minguando, chegando a 0,07% do PIB em 2021.

O baixo investimento nas rodovias vem causando gargalos estruturais que encarecem os custos produtivos, afetam a qualidade de vida das pessoas e geram impactos ambientais. Do 1,7 milhão de quilômetros de rodovias, só 213,5 mil (12,4%) são pavimentadas. Desses, 65,6 mil quilômetros são rodovias federais, sendo que apenas 7 mil quilômetros são duplicadas. "As rodovias de pior qualidade aumentam em 33% os custos operacionais, gerando impactos econômicos negativos para toda a sociedade", disse Batista, acrescentando que as condições da malha rodoviária geraram um consumo desnecessário de mais de 1,7 bilhão de litros de óleo diesel, emitindo toneladas de gás carbônico na atmosfera e impondo um gasto adicional de R$ 4,89 bilhões aos motoristas e empresas.

"Além disso, só em 2022 foram registrados 64.515 acidentes nas rodovias federais, o que custou ao país R$ 12,7 bilhões em custos previdenciários, atendimento à saúde. No mesmo ano, o governo federal investiu apenas metade disso nas rodovias federais, cerca de R$ 6 bilhões", disse Batista, acrescentando que, enquanto a extensão das rodovias pavimentadas cresceu a uma taxa média anual de 5,3%, ou 330 quilômetros ao ano, entre 2011 e 2021, a frota de veículos aumentou em cerca de 58% no mesmo período. Das dez rodovias melhores avaliadas, sete estão localizadas na Região Sudeste, sendo que nove delas são geridas por empresas privadas concessionárias do serviço. A única pública a integrar esse grupo, na décima posição, é a BR-101, federal, no trecho entre Mataraca e Caaporã, na Paraíba.

As dez piores rodovias são públicas, administradas por governos estaduais. "Isso demonstra que os estados têm grandes dificuldades para fazer a alocação de recursos orçamentários a fim de manter suas rodovias. O que gera desequilíbrios, pois a malha rodoviária tem que ser analisada em termos de rede, de conexão. Não basta um trecho rodoviário em boas condições, e outro, complementar, em condições muito ruins", disse Batista.

Com Agência Brasil

 

BRDE caminha para ser um Banco Verde


O novo status de Banco Verde do BRDE tem como base algumas de suas ações nas operações de crédito, assim como nessa mentalidade em desenvolvimento

 

Hoje, a chamada economia verde é responsável por 22% das carteiras de créditos dos bancos, segundo dados do Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes. Atento a isso, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE vem caminhando para se tornar um Banco Verde. O compromisso é se tornar um banco que apoia e se posiciona como sustentável, seja na mitigação dos impactos ambientais ou na orientação para atuar em financiamentos de propostas socioambientais. Com isso, a instituição vai ofertar novas linhas de crédito para projetos sustentáveis - a iniciativa se tornou oficial por meio de deliberação do Conselho Administrativo do BRDE, que em breve irá instituir o Banco Verde e estabelecerá alguns critérios para conceder o crédito. Um deles é a criação do Fundo Verde, recurso que visa apoiar iniciativas privadas e a sociedade organizada, pautada no desenvolvimento socioambiental, por meio de um edital de credenciamento. Há também uma análise diferenciada, com precificação específica para projetos que assumam o compromisso do carbono zero, com possibilidade de ganho financeiro.

O novo status de Banco Verde do BRDE tem como base algumas de suas ações nas operações de crédito, assim como nessa mentalidade em desenvolvimento. No ano passado, o banco teve 75% de aderência a pelo menos um ODS (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável) em suas operações. Ao acompanhar a Agenda 2030, que trata sobre políticas de Responsabilidade Socioambiental e Climática e Gestão de Risco Socioambiental, o BRDE firmou suas diretrizes em ações ligadas também ao ESG, de Responsabilidade Social e Ambiental. Na 26ª Conferências das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP26), o BRDE se associou aos propósitos dos bancos públicos a se comprometerem com a implementação do acordo climático, com metas de redução do aquecimento global. A partir desse processo, o banco diversificou seu fundos, com captação de recursos internacionais da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), Banco Europeu de Investimento (BEI), Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), instituições que fomentam os chamados "negócios verdes". "Esse posicionamento faz parte de um alinhamento estratégico do banco, que já vinha realizando ações dessa natureza, porém, incrementamos o processo com mais velocidade, a fim de atender de forma atualizada as demandas da sociedade, no que se refere a sustentabilidade", esclarece o presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski. "O BRDE é um banco público que atua há mais de 60 anos no desenvolvimento do Sul do país, e em seu propósito maior na entrega do crédito, geração de emprego e renda, adiciona esses novos valores, apoio à projetos sustentáveis e na construção do bem-estar social", completa.

A partir desse novo posicionamento do BRDE como Banco Verde, as áreas de atuação e projetos serão aqueles vinculados à sustentabilidade e proteção da água; prevenção e controle da poluição, proteção e restauração da biodiversidade; mitigações e adaptações às mudanças climáticas; transição para economia circular; agropecuária sustentável e equidade e inclusão econômica e cidadã. As novas formas de operação de crédito "verde" do BRDE já estão disponíveis. 

Mudança na prática 

Para apoiar a instituição nessa nova etapa, a agência do BRDE no Paraná, sediada em Curitiba, foi submetida a um estudo realizado pela Universidade Estadual do Paraná, que produziu um inventário de Emissão de Gases de Efeito Estufa, onde apontou os passivos ambientais do local. Como medidas compensatórias, foram incrementadas as coletas de diversos materiais recicláveis, recebido carro elétrico para uso nas atividades funcionais do banco, de projeto sobre desenvolvimento de soluções tecnológicas em mobilidade da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e a Fundação Parque Tecnológico de Itaipu, além do projeto para instalação de placas de energia solar, previsto para até fim de 2022, além da preservação do mini bosque com espécies nativas, entre elas a araucária.

As agências do BRDE, banco de fomento que atua há 61 anos nos estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), estão em fase de levantamento de todas as operações de créditos nos segmentos de inovação, agronegócio, municípios, empreendedorismo jovem e feminino, pequenas, micro e médias empresas, com a finalidade de classificar e depois enquadrar cada uma delas nas novas categorias estabelecidas pelo Banco Verde. "Desta forma, o BRDE se orgulha de contribuir para Sul do país e assim se tornar o melhor e maior banco de desenvolvimento da região", conclui Bley.

Mais informações sobre as linhas do BRDE podem ser conhecidas no site www.brde.com.br


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