segunda-feira, 24 de abril de 2023

Ativistas climáticos picham escritórios de bancos dos EUA na véspera de reuniões anuais


Ativistas climáticos picham escritórios de bancos dos EUA na véspera de reuniões anuais

Fachada do Citibank pichada por ativistas em Nova York

Por Tatiana Bautzer

 

NOVA YORK (Reuters) – Ativistas climáticos picharam mensagens nos escritórios do Citigroup Inc C.N e do Bank of America Corp. BAC.N no Bryant Park de Nova York nesta segunda-feira, acusando os bancos de serem “criminosos climáticos”, um dia antes das instituições realizarem suas reuniões anuais de acionistas.

“Os maiores bancos do mundo investem centenas de bilhões de dólares em novas infraestruturas de combustível fóssil”, disse Jim Gordon, um dos manifestantes no lado de fora do escritório do Citigroup, no centro de Manhattan. “Não sou geralmente uma pessoa que gosta de ir às ruas e fazer coisas assim, mas eu tenho netos e estou apavorado pelo futuro deles”, afirmou Gordon.

Atrás de Gordon, um funcionário do Citigroup limpava a pichação nas janelas – em vermelho, com mensagens como “Criminoso climático” e “Salve a Amazônia”.

O Bank of America se recusou a comentar. O Citi não respondeu ao pedido por comentário em um primeiro momento.

Seis pessoas haviam sido presas durante os atos em Nova York, segundo uma porta-voz dos manifestantes. O Departamento de Polícia de Nova York disse que os protestos estavam em andamento e não havia um número final de pessoas presas.

Os manifestantes representam grupos como Climate Organizing Hub, Extinction Rebellion, Green Faith, Oil and Gas Network e Stop the Money Pipeline, disseram eles, em um comunicado.

Os maiores bancos dos EUA forneceram 1 trilhão de dólares para projetos de combustível fóssil desde 2016, disseram os manifestantes. Eles também pretendem realizar atos na reunião anual do banco JPMorgan Chase & Co.

 

Após polêmicas com taxação, Shein abre escritório em São Paulo


Crédito: Divulgação / Shein

Localizado na avenida Brigadeiro Faria Lima, o escritório ocupa uma área de mais de 1600 m² do edifício Vera Cruz Plaza (Crédito: Divulgação / Shein)

 

 

A Shein, varejista global de moda, beleza e lifestyle, acaba de inaugurar seu primeiro escritório no Brasil a fim de consolidar sua operação local e reforçar atuação no mercado nacional. Após polêmicas trazidas pelo governo brasileiro sobre taxas no envio de compras internacionais, a marca também anunciou investimento e criação de empregos no país.

Localizado na avenida Brigadeiro Faria Lima, o escritório ocupa uma área de mais de 1600 m² do edifício Vera Cruz Plaza.


“Ter um endereço para chamar de nosso é algo muito simbólico para uma marca global que vem trabalhando ativamente para consolidar sua operação localmente. Estabelecer um escritório que possa abrigar nosso time é mais um passo dentro da nossa estratégia que busca fortalecer e cada vez mais ampliar nossa atuação no país”, destaca Felipe Feistler, General Manager da Shein no Brasil.

 

A marca de fast fashion também anunciou, na última quinta-feira (20), investimento de R$750 milhões no Brasil nos próximos três anos para aumentar a competitividade de fabricantes têxteis brasileiras, por meio de tecnologias e treinamento.

Segundo a empresa, o objetivo é que as fábricas possam modernizar seus modelos de produção.

A Shein ganhou maior repercussão após o governo brasileiro passar a exigir a taxação de compras de até US$ 50 de pessoas físicas, sob argumento de que varejistas chinesas estariam usando esse recurso para deixar de pagar taxas de câmbio.

“Tudo o que pedimos foi: regras claras e igualdade de condições para que possamos competir de forma justa, e acho que todos estão felizes do jeito que está indo”, disse o presidente do conselho da empresa para a América Latina, Marcelo Claure.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/apos-polemicas-com-taxacao-shein-abre-escritorio-em-sao-paulo/

 

Indústria é setor que mais ganha com reforma tributária, mas todos ganham, diz secretário



Indústria é setor que mais ganha com reforma tributária, mas todos ganham, diz secretário

Secretário extraordinário de reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad



BRASÍLIA (Reuters) -A indústria é o setor que mais será beneficiado pela reforma da tributação sobre o consumo, disse nesta segunda-feira o secretário extraordinário de reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, ponderando que todas as áreas da economia sairão ganhando com a mudança das regras defendida pelo governo.

Em evento promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Appy argumentou que a indústria sofre mais atualmente do que outros setores com distorções do sistema.

“As pessoas dizem ‘essa é uma reforma para beneficiar a indústria’. Não, não é uma reforma para beneficiar a indústria, é uma reforma para corrigir distorções. O setor mais prejudicado pelas distorções atuais é a indústria”, disse, citando a cumulatividade do sistema, o custo dos investimentos e a burocracia.

“Significa que os outros setores não vão ser beneficiados? Vão, vão ser beneficiados, todos os setores da economia brasileira são beneficiados pela reforma tributária, mesmo na hipótese conservadora de impacto sobre crescimento”, acrescentou.

Na apresentação, o secretário reafirmou que a reforma em articulação pelo governo, fruto de debates em torno de propostas que já tramitam no Congresso, terá modelo desenhado para manter a carga tributária do país inalterada.

 

(Por Bernardo CaramEdição de Luana Maria Benedito e Alexandre Caverni)



O que é a memecoin PEPE e por que ela está em alta


Crédito: Reprodução/Twitter

Ativos deste tipo são extremamente voláteis e arriscados, alertam especialistas (Crédito: Reprodução/Twitter)

 

 

O PEPE é uma nova “memecoin” (criptomoeda criada a partir de memes) que está chamando a atenção dos investidores de criptoativos. Inspirada no personagem “Pepe the Frog” que viralizou na internet, a moeda foi lançada em meados de abril e já teve valorização de mais de 21.000% nos últimos dias, gerando altos lucros para quem investiu cedo nela.

Os criadores do ativo afirmam que a cripto seria “a maior memecoin de todas” e que ela irá substituir as memecoins mais conhecidas do mercado, como o Dogecoin e a Shiba Inu, ambas ligadas ao meme Doge, um cachorro da raça Shiba Inu. No momento, a PEPE é um token negociável apenas na exchange descentralizada Uniswap, através do par PEPE/ETH.

O que é o PEPE?

“A PEPE é uma “memecoin” (criptoativo baseado em memes) e como tal, na grande maioria dos casos, não possui um roadmap claro para seu desenvolvimento futuro e pouca (ou nenhuma) funcionalidade específica em seu projeto”, afirma Bruno Diniz, sócio da Spiralem Innovation Consulting e professor de inovação financeira nos cursos de MBA da USP ESALQ.

Por que ela está em alta?

Há diversos fatores que explicam a alta de uma criptomoeda, mas geralmente as pessoas gostam de embarcar em brincadeiras, como as memecoins, o que explica o seu sucesso e popularidade. No caso da PEPE ela é explicada por ser um meme conhecido há muitos anos, porém é impossível prever até quando ela irá se sustentar.

“O mercado de cripto é recheado de modismos e contrassensos. Quando o impacto da moeda é significativamente alto faz com que uma parcela relevante do mercado adquira esse ativo e seu preço suba. Não significa que seu preço se sustente no patamar que outrora tenha atingido ou que efetivamente tenha algum valor real de mercado uma vez que, quando o mercado se dá conta que se trata de um ativo sem uma utilidade direta ou valor real algum, seu preço cai drasticamente (estourando a bolha)”, afirma Lucas Sharau, especialista em mercados financeiros e assessor na iHUB Investimentos.

Segundo Diniz, é comum ver grandes comunidades de entusiastas de memes adquirindo o ativo sem nenhum objetivo específico inicial a não ser apoiá-lo. “Contudo, é comum vermos articulações dos chamados esquemas de ‘pump-and-dump’, onde um grupo infla artificialmente o preço de um ativo para aumentar sua demanda e depois vendem suas posições, derrubando o preço”, alerta.

“Ativos deste tipo são extremamente voláteis e arriscados, pois como não há fundamento, os compradores podem estar sendo vítimas de um movimento orquestrado por grupos que realizam manipulação de mercado em um ambiente onde há baixa regulamentação no sentido de prevenir tais ações. Vimos isso em outros momentos recentes com memecoins como a Shiba Inu”, analisa o sócio da Spiralem Innovation Consulting.

Cuidados ao investir em cripto

Por serem ativos muito voláteis e sujeitos à especulação extrema, ao avaliar criptos é importante que o investidor busque informações sobre a proposta da criptomoeda e sua função esperada (elementos conhecidos como “tokenomics”), bem como o histórico dos criadores e o plano de longo prazo desenvolvido para esses ativos.

“Esse procedimento não garante o sucesso, mas já mitiga os casos mais óbvios de fraudes e tokens puramente especulativos. A PEPE, desde seu lançamento, já se assumiu como um token que não se leva a sério. Algumas pessoas surfaram uma onda recente de alta valorização, mas a sustentabilidade disso se perpetuar no longo prazo é baixíssima dadas as características mencionadas”, afirma Diniz.

A falta de liquidez da moeda também pode ser um problema. “A liquidez se refere à capacidade de comprar e vender um ativo rapidamente sem afetar significativamente seu preço. Se uma criptomoeda tem baixa liquidez, pode ser mais difícil para os investidores encontrar compradores dispostos a comprar suas moedas e, como resultado, pode ser difícil vender a criptomoeda a um preço justo. Isso pode levar a flutuações de preço significativas e até mesmo a perdas significativas para os investidores”, avalia Eric Magnin Chammas, COO da KRYP.TOOLS, plataforma americana SaaS (Software as a Service) para quem investe em criptoativos.

 

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quinta-feira, 20 de abril de 2023

Haddad sobre e-commerce: governo seguirá países desenvolvidos, com imposto digital à empresa

 

Quem é Fernando Haddad, ministro da Fazenda de Lula?

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 20, que o governo pretende solucionar a questão da taxação do e-commerce seguindo o exemplo de países desenvolvidos, com um imposto digital. O ministro também disse que a alternativa atende a sinalização do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que pediu uma solução administrativa negociada com o comércio eletrônico.

“Quando o consumidor comprar, ele estará desonerado de qualquer recolhimento de tributo. Será feito pela empresa sem repassar nenhum custo adicional”, declarou. Questionado sobre a garantia de que não haverá repasse, Haddad afirmou que é “compromisso deles”, em referência às empresas que aderiram ao plano de conformidade.

A declaração foi dada após reunião do ministro com representantes da varejista chinesa Shein, em São Paulo.

De acordo com o ministro, a Shopee já havia endereçado uma carta ao governo afirmando que iria aderir ao plano, sinalização também feita pela AliExpress, que fez uma reunião com o secretário-executivo do ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo.

O ministro ponderou que ainda há etapas a cumprir e que, se necessário, podem ocorrer gradações das medidas para incorporar essas transações para dentro da ordem legal tributária brasileira. Ele reiterou, porém, que o princípio do plano já está estabelecido: o jogo justo.

À tarde, Haddad se reúne com representantes do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). “O que as redes brasileiras pleiteavam é o que foi oferecido hoje em contrapartida, condições justas”, pontuou o ministro.

Na próxima semana, segundo Haddad, a pauta também será discutida com governadores em uma reunião que está pré-agendada.

BuzzFeed fechará divisão de notícias e demitirá 15% da equipe



BuzzFeed fechará divisão de notícias e demitirá 15% da equipe

Logo do Buzzfeed

(Reuters) – O BuzzFeed disse na quinta-feira que fechará sua divisão de notícias e reduzirá sua força de trabalho em 15%, fazendo com que as ações da empresa de mídia digital caíssem 10%.

As demissões em massa afetarão 180 funcionários, incluindo equipes de negócios, conteúdo, tecnologia e administração, disse o presidente-executivo Jonah Peretti em um e-mail à equipe.

A negociação das ações da empresa foram interrompidas depois que o título despencou 26%.

(Por Yuvraj Malik)


Os criadores da realidade


Endemol Shine Brasil, responsável pelos principais reality shows da TV brasileira, aposta na diversificação de formatos e plataformas.

Crédito: Divulgação

SE QUERER É PODER Allan Lico, vice-presidente de criação, Adriane (Nani) Freitas, CEO e Renato Martinez, vice-presidente de venda de conteúdo e aquisições comandam a Endemol Shine Brasil. (Crédito: Divulgação)

 

 
 

Pode ser que você não conheça a Endemol Shine, mas com certeza já viu alguma de suas criações, como os reality shows Big Brother, MasterChef ou No Limite. Desde 2020 a empresa faz parte do Grupo francês Banijay, considerada uma das principais produtoras independentes de TV do mundo, com faturamento de 3,2 bilhões de euros no último ano. A divisão brasileira entrou na casa das pessoas através dos reality shows e parceria com as emissoras de TV aberta, mas com a evolução do mercado, entrada de serviços de streaming e a revolução no consumo de conteúdo que as redes sociais causaram, hoje está presente em diversos tamanhos de telas e em diversas frentes, como criação de formatos, produção de programas ou licenciamento de produtos. Em 2022, a Endemol Shine Brasil realizou mais de 20 projetos de conteúdo e cresceu 10% seu faturamento. A expectativa para esse ano é crescer 20%. Para isso, a aposta está em novos modelos e na exportação. “A gente está muito focado em criar formatos nacionais que possam viajar e que possam atender o mercado, se posicionando como casa produtora criativa”, disse a CEO da Endemol Shine Brasil, Adriane (Nani) Freitas.

O crescimento da companhia está diretamente relacionado ao desenvolvimento do setor audiovisual – beneficiado com a lei que obriga parte da grade de programação da TV por assinatura ser nacional e de produtora independente – e mais recentemente pelo sucesso dos serviços de streaming. Com isso, em vez de apenas licenciar formatos desenvolvidos no exterior, a divisão brasileira passou a produzir programas próprios e de terceiros, como Casamento às Cegas Brasil, da Netflix, ou De Férias com o Ex, da MTV.

Com as novas plataformas, veio também mais exposição, já que nos streamings muitos conteúdos são globais e a divulgação pelas redes sociais não encontra fronteiras. Essa abertura fez com que os programas brasileiros ganhassem escala e se internacionalizassem. Segundo o vice-presidente de venda de conteúdo e aquisições da Endemol Shine Brasil, Renato Martinez, antes do advento dos streamings os formatos não viajavam. “A gente consumia muita coisa, principalmente americana, mas hoje a gente consome do mundo inteiro”, disse. “A TV virou global.”

Um dos formatos que a Endemol Shine Brasil exportou foi o projeto Cabelo Pantene, que faz parte de outra vertical do grupo, responsável pela criação de conteúdos de marca. Essa frente se fortaleceu com as redes sociais e garante produtos exclusivos para os parceiros. Outro case de branded content é o reality Ilhados com Beats, criado para a Ambev em 2021. O programa foi transmitido em episódios pelo Instagram da marca e tinha Anitta como grande estrela. Em 12 horas no ar, o primeiro episódio chegou a 2 milhões de visualizações e em três dias o perfil da marca ganhou 1,3 milhão de seguidores.

Parte do sucesso da ação com a Beats é o engajamento do brasileiro com as redes sociais, o que torna a atenção com plataformas digitais fundamental para a estratégia de crescimento. Em uma verdadeira via de mão dupla, os usuários garantem resposta simultânea ao que está sendo transmitido, ao mesmo tempo que são alimentados com conteúdo exclusivo, o que garante um relacionamento mais longo com o programa, além de seu período na TV. Esses conteúdos não se limitam à reprodução ou cortes do que foi apresentado, mas procuram trazer algo novo. Segundo o vice-presidente de criação da produtora, Allan Lico, isso é uma forma de “respeito à linguagem, ao público daquela plataforma e à propriedade intelectual e a alguns elementos do formato”.

Seguindo o plano de testar novos formatos, a Endemol Shine Brasil também olha para outros gêneros – além dos reality que a consagraram – como documentários, programas de esportes e sitcoms. Já em uma estratégia de desenvolvimento de marca e de criação de legado das produções, a empresa tem uma forte atuação em licenciamento de produtos, que faz com que as marcas que possui cheguem em diversas frentes. Como a coleção de roupas de Peaky Blinders em parceria com a Reserva, ou o vinho MasterChef. Em termos de reality, a Endemol dá show.

 

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