sexta-feira, 31 de março de 2023

Lucro da Huawei registra queda expressiva e filha do fundador da empresa assume a presidência


Crédito: AFP

A empresa registrou US$ 5,2 bilhões de lucro líquido em 2022, uma queda de 68% (Crédito: AFP)

 
 

O lucro do grupo de tecnologia chinês Huawei registrou queda expressiva de quase 69% no ano passado, anunciou a empresa, que atribuiu em parte os resultados às sanções do governo dos Estados Unidos e à incerteza econômica global.

Pouco depois do anúncio da queda nos lucros, a Huawei informou que Meng Wanzhou, a filha do fundador da empresa, assumirá por seis meses a presidência rotativa da empresa a partir de sábado.

A empresa registrou 35,6 bilhões de yuanes (5,2 bilhões de dólares, 26,6 bilhões de reais) de lucro líquido em 2022, uma queda de 68,7% na comparação com o lucro recorde de 113,7 bilhões de yuanes no ano fiscal anterior.

“Em 2022, o cenário externo desafiador e fatores alheios ao mercado afetaram as operações da Huawei”, disse o presidente rotativo da empresa, Eric Xu, em entrevista coletiva.

“No meio da tempestade, seguimos avançando a toda velocidade, fazendo tudo que está ao nosso alcance para manter a continuidade dos negócios e atender nossos clientes”, acrescentou.

“Também fizemos grandes esforços para aumentar a colheita, gerando um fluxo estável de receita para garantir nossa sobrevivência e estabelecer as bases para o desenvolvimento futuro”, disse.

Antes do anúncio de sua nomeação, Meng Wanzhou, que era diretora financeira da empresa, classificou os resultados como um “momento ruim na história da Huawei”.

“As restrições são nosso novo normal”, afirmou. “Mas em momentos de pressão, perseveramos com confiança”, acrescentou.

Meng foi detida em Vancouver em dezembro de 2018, a pedido de Washington, por acusações de “fraude bancária”, um caso que aumentou a tensão entre China, Estados Unidos e Canadá.

Bloqueio nos principais mercados

A Huawei tenta diversificar suas fontes de receita desde que as sanções impostas pelos Estados Unidos afetaram os negócios da empresa nas áreas de equipamentos de telecomunicações e smartphones.

O sistema 5G do grupo foi bloqueado em mercados importantes, como Estados Unidos, Reino Unido e Japão, devido aos temores de segurança.

A Huawei nega as acusações de que o uso de suas redes implique um risco de espionagem por parte da China. Mas a empresa, que já foi a maior fabricante de smartphones do mundo, registrou uma queda expressiva nas vendas depois que Washington vetou o acesso a componentes cruciais e proibiu que o grupo utilize o sistema operacional Android, do Google.

Desde então, a Huawei prioriza os serviços na nuvem, que consistem em uma rede de servidores remotos conectados à internet para armazenar, administrar e processar dados, servidores, bases de dados, redes e software.

Também apostou em ampliar sua oferta de dispositivos com, por exemplo, smartwatches e reforço a presença no setor automobilístico como fornecedor de peças.

A empresa não apresentou detalhes sobre o lucro líquido nem informações separadas sobre o rendimento de suas diferentes divisões.

A Huawei não tem cotação na Bolsa, o que significa que sua contabilidade não passa pelas mesmas auditorias que as das empresas presentes no mercado de ações. 

 

 

quinta-feira, 30 de março de 2023

Campos Neto diz que não tem participado das discussões sobre escolha de nomes para BC

Costa acusa Campos Neto de participar de grupos de campanha de Bolsonaro

Estadão Conteúdo

 

 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira, 30, que não tem participado das discussões com o governo para a escolha dos nomes de dois novos diretores da autoridade monetária. “Não estamos participando do processo e não tenho como comentar sobre os nomes que têm sido especulados”, limitou-se a responder.

O governo deve indicar ao Senado nos próximos dias os nomes dos dois novos diretores de Política Monetária e de Fiscalização do BC.

O presidente do Banco Central repetiu que a escolha de diretores para o BC sempre foi uma prerrogativa do governo, mas disse que estava disposto a ajudar, inclusive oferecendo quadros técnicos da própria instituição.

“Alguns cargos demandam conjuntos de habilidades específicos da área. Na diretoria monetária, é importante que pessoa conheça como funcionam mercados. Gostaria que as pessoas que fossem indicadas tivessem o conhecimento necessário para que a gente continue a fazer nosso trabalho da forma mais técnica possível”, completou Campos Neto.


São José dos Campos será a primeira cidade paulista a utilizar óculos inteligentes na segurança


São José dos Campos será a primeira cidade paulista a utilizar óculos inteligentes na segurança
(Foto: Reprodução/PMSJC) utilizar óculos inteligentes utilizar óculos inteligentes


 Em mais um evento do Programa São José Unida, na sexta-feira (31), os produtos serão apresentados às forças de segurança da cidade. Segundo a gestão municipal, está é mais uma ferramenta no combate à criminalidade. A tecnologia foi utilizada pela Prefeitura em 2022, como projeto piloto, no Parque da Cidade durante as comemorações do aniversário da cidade.

Ao todo 8 equipamentos contam com recursos de realidade aumentada e inteligência artificial, capazes de fornecer e receber informações em tempo real. Dois destes óculos também contam com módulos infravermelhos, capazes de verificar a temperatura das pessoas.

São José doa Campos será a primeira cidade no Brasil a utilizar essa tecnologia na segurança pública. Além da GCM (Guarda Civil Municipal), as demais forças de segurança do São José Unida também poderão agregar os óculos nos eventos públicos e operações realizadas na cidade.

O sistema é integrado ao CSI (Centro de Segurança e Inteligência) por meio de câmeras inteligentes instaladas no centro dos óculos, o equipamento é capaz de fazer o reconhecimento facial e ler as placas dos veículos.

No CSI, agentes das forças de segurança monitoram e analisam as imagens enviadas pelos óculos como se eles estivessem vendo presencialmente. Quem estiver usando os óculos poderá ler, na tela do olho direito, as informações enviadas pelo CSI e obter ajuda remota com textos, vídeos e até a ficha criminal do suspeito.

 

 https://www.cbnvale.com.br/sao-jose-dos-campos-sera-a-primeira-cidade-paulista-a-utilizar-oculos-inteligentes-na-seguranca/


Casa dos Ventos encomenda 1,3 GW em máquinas da Vestas para parques de R$9 bi


Casa dos Ventos encomenda 1,3 GW em máquinas da Vestas para parques de R$9 bi

Turbina de energia eólica

 

Por Letícia Fucuchima

 

SÃO PAULO (Reuters) – A geradora renovável Casa dos Ventos anunciou nesta quinta-feira um pedido firme à dinamarquesa Vestas de turbinas eólicas equivalentes a 1,31 gigawatt (GW) de potência, marcando o lançamento de dois novos complexos eólicos que somarão cerca de 9 bilhões de reais em investimentos.

O contrato com a Vestas, cujo valor não foi informado, também significa um importante negócio para a dinamarquesa, sendo o maior acordo comercial para turbinas “onshore” da fabricante em toda sua cadeia global, em um momento de turbulências para as principais fornecedoras da indústria eólica.

Os 291 aerogeradores encomendados serão instalados em dois novos complexos eólicos da Casa dos Ventos no Nordeste, o Serra do Tigre, com 756 MW de capacidade instalada, no Rio Grande do Norte; e o Babilônia Centro, com 554 MW, na Bahia.

Os empreendimentos já possuem outorga e conexão assegurada à rede de transmissão de energia, e a contratação da energia que será gerada está em fase avançada junto a grandes consumidores do mercado livre, segundo Lucas Araripe, diretor-executivo da Casa dos Ventos.

“Temos grandes companhias (clientes) que estão bastante dedicadas nessas discussões… Obviamente para nos comprometermos com esse volume de máquinas, temos que ter negociações avançadas. Esperamos em poucos meses anunciar grandes PPAs (contratos de energia) para esses projetos”, disse ele à Reuters.

“São dois novos grandes projetos, (isso) demonstra a confiança que a gente tem na resiliência no setor no Brasil, na transição energética, seja pensando em eletricidade… seja, em parte, fornecer energia para produção de derivados como hidrogênio e amônia verde”, acrescentou.

A Casa dos Ventos, que passou a ter a petroleira TotalEnergies como sócia no ano passado, vem crescendo seu portfólio de projetos de geração, tendo como clientes-âncora grandes indústrias eletrointensivas, como Vale, Anglo American e Unigel. Na véspera, a empresa anunciou um novo acordo de longo prazo com a Braskem.

A entrega dos equipamentos, do modelo V150-4.5MW, está prevista para iniciar no terceiro trimestre de 2024, com comissionamento esperado para o primeiro trimestre de 2025.

As máquinas serão produzidas no Brasil, na fábrica da empresa dinamarquesa em Aquiraz (CE).

“A gente já vem fazendo investimentos na fábrica desde 2016, e na cadeia de suprimentos (também)… Quando temos esses volumes grandes, acabamos gerando impacto em toda a cadeia, então temos crescido bastante o número de fornecedores”, explicou Eduardo Ricotta, presidente da Vestas América Latina.

Segundo o executivo, a capacidade atual da planta cearense é suficiente para atender ao novo contrato com a Casa dos Ventos. O volume de máquinas produzidas pela Vestas no Brasil é superior a 2 GW por ano.

CADEIA DE SUPRIMENTOS PRESSIONADA

O negócio entre as empresas vem em um momento de forte pressão sobre a indústria eólica em todo o mundo. As fabricantes vêm sofrendo com alta demanda e aumentos de custos associados a matérias-primas, sem conseguir repassá-los aos clientes devido a contratos precificados no passado, incorrendo em grandes prejuízos.

Nesta semana, o Conselho Global de Energia Eólica (GWEC) estimou que um recorde de 680 GW de capacidade de energia eólica deverá ser instalado no mundo até 2027, mas apontou riscos associados à cadeia de suprimentos.

No Brasil, a indústria eólica sofreu duas baixas recentes. A General Electric interrompeu as vendas de aerogeradores ao mercado brasileiro em meados do ano passado. Já a Siemens Gamesa anunciou neste ano a hibernação temporária de sua fábrica em Camaçari, “como medida específica para ajustar sua estrutura de produção e atender às demandas atuais do mercado no Brasil”.

 

Entenda as regras do arcabouço fiscal anunciado por Haddad; economistas comentam


Crédito: Reprodução / TV Brasil Gov

Será necessário esforço da ala economia para esclarecer [ a proposta] para a sociedade e parlamentares na medida em que isso vai como PL ao Congresso, diz economista (Crédito: Reprodução / TV Brasil Gov)

A tão esperada proposta de arcabouço fiscal foi divulgada pelo Ministério da Economia nesta quinta-feira (30), três meses após o start do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O texto vai agora para avaliação no Congresso Nacional. Entre as metas divulgadas, estão:
  • zerar o déficit público da União em 2024;
  • limitar crescimento de gastos até 70% da receita dos últimos 12 meses;
  • atingir superávit primário de 0,5% do PIB em 2025;
  • superávit primário de 1% do PIB em 2026;
  • estabilização da dívida pública.

O que significam as novas regras da proposta?

O professor de Economia do Ibmec RJ, Gilberto Braga, comenta o que ocorre com os pontos listados:

  • A nova âncora tem 6 pilares: zerar déficit público em 2024, o que significa que os R$ 230 bilhões de déficit previstos precisarão ser zerados nas contas públicas; para 2025, isso representa um superávit de 0,5% do PIB, que passaria a ter uma conta equilibrada, com arrecadação superior às despesas e isso permitiria expansão futura, de acordo com a regra geral. Em 2026 também se espera crescimento de 1% do PIB, garantindo uma expansão econômica a partir deste ano”, explica. 
  • Portanto, a partir de 2026, teríamos a dívida pública completamente estabilizada a partir desse processo; teríamos limites para menor crescimento da despesa pública, com limitador de aproximadamente 75% da variação do PIB funcionaria como ‘teto’: um limite máximo para expansão das despesas, assim como um piso para que essa despesa não precise ser reduzida, como ocorre na regra atual de ajuste fiscal. 

Haddad falou que o atual teto de gastos passa a ter banda com crescimento real da despesa primária entre 0,6% a 2,5% ao ano, com Fundeb e piso da enfermagem excluídos dos limites. “Esse cenário coloca uma expansão menor do crescimento da despesa pública”, acrescenta o professor.

 

  • Uma nova âncora tem projeção de crescimento da despesa pública, determinado de acordo com as variações em relação ao PIB. Esse crescimento da despesa primária permitiria que o governo, em tese, venha a cumprir promessas de campanha, como recursos do FUNDEB, piso da enfermagem, e outros dentro das regras obrigatórias.

“Será necessário esforço da ala economia para esclarecer para a sociedade e parlamentares na medida em que isso vai como PL ao Congresso. Vale que Haddad aproveite os primeiros momentos para que o governo tenha espaço de tempo para vender as vantagens da proposta, fazendo com que tenha aceitação do mercado e sociedade”, avalia Braga. 

Gabriel Quintanilha, professor convidado da FGV Direito Rio, detalha o foco da proposta: a manutenção do superávit é o foco principal, garantindo que haja aumento da arrecadação suficiente para fazer frente às despesas públicas; e essas ficam limitadas em 70%: se o governo teve um superávit de R$100, ele pode gastar até R$70, garantindo resultado positivo. Ao mesmo tempo se permite maior gasto de acordo com a arrecadação.

“É um sistema interessante, garante responsabilidade com a gestão do gasto público, permite que haja investimento público e ao mesmo tempo gera previsibilidade de gastos ao mercado, o que gera equilíbrio relevante para a economia”, avalia Quintanilha. 

Qual o desafio de Haddad?

“A virtude da proposta é harmonizar a ideia de que o governo tenha comprometimento com freios na despesa pública sem torná-la engessada, como a regra fiscal que vale hoje. É uma proposta criativa, que não se sabe se vai funcionar, mas não traz ajuste imediato, e sim de transição”, afirma o professor do Ibmec. 

 “De alguma forma, o impacto muito positivo que se tinha reduzido, e pode estar associada a complexidade e no entendimento da proposta de arcabouço do governo federal; precisará de mais tempo para o mercado decifrar o pacote”, finaliza Braga. 

O que é arcabouço fiscal? 

Para rever as regras de gastos do governo, a gestão de Lula propôs o arcabouço fiscal. “Trata-se de um conjunto de regras na área fiscal que o governo irá enviar ao Congresso, como Lei Complementar, com o intuito de substituir a lei desde 2016, no governo Temer, conhecida como Teto dos Gastos”, explica Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da Órama e professor IBMEC-RJ.

A medida faz parte da cartilha de promessas de Lula-Alckmin, que citava como prioridade “revogar o teto de gastos e rever o atual regime fiscal brasileiro, atualmente disfuncional e sem credibilidade”.

Pela regra atual do teto de gastos, as despesas do governo só poderiam aumentar pela correção da inflação anual. Ou seja, mesmo que o país tivesse um crescimento de arrecadação, isso teria que ser revertido para o aumento do resultado primário, ou seja, para o pagamento da dívida pública.

 

Americanas enfrenta batalha prolongada contra credores, dizem fontes


Crédito: Lojas Americanas/Divulgação

Credores resistem a plano de reestruturação que pode levar a descontos de até 80% no valor das dívidas da varejista (Crédito: Lojas Americanas/Divulgação)

 

 

SÃO PAULO (Reuters) – A Americanas, que pediu recuperação judicial em janeiro, enfrenta resistência de seus principais credores a um plano de reestruturação que pode levar a descontos de até 80% no valor das dívidas da varejista, disseram três fontes com conhecimento do assunto.

O plano de recuperação, submetido na semana passada na Justiça do Rio de Janeiro, prevê uma injeção de 10 bilhões de reais na companhia por parte de seus acionistas “de referência”, o trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira. Os três fundaram a 3G Capital, que é uma das principais acionistas dos gigantes do consumo Kraft Heinz e Anheuser Busch Inbev.

O valor oferecido no plano de reorganização fica aquém do que alguns detentores de dívida esperavam, de acordo com as três fontes.

“Os credores estão mais interessados ​​no que os acionistas (de referência) podem pagar,” em particular se puderem pressioná-los com mais força, disse uma das fontes.

A proposta da Americanas foi vista como “absurda” por alguns credores, já que prevê descontos tão grandes na dívida apesar da empresa possuir acionistas com grande poder financeiro, disse a segunda fonte.

A Americanas entrou em crise no início deste ano com a revelação de ter cerca de 20 bilhões de reais em inconsistências contábeis em seu balanço. A companhia possui dívida com credores de cerca de 43 bilhões de reais.

Embora o pedido de reorganização tenha desencadeado uma breve alta nas ações da Americanas na esperança de que pudesse fornecer um roteiro para a recuperação da companhia, a empresa enfrenta negociações prolongadas com credores insatisfeitos com as perdas que enfrentam, disseram as fontes à Reuters.

Os credores cruciais da “classe 3”, compreendendo debenturistas e bancos que representam cerca de 37 bilhões de reais em dívidas da Americanas, provavelmente exigirão mudanças na proposta, como um desconto menor, disseram as fontes.

De acordo com a lei de recuperação judicial do Brasil, os credores têm até 30 dias para apresentar suas objeções após a apresentação do plano.

Os bilionários acionistas de referência da Americanas, também são vistos como propensos a recuar. O trio sofreu enormes prejuízos como resultado das irregularidades contábeis, disse um porta-voz.

Lemann, Telles e Sicupira não sabiam nada sobre o assunto, reiterou o porta-voz, acrescentando que a prioridade é “chegar a um acordo equilibrado que garanta o futuro da empresa”.

A Americanas disse em nota que criou várias alternativas de pagamento de dívidas para credores de diferentes portes, naturezas e interesses, acrescentando que o plano está sujeito a ajustes e inclui “interações com grandes credores”.

O plano apresentado ao juízo da recuperação da Americanas no Rio de Janeiro este mês propõe um leilão reverso para liquidar dívidas com credores quirografários e financeiros que concordem em receber uma liquidação total ou parcial de suas reivindicações com um desconto de pelo menos 70%.

A empresa também propôs uma recompra de créditos sem garantia, bem como a emissão de debêntures simples e outras opções de reestruturação de dívida.

Somente os credores que não estão processando a Americanas poderão participar dessas propostas, de acordo com o plano. Para os credores que decidirem processar a varejista, o plano propõe um desconto de 80% na dívida, a ser paga em março de 2043.

A Americanas deve obter a aprovação do plano pela maioria de seus credores a tempo de uma assembléia geral prevista para este semestre.

Aurelio Valporto, que dirige a associação de acionistas minoritários Abradin e pediu à CVM para investigar a Americanas, seus executivos e a companhia de auditoria PwC, disse que o tratamento dado aos credores da “classe 3” foi “desrespeitoso”.

“Tudo parece razoável no plano exceto o tratamento dispensado aos credores classe 3; para eles o tratamento não é só leonino, mas é também desrespeitoso”, disse Valporto. “Nesse ponto o plano da Americanas se degenera em uma vergonhosa tentativa de calote e mostra que a queda de braço entre bancos e acionistas de referência está longe de acabar”, acrescentou.

Nem todos os aspectos do plano da Americanas são controversos. Espera-se que a maioria dos credores apoie a venda de alguns dos ativos, como Hortifruti Natural da Terra e Grupo Uni Co, disse uma outra fonte.

Há um “tom positivo” nas negociações nos últimos dias, acrescentou a fonte.

(Por Carolina Pulice)


Ações da China sobem antes de dados do PMI


Ações da China sobem antes de dados do PMI

Homem usa máscara dentro da Bolsa de Valores de Xangai


Por Summer Zhen

 

HONG KONG (Reuters) – As ações da China e de Hong Kong fecharam em alta modesta nesta quinta-feira, com os investidores depositando esperanças em políticas favoráveis a empresas após a reestruturação do Alibaba, enquanto aguardam dados da atividade industrial esta semana.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,81%, enquanto o índice de Xangai avançou 0,65%, interrompendo sequência de quatro dias de perdas. O Índice Hang Seng, de Hong Kong, teve alta de 0,58%

O desempenho econômico da China melhorou em março em relação aos primeiros dois meses e o país irá expandir a demanda doméstica e consolidará sua recuperação econômica, disse o primeiro-ministro, Li Qiang, na quinta-feira em um fórum econômico em Boao.

Investidores domésticos e globais vão acompanhar de perto os próximos dados domésticos para avaliar se a recuperação econômica é sustentada, disse Linus Yip, estrategista-chefe do First Shanghai Securities.

A China anunciará os dados do Índice de Gerentes de Compras (PMI) oficial de março na sexta-feira.

. Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,36%, a 27.782 pontos.

. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,58%, a 20.309 pontos.

. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,65%, a 3.261 pontos.

. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,81%, a 4.038 pontos.

. Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,38%, a 2.453 pontos.

. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,51%, a 15.849 pontos.

. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,16%, a 3.257 pontos.

. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 1,02%, a 7.122 pontos.